Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Haaaaaaaaayeeeeeeeee!
E aí, minas? Como vão?
Ain cara, voltei rápido né? Pois é *-* Olha pra vocês verem a situação: escola voltou, esse ano de manhã E de tarde, daí faz uma semana que eu nem encosto em computador. Aí tá, beleza, tava sem postar minha outra fic fazia mais de mês, essa daqui só atualizei em Janeiro porque veio uma inspiração do além... Tudo bem, beleza.
Daí, finalmente, veio o abençoado fim de semana. E agora, nessa sexta-feira (sábado de madrugada), eu simplesmente consegui terminar o capítulo da outra fic e escrever esse inteirinho (sim, escrevi ele todo essa noite) hoje!
Ai, tô feliz.
Então, sem mais delongas, aproveitem esse capítulo.
E tentem não matar ninguém.
Esse é pra quem gosta da Lizzie, com toda a sua ironia, safadeza e cafajestisse.
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423351/chapter/10

Lizzie

Jude podia não ser a pessoa mais perspicaz, ou demorar alguns segundos para compreender a ambiguidade numa fala. Mas isso não significava em absoluto que ela não fosse inteligente. Eu mal precisara me demorar explicando a matéria para que ela compreendesse e quitasse suas dúvidas, e assim passamos a maior parte do nosso tempo na biblioteca fazendo os deveres de casa ou conversando em voz baixa.

Faltava pouco mais de meia hora para o jantar – e, consequentemente, para o toque de recolher – quando eu terminei meus deveres e me cansei de ficar ali fazendo nada. Mas, mesmo com o aviso de Jude sobre isso, decidi dar uma caminhada sozinha pelo campus.

Comecei a passear pelo colégio sem rumo certo, passando por um dos blocos de chalés, pela praça gramada com a fonte, pelo bosque e pelo ginásio.

Quando cheguei à quadra externa, logo ao lado do ginásio, vi um grupo de meninas jogando basquete. Entre elas, Carrie, uma garota que vivia no chalé 70 e conversava comigo as vezes – ou melhor, insistia em puxar assunto comigo, por mais que nada tivéssemos a ver uma com a outra.

– Hey, Lizzie! – Ela sorriu, deixando o jogo e aproximando-se de mim.

Seus cabelos loiros e cheios de cachinhos balançavam, presos num rabo de cavalo, à medida em que ela andava.

Sorri de canto.

– Hey.

Ela me olhou, seus olhos azul-escuros com um misto de simpatia e um certo interesse.

– Quer jogar?

Mirei as minhas roupas.

– Posso jogar assim?

Ela deu de ombros.

– Relaxa, é só um jogo pra se divertir mesmo.

Repeti seu gesto.

– Sendo assim…

Carrie sorriu e pegou a minha mão, puxando-me para a quadra.

– Vamos lá.

Depois de ser apresentada ao resto das meninas, comecei a jogar.

Não havia passado muito tempo de jogo quando uma das meninas – uma francesa, da qual eu havia esquecido o nome – lançou-me a bola de um modo desajeitado, fazendo-a atingir minha barriga com força.

Dei alguns passos para trás com a força do impacto, fazendo com que o jogo parasse por alguns instantes.

– Oh mon Dieu! Me desculpe! Je suis désolé! – A francesa exclamou, como que aflita por ter me atingido.

Logo as outras garotas se aproximavam, sendo Carrie a mais próxima.

– Está tudo bem, Lizzie?

Assenti, olhando para baixo e erguendo um pouco a blusa, apenas para ver a marca vermelha de formato circular na minha pele.

Carrie se aproximou mais de mim, deslizando de um modo um tanto quanto lento – e não exatamente preocupado – os dedos pela minha pele, quase como que seguindo os contornos dos músculos ali.

– Não está doendo? – Ela perguntou, sem nem ao menos erguer os olhos do meu corpo, mordendo suavemente o lábio inferior.

Sorri de canto e coloquei a minha mão sobre a dela, retirando-a dali e voltando a abaixar a minha blusa.

– Não foi nada. – Dei outro sorriso, mais direcionado a ela, mirando deliberadamente seus olhos azuis. – Vamos continuar o jogo.

As meninas concordaram, e logo o jogo foi retomado.

Era perfeitamente óbvia a tensão que havia se formado entre eu e Carrie naqueles segundos após a bolada da francesa – Marie, como eu descobri depois –, e isso não era necessariamente ruim.

Seus olhos azuis pareciam não desgrudar de mim no decorrer do jogo, e a metade simpática de seus olhares parecia ter se tornado interesse também. E eu não deixava de corresponder a isso.

Quando as meninas ficaram com fome, percebemos que o horário do jantar se aproximava, e então o jogo chegou ao fim. O pequeno grupo se dirigiu ao refeitório, mas Carrie ficou na quadra, sob pretexto de levar a bola de volta ao ginásio.

– Não vai jantar? – Ela perguntou a mim, sorrindo de lado enquanto brincava com a bola alaranjada.

– Não estou com fome. – Dei de ombros. – Faz pouco tempo que eu comi.

– Eu também. E estou com preguiça de andar até o refeitório… – Ela revirou os olhos e eu ri baixo.

– Então não vai aceitar o meu convite para dar um passeio pelo colégio, certo?

Carrie riu.

– Errado.

– Vai aceitar?

Com uma expressão doce e falsamente inocente, ela assentiu.

– Isso é bom.

A essa altura, já estávamos no ginásio. Carrie guardou a bola de basquete no local destinado a ela e então seguimos para fora dali.

– Para onde quer ir?

Dei de ombros.

– Ainda não estou totalmente familiarizada com esse colégio. Principalmente ao anoitecer.

Ela olhou para mim.

– Eu posso ser a sua guia.

Sorri.

– Gostei da ideia.

Começamos a caminhar pelo campus em um passo lento, fazendo o caminho contrário ao de muitas garotas que se dirigiam ao refeitório.

Enquanto andávamos, começamos a conversas sobre amenidades. O assunto iniciou-se nas aulas, passou pelos professores, pela minha impressão da escola, e pela impressão dela. Pelas alunas, pelos chalés e até por Jude e pela sua colega de quarto. Não percebi quando começamos a falar sobre relações, e, ao chegarmos diante de uma estrutura fechada que eu só vira por fora, falávamos novamente sobre a bolada da francesa na minha barriga.

– E aqui é…

– A piscina. – Carrie respondeu prontamente.

– Piscina? – Repeti.

– Sim. É coberta e aquecida, por causa do frio.

Assenti.

– E podemos entrar aqui?

– Depois do toque de recolher é proibido, claro. Mas as alunas podem usar, eu acho. É mais usada para as aulas de natação, quando tem.

Assenti.

– Mas podemos entrar? Quero dizer, ela fica aberta? Ou é trancada, sei lá?

– Ah… Aí sim, eu acho. A porta só é fechada. Não acredito que tenha tranca.

– Podemos descobrir isso agora. – Dei de ombros e sorri de lado, andando até a porta da construção que abrigava a piscina enquanto ouvia os passos de Carrie atrás de mim.

Não demorei a constatar que a porta não era realmente trancada e, ao entrar ali, as luzes se acenderam automaticamente – assim como o aquecedor.

– É grande aqui. – Exclamei, sem conseguir conter a surpresa. Por fora, o espaço e a piscina não pareciam ser tão extensos.

Carrie sorriu.

– É, sim.

Andei até a piscina enquanto ouvia o ruído da porta se fechando e o som dos passos de Carrie atrás de mim. Ao me abaixar, constatei também que a água não estava fria.

– E aí, Carrie? Está a fim de nadar?

Ela ergueu as sobrancelhas e riu, surpresa.

– Sério?

– Por que não? Já estamos aqui mesmo. E duvido que deem falta de nós por alguns minutos.

Ela ponderou meu argumento por alguns segundos, sorrindo depois.

– Faz sentido.

Sorri.

– E aí? Vamos?

Com uma risada e um revirar de olhos, vi minha nova amiga ceder.

– Mas… De roupa?

Sorri.

– Não necessariamente.

E, para comprovar isso, tirei os tênis, os jeans e a camiseta que eu vestia, ficando com as minhas roupas íntimas – uma boxer cinza e um top preto.

Carrie demonstrou um início de surpresa, mas depois mordeu o lábio e acabou sorrindo e, imitando meu gesto, retirou as sapatilhas, os jeans, o casaco e a camiseta que vestia, se mostrando, então, com um sutiã e uma calcinha lilases.

Com um breve olhar, consegui captar a regularidade das suas curvas, a cintura delgada, o busto farto, a barriga lisa, a pele branca e praticamente sem imperfeições, exceto por um pequeno sinal na coxa direita.

Abri um sorriso e exclamei um “vem!”, poucos segundos antes de pular na piscina. Sem se demorar, Carrie fez o mesmo, pulando na piscina com um sorriso nos lábios.

Nós nadamos, no verdadeiro sentido da palavra, por pouco tempo. O fiz apenas para alongar os músculos, mergulhando e voltando à superfície junto a Carrie, e fazendo-a rir com isso. Mas logo nos cansamos, e assim que isso aconteceu, nos retiramos para uma das bordas da piscina.

– Você tem o costume de quebrar regras assim mesmo? – Carrie perguntou-me, encostando as costas na borda da piscina. Nos lábios, abria-se um sorriso de lado.

– Nem sempre. Só quanto elas são inconvenientes.

Carrie riu.

– Quer dizer que um toque de recolher para a segurança das alunas e uma piscina fechada é inconveniente?

– Quando eu quero trazer uma pessoa aqui para se divertir, é sim.

– Uma pessoa?

Sorri de canto.

– Uma pessoa que pareceu gostar da minha barriga no jogo de basquete. – Desci o olhar para o local onde eu citava.

Carrie riu.

– Não só dela.

Ergui as sobrancelhas, fingindo surpresa.

– Não?

Ela balançou negativamente a cabeça, sorrindo de um modo quase angelical, se não fosse tão malicioso.

Carrie possuía essa habilidade de se fingir de anjo, mas, ao mesmo tempo, demonstrar nessa mesma expressão que a pureza não era predominante.

Se aproximando de mim e me fazendo encostar as costas na parede da piscina, ela voltou a tocar meu abdome com a mão, subindo, dessa vez, as unhas até a barra do meu top e erguendo-a de leve, e então voltando a descer a mão até quase o cós da boxer.

– Não.

Sorri e segurei o seu braço de um modo suave e firme, a puxando para mim e segurando-a sem demora pela cintura. Antes de reduzir ainda mais o espaço entre eu e ela, encostei as suas costas contra a parede, deixando um espaço apenas para que eu pudesse subir os dedos pela sua pele, até finalmente chegar ao fecho do sutiã.

– Fico feliz por isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeeeeentão.
Pois é, né. Uma toda apaixonada e a outra... Bem...
Mas relaxem. Isso vai se resolver no próximo capítulo, vocês verão.
Como vocês perceberam, Unica et Opposita recebeu mais votos e é o nosso título mesmo.
E, só pra finalizar, que o sono tá grande... Os lindos leitores do cap passado:
— Vicky Barbosa
— Alucard jr
— ArayaN
— Yayo
— TConty
— tooth
— Paçoquinha
— juliana
— Kay Burn
— Haay
— Em
— Samyni
— Uma quase bruxa
— Lari
— Rive
Caramba, sei nem expressar como amo vocês por não me abandonarem mesmo com as minhas demoras milenares e meu sistema nada regular de atualizações.
É isso, tá?
Até o próximo cap! ;)