Dama De Copas escrita por Andhromeda


Capítulo 3
O ‘‘não Encontro’’


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri e nem desisti da fanfic!
É só que pontualidade não é o meu forte e para a minha eterna decepção, criatividade também não.

Tenho pronto esse capitulo e o próximo - que por motivos de força maior, só postarei amanhã, ou durante o fim de semana.

Espero que gostem e leiam as notas finais...

Ah... Eu gostaria de agradecer a Valeska pelo primeiro comentário!
Que quando li fiquei pulando igual a uma maluca, porque uma pequena parte obscura do meu coração achou que ninguém iria gostar.

Todas as criticas são bem aceitas e os elogios fazem bem para a saúde do meu ego de iniciante!!



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Vampira estava tão agarrada a Gambit que paracia querer entrar dentro do corpo dele. Ela fechava os olhos e apertava as mãos que o seguravam pela cintura toda vez que a moto fazia uma curva. Também não fazia a menor ideia de onde estavam, sabia que não estava naquela ‘‘coisa’’ tempo o suficiente para terem saido da cidade, mas os sons do transito estavam menores e mais calmos. Talvez estejamos na estadual. Ela pensou, mas não abriria os olhos para confirmar nem se a sua vida dependesse disso.

Sua bochecha estava pressionada contra as costas de Gambit e ela poderia ouvir o coração dele batendo. O som ritmado não deveria acalma-la, entretanto acalmava. Também sentia a vibração que vinha dele toda vez que gargalhava – o que acontecia sempre que passavam por uma curva e ela inconcientemente o apertava. Isso realmente deve ser muito engraçado pra você imbecil. Pensava enquanto a moto se inclinava novamente.

Seu pesadelo só acabou 10 minutos depois, quando a moto foi diminuindo de velocidade ate parar totalmente.

Vampira abriu os olhos e olhou a sua volta. Estava em um bairro cercado por restaurantes – cercado mesmo – tinha um Tailandês, Arabe, Indiano, Brasileiro, Japonês e de outros paises que ela não reconhecia. De todos os gostos, sendo o do inicio da rua os mais caros e os do fim da rua os mais humildes.

Se não se importa ma dama. Ela podia sentir a diversão nas palavras dele e percebeu que ainda estava agarrada firmemente a sua cintura. Corando violentamente a Vampira o soltou como se tivesse ganhado um choque de 220 volts e desceu da moto sem encara-lo.

Rindo Gambit pegou o capacete que deu a ela – já que usava apenas um oculos escuro. O que ela desconfiava era mais para esconder os seus olhos inegavelmente mutantes do que por alguma medida de segurança.

Ele entrou em um restaurante Italiano chamado La casa. O restaurante em si era um lugar grande e ao mesmo tempo aconchegante, com cheiro de tempero e um altentico vinho Italiano. Aquele lugar era tão acolhedor que a lembrava a casa que um dia teve. Ela adorou o lugar e pelo visto não foi a única, já que apesar de passar muito do horario de almoço, muitas mesas ainda estavam ocupadas com pessoas famintas e sorridentes.

– Não achei que fosse me trazer em um restaurante Italiano.

– O que vous esperava ma dama ? Ele perguntou olhando para ela por cima do ombro.

– Não sei, mas com certeza não um restaurante Italiano, talvez um Francês.

– Talvez da proxima vez.

Não deveria, mas a pespectiva de sair com ele novamente para qualquer lugar fez um exercito de borboletas voarem na sua barriga.

Na recepção foram recebidos por uma mulher alta, magra, com os cabelos negros e longos, a pele bronzeada – ao estilo Italiana original – e olhos castanhos que se iluminaram instataneamente quando viram Gambit. A Vampira sentiu uma pontada de raiva – que ela se recusava fervorosamente a chamar de ciúme.

Afinal nós não temos nada um com o outro.

– Remy, quanto tempo.

– Isabella. Ele apenas disse e a abraçou calorosamente.

O fato de não termos nada, não significa que ele pode ficar se agarrando por ai com qualquer italiana. Ela pensou cada vez com mais raiva.

– A cada vez que te vejo esta mais belle, ma chère.

– Aposto que voce fala isso pra todas. Ela disse ruborizada.

Non, claro que non, apenas pra você ma chère. Ele disse fazendo uma reverencia galante.

– Você é incorrigível. Isabella repreendeu dando um tapa brincalão no ombro de Gambit.

Do nada apareceu atrás da mulher um homem com os cabelos loiros como areia, tão grande quanto o Juggernaut – mutante, meio irmão do professor Xavier, portador de um pequeno probleminha de controle de raiva. Jogou um grande braço por cima do ombro de Isabella. Ele usava um avental branco de cozinheiro por cima de um uniforme preto cujas mangas estavam dobradas ate o cotovelo.

Deixe de dar em cima da minha mulher e vá procurar uma pra você frances.

Vampira entrou em estado de alerta a espera de uma possivel briga, mas relaxou logo depois. Já que Gambit não parecia estar intimidado e a atmosfera ainda era amigável.

Oui, mas um homem tem que tentar. Encarando novamente a mulher com aquele sotaque arrastado e charme que derreteria ate uma pedra, completou. – Tem certeza que não se arrependeu de ter escolhido o cara grande e feio ao invés de mim ?

O que, e ser odiada por mais da metade da população feminina por te tirar do mercado ?

Ma chère, vous sabe que meu coração é apenas seu, independente do seu mal gosto pra homens. Ele alfinetou.

O que posso dizer, ela se encantou com o meu charme. Disse o homem grande – grande mesmo – dando uma gargalhada forte e contagiante. – Conforme-se frânces. Completou ainda rindo.

Pelo visto você já encontrou alguem Remy, não vai nos apresentar ?

Nesse momento três pares de olhos se viraram para a Vampira. Sendo o do homem grande curioso, o da mulher chamada Isabella especulativo e o do Gambit – ela não encontrou outra forma de nomear a não ser carinhoso.

Ma dama. Gambit a chamou estendendo a mão, que ela não teve opção a não ser segura-la.

Essa é a Vampira. Se virou para ela. Ma dama, esses são Isabella e o cara grande com cara de mal é o marido dela, Victor.

Victor largou a mulher e andou em direção a Vampira, antes que pudesse perceberela estava sendo abraçada e erguida poucos sentimetros do chão. Quando o abaraço terminou a garota ficou estática no mesmo lugar.

Ela não estava acostumada a ser ‘‘abraçada’’, muito pelo contrario, mesmo com todos os seus casacos, calças e luvas, as pessoas tendiam a manter o maximo de distância de qualquer tipo de contato físico com ela, o que tornava bem complicado fazer amizade com outras pessoas – humanos ou mutantes.

– Prazer em conhece-la Vampira. Cumprimentou Isabella estendendo a mão. – Desculpe o meu marido, é que ele não respeita bem o espaço pessoal das pessoas. Disse quando as duas apertavam a mão uma da outra.

– Você não pareceu se importar muito com isso hoje de manhã.

Victor. Isabella o repreendeu ruborizada.

Sem perceber Vampira estava sorrindo envolvida no dialogo entre os dois. E decidiu – sem mais a interferência do ciúme, não admitido – que gostava de Isabella.

Ela se virou para olhar para Gambit e o pegou a encarando com um brilho estranho no olhar. Mas que desapareceu tão rapido que ela se perguntou se não teria sido apenas a sua imaginação.

É muito bom ficar aqui conversando com vocês, mas alguém tem que trabalhar nesse lugar.

Nunca pensei que ouviria Victor Petrov falando em trabalho. Gambit caçou. – Quem diria, casado e trabalhador.

Sou quase um homem respeitável agora. Victor brincou.

Enfim a mulher conseguiu te mudar.

– E graças a Deus por isso. Ele respondeu dando um beijo estalado na esposa bem ali, no meio do restaurante. – E eu aguardo ansiosamente o dia em que você encontrará uma que te mude também. Encarou Vampira com um sorriso sardônico. – Foi um prazer conhece-la pequena. Lançou um olhar diabólico para Gambit e completou. – Sabia que você é a primeira garota que o menino francês trás aqui ? Depois dessa declaração saiu todo sorridente, sendo fulminado por Gambit.

Você veio vê a madre ? Isabella perguntou.

Oui, mas eu vou querer uma mesa pra mim e a minha...amiga.

A hesitação dele não incomodou a Vampira, afinal nem mesmo ela sabia definir a relação dos dois. A algumas horas atrás eles eram inimigos declarados, já agora ela não tinha tanta certeza disso.

Entendi, siga-me. A mulher se virou, mas não antes que a Vampira percebesse seu sorriso de quem descobriu o segredo do universo.

Isabella os colocou em uma mesa em um canto afastado das outras, onde eles poderiam ter privacidade para conversar, mas não longe o suficiente que não poderia ouvir a banda que tocava ao vivo em um palco improvisado.

A mesa estava posta para dois com todo requinte e romantismo que o lugar permitia.

– Isso não é um encontro. Declarou Vampira quando Gambit galantemente puxou a cadeira para que se sentasse.


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Notas finais do capítulo

Belle = Bonita
La casa = A casa ( origem Italiana)
Madre = Mãe ( origem Italiana)

Esse capitulo foi feito para tentar mostrar que nem todos os humanos são idiotas preconceituosos. E é claro, é sempre bom um momento engraçado.
Eu não acredito no amor a primeira vista - desculpe os que acreditam - e o Gambit não é o tipo de personagem que declararia o seu amor a plenos pulmões - não voluntariamente. Eu o imagino o tipo de homem que de primero não acredita, depois não aceita, mas quando se da conta de que era uma batalha que já estava perdida se joga - sem jamais realmente admitir a derrota.
Desculpa o capitulo Pequeno é só que estou preparando o terreno para o próximo capitulo que se chamará "A família dele, o passado dela".
Na verdade era tudo um só, mas ficou grande demais e fui obrigada a cortá-lo.
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