A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena
Notas iniciais do capítulo
Heeeeeeeeey, me voltei-me! Bem, aproveitando o fato que estou virada hoje (sim, sem dormir) vou postar logo o próximo, mas não pensem que eu não vou cobrar reviews.Ah, sorry mesmo pelo tamanhão do capítulo. Me desculpem. Eu me descontrolei na hora de escrever ^-^. Não morram, crianças!
– Por que está tão pensativo hoje, Valdez? - perguntou Chase.
– É, cara. Você, geralmente, é o que menos pensa – riu Nico.
– Me deixem, manés! – exclamou Leo enquanto colocava a camiseta.
– Anda, cara, o quê foi – perguntou Nico.
– Ah, cara, eu quase estraguei tudo com uma garota – Leo murmurou.
– Que seria... -Chase começou. Leo suspirou e lançou um olhar rápido nas costas de Daniel.
– Cloe. Eu quase estraguei tudo em relação a ela.
– Leo, me diz, quando é que você quase nunca estraga tudo com qualquer um? - Nico perguntou sorrindo enquanto vestia a calça.
– Bem, ele tem razão – concordou Chase amarrando o tênis.
– É – afirmou Patrick buscando algo dentro de sua mochila.
– Cara, por que todos vocês sempre conspiram contra mim? - Leo perguntou.
– Isso chama-se “amizade” - riu Daniel, que pareceu nem ouvir que Leo citou sua irmã.
– Ei, são quinze para as sete – disse Patrick checando o visor do celular. - É segunda e vocês sabem que não podemos nos atrasar.
– E lá vem Patrick sendo o bom moço como sempre – suspirou Daniel dando uma leve bagunçada nos cabelos – Cara, você chega a ser quase tão pior quanto a minha irmã.
Daniel riu enquanto esquivava-se de uma almofada lançada por Patrick e foi checar a mochila. Eles haviam deixado a casa dos Wigon a cerca de uma hora e foram todos para a casa de Patrick. Iriam juntos para a escola de lá. No quarto parcialmente organizado de Patrick estavam Nico e Leo terminando de se vestir, Chase terminara de amarrar o tênis e estava sentado na cama ao lado de um Derick vidrado em seu PSP. Daniel e Patrick já estavam vestidos e prontos.
– Bom, todos okay? - Patrick perguntou.
– Calma, cara – disse Leo abotoando a calça. Ah, Leo, o quê você estava falando mesmo da minha irmã? - Daniel perguntou.
– O quê?
– Ele disse algo sobre “ter estragado tudo” - disse Nico sendo fuzilado por Leo logo em seguida.
– Então, – Daniel o encarou com olhos azuis estreitos – Quer nos contar alguma coisa sobre isso?
Leo logo percebeu que quando Daniel pronunciou o “nos contar” , quis claramente dizer “Me conte o quê diabos você quer com a minha irmã, idiota!”, e isso não o acalmou nem um pouco. Ele engoliu em seco.
– Bem...
– Você gosta dela, não é? - Patrick perguntou.
– O quê? - Leo exclamou um pouco alto demais – Tá maluco? Pffff, é claro que não...
Todos trocaram um olhar.
– É, ele gosta dela – concordaram.
– Ei! Não falem de mim como se eu não estivesse aqui!
– Leo, confesse logo – Nico revirou os olhos. Mania que tinha herdado de um certa Wigon – Você gosta da loira.
– Bem, eu... – e ele encarou os olhos assustadoramente azuis de Daniel. Ele só vira olhos azuis tão raivosos assim sobre ele em uma outra Aster. Daniel, mesmo com o início do assunto centrado em sua irmã, continuava calado – Eu digo se gosto ou não dela se você me dizer o tem rolado entre você e a Laila!
– O quê? - Nico exclamou. Os outros no quarto, até mesmo Derick, olharam de um para o outro como se assistissem a um jogo de tênis – Eu não... Eu e a Laila não... Nós não temos absolutamente nada!
– Ah não? - desafiou Derick.
– Sim, quer dizer, não... Quer dizer... Nós não temos nada!
Derick o avaliou e deu de ombros. Nico sacudiu a cabeça e se voltou para Leo.
– A questão é que você não respondeu a pergunta, Valdez.
– Que pergunta?
– Ah, Valdez, que merda! - exclamou Daniel – Tu gosta ou não da minha irmã?
– Sim... quer dizer, não, quer dizer... ARGH! EU NÃO SEI! - Leo ficou vermelho e grunhiu – Eu realmente não sei, cara.
– Bom, esse seu surto já responde muita coisa – disse Patrick – Mas, enfim, o quê “estragou” com ela?
– Eu... - ele suspirou e arriscou lançar um olhar para Daniel – Quer dizer, nós , Cloe e eu, conversamos noite passada. Bem, eu disse algumas... algumas coisas que não foram legais a ela...
– O que foi que você disse para a minha irmã, Valdez? - interrompeu-o Daniel.
– Algumas coisas desagradáveis. Só isso – Leo disse – Bem, enfim, nós brigamos...
– … Como sempre fazem... - Nico acrescentou.
– … E muito, à propósito... – Derick continuou.
– … E põe muito nisso... – Chase completou.
– Vem cá, alguém mais quer me interromper? - Leonard irritou-se.
– Foi mal – disseram Nico, Derick e Chase segurando o riso.
– Enfim, nós conversamos bastante depois deste “desentendimento” - ele fez aspas com as mãos – E acabei que eu, meio que, deu a entender que eu gostava dela.
– E ela sacou? – Nico perguntou.
– Não tenho certeza. Cloe é uma garota ardilosa. Ela podia muito bem ter entendido a minha "indireta-não-tão-indireta-assim", sei lá!
– Bom, mais eu ainda não entendi o que você estragou com ela – Nico disse.
– É que eu queria tanto contar de cara a ela , mas e acabei me acovardando.
– E por quê? - perguntou Patrick.
– Por que o quê?
– Por que não contou logo de cara?
– Porque eu sou um mané, imprestável e covarde! Cara, eu não sei bem o que aconteceria se eu contasse a ela.
– Eu tenho um leve pressentimento do que poderia acontecer se contasse – começou Nico – (A) Ela te daria um tapa na cara e acharia que você está pregando uma peça nela, o quê não seria nada legal ;(B) Ela se assustaria com tanta informação e ia sair de perto de você por um bom tempo, digamos, para sempre ; e (C) Talvez, nem que por um breve segundo, ela consideraria essa sua paixonite por ela desde a sexta série e você dois ficariam juntos.
Todos pareceram estar maquinando aquelas três opções mentalmente. Daniel exibia uma expressão cômica.
– Desde a sexta série? - Daniel exclamou.
Leo o ignorou
– Bem, estou realmente em dúvida entre a (A) e a (B) – declarou Leo.
– Ah, qual é! - Nico ergueu os braços para o alto – Tenha um pouco de otimismo, cara!
– Eu sou otimista, mas duvido muito. A (C) é mais uma questão de milagre do que de otimismo!
– Tá, mais ainda tem mais uma opção – Nico disse.
– Qual? - Derick perguntou – A alternativa (D), cujo a Cloe chuta as bolas dele e grita “Seu tarado desgraçado!” antes de sair andando? Porque se for, eu voto nessa!
– Não, a do caso do Leo não dizer nada! – Nico explicou – Só uma, cara: arrependimento.
Leonard o encarou suspirando.
– Você sabe que eu tenho razão nessa última – continuou Nico - , porque me lembro bem como você ficou quando descobriu que gostava da Aster a um ano e levou uma senhora bota dela.
– O Nico tem razão – Daniel disse assustando Leo. O garoto estava tão calado nos últimos dois minutos que Leo até esquecera de sua presença ali (embora os olhos de Daniel ainda fitavam Leonard com desconfiança, como se soubesse que a qualquer instante ele fosse sacar um revólver).
– C-como disse? - Leo perguntou.
– Diz logo para a Cloe o que sente por ela, oras!
– Mas... como eu faço isso?
– Bem, eu convivo com ela desde de sempre, certo? Aguenta-la por todo esse tempo tem que servir de alguma coisa. Acho que posso ajudar você. Eu conheço bem a minha irmã.
Leo queria começar dançar macarena no mesmo instante. Uma chama acendeu em seu peito e o encheu de esperança. Finalmente, depois de todo aquele tempo guardando seus sentimentos pela loira, ele teria uma oportunidade de contar a ela. Nunca estivera mais feliz.
– Obrigado, cara. De verdade – Leo sorriu.
– Tudo bem, tudo bem - Daniel torceu o nariz - Mas, olha bem o que você vai fazer com ela, ouviu? Ela ainda é minha irmã. Posso muito bem ir atrás de você se fizer algo de errado com ela.
– Combinado – o sorriso de Leo se expandiu.
– E quanto ao Nico? - perguntou Patrick.
– O que tem eu? - Nico o olhou.
– Você e a Laila, cara.
– Nós não somos bobos. Você gosta sim dela.
– O quê?
Todos trocaram um olhar e depois voltaram a encarar Nico.
– Qual é? Vai nos obrigar a fazer um interrogatório com você também? - Daniel perguntou – Por que não confirma de uma vez e nos livra logo dessa?
– Porque eu não estou a fim da Laila, oras! Acabamos de nos tornar amigos. Vocês, por acaso, ficaram malucos?
– Ah, mais um em negação. Por que eles simplesmente não dizem logo sim? - Daniel praguejou para o teto.
– Eu não estou em negação!
– Cara, negar que você está em negação só confirma que você está em negação! - declarou Chase como se fosse óbvio.
– Eu não... Ah cala a boca! E querem saber? Eu só respondo alguma coisa se vocês responderem também.
– Ei! Na minha vez não teve isso! - queixou-se Leo.
– Você, Dan, por exemplo – Nico ignorou Leo – Assume ou não que sente pelo menos algo pela Sam?
Dan ficou estarrecido. Sua boca começou a se mover a procura de palavras e seu rosto ficou tão escarlate quanto o de sua irmã, Cloe.
– Eu... bem, eu...
– Qual é, cara! Até um cego vê que ela gosta de você! - disse Leo dando dois tapinhas nas costas de Daniel.
– E você, Chase – continuou Nico - Todos percebem que você quer a Alison de volta. Por que não faz nada a respeito?
– Bem, isso eu não posso negar. Eu quero sim a Alison de volta, mas ela me odeia mais que tudo e eu não sei bem o que fazer.
– Então você... assume? - perguntou Nico erguendo uma sobrancelha.
– Sim – Chase disse com convicção.
– Bem, então tá. Um a menos para interrogar. E quanto a você, Patrick. Cara, você baba na Carly. Por que não diz logo que gosta dela?
Patrick pareceu esquecer de como se falar e empalideceu. Derick o encarou e se levantou num pulo.
– Você gosta da minha irmã?
– Não, eu... - disse Patrick.
– Não gosta? - perguntou Nico.
– Sim, eu...
– Então você gosta dela! - Derick exclamou de modo acusador.
– Eu... Eu... Ah, qual é Nico! Não mude de assunto outra vez!
– Não estou mudando, apenas contornando. – ele justificou e se voltou para Derick – Ah, e você, Derick, todos já estão cansados de saber que você tem um abismo pela...
– CALA ESSA BOCA, PARKER! - Derick gritou.
– Okay, acho que isso reforça o que eu desconfiava – Nico declarou.
– Quem? O Derick tem abismo por quem? - Leo se intrometeu. Derick estava tão pálido quanto um fantasma. Suas mãos começaram a suar sob o olhar de Leo e sua garganta fechou de repente.
– N-nada, quero dizer, ninguém. O Nico só estava brincando. – Derick balbuciou.
– Bem, isso é o suficiente para você, Nico? - começou Patrick – Vai responder agora a minha pergunta ou não?
– Eu já respondi.
– Mas ninguém acredita em você, então sugiro que diga logo a verdade – Leonard disse.
– Bem... - começou Nico ficando ligeiramente nervoso – Eu já disse. Eu não... gosto da Laila.
Todos se encararam mais uma vez. Nico não conseguia acreditar que eles fossem cair nessa. Sim, ele estava mentindo. Bem, não mentiiiiiindo mentindo, mas não dizia toda a verdade. A pura verdade era que sim, sentia algo estranho por Laila, mas não sabia bem o quê. Não sabia se era porque estavam tão amigos agora, tão próximos que se sentia daquele jeito com ela. Na verdade, enquanto dizia a seus amigos que não gostava de dela, concluiu que não poderia ser isso , pois, sempre que dizia que não sentia nada de diferente em relação à Laila, seu estômago remexia e revirava. Algo em sua mente lhe disse que aquilo não era fome e nem “excesso de amizade”. Então, para resumir, ele estava totalmente confuso e perdido.
– Bom – começou Patrick – se você está dizendo com tanta convicção, acho que é verdade. Bem, se for esse o caso, acho que você não se importaria com uma pequena aposta.
– Que tipo de aposta?
Os olhos de Patrick cintilaram de um modo meio sinistro. Sério, Nico nunca o havia visto assim.
– Já que você diz que não sente nada pela Laila a não ser amizade, não se importaria com essa aposta.
– Que aposta? - Nico estreitou os olhos.
– Bem, você sempre foi famoso com as garotas. Sempre conseguiu todas que queria quando queria, e, acho que podemos usar isso ao nosso favor como um tipo de teste.
– Ainda não entendi muito bem...
– Olha, Nico, estou propondo uma coisa: uma aposta. Você deve beijar a Laila, não um beijinho qualquer, mas um beijo de verdade.
– Pra quê? - Nico já estava nervoso para ouvir o resto.
– Oras, se você não sentir nada e não quiser mais nada com ela depois disso, saberemos que está falando a verdade – Patrick explicou. - Agora, se quiser seguir namorando com ela, nós saberemos que você mentiu sobre não sentir nada por ela. Simples assim.
– Sem chance – Nico disse sem ao menos pensar – A Laila me mataria se eu me aproximasse dela pra isso. E tem mais, nós somos amigos. Que tipo de amigos saem por aí se pegando pelos cantos?
– Amigos coloridos? - arriscou Leo.
– Olha, sem chance deu topar isso.
– Então está decidido: você é um mentiroso orgulhoso demais para assumir que gosta de uma garota – Patrick deu de ombros.
– Mas eu não sou...
– Então prove – disse ele. Nico suspirou e avaliou as possibilidades.
Ele podia simplesmente ignorar os amigos e continuar sentindo aquilo por Laila para o resto da vida, ou simplesmente tentar descobrir o que realmente era aquilo. Ambas eram muito tentadoras, mas, após pensar um pouco, ele se deu conta.
– Então, é só eu ficar com Laila? Só isso? Tudo para provar que o que eu estou dizendo agora sobre ela é verdade?
– Exatamente – Patrick sorriu.
– Tem algum prazo?
– Até semana que vêm, que tal?
– Você quer que eu beije uma garota que só começou a falar comigo agora em uma única semana? Tá louco? - Nico protestou.
– Qual é, Nico! Você já cumpriu apostas assim em menos tempo! - Leo deu um tapa em seu ombro. Nico ainda pensou um pouco.
– Okay, fechado. Até semana que vêm, eu terei beijado a Laila.
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Gente, to caídassa de sono. Quase dormindo sobre o teclado. Me perdoem qualquer erro e o tamanho enorme tão grande. Cometem, okay? Bye!