A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 5
Capítulo 5: Encontros e desencontros.


Notas iniciais do capítulo

Hii, voltei!!!!! Saudades? Alguma ameaça? No, great! Vou ser rápida aqui.
Enjoy it



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P.O.V Laila.

- Problema? Que problema? - minha voz saiu mais alto do que o calculado, o que resultou em uma expressão um tanto engraçada de Carly ao exigir silêncio. - Que problema? - sussurrei.

- Eu tenho que ir. Minha mãe ligou. - explicou-me ela baixando a voz.

- Ir? Pra onde?

- Anda, temos que ir. - interrompeu-me ela puxando-me para o alto e me arrastando entre as estantes.

- O quê? Para onde nós vamos Carly? - perguntei assim que alcançamos o fim das estantes e já estávamos a dois passos do balcão da senhora Tripp.

- Quer fazer seu cartão da biblioteca agora? - perguntou-me ela, ignorando minhas perguntas anteriores.

- O quê? Bom...sim. - disse.

- Ótimo. Senhora Tripp, poderia fazer o cartão da minha prima? - perguntou Carly apoiando-se no balcão. A mulher mais velha ergueu os olhos e sorrio, assentindo. - Tá bom, você fica aqui que enquanto eu dou um pulinho em casa para ver o que a maluca quer. - disse sorrindo e piscando um dos olhos para mim. Fiquei meio perdida, meio confusa.

- Mas, não é melhor eu ir junto? - perguntei.

- Não, tudo bem. É rápido. - tranquilizou-me ela.

- Tá bom então. 

- Eu passo aqui dentro de uma meia hora para te buscar, tá? - disse ela já indo em direção a porta.

- Não, eu sei voltar. - disse fazendo um gesto de " Deixa para lá" com a mão.

- Certeza?

- Ahã.

- Okay, tchau senhora Tripp. - despediu-se ela. Para mim, ela fez um aceno mínimo com a cabeça e em seguida saiu.

Virei-me para encarar a mulher atrás do balcão.

- Então, por onde começamos? - perguntei.

      (...)

Alguns minutos depois e tudo já estava resolvido. Os papéis para  concluir o meu cartão da biblioteca já haviam sido assinados, só faltava a assinatura dos responsáveis e pronto.

Me despedi da senhora Tripp, e segui meu caminho pela calçada. Estava concentrada em meu livro, que, esqueci de mencionar, mas se tratava de um livro sobre a antiga Grécia. Equilibrava-o na mão direita, os papéis embaixo do mesmo braço e um muffin na mão esquerda, que comprei em um Starbucks na esquina da biblioteca. Estava tudo bem. O livro era ótimo e o muffin também.

Andei na calçada até chegar em um cruzamento deserto. A frente seguia as linhas brancas da faixa de pedestre. Da direita para esquerda era o sentido da rua.

Esperei obedientemente o homenzinho vermelho se tornar verde, entre um carro parado à esquerda e um poste à direita.

A transformação de vermelho para verde não tardou a acontecer e logo dei os primeiros passos nas faixas brancas pintadas no asfalto. 

- SAI DA FRENTE! - foi o que ouvi quando alcancei a terceira faixa branca. Em seguida, algo veio de encontro a mim com um impacto violento que me arremessou para o chão, fazendo minhas coisas voarem.

                              xxxxxxxxx

- Ai meu Deus! - ouvi alguém próximo a mim exclamar, um garoto. Abri os olhos examinado ao redor. Eu estava deitada apoiada no meu lado direito do corpo e tinha um garoto ao meu lado, mas ele não estava caído. Estava se levantando e olhava em minha direção.

- Ai meu Deus! O quê eu fiz? - ele exclamou levando as mãos à cabeça. Fui tentando me levantar, apoiando meu peso no cotovelo direito que doía muito.

- Tá tudo bem? - perguntou ele. Fui tentando me sentar, enquanto massageava o lado da minha cabeça que devia ter batido no chão.

- Tá. Eu estou bem. - disse quando ele vinha se aproximando. Ele era alto, cabelos despenteados e olhos castanhos beirando ao verde. Era musculoso e atraente. Muito bonito.

Quando ele se aproximou mais de mim, endireitei-me tentando me sentar. Quando ele se aproximou mais, pensei que iria me ajudar a me levantar, mas me enganei redondamente, pois ele passou por cima das minhas pernas e caminhou até o outro meio fio.

- Me perdoa, amigão, me perdoa. O quê eu fiz? Eu te arranhei? - dizia ele com uma certa culpa na voz abraçado a um...skate? Ele estava se desculpando com um skate?

- Ei! Acabei de ser atropelada aqui! - exclamei erguendo uma das mãos para chamar sua atenção, que se concentrava toda em acariciar as rodinhas do skate como se o mesmo estivesse sentindo dor.

Ele desceu seu olhar até mim, desmanchando a cara de arrependido e transformando-a em uma um tanto irritada.

- Qual é esse problema, hein garota? De onde é que você e veio? - perguntou irritado. Fui me apoiando primeiro nos cotovelos, depois no joelho esquerdo ( já que o direito sangrava e doía) até me erguer do chão e encará-lo com toda a indignação e desprezo que pude reunir.

- O quê? De onde eu  vim? De onde você veio! - gritei.

- Eu? Você que surgiu do nada! Tá louca? - gritou ele. A raiva surgiu nos meus pés e subiu até a cabeça.

- VOCÊ QUE SURGIU DO NADA, SEU IDIOTA! COMO É QUE NÃO ME VIU ATRAVESSAR? SÓ TINHA EU ATRAVESSANDO ALI! É CEGO OU BURRO MESMO?

- VOCÊ QUE NÃO OLHA POR ONDE ANDA! - retrucou ele se aproximando.

- Eu não olho por onde eu ando? - perguntei com desdem e ironia. - POR ACASO O "GÊNIO" NOTOU QUE O FAROL DE PEDESTRES ESTAVA VERDE E O DE CARROS ESTAVA VERMELHO? NOTOU ISSO? É CLARO QUE NÃO NOTOU! É BURRO FEITO UMA PORTA! NÃO SABE QUE QUANDO AQUELA MERDA TÁ VERMELHA SIGNIFICA QUE OS CARROS , OU QUALQUER PORRA COM RODAS, TEM QUE PARAR! - vociferei aos quatro ventos. A raiva fazia meu rosto arder junto aos machucados na perna e no cotovelo. Ora essa, me culpando por ser burro e não saber andar naquela merda com rodinhas!

- ORAS, E NINGUÉM TE ENSINOU QUE NÃO SE DEVE ATRAVESSAR A RUA LENDO? QUE DEVE OLHAR PARA OS DOIS LADOS? - retrucou ele.

- Eis a questão: a merda do semáforo estava fechado então, se eu quisesse atravessar a rua de ponta cabeça e algum IDIOTA me atropelasse em um raio de skate, a certa ainda seria eu! - gritei irritada cruzando os braços. Isso foi suficiente para calá-lo por uns instantes, o que me fez encará-lo com meu famoso olhar " Há, venci!" que o fez bufar.

Olhei ao redor. Por causa dessa discussão havia esquecido das minhas coisas que antes carregava. Elas formavam um semi-círculo defeituoso à minha frente. Fui mancando até recolher uma por uma, exceto o muffin que, infelizmente, tive que jogar fora.

Quando recolhi tudo, o encarei. Ele fitava a avenida a nossa frente, segurando o skate com uma das mãos.

- Bom, eu já vou. - disse ele sem me encarar jogando o skate no chão e subindo no mesmo.

- O quê? Não vai me dizer nada? - perguntei indignada caminhando uns poucos passos.

- Como o que, por exemplo? - perguntou ele parando.

- Como um pedido de desculpas por me atropelar. - disse entredentes. Ele soltou uma risada debochada e voltou a subir no skate.

- Você apareceu do nada. A culpa é sua, não minha! - disse ele se afastando.

- O QUÊ? Vem cá, você é burro ou só se faz? Vou ter que explicar tudo de novo? - gritei.

- NÃO PEÇO DESCULPAS A NINGUÉM! - gritou ele. Bufei alto.

- SEU ESTÚPIDO! - gritei quando ele alcançou uns cinco metros de mim. Ele apenas fez um gesto mínimo de mostrar o dedo do meio. - JÁ SABE ONDE DEVE ENFIAR ESSE SEU DEDO, SEU IDIOTA!

- ADEUS, SUA MALUCA! ATÉ NUNCA! - gritou ele.

- MALUCA É A SUA... - mas ele já havia sumido antes que eu completasse a frase. - Idiota! Me largou falando sozinha! - exclamei para mim mesma descendo uma das mãos até o meu joelho direito, onde a calça havia rasgado e minha pele, esfolada, sangrava. Gemi baixinho de dor enquanto terminava de atravessar a rua.

- Idiota!


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Notas finais do capítulo

Hii, gostaram?^Acho que posto outro amanhã ou no domingo! Enfim, quando der, estarei de volta! Por favor, comentem e me façam feliz??? Então, alguém ter alguma sugestão de quem é o carinha gato do skate? kkkk
Byeeee



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