Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 5
Ep 04- Mark. - "Eu gosto é de foder".


Notas iniciais do capítulo

Galera me desculpem o atraso, é que eu acabei ficando mal por causa do cachorrinho da minha namorada que desapareceu e to fazendo de tudo para encontra-lo :/

Mas aqui está o capítulo mais ou menos grande.



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Dia 17 de Novembro.

            É sábado de manhã, acordei com o som de tiros ecoando a distância, mesmo baixos podem ser ouvidos por toda a cidade de Vineville. Fui até a janela e a abri deixando uma forte brisa gelada se adentrar de meu apartamento. Vejo no pátio algumas pessoas conversando, comendo e exercendo suas atividades diárias. Olho ao redor e vejo a bagunça que está meu quarto, roupas jogadas pelo chão, latas de comida encima da mesa, a geladeira está aberta e com os alimentos que recebi para armazenamento.

-O que foi? – indaga Megan nua deitada em minha cama, ela acaba de acordar. Ela era secretária de uma clinica médica da cidade, nunca a tinha visto antes, foi fácil de conseguir sexo com ela. É bem burrinha.

-Nada, é só impulso. Não se pode dormir mais em paz do jeito que as coisas andam. – ela coça seus olhos sonolenta com os seios expostos, são bem grandes, mas é obvio que é silicone diferente da chinesa peituda.

-Hum...

-Está com fome? Tem comida na geladeira, combinei de ajudar Thomas e Charlie a consertarem o gerador hoje.

-Vai consertar o que? Pensei que queria transar mais. – mas não se contentou com a noite passada? Transamos a noite toda.

-Já não acha o bastante? Fodemos a noite toda e isso é algo que vai ajudar a todos.

-Se prefere eles a transar comigo então está bem! – como essa mulher me impressiona com tamanha burrice.

-Não quero ficar fodendo no escuro para sempre, tenho que tomar banho também. Não pensa nisso? – ela fica quieta emburrada. Ignoro-a e pego minhas roupas. Camiseta branca, sapatos sociais, calças e uma jaqueta.

            Desço pelas escadas do edifico, passo por Helena que carrega um cesto de roupas sujas, ela me cumprimenta com um sorriso mascarando sua tristeza visível ao olhar no fundo de seus olhos, eu sei como ela deve ter sofrido assim como todos aqui.

            Chego ao pátio coberto por neve onde algumas pessoas estão removendo-a com pás e com as próprias mãos. Vejo Dim conversando com um jovem de cabelos louros bagunçados, olhos azuis e um sorriso estampado no rosto. Aproximo-me.

-Bom dia oficial, bom dia. – cumprimento os dois estendendo a mão, eles respondem o cumprimento. – o que estão fazendo aqui?

-Estávamos conversando, este é Angelo. – o oficial me apresenta ao jovem bonito de olhos azuis.

-Eu estava contando ao oficial que ouvi o som de tiros vindo do sudeste.

-Que coincidência, eu iria falar o mesmo!

-Mas vocês sabem que no momento não há nada para fazermos não é? As ordens foram para evitar sair do abrigo.

-Eu sei que tem mais pessoas ai fora precisando de ajuda, ficar aqui trancados como um pássaro não ira ajudar. – diz Angelo.

-Por favor, agora não é hora de conversar sobe humanidade. Primeiro vamos sobreviver e depois verei o que pode ser feito.

-Certo... – digo olhando aos arredores notando a movimentação das pessoas. – onde está Thomas? Prometi ajuda-lo com o gerador quebrado...

-No porão, chame Mikayla e leve algo para eles comerem, estão lá a muito tempo, tenho certeza que estão famintos. – então assim faço, subo as escadas e me encontro com Mikayla no meio do caminho. Ela é muito linda, jovem e possui um sorriso deslumbrante. Está carregando uma bandeja com enlatados, caixas de cereais e agua.

-Vim te ajudar, meu nome é Mark. – me apresento ajudando a Mikayla pegando as garrafas d’agua.

-Olá, obrigada, estava mesmo precisando de ajuda. – diz com um sorriso simpático. Descemos as escadas e entramos pela porta do porão que está sendo iluminado por lamparinas. Vejo aos fundos Thomas, Charlie e Mary consertando o gerador.

-Como vai o conserto? – indago entregando uma garrafa para Mary, ela agradece degustando da bebida. Thomas se vira todo suado com uma chave de fenda em mãos.

-Complicado, mas demos um jeito, não demorou tanto não é irmão? – ele olha para Charlie que se levanta atrás do gerador.

-Estava sobrecarregado, o motor queimou e precisamos trocar algumas peças. – Mary entrega uma garrafa para Charlie que a pega.

-Mas deu tudo certo? Eu devia ter vindo mais cedo, mas sofri com alguns imprevistos...

-Certo deu sim, mas... – comenta Thomas coçando sua barba e sendo servido por Mikayla.

-Precisa de combustível para funcionar. – responde Mary abrindo um enlatado com salsichas e as devorando junto a Charlie.

-Mas o único combustível que temos é o da van. – diz Mikayla entregando a ultima caixa de cereais para Charlie.

-Não dá pra usar o combustível da van, tem pouco. Precisamos de mais. – diz Thomas comendo salsichas enlatadas.

-Tem um posto de gasolina não muito distante daqui. – Charlie fala abrindo uma lata de sopa congelada.

-Eu posso ir lá, com a van claro. – digo botando as mãos nos bolsos e olhando a bunda redonda de Mikayla de relance enquanto ela se abaixa colocando a bandeja no chão.

-Você não pode ir sozinho, eu e Charlie vamos com você.

-Eu também posso ir? – indaga a jovem Mary degustando das salsichas.

-Não, é perigoso Mary, desta vez é diferente. – diz Charlie virando a lata de sopa quase de uma vez.

-Se vocês querem ir mesmo, conversem com Dim, acho que Sven será de grande ajuda também. – comenta Mikayla.

-Certo. – digo bebendo um pouco de agua pura.

            Depois da conversa com Dim ele nos cedeu a van para buscar por combustível. Montamos um pequeno grupo resumido em Charlie, Angelo e Lucy, contando comigo também. Nós montamos no veiculo após receber duas facas, um bastão de baseball e uma pistola nove milímetros municiada. Eu tomei posse do volante e sobe as indicações de Charlie fomos ao posto de gasolina evitando as ruas enfestadas com atalhos e becos.

            Olho pela janela da van observando as ruas de neve manchadas com sangue e carne humana. Carros destruídos, fogo, mortos andantes como se tivessem saído do inferno. Nunca fui muito religioso, mas sempre tive crença que Deus iria me acolher no dia de minha morte, mas pelo visto o diabo que toma posse dos corpos ao invés de Cristo. Quando morrer me tornarei um demônio como esses? Pretendo fazer de tudo para sobreviver, temo ficar preso em um cadáver devorador de corpos por todo o resto de minha vida. Eu costumava foder todas minhas secretárias, transei com alguns homens também por curiosidade, vivia da luxuria e sempre fui um cara soberba. Nunca me senti mal das vezes que ignorava aqueles que pediam por esmola, quando comia as esposas, as mães lhes oferecendo um aumento salarial. Ou quando pagava os garotos de programa para me foder, de certo modo eu até gostava de tudo isso, ainda gosto. Talvez meu lugar seja com eles ai fora, pessoas boas morrem e as piores prevalecem. É a lei não é? Que seja, enquanto me manter viva será meu dilema.

            Olho para trás da van e vejo Angelo e Lucy conversando. A garota é jovem, cabelos louros presos por um rabo de cavalo. Olhos azulados, pele clara e bem chamativa. É magra com seios medianos, veste roupas simples, uma jaqueta de frio marrom, camisa branca, calça jeans e tênis esportivo. Angelo é o jovem bonito com o qual conversei mais cedo, seu jeito rebelde é realmente excitante.

-É ali. – diz Charlie se referindo ao posto de gasolina. O local é uma rua vazia meio distante da cidade, aos arredores ficam arvores cobertas por neve e carros abandonados. Está escurecendo.

-Vocês ficam aqui, qualquer coisa eu grito. – digo pegando uma faca que ganhei de Sven antes de partir. Charlie pega a pistola e coloca na cintura, depois se arma com o pé-de-cabra de Connor.  

-Eu vou descer. – Angelo abre a porta detrás da van e desce junto a Lucy. Também desço.

-Malditos! – ouço Charlie falar bem alto, dou a volta rapidamente na van e vejo menos de dez zumbis rondando o posto de gasolina, alguns estão dentro da loja de conveniência.

-Droga, são muitos, nunca fiz isso antes! – exclamo amedrontado. Angelo franze sua testa também espantado, Lucy arregala seus olhos.

-Mas é necessário. – Charlie segura firme o pé-de-cabra e caminha se aproximando dos galões e tanques de combustível. Fico próximo a Angelo e Lucy em prontidão vendo o que ele fará.

            Um zumbi nota Charlie e parte para cima dele com pouca velocidade, como presente tem seu rosto quase que estourado por uma forte pancada do grandalhão. Os infectados percebem o alvoroço e partem para cima dele.

-Façam algo! – grita Lucy para nós.

            Charlie gira seu corpo e acerta mais um no pescoço, depois chuta o estomago de outro o derrubando e desfere dois socos e uma pancada certeira no crânio de um mais rechonchudo. São sete, tenho eu ajuda-lo, mas mal consigo me mover.

-Vai droga! – Angelo tenta sair do lugar, mas parece abismado. Um zumbi agarra os ombros de Charlie e recebe três pancadas rápidas no rosto o desfigurando.

            Ao dar três passes Angelo tem o bastão roubado por Lucy e ela parte para cima das criaturas, quanta coragem!

-Não Lucy! – exclama Angelo me encarando, entrego a faca para ele que vai junto à garota.

            Lucy bate forte com o bastão nas costas de um zumbi o envergando, ela dá outro grito e bate novamente o derrubando desta vez. Angelo esfaqueia um que se aproxima da garota no peito, depois o chuta junto com a faca, que estupido! Charlie agarra um zumbi pelo pescoço enquanto o mesmo tenta morde-lo e lhe acerta um murro no rosto, depois esmaga seu crânio com um pisão.

-Desgraçados! Eu odeio vocês! Eu odeio! – são os gritos de Lucy enquanto espanca um zumbi jogado no chão, seus olhos estão cheios de lágrimas e fúria. – toma seu filho da puta! – com tantas pancadas é impossível de reconhecer o individuo. Angelo se espanta com a sanidade da garota e quase é pego por um zumbi em seu momento de distração, Charlie o salvou fincando o pé-de-cabra no crânio do demônio.

            Olho para os cantos e vejo dois homens vestidos com roupas caipiras e empunhando espingardas de caça. Eles disparam contra os zumbis que atacam o trio, Lucy se espanta largando o bastão, Angelo se joga no chão e Charlie somente olha para os atiradores que eliminam os últimos. Serão saqueadores?

            Eles sorriem abaixando seus rifles e se aproximando dos três, Angelo se levanta e Lucy permanece imóvel.

-Somos amigos! Meu nome é Tommy e este é Vercetty. – os dois são parecidos, cabelos longos e desgrenhados. Barba e bigode, rugas e barrigas de cerveja.

-Meu nome é Charlie. – se apresenta rudemente sem cumprimentos, Charlie se põe a frente de Lucy e Angelo como um segurança da casa branca.

-Ei! Acalme-se, não queremos conflito, eu sou fazendeiro e ele é meu irmão. – Vercetty apenas sorri simpaticamente.

-O que querem? – indaga Charlie os encarando friamente.

-Apenas comida, mas como encontraram o local primeiro vocês podem ficar. – diz Tommy balançando sua cabeça para Vercetty com uma expressão de desapontado.

-Não viemos pela comida, viemos pelo combustível. – diz Angelo perdendo um pouco do medo.

-Sério? Então podemos ficar com o que tiver ali dentro? – Angelo olha para Charlie.

-Sim.

-Muito obrigado parceiro! – Tommy sorri girando o rifle na bandoleira o colocando nas costas. – é muito bom saber que ainda tem pessoas boas vivas.

-Vocês dois estão viajando sozinhos? – indaga Lucy também perdendo o medo, porém eu ainda permaneço próximo a van vendo e ouvindo tudo de longe.

-Não, temos um acampamento longe da cidade. Estamos criando uma comunidade e todos estão convidados, inclusive vocês!

-Já temos uma. – diz friamente Charlie. Tommy e Vercetty se entreolham.

-Porque não se juntam a nós? Quanto maior o numero melhor!

-No momento estamos bem sós. – novamente frio.

-Certo... Mas se mudarem de ideia, tome. – ele retira da mochila um walkie-talkie e entrega para Charlie. – eu deixarei ligado todos os dias às oito horas da noite.

-Veremos o que pode ser feito. – diz Charlie colocando o objeto no bolso da jaqueta. Tommy sorri passando pelos três com Vercetty rumo à loja.

            Depois da conversa ajudei-os a pegar o combustível e colocar os galões na van. Como a noite já estava caindo retornamos para nossa base ainda desconfiados de Tommy e Vercetty, Charlie entregou o walkie-talkie para Dim e Sven.

            Voltei para meu quarto tarde da noite após uma conversa longa na sala de reuniões. Eles decidiram manter o contato com os demais fora de assunto no momento. O gerador foi alimentado com gasolina, voltei para meu quarto onde tomei um banho gelado, comi minha comida esquentada e fodi Megan mais algumas vezes. Desta vez ela não vai ficar cheirando porra do meu lado.

            Amanhã é outro dia e espero que seja melhor ainda que hoje. 


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Notas finais do capítulo

O que os outros fizeram no meio tempo:

—Helena passou o dia todo com Julie conversando sobe o mundo como era.
—Thomas passou a conversar com Haruka enquanto os outros estavam fora, ele mostrou interesse na jovem japonesa peituda. ( Escolha que deve ser feita pela dona se fica ou não.)
—Dust ficou no terraço observando os mortos os estudando.
—Connor transou com a esposa de Will, Liz. O homem mal sabe que ela o traiu com o policial.
—Tiberius continuou a flertar com Mikayla tentando conquista-la esperando por uma brecha da jovem fotógrafa. (Escolha que deve ser feita pela dona.)
—Mary ajudou Brad e Viktor a consertar as portas quebradas de alguns quartos.



Obrigado pela atenção e vejo vocês nos reviews. Até mais e desta vez não vou atrasar, fui!


Obs: O próximo será narrado por Lucy.