The Lake House escrita por Valentinna Louise


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inteiramente Quinntana *-*



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Quinn

Quando peguei uma folga, decidi que seria hora de dar mais cor àquela casa. Fui até o empório, que não ficava muito longe, e comprei algumas latas de tinta, mas ao invés de voltar pra casa, resolvi dar uma esticada e fui até a cidade.

Parei em frente a um prédio com tijolos aparentes tão bem conhecidos por mim. Estacionei a picape e olhei o relógio. Faltavam alguns minutos para o meio-dia então decidi esperar do lado de fora.

Logo a porta de vidro fosco se abriu e uma latina nervosa apareceu. Eu sorri. Sentia falta dela. Mas demorou alguns segundos até que ela percebesse que estava sendo observada:

“Madre de Díos! É um fantasma o que eu vejo?”

“Olha o exagero latina!” respondi. Então ela se aproximou e me deu um tapa.

Inspirei profundamente antes de olhar novamente para ela. Senti o sangue esquentar minha bochecha e sabia que estava vermelha agora.

“Vadia.” Ela falou.

“Isso vindo de você é um elogio, Lopez” Disse esfregando o rosto do lado do tapa.

“Devia continuar te esmurrando, mas vou poupar esforço. Onde esteve?”

“Por aí...”

“Por aí? Sua cretina...Passa quase 5 anos sumida e tudo que tem a dizer é que estava 'Por aí'?”

“Sim, é tudo o que eu tenho pra te dizer...”

“Então não se dê ao trabalho de continuar essa conversa..” Santana ia se virando para ir embora, completamente emburrada, e eu a segurei dizendo.

“Se me pagar um drink, te conto onde estive esse tempo todo...”

“Oh cale a boca, cretina. Essa sua bunda branca merece um chute isso sim.”

De repente a porta do escritório tornou-se a abrir e de lá saiu quem eu realmente não queria ver: meu pai. Ele não havia mudado nem um fio de cabelo: Loiro platinado bem aparado, as feições duras e os olhos verdes ríspidos que me fitaram por alguns longos instantes.

Quando fiz a menção de me aproximar para falar com ele, ele apenas acenou com a mão e saiu andando. Santana me deu dois tapinhas nas costas e disse:

“Ele continua o mesmo. O todo poderoso da arquitetura, Russel Fabray, não mudou uma ruga desde que você fugiu, sabe se lá pra onde...”

“Como você ainda trabalha pra ele?”

“Eu não trabalho pra ele. Trabalho com ele. Existe diferença. Estou prestes a abrir meu próprio negócio.”

“Um escritório próprio de advocacia? Lopez advogados... essa é boa..”

“Oh cale a boca, como é o nome daquele negócio que você queria abrir com a sua prima, aquela nojenta, hum.. Visionários da arquitetura ou coisa parecida...”

“Vanguarda visionária.” Disse com um ar sonhador. Era o meu maior projeto, o mais ambicioso. Junto com Kitty, que também era arquiteta. Mas aconteceram muitas coisas no meio do caminho, com as quais eu não pude lidar.

“É isso aí... enfim, vamos.”

“Onde?”

“Além de idiota tem amnésia? Não foi você quem acabou de pedir por um drink?”

“O que te fez mudar de ideia?”

“Acabei de lembrar que marquei um almoço e não posso me atrasar então vamos logo!”

“Hum... almoço huh?”

“Sim almoço Fabray, aquela refeição que pessoas normais e ocupadas devem fazer no meio do dia sabe?”

“E quem foi que te disse que eu sou uma desocupada e anormal?”

“Você é quem está dizendo isso... vamos logo..!!!”

Santana me arrastou até uma cafeteria próxima. Alegou que estava cedo demais pra qualquer coisa com álcool. Então pedimos café.

“Então.. comecemos por onde esteve esse tempo todo?” perguntou Santana bebericando o cappuccino dela.

“Hum.. Nova York, Rio de Janeiro, Cairo, Calcutá, Atenas, Paris, Berlim e finalmente Londres, aí voltei ano passado....”

“Para... você deu uma quase volta ao mundo e retornou pra Chicago ano passado e só agora aparece pra me ver?” Santana estava ficando nervosa e alterando o tom de voz.

“Calma, Lopez. Eu não voltei para Chicago imediatamente, passei boa parte do ano em Ohio.”

“E que diabos você foi fazer em Ohio?”

“Ver minha mãe.” Engoli seco. Falar da minha mãe nunca seria fácil. Santana me olhou com tristeza e se acalmou.

“Enfim... o que fez em cada um desses lugares?”

“Fui ver a arquitetura deles San, o que mais seria?”

“Rá.. faça me rir Fabray...você não foi expulsa de casa porque queria ver a arquitetura do mundo...” Santana fingiu procurar algo na bolsa e eu senti minhas bochechas queimarem. Latina desgraçada. Foi aí que notei algo diferente na mão dela. Uma aliança?

“Vi muitas coisas, Lopez, mas tenho certeza que nada se compara a te ver com uma aliança. La diabla Lopez está encoleirada?” Eu comecei a gargalhar loucamente e Santana ficou completamente vermelha dessa vez.

“Ora..não há neste mundo alguém que possa me encoleirar Fabray.. e sim é uma aliança de noivado.”

Engasguei com o meu café e comecei a tossir. Santana Lopez noiva? Eu havia perdido muita coisa.

“Oh Deus, tenha dó da pobre alma que se unirá a esta criatura!” Brinquei com Santana que me olhou como se quisesse me assassinar. “Parei.”

“Bom mesmo.”

“E como é ainda trabalhar para o ditador?”

“Não chame seu pai assim e como já disse não trabalho para ele e sim com ele, sou a advogada dele.”

“Sim é claro, pra tanta besteira que ele fala, precisa de uma advogada disponível.”

“Ok.. vejamos, você devia parar de falar merda e ir falar com ele.”

“Ele não falaria comigo.” tomei um gole do café.

“Como sabe disso?”

“Ele não me aceita de maneira alguma San, não sei nem como é que ele trabalha com você!”

“Minha vida pessoal é uma coisa Fabray, não trabalho com ele contando com quem fiquei ou com quem vou casar..”

“Ok ok, vou ver se ele tem uma hora pra mim na agenda tão conturbada do excelentíssimo Sr. Russel Fabray. Mas agora me diga quem é a felizarda?”

“Ela é professora de dança no centro da cidade. O nome é Brittany Pierce.”

“Hum.. Brittany huh?”

“Sim.. loira, de olhos azuis encantadores e um sorriso incrível..” Santana falou de uma maneira tão bonita que nem parecia ela.

“Muito bonito você falando isso San. Quero estar no casamento..”

“Mas é óbvio que você vai estar!! vai ser minha madrinha.. e não aceito um não como resposta!”

“Rá... loucura..mas enfim..."

"onde está morando?”

“Na casa do lago..”

“Ohh naquela casa? Que tem só vidros?”

“Sim naquela..”

“Você sempre teve uma queda por aquilo, nunca entendi porquê..”

“É bonita, simples e durável...”

“Pra mim é uma prisão de vidro que está prestes a cair no lago.”

“Por que todo mundo acha isso?”

“Porque é a verdade!! Anda, preciso ir agora, mas aqui.” Ela me estendeu um cartão. “Me ligue, quero te apresentar a Britt.”

Nos levantamos e fomos para fora da cafeteria. Ela me deu uma abraço e disse antes de ir:

“Não vai sumir não é?”

“Não, não vou San”

“Promete?”

“Prometo..”


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo já aparecem muitas coisas diferentes do filme..e elas continuarão aparecendo..

Então? o que acharam?

Até o próximo!