Dama De Copas escrita por Andhromeda


Capítulo 2
A Rosa Vermelha


Notas iniciais do capítulo

Apenas 1 coisas:
1° Talves você já tenha percebido que eu não sou bilingui, por isso pedi a ajuda do meu Deus supremo chamado Google para achar algumas palavras em frânces, já que não consegui reproduzir o sotaque lindo do Gambit. Então qualque coisa errada não me culpe, culpe o Google.



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O sinal tocou e os alunos começaram a guardar seus livros e cadernos, outros já estavam saindo da sala de aula as presas.

Vampira guardou seu material e saiu da sala. O corredor estava tão lotado de adolescentes hiperativos que ela foi meio que empurrada ate o seu armário.

Era um dia quente em Bayville e a maioria dos alunos vestiam blusas sem mangas, bermudas, shorts, sandálias e algumas meninas ate arriscavam um vestido florido.

Já as roupas dela se resumiam a calça comprida Jens, blusa de manga longa preta, All Star e é claro as luvas. Era o preço a se pagar pela sua “maldição”.

O suor fazia com que a sua roupa se grudasse no seu corpo e o calor a sufocava. Vampira daria qualquer coisa por um banho ou simplesmente tirar aquelas roupas e ficar andando por ai igual a uma louca em roupas intimas.

Não faria muita diferença, eu já sou uma mutante mesmo. O que de acordo com os humanos a colocava uma escala abaixo das baratas.

Irritada com a idiotice dos humanos e a sua maldita intolerância, ela abriu a porta do seu armário com tanta força que não conseguiu pegar a rosa vermelha que saiu de dentro dele e caiu no chão.

A garota ficou olhando a rosa vermelha como se fosse uma cobra que iria dar um bote a qualquer momento. Como as pessoas que passavam a sua volta no corredor começaram a encará-la curiosos, ela não teve outra escola a não ser pega-la.

Quando ia guardar seu matérial no armário percebeu que havia um envelope onde a rosa deveria ter estado.

Enfiando os livros de qualquer maneira no armário, pegou o envelope e fechou a porta com o pé.

Sempre foi muito curiosa e mal esperou para abrir o envelope e ler a carta.

Estava escrito em uma letra forte, rápida e tipicamente masculina.

Minha dama de copas

– Como assim “minha”. Perguntou-se ultrajada, mas não totalmente ofendida com o pronome possessivo, sabia de quem era aquela carta, somente ele seria tão atrevido para invadir o armário da sua escola.

Minha dama de copas

Da ultima vez que nos vimos não foi tão bom quanto poderia ter sido.

Eu gostaria de mudar isso chère.

Me encontre no estacionamento as 15 :30h

Lembrese ‘‘Ma reine des coeurs’’*

A rosa foi feita para ser a flor mais bonita do mundo, porem também é a que tem mais espinhos.

Não se atrase chére.

G.

Ela quase poderia ouvi-lo pronunciar cada palavra com aquele sotaque arrastado e a voz manhosa. Vampira sorriu e cheirou a rosa.

Noturno apareceu na frente dela do nada – ou talvez ela estivesse distraída demais para perceber a sua chegada.

Ela amassou a carta e escondeu a rosa atrás das costas tão rápido quanto um traficante que vai levar uma dura da policia. O olhar temeroso que ela lançou ao Kurt só reforçava essa teoria.

– Ei Vampira, eu e a Tabitha vamos ao novo fliperama que abriu, você quer ir com agente?

– Ah... oi Kurt, não vai dá. Eles estavam bem depois do episodio com a Mística, mas ela ainda se sentia desconfortável perto dele, que por sua vez fazia tudo para agradá-la.

– Porque não, esta tudo mundo dizendo que é super irado. Ele falava rápido demais para ela acompanhar e ficava andando todo sorridente. Talvez essa seja a sua versão de charme.

– Serio, não vai dá, agente vê isso outro dia. E saiu andando apresada.

Ela só tinha 5 minutos para chegar ao estacionamento.

***

Gambit pegou-se olhando ansiosamente para o seu Rolex pela terceira vez nos últimos 5 minutos.

Ela estava atrasada.

Ele nunca teve que esperar por uma mulher em toda a sua vida. Pior, nunca sentiu o sopro do medo de que talvez ela nem viesse.

– É claro que ela vai vim. Não vai?

A duvida o estava deixando irritado. Gambit começou a passar as cartas de uma mão para outra como um mágico profissional sem ao menos perceber.

Em primeiro lugar ele nem deveria estar ali, parado no estacionamento de uma escola infestada de X-Men. Não que estivesse com medo daqueles pirralhos, mas depois da morte do Magneto ele estava se mantendo a margem, sem ter nenhum tipo de contato com os mutante, seus instintos diziam que as coisas só iriam piorar, e quando isso acontecesse amigos poderiam se tornar inimigos rapidamente.

Mas seus planos cautelosos foram por água abaixo quando resolveu pedir a ajuda dela. Sua Dama de Copas.

Nos últimos dias Gambit não conseguia parar de pensar na Vampira. Não podia dormir por mais de 2 minutos sem que ela se intrometesse em seus sonhos e o acordar suado, excitado e com uma baita frustração, ate mesmo lutar ficou difícil – e ele era muito bom em lutar. E como se as coisas não estivessem ruins o suficiente, ainda existia o maldito desejo.

Ao Gambit não era estranho sentir desejo. Em sua vida desejou muitas mulheres, e tinha muito orgulho de dizer que conseguiu todas.

Mas nunca tinha sentido nada a esse ponto atordoante. Ele não queria apenas possuí-la, queria saber como ela estava, conhecer tudo sobre ela – do seu filme preferido a sua opinião sobre a Guerra Civil na Líbia – queria conhecer seu passado e o que mais o aterrorizava: queria com todas as suas forças que ela fizesse parte do seu futuro.

O objeto de seus pensamentos apareceu do outro lado do estacionamento o tirando de seus devaneios e uma parte dele agradeceu interiormente – não estava gostam do rumo que seus pensamentos o estavam levando.

Gambit a estava esperando debaixo de uma arvore do lado da sua moto, um pouco afastada dos estudantes curiosos. Vampira vinha andando calmamente, vestindo o mesmo estilo de roupa de quando se viram pela ultima vez – do tipo esconde tudo. Segurava a mochila nas mão direita despreocupadamente.

Prefiro as femininas e vaidosas. Pensou ele consigo mesmo. Ela também é muito magra, gosto das mais curvilíneas. Ele a observou mais cuidadosamente. É também muito pálida, meu tipo é mais as bronzeadas que coram facilmente.

Quando o viu ela amarrou a cara e o olhou com reprovação.

E com certeza odeio as geniosas, gosto das minhas mulheres receptivas e felizes. Convenceu-se.

Mas tudo foi por água abaixo quando olhou para as mãos dela e viu que carregava a rosa que havia deixado no seu armário mais cedo. O coração dele perdeu algumas batidas e um sorriso de satisfação se formou em seus labioas.

Então quer dizer que vous gostou do meu presente chère.

– O que você quer comigo Gambit. Foi o comprimento dela.

Bonjour chère, também senti a sua falta. O assustou a constatação de que não era uma mentira como deveria ser.

– Você arrombou o meu armário.

Non, non, non ma dama, eu apenas te fiz um favor.

– Favor? Ele achou a cara de ultraje dela engraçada mais tomou muito cuidado para manter o tom serio.

Oui, comprovei que a fechadura do seu armário non é muito boa, vous deveria falar com o diretor ma dama, foi ate muito fácil abri-la. A ultima parte ele falou mais para si mesmo do que para ela.

– Você é um cara de pau, sabia? Ela trocou o ultraje por diversão e mesmo contrariada acabou sorrindo.

– Já devem ter me chamado disso algumas vezes. Ele disse subindo em cima do sua Kavazaki Ninja 300 preta. – Toma.

– O que é isso? Vampira perguntou pegando desajeitada o capacete vermelho que ele a entregou.

– Um capacete, e se eu fosse vous colocaria a mochila nas costa, vai ficar meio difícil segura-la quando estivermos realmente rápidos.

– Eu não vou a lugar nenhum com você, ainda mais nessa coisa. Ela disse apontando para a moto.

– Pensei que vous fosse um pouco mais aventureira, mas tudo bem, a sua segunda opção é conversarmos aqui aonde seus amigos X-Men podem nos ver. Ele podia quase ouvir o debate mental que ela estava travando.

– Aonde nos vamos? Vampira perguntou e Gambit sorriu satisfeito – havia ganhado.

Vous vai gostar, sobe.

Emburrada ela colocou o capacete e subiu na moto, se agarrando a cintura dele.


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Notas finais do capítulo

Sinonimos:
Você - vous
Querida - chère
meu amor - mon amour
sim - oui
minha dama - ma dame
ola - bonjour
não - non

O que acharam ?
Cometem...
Agora só postarei o proximo capitulo semana que vem ( na Quarta)