The Lake House escrita por Valentinna Louise


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas..
Me desculpem a demora...muita coisa rolou, além é claro da troca de servidor do Nyah, mas aqui está..
Espero que gostem!



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Rachel

Bem, eu amo cachorros – como você já pode perceber. Gosto de Gimlet (que é Gim com suco de limão e é realmente uma delícia) Amo a Broadway, se eu não fosse médica e não amasse tanto meu trabalho, eu seria atriz de lá. Gosto de ler também, minha autora favorita é Jane Austen. E amo Barbra Streisand.

Odeio: Crueldade, mais ainda com os animais e caras com bigode.”

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Quinn

Fui provar o tal Gimlet e realmente era muito bom. Então comecei a escrever a minha lista.

Amo milkshake e bacon. Também tenho um vício terrível por café. Gosto de coisas em preto e branco: filmes, fotografias... também gosto de ir The Art Institute of Chicago em uma tarde calma, apenas para admirar o lugar...”

Li o restante do bilhete de Rachel e notei que ela havia escrito mais alguma coisa:

Ah e a propósito, amo a casa do lago.”

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Rachel

e como foi que você veio parar aqui, digo, na casa do Lago?”

Essa pergunta na carta de Quinn fez com que eu sentisse um pouco de nostalgia, saudade de um tempo em que eu era uma recém-formada deslumbrada.

Bem, eu havia acabado de sair de Madison e foi quase um presente. No começo eu achei estranho mas logo comecei a perceber a beleza da casa e me encantei profundamente.”

Eu estava tão concentrada, que a Dra. Sylvester me parou no corredor e perguntou:

“O que há de tão importante nesse papel pra você ter parado o meio do seu turno?”

“Nada..” respondi guardando a carta.

“Hum.. então vá procurar algo pra fazer Berry, não vai ser muito difícil encontrar...”

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Quinn

Fui até o escritório do meu pai, a pedido do próprio. Me espantei quando ele ligou dizendo que queria me ver, não era do feitio dele falar comigo.

Quando cheguei, ele estava no escritório.

“Lucy, que prazer em revê-la...” Ele falou com um tom de falsa alegria que logo cortei:

“Não precisa de falsidades Russel..”

“Ouch... direta e reta, como sempre..Ok, só quis ser educado... venha.” Ele me chamou e eu segui até o escritório. Era uma grande sala, com pé direito alto e duas janelas enormes. Todas as paredes estavam abarrotadas de livros. Maioria eu tive o prazer de ler enquanto morei ali, outros meu pai nem me deixava chegar perto. Uma música do Sinatra dava uma certa vivacidade ao lugar. Meu pai subiu ao mezanino, lugar que ele usava para os projetos e geralmente beber.

“Aceita algo? Só tenho vinho ou whisky...” Ele levanta as duas garrafas e eu olho incrédula.

“Minha nossa... você fica pior com o passar dos anos Russel.. Vinho, por favor..” ele ri e pega uma taça. Olho para o rótulo da garrafa e está escrito 'Califórnia Cabernet Sauvignon 2001 harvest' e digo, distraidamente ao pegar a taça.

“Ótima safra..” E bebo alguns goles. Russel me olha desafiante.

“Ora, ora.. vejo que aprendeu a reconhecer as coisas boas da vida, me diga onde foi que soube ver que um vinho é bom?”

“Um ex minha. Sommelier.” Respondi, no mesmo tom de desafio.

Russel me encarou novamente, desta vez com raiva. Bufou e sacudiu a cabeça resmungando.

“Me diga Russel, por que me chamou aqui..?”

“Porque preciso de algo seu.”

“O que seria?”

“Suas memórias. Estou escrevendo um livro, uma autobiografia.” Ele falou subindo ao mezanino, eu fui logo atrás e vi na mesa várias fotos antigas. De quando éramos uma família. Eu, ele e a minha mãe.

“Eu estou nele?”

“Obviamente...você é minha filha, faz parte da minha história..”

“E você precisa das minhas memórias?”

“Sim, principalmente da época em que passei longe..”

Ele falava sobre o tempo em que se separou da minha mãe para ir morar com outra mulher. Eu devia ter uns 10,11 anos e tive que me virar em casa. Minha mãe parou no tempo e começou a ficar doente. Depressão profunda, porém quando ele voltou, alegando estar arrependido 2 anos depois, ela o acolheu de braços abertos. E a vida continuou como se nada tivesse acontecido.

“Ahh sim, acho então que seria interessante algum depoimento da minha mãe..”

“Não seja estúpida Lucy, sua mãe mal fala, e eu não gosto de ir aquele lugar..”

“Lugar qual foi você quem a colocou..” Falei com raiva. Russel tinha o dom de me tirar do sério.

“Olha, eu não estou pedindo uma reconciliação, apenas quero que escreva aquilo que lembrar, se não quiser também ótimo, sem problemas..” Ele falou. Nervoso também.

“Ok, estou muito ocupada ultimamente, mas se eu tive algum tempo escrevo e te mando pelo correio.” Falei, descendo as escadas rapidamente sem nem ao menos me preocupar com que ele falaria.

Liguei para Kitty, que poderia estar trabalhando mas não me importei e pedi que ela fosse me ver.

Me encontrei com ela em um barzinho, não muito longe da casa de Russel, mas o suficiente para que eu pudesse respirar um ar diferente. Quando ela chegou, foi direto pra minha mesa.

“E então? A que devo a honra da sua ligação? Estava trabalhando sabia?”

“Eu sei.. e me desculpe por isso Kitty, é que eu acabei de falar com Russel e não estava me sentindo muito bem..”

Kitty me olhou, condescendente.

“Por que não me avisou que viria falar com ele? Teria vindo com você!”

“Ele apenas ligou dizendo que queria falar comigo, nada de mais eu pensei, mas acabou que dissemos algumas coisas que não me deixaram bem..”

“Você conhece seu pai Quinn sabe que ele é assim..enfim, vamos mudar de assunto...o que me conta sobre sua vida amorosa...?”

Como se estivesse em modo automático, pensei imediatamente em Rachel. Quero dizer, nas cartas dela. E devo ter mudado a expressão porque Kitty começou a rir.

“Não me diga que Quinn Fabray está apaixonada por alguém..?”

“Claro que não Kitty! Não estou apaixonada, ora..”

“Então por que fez essa cara de sonhadora com a minha pergunta...?”

“Só me lembrei de uma amiga muito querida...” respondi, já sentindo que estava ficando sem graça.

“Eu a conheço?”

“Duvido muito...”

“Ela é daqui de Chicago?”

“Sim, é médica...”

“Wow.... agora curte moças de jaleco?”

“Ahh cale a boca Wilde!!” e ela apenas gargalhou.

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Rachel

Uma semana sem folga e com turnos dobrados. Eu estava exausta e completamente acabada. Havia trocado duas vezes de turno, uma com Mercedes e outra com Kurt e mal conseguia ir em casa, tive que pedir a vizinha que alimentasse Jackie. E também, não havia tido tempo de responder ao último bilhete de Quinn, que havia recebido há uns 2 dias.

Hey garota...não tem escrito muito ultimamente hein?”

Quando finalmente, Mercedes pode voltar e pegar o turno de volta, eu fui direto pra casa. Tomei um banho e deitei na cama com Jackie para escrever.

Me desculpe, não tenho tido muito tempo. Turnos sobrecarregados. Além disso troquei de turno duas vezes na semana e mal tive tempo de vir para casa..sinto falta da calma que eu tinha na casa do lago, é tudo muito dinâmico aqui e esse dinamismo às vezes cansa. Fora isso tenho me sentido muito solitária. Amo Jackie e o meu trabalho, mas é ruim ficar assim Enfim, está tudo bem?”

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Quinn

Está tudo bem sim.. Rachel.. gostaria de fazer um pedido..venha passear comigo, vou te mostrar os lugares que eu mais gosto em Chicago, passaremos a tarde de sábado 'juntas' e talvez eu melhore essa sensação de solidão. Topa?”

Algumas horas mais tarde...

Olhei na caixa de correios e havia uma resposta que me fez sorrir.

Com certeza!”.


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Notas finais do capítulo

E então?
Próximo capítulo o passeio :3
Até lá....



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