A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 25
Capítulo 25: Bandeiras brancas.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY MEU POVO!!!!!!!!!!!! Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeem, olá!!!!!!!!! Estou muy happy hoje por uma série de acontecimentos felizes. Um deles é minha luz e internet terem voltado (ALELUIA SENHOR O/) , vocês, meus amados e adorados leitores, resolverem dar as caras e me mandarem reviews e uma outra coisa que não vem ao caso. Sério, muito obrigada gente. Vocês não sabem o quanto me deixam felizes comentando. Eu me explodo em fogos de artifício. Enfim, obrigada por começarem a mandar e reviews e, por favor, NÃO PAREM! Valeu? falou. Partiu capítulo?



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– E aí? Ela está bem? - Alison disse pulando do sofá e abordando Nico.

Ele suspirou e assentiu enquanto terminava de entrar na sala.

– Ela dormiu – ele disse.

– Então era verdade, não é? - disse Cloe que saía da cozinha – Vocês não fizeram nada mesmo na outra noite. Apenas conversaram.

– Exatamente – Nico disse.

– Mas Cloe... - começou Sam – Como você...

– Bem, deduzi que eles não estavam mentindo quando Laila o abraçou. Ela não teria se jogado nos braços dele se ele já não soubesse do que se tratava, não concordam? - Cloe explicou.

– Então agora acreditam em nós? - Nico perguntou.

– Sim, acho que sim – Chase disse.

Um silêncio se ergueu na sala. Todos olhavam para todos sem ter o quê dizer.

– Bom... - começou Claire – Acho que é melhor... Sei lá, irmos dormir?

– Eu também acho – Sam concordou bocejando. Após ela, foi como um efeito dominó e todos bocejaram.

– Bom, então boa noite pessoal – disse Carly sendo a primeira a subir. Claire foi a seguinte junto com Sam. Daniel, Patrick e Nico as seguiram escadaria acima.

– Boa noite, meninas – disse Derick subindo por último, deixando Cloe e Alison sozinhas na sala.

Alison se precipitou até as escadas, mas Cloe continuava parada encarando o nada.

– Ei loira! - Alison a chamou – Você não vem?

– O quê? - Cloe a olhou com os olhos azuis perdidos – Oh sim! Já vou subir!

– Okay. Boa noite, então – Alison despediu-se e sumiu no hall de entrada depois nas escadas.

Cloe ainda estava paralisada interiormente. Ela foi a primeira a ouvir Laila, pois estava acordada, e para ela foi terrível. Antes mesmo de Laila gritar, Cloe pressentiu algo errado. A garota começou a se debater e a balbuciar algumas frases soltas. Quando Cloe se aproximou, Laila gritou e acordou aos prantos. Realmente, não foi a melhor noite de Cloe naquela casa.

Sentindo-se incapaz de continuar ali na sala parada, ela girou nos tornozelos e caminhou para a cozinha. Estava tão perdida dentro de si mesma em pensamentos que, ao entrar na cozinha, deu de frente com Leonard, que saía de lá.

– Me deculpe, eu... – ela começou, mas assim que seus olhos focalizaram o rosto de Leo, ela se calou e suspirou irritadiça – Ah, é você.

– Ei, mau humor louro – ele riu – O que foi que houve com Laila? Eu ouvi a voz de Nico da cozinha. Ela está bem?

– Sim, está. Nico disse que ela está bem – ela murmurou mordendo o nó dos dedos.

– Tá tudo bem, loira? - Leo perguntou mais sério.

Ela subiu os olhos azuis para ele e os revirou.

– Desde quando te devo explicações? – ela disse esbarrando nele e entrado na cozinha.

– E lá vamos nós outra vez – ele murmurou recuando até a cozinha. – Por que é assim comigo?

– Acho que já te respondi isso – ela devolveu sem olha-lo, enquanto tirava uma jarra de suco da geladeira.

– Não, não respondeu. Você contornou a minha pergunta – ele respondeu irritado, coisa que impressionou Cloe. – Por que me odeia tanto? Por que sempre me trata assim?

Leonard a fitava com aqueles grandes olhos castanhos brilhantes que sempre deixaram Cloe sem ar. Ela nunca o vira falando tão sério na vida. Suspirou fundo e se sentou à mesa.

– Olha – ela começou – , nunca disse que te odiava, okay?

– Tem certeza? Me lembro de muitas vezes em que...

– Tá, eu posso ter dito coisas horríveis a você, mas nunca disse que te odiava em especial. Eu só... odeio o que você faz. Odeio suas babaquices, seu modo de tratar as garotas como se fossem descartáveis e seu jeito de tentar chamar a atenção de todos acima de tudo. É isso que eu odeio. Apenas isso – ela irritou-se.

– Eu... - agora era ele que estava sem palavras.Encarou aqueles olhos azuis raivosos com uma pitada de ressentimento de Cloe e suspirou. - Eu... bem... me perdoe, Cloe.

Aquilo definitivamente pegou Cloe desprevenida, mas ela não demonstrou isso.

– Não precisa me pedir perdão. Você fez o que faz de melhor: ser você mesmo.

– Mas eu não sou assim – ele retalhou.

– Ah não? Me diz. Você não é Leonard Valdez? O cara mais namorador, babaca e egocêntrico que o mundo já viu?

– Não sou namorador – ele justificou.

– Não é? - Cloe riu com desdém – Você já namorou todas as garotas de nossa escola. Bom, pelo menos todas as facilzinhas. Como você ainda ter a audácia de dizer que não é pegador?

– Mas eu nunca namorei ninguém, digo, namorar mesmo foi só uma vez.

– Isso porque nenhuma garota em sã consciência aguenta o seu ego enorme e sufocante. E sem contar o quanto você é irritante.

– Por que diz isso?

– Por que desde a sexta série você me importuna. Não sai do meu pé. Acha que alguém aguenta isso? Acha que alguma mulher aguenta isso?

As narinas de Leo se ditavam vorazmente. Um vulcão em erupção pulsava em cada uma de suas veias e aquilo definitivamente não era bom.

– E esse é o segundo tópico da lista “Coisas que detesto em você”: você é um tremendo panaca com as mulheres – Cloe disse.

– Cloe, é melhor você...

– Eu o quê? - ela desafiou – Ah, é claro! Isso se encaixa perfeitamente no primeiro tópico: você é um babaca.

– Ei! - ele exclamou – Eu não sou...

– Por favor, né Valdez. Não minta.

– Tá, talvez eu seja um pouco...

– Um pouco? - Cloe ergueu as sobrancelhas.

– Sabe, é a minha vez de começar a lista de “Coisas que detesto em Cloe Marie Aster” - ele disse – Sabe, você é estupidamente perfeitinha e calculista e isso, loira, é totalmente broxante.

– O quê? - ela exclamou com voz aguda – Você me chamou de brox...

– Sem contar que é uma desmancha prazeres e não sabe o que é diversão.

– Eu sei o que é...

– E, além disso, tem a mania irritante de ficar encarando as pessoas com esses... esses olhos estúpidos e azuis. Isso irrita, sabia?

– Seu imbecil...

– E , sem contar , que tem a mania patética de me chamar de coisas feito imbecil, patético e idiota sempre que me vê.

– Chamo porque é a mais pura e límpida verdade – ela rebateu. Eles estavam frente a frente.

– Ah, e como se não bastasse, adora pertubar as pessoas com argumentos tediosamente inteligentes e nerds. Também tem a mania de cuidar da vida dos outros só porque tem uma droga de vida própria. Você diz que as pessoas não me suportam? Olhe para você, Cloe!

– Cala a boca! - ela berrou.

– Viu? - ele exclamou – Não aguenta nem isso. Acha que alguém aguenta seus chiliques? Ah, e ainda tem...

Cloe não se segurou e calou-o com um certeiro...tapa. Ela tinha lágrimas iradas em seus olhos.

– Eu odeio você – ela murmurou pausadamente. – Está feliz agora? Eu disse as tais palavras mágicas.

Leo não soube o que fazer no minuto seguinte. Apenas observou quando Cloe passou por ele com um empurrão e sumiu pela porta da cozinha. Foi então que se seu cérebro resolveu ligar.

– Ai droga! - ele exclamou esmurrando a própria testa com o punho – Ei, espera!

Leo correu a tempo de encontrá-la no meio da escadaria.

– O que você quer, hein? - ela guinchou parando antes de alcançar o topo.

– Eu não... eu não queria...

– O quê? Esqueceu de mais alguma coisa para me dizer?

– Cloe, me perd...

– Cala a boca! - ela rosnou virando-se – Eu não quero seu maldito perdão Valdez! E pensar... e pensar que eu cogitei a ideia de ser... sua amiga.

Aquilo surpreendeu Leo, mas de uma maneira que o entristeceu. Ela estava tentando estender uma bandeira branca ( do jeito mais bizarro possível ) entre eles e só o que ele fez foi jogar uma bomba nuclear em sua cabeça.

– Cloe – ele conseguiu dizer – , eu quero muito ser seu amigo. Me desculpe. Eu não queria ter dito...

– Já ouviu dizer – ela o interrompeu – Que tudo o que as pessoas dizem as outras quando estão irritadas é sempre aquilo que elas gostariam de dizer naturalmente?

– O quê? Eu nunca...

– Pois é. Engraçado, não? - ela disse.

– Por favor, Cloe, me escute. Me desculpe, okay?

– Sem essa, Valdez. Você não muda e sempre será assim. Achei que tinha ficado menos idiota com o tempo, mas, me enganei fatalmente. Me diz, por que a mim? Por que escolhera a mim para pertubar a vida inteira? Cara, nós nos conhecemos desde a sexta série e você nunca, nem por um mísero segundo, tentou ser amigável comigo. Por quê?

Outra surpresa. Leo não esperava que Cloe se ressentisse com isso. Seu tom de voz era marcado por mágoa. Qual é?, ele dizia. São só umas brincadeirinhas bobas. Nunca pensou que aquilo realmente machucasse alguém.

Leo subiu cautelosamente dois degraus.

– Eu acho que sei a resposta, mas você nunca acreditaria em mim porque me acha um babaca, imbecil e sem coração.

– Acho mesmo.

– Não disse?

– Mas mesmo assim – Cloe desceu um degrau – Eu quero saber.

Leo suspirou. Nunca pensara muito nesse assunto, mas sabia bem qual era sua resposta.

– Por causa que eu era um bobão, Cloe. Um bobão que queria ser popular. Era aluno novo, chegando numa escola diferente e numa cidade diferente. Não conhecia ninguém e todos me olhavam torto, como se eu fosse um alienígena. E você... - Leo subiu os olhos lentamente até encontrar os de Cloe – Era tão entrosada com a turma. Era a mais inteligente e já era a representante de classe. Falava com todos e todos com você. Tinha bastante amigos e era a favorita dos professores, e eu só queria um pouco disso.

Cloe desceu dois degraus. Ela se lembrava bem daquela época. Foi uma das melhores de sua vida, mas se passara muito tempo. Muita coisa mudou de lá para cá. Seu rosto não estava mais escarlate e seus olhos não fulminavam mais Leo. Seus braços estavam cruzados no peito.

– Então você, basicamente, se tornou o mané da sala. Aquele que enchia o saco de todos , mas principalmente o meu – ela completou.

– E foi aí que eu consegui me destacar. Conheci Nico primeiro, depois Chase e os outros. Viramos um grupo de arruaceiros maneiros que todos conheciam.

– Isso as custas de eu ter virado a piada estudantil mas famosa de todas – ela murmurou – Eu passei a ser a esquisitona graças aos seus deboches e pegadinhas.

– Eu sinto muito ter feito você passar por maus momentos assim, Cloe – ele disse com um meio sorriso.

Cloe desceu um degrau. Pouco mais de cinco outros degraus separavam ela de Leo.

– Por que você não simplesmente se tornou meu amigo? Eu era tão anormal assim?

– Não, quê isso!? Eu simplesmente tomei o caminho mais fácil para mim...

– E me ferrou – ela completou.

– Basicamente, sim.

Mesmo ainda estando brava, ela sorriu. Ele subiu mais um degrau.

– Me desculpe – ele murmurou – Por tudo.

Cloe revirou os os olhos e descruzou os braços.

– Ai, Leonard, vai ficar me pedindo desculpas por qualquer coisa? Se for assim, vamos passar a noite toda aqui!

Aquele comentário foi suficiente para quebrar o gelo e faze-los rir. Leo subiu mais três degraus, ficando num degrau a menos que Cloe.

– Desculpe o tapa – ela disse – Foi um impulso tentador demais para se negar.

– Agora é você quem vai me pedir desculpas? - ele riu – Está tudo bem. Na verdade, se eu fosse uma garota também me daria um tapa – ela riu – Com a minha experiência com garotas estressadas, já levei muitos tapas.

– Leo, estou estendo um bandeira de amizade – ela começou – Por favor não bote fogo em tudo.

– Okay, me desculpe. Mas, sabe, eu disse a verdade naquela hora sobre não ser namorador nem nada.

– Disse? - ela gargalhou.

– Sim, eu disse – ele respondeu calmamente – Só namorei para valer uma única vez na vida e, para falar a verdade, foi horrível.

Cloe sorriu e eles se sentaram nos degraus.

– Sério mesmo? Só uma vez? Você? Leonard Valdez? - ela exclamou.

– Eu sei, eu sei. É difícil de acreditar – (ele levou um tapa no braço por isso) – Mas, enfim, é a verdade.

– E com quem foi?

– Ah, você sabe. Com Emily. Emily Jenkings. A cerca de um ano e meio.

– Ah – Cloe disse sem emoção nenhuma deixando claro que não gostava da Jenkings. Ela ainda se lembrava da festa na casa de Leo onde Emily apareceu e... bem, vocês sabem.

– Por que fez isso? - ele sorriu.

– Por nada. Mas, me diz, se você nem gostava dela , por que vocês namoraram?

– Eu não disse que não gostava... - Leo começou, mas os olhos de Cloe o escanearam tão profundamente , que ele cedeu – Okay, eu a odiava. Não Emily em si, mas Emily e Leo. Cara, foi horrível. Pior ano da minha vida.

– Mas por que namorou com ela então?

– Porque... - e ele encarou Cloe. Era simplesmente impossível não se encantar com seus grandes olhos azuis brilhantes e seus cabelos louros e emaranhados. Bom, pelo menos para ele – Por causa de uma garota.

Cloe ficou estática. Será que ouvira direito?

– Por causa de quê?

– Uma garota – ele repetiu sem jeito – Eu gostava de uma garota, na época. Bem, na verdade, eu já gostava dela há muito tempo.

– Ainda não entendi – mentiu Cloe. É claro! , gritou sua mente. Ele gostava de outra garota e, por alguma razão, ele não conseguiu nada.

– Que raios, Cloe! Eu só fiquei com a Jenkings por que gostava de outra. O quê é tão difícil de entender?

– Ah – Cloe disse, disfarçando a decepção. Nunca esperou que ele, Leo, fosse se apaixonar por alguém. Aquilo era um tanto chocante para ela e, por alguma razão, aquilo havia deixado-a entristecida.

Leo suspirou. Ficara nervoso de repente. Talvez fosse porque não falava muito no assunto. Ou talvez fosse por estar ali com Cloe... contando a ela uma coisa que quase ninguém sabia a seu respeito.

– Bem, como eu disse, eu gostava de uma garota. Sério, gostava dela pra valer e já fazia alguns anos. Na época, eu estava determinado a contar isso a ela. Tomei semanas de coragem para chegar nela e soltar a bomba. E quando finalmente consegui falar com ela...

Ele deixou a frase pairando no ar acima de suas cabeças.

– O quê? - Cloe perguntou – O que houve?

– Ela me desprezou e jogou na minha cara que estava namorando um carinha aí – ele disse, entristecido.

– Oh!

– Sim, eu levei o maior fora. Não, não contei nada à garota. Guardei o fora apenas para mim. Daí, eu peguei a primeira que me quis, no caso, Emily. Mas acontece que Emily é diferente das outras, sabe? De um modo bem irritante! Ela não saía do meu pé. Estava sempre atrás de mim. Toda vez que eu tentava terminar, ela me enrolava e não me deixava falar, e isso me segurou nela por quase um ano. Daí, finalmente, consegui fazer ela perceber que eu não gostava dela e não estava nem aí para nada.

– Mas o seu plano não funcionou tão bem quanto o esperado, né?

– É – Leo suspirou – Aquela maluca ainda pensa que estamos juntos!

Eles gargalharam por um tempo, mas logo o silêncio voltou.

– Mas e a tal garota? – Cloe disse com a garganta seca.

– Quem?

– A tal garota, bobão, a que você gostava – ela riu de má vontade – Ainda sente algo por ela?

– Bem, eu... - e ele se pegou mais uma vez encarando os belos olhos de Cloe. Como eles podiam ser tão lindos?, Leo pensava. Ele deu um meio sorriso – Acho que sim.

– Acha? - Cloe gargalhou de leve. A sinfonia hipnotizou Leo por alguns instantes – Como assim acha? De uma coisa dessas, Valdez, deve-se ter certeza . E não achar.

– Mas eu não tenho certeza, oras!

– Vai, me conta alguma coisa sobre ela – Cloe pediu.

– Por que?

– Porque estou tentando ser uma pessoa agradável – (na verdade, ela só estava tentando descobrir quem era tal fulana, mas isso não vem ao caso) – Agora, conta – ela disse com autoridade.

Leo bufou. Odiava quando Cloe o encurralava e só restava a ele atende-la. Bem, isso não acontecia com muita frequência, mas, agora que eles estavam “se entendendo”, achou melhor acostumar-se. Se bem que ele imaginou que iria gostar. Na verdade, já estava gostando da tal “bandeira de amizade”.

– Bom, o que quer saber? - ele perguntou.

– De tudo – ela exclamou sendo um pouco óbvia demais. Ele arqueou as sobrancelhas e Cloe se encolheu, corada – Bem, não de tuuuudo mesmo, mas de algumas coisinhas básicas, por exemplo, qual é o tipo de música favorita dela e qual sua banda favorita?

– Não sei.

– Sabe a comida favorita dela?

– Não.

– A cor?

– Náh.

– Um lugar predileto?

– Não.

– Um aroma? Uma roupa? Um passatempo? Nada?

– Nada, nadinha, nada mesmo e sim, nada – ele confirmou.

– Uau, você é mais obtuso do que aparenta!

– Isso é bom?

– Deixa para lá – ela fez um gesto com a mão – Se você não sabe nada sobre ela, como espera conseguir alguma coisa?

– Mas, como eu posso saber dessas coisas?

– Chega e pergunta.

– O quê? - ele exclamou como se ela tivesse o mandado saltar de barriga de um trampolim a uns trinta metros de altura de uma piscina vazia – Tá maluca?

– Não, idiota. É uma coisa simples. Você precisa conhece-la melhor – ela fez uma pausa, depois o olhou com mais cautela – Sério mesmo que não sabe nada sobre ela?

– Bem, sei poucas coisas. Sabe, talvez um pouquinho.

– Então... - Cloe mordeu os lábios e tombou a cabeça para um lado, pensativa – Me conte um pouco sobre ela.

– Hummm... como assim?

Cloe revirou os olhos e riu.

– Ai, seu bobão, me fala sobre ela. Como ela é? É bonita? Inteligente? - É melhor que eu?, uma parte da mente de Cloe sussurrou e logo depois levou um soco da outra parte da mente. Definitivamente, sua mente estava enlouquecendo de exaustão e de cansaço para pensar algo assim.

– Bem... ela é legal.

– Qual é, Leo? “Ela é legal” não uma resposta decente!

– O que espera que eu diga?

– Quero que diga o que pensa dela – E de preferência , começou aquela mesma vozinha em sua mente , Me diga quem é ela!

– Bom – ele a encarou com aqueles olhos distantes – ela é cativante, criativa, inteligente, engraçada e muito irônica. Ela é maravilhosa. Tem os olhos mais incríveis que já vi. Ela é – agora ele encarava Cloe pra valer com seu meio sorriso, como se os olhos dele quisessem penetrar na mente e na alma de Cloe e plantar suas palavras ali – Basicamente incrível.

Uma coisa remexeu no estômago de Cloe, algo como ácido. Ela sentiu uma pontada de ciúmes tão repentina que a parte mais sensata de si nem conseguiu evitar. Essa garota, como ele disse, era incrível,maravilhosa e devia ser algum tipo de Miss EUA que ama pandas, crianças carentes e Shakespeare. Aquilo irou Cloe por dentro. Quem era a fulana Cloe não sabia dizer, mas de uma coisa tinha certeza: aquela garota não merecia Leo e Cloe já a odiava mesmo sem (talvez) não a conhecer. Por que a odiava? Isso era um mistério para uma parte do cérebro de Cloe resolver.

– Bom – ela finalmente lembrou-se como se falava – Ela parece ser demais.

– E é.

– Que bom – Cloe disse entre dentes. – Bem, basicamente, é só você descobrir mais coisas sobre ela e coloca-las em prática.

– É isso? E qual o próximo passo?

– Chama ela para sair, ué! - disse Cloe em meio à um sorriso/bocejo – Tá na minha hora. Boa noite, panaca.

– Boa noite, loura – ele murmurou.

Talvez Cloe estivesse com muito sono mesmo, pois fez algo que chocou tanto a Leo quanto a parte mais sensata de seu cérebro. Ela se inclinou e deu um beijinho de boa noite na bochecha de Leonard. Acha isso bobagem? Mas para ambos fora uma surpresa e tanto.

– O quê...? - ele começou enquanto Cloe se levantava do degrau.

– Faz parte da bandeira de amizade. Tchau.

– Bem, hã, tchau... - ele murmurou.

Cloe estava realmente tentando ser mais agradável com ele, o que exigia de Leo uma mudança mais do que drástica com ela.

Foi dormir com os pensamentos matutando em algo. Ele havia falado demais à Cloe e, agora estava ressentido com algo.Cloe era ligeira e muito esperta. Será que ela, nem por um segundo, notara que a tal “garota misteriosa” era ela? Leo torcia para que não. Queria fazer uma surpresa.


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Notas finais do capítulo

E aí?????????? O que minhas little unicórnios acharam????????? Hels merece reviews? Hels acha que sim. Hels tem sérios problemas psíquicos por falar sozinha? Sim, é claro! Mas enfim! O quê acharam???? Por favor, não sumam da minha vida!!!!!!!!



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