A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 28
Capítulo 28: Liga da justiça arrasa!


Notas iniciais do capítulo

Volti amores! Não, ninguém comentou :( Mas voltei assim mesmo porque sou demais :) Aproveitem pirulitos (?)



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Se antes do intervalo as aulas de Laila já eram puro marasmo, depois do intervalo virou tortura. Ela não resistiu em tirar um cochilo nas aulas pós almoço. Se uma das amigas não a tivesse acordado, com certeza teria ficado lá dormindo. Finalmente o sinal anunciando o fim do dia tocou. Laila foi arrastada por Cloe, já que mal tinha energia para fazer os pés a obedecerem.

Quando chegaram em casa lá pela cinco da tarde como de costume, Laila pôde finalmente cochilar por um breve período, já que quando foi despertada pelos gritos de Cloe às 19hs e 30min (sim, ela estava fatalmente atrasada ) não conseguiu mais dormir.

– Ei! - Nico disse ao abrir a porta quinze minutos mais tarde – Você está...

– Atrasada, eu sei – ela grunhiu entrando no salão principal da casa dos Parker.

– Esqueceu de acrescentar mal-humorada também – ele disse torcendo o nariz.

– Me desculpe, eu acabei cochilando em casa – ela suspirou dando um leve sorriso. – Se a Cloe não tivesse me acordado e me trazido, eu nem teria vindo.

– Tá tudo bem – ele sorriu. - Anda, vamos subir. Ainda temos muito o quê fazer naquele trabalho idiota.

Eles logo começaram a retomar a pesquisa. O trabalho estava incrível e quase no fim, mas faltavam ainda grande parte do quê eles tinham elaborado para acrescentar. Nico logo pegou o notebook e começou a mostrar à Laila diversas fontes de onde ele tirara informações preciosas sobre a Segunda Grande Guerra. Laila tentou prestar atenção, tentou mesmo, mas Nico ficava tão fofo explicando as coisas e citando informações importantes que seus olhos reluziam. Laila nunca vira Nico se dedicar tanto à algo acadêmico. É claro, ela não o conhecia a vida toda para dizer isso, mas pelo pouco que sabia dele, era o que ela menos esperava.

Enfim, ela tentou ouvir o que ele dizia e processar as informações na memória, mas os seus olhos pesavam e ela não parava de bocejar.

– Laila, você ouviu o quê eu disse? - ele perguntou interrompendo a si próprio no meio de uma leitura de uma página qualquer na internet.

– Ahn? O quê? - ela sobressaltou-se – Me desculpe, Nico, eu mal consigo ficar acordada.

Ele a encarou com uma máscara de sentimentos que Laila não pôde decifrar, mas não precisava ser um gênio para saber que ele tinha ficado um tanto magoado.

– Me desculpe, okay? - ela murmurou um tanto envergonhada – Eu realmente estava tentando prestar atenção, só que não consigo.

Nico a encarou mais uma vez, mas desta, sua expressão suavizou e ele suspirou.

– Acho que você deveria tentar descansar um pouco – ele murmurou puxando o notebook para o colo.

– Não, eu quero ajudar. Não quero ser uma preguiçosa sedentária.

Nico riu antes de voltar a falar:

– Acho melhor você dormir um pouco, Laila. Não. Nem tente – ela disse determinada chutando o sono para o Tártaro – Eu vou ajudar.

Nico a encarou admirado. Ele sabia que ela estava morta de sono e sentia que o quê ela mais queria era deitar e dormir, mas, mesmo assim, estava admirado por ela se recusar a ficar sem fazer nada.

– Então tudo bem , Mulher-Maravilha – ele disse dando de ombros – Mas, pelo menos, me deixe descer e pegar algo energético para você beber.

– Okay, isso eu deixo você fazer, Batman – ela riu enquanto ele se levantava.

– Batman? - Nico ergueu uma sobrancelha. Laila deu de ombros, sorrindo torto (uma coisa muito fofa dela fazer, na opinião mental de Nico).

– Eu gosto do Batman – ela disse.Ele gargalhou enquanto deixava o quarto.

Laila falava sério quando disse que queria ajudar. Tanto que pegou o notebook e começou a ler os arquivos que Nico citara para ela. É claro, ela não queria ser uma inútil, mas mentiu quando disse que não queria dormir. Estava quase dormindo sentada na cama de Nico, mas sempre que sentia que ia apagar, dava um pulo a sacudia a cabeça. Bem, isso funcionou para espantar o sono. Para espantá-lo por míseros dois minutos. Depois disso, Laila sucumbiu e caiu no sono. Acabou por adormecer encolhida com o notebook caído ao seu lado na cama de Nico.

Nico foi sorrindo feito um idiota até a cozinha. Abriu a geladeira, apanhou duas garrafinhas de energético e pegou biscoitos de chocolate no armário. Tudo isso com um sorriso tosco nos lábios. Era Laila que provocava isso nele. Às vezes, começava a gargalhar do nada só de pensar nas coisas bestas que ela dizia para ele. Ele achou engraçado o fato de ela tê-lo chamado de Batman e continuou rindo disso enquanto descia as escadas e ia até a cozinha. Era culpa dela ele parecer um retardado sorrindo assim, mas ele não se incomodava.

Enquanto voltava pelo corredor (sim, ainda sorrindo feito idiota por causa do Batman), ele estranhou um fato. A casa estava totalmente quieta. Os únicos ruídos eram os passos de Nico contra o piso do corredor. Nem Nora estava em casa. Só ele e Laila. Isso fez sua mente sobressaltar-se e começar a exibir ideias nada inocentes de como aproveitar essa situação, mas ele logo as espantou. Afinal, Laila era sua amiga agora.

Sua amiga. Essa frase fez Nico rir levando em consideração que falava de Laila. Há alguns dias, só o que queria fazer em relação a garota envolvia uma série de métodos eficazes e cruéis de tortura, mas agora, não era bem nisso que ele pensava quando se tratava dela. Isso o fez refletir e se lembrar da aposta tosca que fez com Patrick. O que raios levou Nico a aceitar aquilo ainda era um mistério para ele mesmo. Talvez, parte de sua mente queria tanto aquilo que ignorou o fato de que Laila era sua amiga e não passaria disso. Afinal , ela deixou isso totalmente explícito (embora Nico tivesse a sensação que não era bem assim que a banda tocava). Como ele aceitara aquilo? Ele não queria fazer Laila de objeto, porque, afinal, quando você fica com uma garota por causa de uma aposta, significa que além dela não valer nada para você, não nada por si só, e não era bem assim. Laila era importante para Nico de uma forma que ninguém jamais foi. Ele só não sabia importante como. Como amiga ou ...? Esqueça esse “ou”, gritou uma voz na mente de Nico. Talvez seja mesmo por isso que ele tenha aceitado a aposta. Ele queria mesmo descobrir o que é esse outro “ou”. Ele precisava descobrir.

Enfim, ele continuou andando lentamente pelo corredor até alcançar a porta do quarto.

– Ei, Laila, eu trouxe alguns... - parou quando ergueu os olhos.

Em sua cama, deitada de modo desconfortavelmente encolhido, estava o corpo inerte de Laila. Nico levou alguns segundos para processar essa visão. Caminhou devagar até a cama para comprovar se estava vendo mesmo aquilo. Ele deixou o que trazia nas mãos em cima da cômoda e foi até a cama.

– Laila? - chamou. A garota nem se mexeu. Ainda estava com as mãos sobre o teclado do notebook. Nico sorriu e continuou a fitá-la. Sua respiração suavemente entrecortada era um ruído agradável no quarto silencioso.

Ele se inclinou sobre ela e , delicadamente, tirou suas mãos do notebook, o fechou e colocou-o no chão. Sentou-se onde antes ele estava.

– Laila? - ele sussurrou mais uma vez, mas a garota nem deu sinal de que ouvira.

Seu peito enchia e esvaziava de ar e seu rosto era uma máscara de exaustão. Ele se inclinou para ela e tocou-lhe a bochecha com o polegar. Seu rosto pareceu responder ao carinho, pois se afanou ainda mais na mão de Nico. Ele sorriu novamente. Resolveu agir. Não podia deixa-la dormindo daquela maneira. Ainda estava com os sapatos e toda encolhida na ponta da cama. Nico primeiro tirou-lhe os tênis All Star pretos de Laila e os jogou no canto do quarto. Depois se empertigou e a pegou no colo, a cabeça dela repousando em seu peito. Para ele, ela era absurdamente leve e fácil de se carregar. Poderia sair correndo com ela sem cair nem a derrubar. Ele contornou a cama e a deitou do lado direito. Acomodou-a em um de seus travesseiros e a cobriu com uma colcha. Depois, se levantou e a observou descansar. Ela era estupidamente linda dormindo. Seus cabelos castanho-cobre encaracolados caíam sobre o rosto adormecido. Nico sorriu mais uma vez e contornou a cama novamente.

Apanhou do chão o notebook e se sentou ao lado de Laila, do lado esquerdo da cama. Abriu o notebook e retomou as pesquisas.

– Boa noite, Mulher-Maravilha – ele sussurrou recebendo como resposta a respiração de Laila ao seu lado.

Naquela noite, podia-se afirmar com certeza que o tempo voou. Com Laila dormindo, Nico acrescentou algumas partes ao trabalho. Ele só deu o dia de trabalho por finalizado lá pelas 22hs, quando já começava a bocejar. No fim das contas, Nico esqueceu-se de acordar Laila e se juntou a ela. Ele adormeceu.

A música toque do celular de Laila (Rape me, Nirvana) já havia tocado exatas trinta e sete vezes quando ela acordou. Abriu os olhos lentamente e se impressionou com a escuridão que encontrou. Tateou ao redor e sua mão repousou sobre o peitoral de alguém ao seu lado. Quando sua visão se estabilizou e se acostumou com o escuro, Laila quase deu um pulo. Era Nico ao seu lado. Dormindo quase em cima dela. Na cama dele. Laila soltou um gritinho abafado e se estuporou mentalmente por toda a eternidade. Ela havia adormecido na cama de Nico com ele ao lado. Não conseguiria descrever em palavras a vergonha que sentia.

Finalmente se tocou de que seu celular esgoelava na voz de Kurt Cobain e pulou da cama. Ela estava sem sapatos. Nico, pensou e se sentiu duplamente envergonhada. Correu até os pés da cama e pegou a mochila. Jogou todas as coisas no chão até encontrar o celular, mas este já havia desligado.

– Droga! - ela murmurou ao ver as horas na tela. Quase três da manhã.

Desbloqueou o celular e quase vomitou seu estômago. 37 chamadas perdidas, sendo, 14 de sua tia que voltara de viagem mais cedo (aquela tia que já deveria ter elaborado um belíssimo discurso fúnebre para o enterro de Laila ,após matá-la), 5 de Carly e 18 de Cloe. Laila estava morta, enterrada e consumada sem sombra de dúvidas.

– Nico! Acorda! - ela berrou. Depois se afastou da mochila e pulou na cama de Nico em cima dele (/n.a: nada de levar maliciosamente, suas pestinhas sedentas por hentai!/).

Ela começou a sacudi-lo pelos ombros.

– Anda, garoto, acorda! - ela gritou.

Demorou cerca de dois minutos, mas ele grunhiu e começou a se mexer.

– Saí de cima de mim, Lucy! – ele babulciou de olhos fechados.

– Não é a Lucy, mané! É a Laila! Acorda!

– Laila – ele repetiu e sorriu – Como sabe que eu gosto da Laila, Lucy?

– Você... - Laila parou – O quê?

Nico começou a despertar de verdade. Abriu os olhos e quando eles focalizaram o rosto confuso de Laila pairando em cima dele, suas pupilas dilataram.

– Laila? O quê... mas, o quê faz em cima de mim? - ele olhou para ela com as pernas uma de cada lado dele.

– Eu... - ela perdeu as palavras e corou furiosamente – Não importa. Preciso que me leve para casa. Agora.

– O quê? - ele se sentou e ela passou para o lado – Por que? O quê está acontec...

– Eu explico depois. Por favor, me leva?

– É claro, mas que horas são?

Laila mordeu o lábio lembrando-se da hora e de que estaria morta quando quando chegasse em casa.

– Quase três manhã.

Os olhos de Nico se arregalaram.

– O quê? Mas você não deveria ter ido para casa ,tipo, à umas cinco horas?

– É por isso que eu te acordei – ela corou novamente. - Minha família vai me crucificar. Olhe – ela mostrou a tela do celular para ele – São 37 chamadas perdidas e 15 torpedos. Eu estou totalmente perdida.

Nico a encarou com uma pontada de culpa. Afinal, foi ele quem não a acordou.

– Vamos – ele se levantou – , eu levo você e explico para sua família o que houve. Eles terão de entender.

– Mas Nico... Minha tia, ela vai surtar.

– Então é melhor ir ligando para ela, não acha?

Laila assentiu. Pegou suas coisas pelo chão, incluindo os tênis que estavam jogados no canto perto da cômoda e ela e Nico saíram.

Laila, após mandar uma mensagem para a tia dizendo que estava bem e indo para casa (não, ela não teve coragem de telefonar), não parava de tamborilar os dedos no joelho. Fez isso durante grande parte do caminho até em casa de carro com Nico.

– Ei – ele chamou-a de leve - , vai ficar tudo bem. Eu vou livrar a sua barra.

– Eu queria tanto, mais tanto mesmo que isso fosse verdade! - ela suspirou e ele riu.

– Você está muito nervosa – ele disse dobrando na rua de Laila.

O coração dela parou ali.

– Ai meu Deus!

Na calçada, em frente à casa dos Wigon, estava uma Elizabeth Wigon de hoby e com um taco de beisebol na mão direita, parada com uma cara nada feliz de total ira. Nico encostou o carro e Laila demorou alguns segundos para sair. Os olhos verdes da tia a seguiram em todo esse trajeto, e, acredite, eles não mandavam uma mensagem do tipo “Seja bem-vinda!”. Estava mais para “Hora de morrer”.

– Tia – a voz de Laila falhou - , eu posso explicar...

– Explicar? - ela repetiu de modo assustadoramente calmo e controlado – Você não tem o quê explicar. Não esse direito! - ela gritou apontando o taco para o peito de Laila - Você tá maluca? Me fez rodar a cidade inteira atrás de você! ONDE DIABOS VOCÊ ESTAVA, LAILA MADELINE WIGON? Quer me matar do coração? Quer que eu infarte? Eu me descabelei de tanto tentar te ligar e você não atender! Estava quase chamando a polícia! A C.I.A! Quase eu morro de preocupações! Achei que você podia estar... - ela parou de gritar e engoliu em seco, mas Laila sabia o que queria dizer. Ela respirou fundo e Nico aproveitou a deixa e saiu do carro, parando ao lado de Laila.

– Senhora Wigon, eu posso explicar o que houve – ele trocou um olhar com Laila. - Foi tudo absolutamente culpa minha.

– Nico... - Laila começou, mas ele ergueu uma mão para impedi-la de continuar.

– Laila não tem dormido bem ultimamente, senhora, então eu pedi que ela cochilasse um pouco na minha casa.

– Por que não tem dormido bem? - a voz de Elizabeth ainda estava cheia de rancor, mas a preocupação estava mais clara.

Laila trocou outro olhar com Nico. Ele assentiu minimamente com a cabeça, incentivando-a.

– Os meus pesadelos voltaram, tia – ela murmurou.

– Os pesadelos... - Elizabeth repetiu num sussurro. Seu rosto ficou pálido de repente e todo seu rancor e ira se esvaíram. Ela deu alguns passos rápidos e agarrou Laila num abraço sufocante.

Obviamente, ela sabia de quais pesadelos Laila estava falando. Elizabeth conversara por telefone com o psicólogo infantil responsável por Laila depois do acidente várias semanas antes dela se mudar. Ele citou que a garota tinha constantes pesadelos referentes aos pais que lhe roubavam uma noite inteira de sono. Ele disse que a garota se recusava a dormir, por isso começou a tomar remédios para insônia, mas depois de muito tempo, os pesadelos pararam. Mas, agora, estavam de volta.

– Oh, querida – ela babulciou contra os cabelos de Laila. Seus olhos já jorravam em lágrimas – Me perdoe. Me perdoe.

– Tudo bem, tia Lizy – disse Laila com voz embargada. Obviamente, não queria chorar mais uma vez na frente de Nico.

– Mas, por que demorou tanto para ver as ligações? Me deixou tão preocupada! - Elizabeth disse segurando o rosto da sobrinha.

Nico pigarreou desconfortável.

– Creio que isso também seja minha culpa- ele encarou ambas - Eu acabei pegando no sono também e não acordei Laila.

– Vocês... - Elizabeth olhou do rosto de um para outro – Dormiram juntos?

– Tia! - Laila exclamou sentindo labaredas subirem pelas bochechas.

– O quê foi? - ela sorriu – Dormiram sim ou não? É uma pergunta bem simples, não acha?

– Bem, nós... - Laila não tinha coragem suficiente para olhar nos olhos de Nico – Não do jeito como está pensando, por favor. Nós apenas adormecemos.

Apenas adormeceram, não é? - Elizabeth murmurou. Nico não sabia onde esconder a cara. Seu rosto devia estar mais vermelho que um pimentão.

– Tia! - Laila exclamou de novo.

– Okay, me desculpe. Vocês “apenas” adormeceram – ela fez aspas com as mãos – Tudo bem – deu de ombros – Bom, mais já está tarde, Laila. Precisamos entrar.

– Ela soltou Laila e foi abraçar Nico, que se assustou de imediato, mas retribuiu o abraço.

– Obrigada por cuidar da minha menina – ela disse depois de soltar-se de Nico. - É Nicolas, não é?

– Sim – ele disse. Então, obrigada Nicolas – ela sorriu e se voltou para Laila – Despeça-se do seu namor... quero dizer, amigo e entre, okay?

– Ai tia! - Laila murmurou massageando as têmporas. Sua expressão ponderava entre a vontade de rir, de enfiar a cabeça na terra ou a de fugir.

– Bom, adeus Nicolas – Elizabeth disse entrando pelo portão, passando pelo quintal da frente e sumindo pela porta de entrada entreaberta.Nico sorriu envergonhado e acenou.

– Por favor, não leve nada do que minha tia diz em consideração – Laila pediu rindo de leve. Nico a fitou e sorriu.

– Bom – ele começou - , então acho que é boa noite.

– Sim, boa noite – ela repetiu se aproximando dele. Laila ficou na ponta dos pés e beijou-lhe a bochecha – Boa noite, Batman.

Nico definitivamente não queria sair dali, mas não via outra alternativa ( na verdade, havia uma outra alternativa, mas ele não podia executá-la. Imagina se ele puxasse Laila para um beijo de verdade e o tio dela aparecesse? Oh sim, essa era a outra alternativa).

– Até mais, Mulher-Maravilha.

Eles se encararam por um breve segundo e Laila se afastou. Caminhou metade do jardim, mas antes de prosseguir, virou-se para ele.

– E, hã, Nico? - ela chamou.

– Sim?

– Muito obrigada. Mesmo – ela sorriu e foi naquele sorriso que Nico sentiu ter ganhado seu dia (dia, noite, madrugada... tanto faz).

– Sempre que precisar – ele retribuiu o sorriso e Laila assentiu.

Ele entrou no carro, deu a partida, a ré e deixou a rua. Quando Laila entrou na casa e abriu a porta , quase infartou.

– Meu Deus! O que vocês estavam fazendo aí atrás? - ela perguntou enquanto ajudava a tia e Carly se levantarem do chão. - Vocês estavam... Estavam me espionando?

– O quê? - disse Carly com voz esganiçada – É claro que não.

– Que feio, Carly. Eu não esperava essa de você – Laila balançou a cabeça negativamente – E quanto a você, titia, deveria ser um exemplo.

– Ah, querida, não fique assim. Seu namorado é tão bonitinho. Só queria ver vocês dois...

– O quê? Namorado? - Laila exclamou com voz aguda – Ele não meu...

– Não disse que ela ia negar? - murmurou Carly para a mãe ignorando a presença de Laila.

– Droga – Elizabeth murmurou tirando uma nota de cinco do bolso e entregando à filha.

– Vocês apostaram isso? - Laila perguntou incrédula.

– Bem, sim. Eu disse à mamãe que você ia negar caso disséssemos que Nico e você estavam juntos. Ela não acreditou – Carly deu de ombros, enfiando a nota no bolso do shorts.

– O quê? - Laila perguntou – Meu Deus, vocês são impossíveis! - ela sorriu, embora algo em sua mente sussurrasse “Eu? Nico? Será?”.


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Notas finais do capítulo

Acalmem esses hearts, crianças. Tem beijo chegando, okay? Mas ainda terá ciúmes e mais ciúmes... Então se segurem aí! Sua autora sempre troll, Helena.



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