Além Da Escuridão escrita por HawthorneMark


Capítulo 3
Capítulo 3 - Decisões




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412319/chapter/3

Estava um dia frio e nublado na capital. Gale fechou as janelas do carro e ligou o aquecedor, pois o clima estava bem frio. Enquanto dirigia em direção ao batalhão de segurança, Gale não conseguia tirar da cabeça aquele sinal de que Plutarch havia falado. Talvez Beetee pudesse atualizá-lo melhor. No meio do caminho uma fina chuva começou a cair, atrapalhando um pouco a visão. Vinte minutos depois ele estava estacionando o carro e saindo correndo pela chuva em direção a entrada do batalhão.

– Bom dia capitão Hawthorne. – disse um homem de meia idedade, baixo e de cabelos brancos batendo continencia.

– Bom dia soldado. – Gale retribuiu a continencia. - Por acaso você viu Beetee por ai hoje?

– Sim senhor, ele está na ala de tecnologia, está trabalhando em dispositivos de segurança novos para a segurança dos distritos.

– Ótimo muito obrigado soldado.

Gale andou em direção ao elevador que levava aos níveis abaixo do batalhão e apertou o botão, esperando apenas alguns segundos para que a porta abrisse. Logo alcançou a ala de tecnologias rapidamente e lá encontrou não somente Beetee, mas como bastantes pessoas importantes que estavam envolvidas no governo da capital. Plutarch estava no meio dessas pessoas. Quando Gale chegou à porta de vidro e ela abriu-se automaticamente, todos os rostos se voltaram para ele. Por um momento um frio anormal percorreu o seu corpo. Gale nunca gostava que atenção demais recaísse sobre ele, principalmente quando pessoas como aquelas estavam prestando atenção nele. Plutarch pareceu perceber o seu desconforto e logo se adiantou.

– Capitão Hawthorne, ainda bem que apareceu, nós estávamos discutindo sobre a segurança de Panem e nada mais ético do que o capitão dos soldados da segurança da nossa querida Panem estar presente.

Sem delongas Gale adentrou o recinto e logo as pessoas voltaram seu foco no que é que eles estavam fazendo antes da chegada de Gale. Em cima de uma grande mesa de vidro, estavam jogados mapas, papéis de anotações ao qual Beetee marcava linhas e números em cima dos mapas e anotava nos papéis.

– O que houve aqui? – Gale perguntou para Plutarch.

– Outra transmissão vinda fora de Panem e dessa vez temos a certeza de que não se trata de agentes Snow.

– Sério? – Disse Gale, deixando transparecer o seu absoluto interesse no assunto. – Então quer dizer que alguém mandou esse sinal?

– Sim, achamos que sim. De qualquer forma, esses homens aqui eles vieram diretamente do gabinete do presidente para decidir o que faremos em relação a isso.

– Temos que mandar homens em uma missão de reconhecimento.

– Não sabemos que perigos se escondem lá fora Gale. – Plutarch disse em um tom de voz baixa para que o resto não prestasse atenção na conversa. – Não sabemos que perigos estão além da escuridão, então não podemos simplesmente mandar homens para lá. E se houver alguma aura toxica devido aos bombardeios?

– Talvez não – Disse outra voz se juntando à conversa.

Era Beetee e agora todos estavam virados para nós, então ele continuou a dizer.

– Teremos realmente que mandar uma pequena equipe de inspeção para lá. Só saberemos assim se tem alguma vida por lá. Nossos satélites indicam nada além de escuridão, porém algo poderia bloquear nossa visão. Alguma tecnologia tão avançada quanto a nossa, mas de qualquer forma eu sou a favor de uma excursão de verificação.

Plutarch se adiantou logo recusando a ideia de Beetee.

– Nem pensar, nós estaríamos mandando vidas para um lugar desconhecido.

– Mas essa seria a única forma de descobrirmos algo. – Diz Gale de repente. As atenções estavam nele agora. - Eu concordo com Beetee. Se ficarmos parados calculando os riscos que seria mandar uma equipe pra lá sem saber o que está acontecendo nós vamos perder tempo e talvez essa pessoa que esteja pedindo ajuda já esteja morta, e se tiverem mais pessoas requisitando o nossa auxilio?

Silêncio, por um longo momento. As pessoas olhavam umas para as outras e Beetee parecia não ter mais nada pra dizer. Plutarch não parecia convencido e então Gale quebrou o silêncio.

– Eu me ofereço para ir. Aposto que tem soldados honrados que não ignorariam esse chamado e me seguiria aonde eu fosse.

Um dos homens da capital logo se adiantou a falar.

– Eu concordo. Plutarch, a ideia já foi enviada ao presidente e a resposta chegou imediatamente. Monte sua equipe de verificação e queremos respostas diárias do que está acontecendo. Mantenha nos informados. Vocês têm até o final desse dia para se preparem para essa viagem.

Os homens que trabalhavam para o presidente saíram da sala o mais rápido que conseguiram e logo restou apenas Gale, Plutarch e Beetee. Plutarch apoiou suas mãos sobre a mesa de vidro e abaixou a cabeça demonstrando cansaço.

– Eu não queria que fosse assim. – Ele sussurrou mais pra ele mesmo do que para o restante que estava na sala.

– Tem que ser assim Plutarch. – Gale disse em resposta.

– Não quero que você vá Gale, você é o nosso melhor capitão. – Disse Plutarch levantando a cabeça e o encarando nos olhos.

– Mas eu irei e espero que você me forneça uma equipe boa Plutarch, eu quero liderar isso mais do que nunca.

– Ótimo que esteja assim Gale. – Começou a dizer Beetee. – Precisamos agora de pessoas como você para que isso de certo. Eu estou trabalhando em alguns equipamentos de comunicação para que possamos nos comunicar com Panem.

– Nós? – Perguntou Plutarch. – Você não está escalado para ir Beetee e de qualquer forma eu nunca o enviaria você é precioso demais para a capital.

– Eu lhe imploro por tudo o que é mais sagrado Plutarch, eu quero ter a possibilidade de ver o que se encontra do outro lado, eu quero estudar a tecnologia deles e eu sou o único apto pare essa missão.

Plutarch deu um soco forte na mesa, mas como era feita de um vidro muito resistente a mesa não cedeu.

– Eu concordo com você Beetee. – Começou a dizer Plutarch. – E você tem total razão, você, Gale, são as pessoas mais capazes que eu tenho aqui dentro desse local, sem desmerecer os outros é claro, mas é que eu tenho medo de perdê-los, não somente como bons trabalhadores, mas também como bons amigos que vocês são. Importo-me muito com vocês.

Gale andou em direção a Plutarch e apertou os ombros dele amigavelmente e sorriu, dando um abraço forte logo em seguida. Sorrindo, Gale encarou Plutarch nos olhos e então disse.

– Fico horado em ouvir isso meu amigo, mas é necessário fazer isso e o que me deixa mais tranquilo é que teremos você daqui de Panem dando suporte a todos nós.

– Estamos decididos então? – Perguntou Beetee.

– Eu mesmo escolherei a equipe perfeita para vocês. – Disse Plutarch.

* * *

O resto do dia passou praticamente em um piscar de olhos. Gale recebeu ordens de Plutarch para que ele fosse para a casa e conversasse com Ledu e informa-la do que estava prestes a acontecer. Assim que chegou ao seu apartamento Gale encontrou Ledu sentada no sofá assistindo TV. Já eram dez e meia da noite.

– Boa noite meu amor, hoje eu cheguei mais cedo que você. – Ela disse toda sorridente, se levantando do sofá e jogando-se aos braços de Gale.

Gale a segurou pela cintura e apertou o seu corpo contra o dela. Como sempre o corpo de Ledu causava um calor enorme a Gale, que sorrindo não resistiu ao impulso. Ele jogou o cabelo dela para um lado e deixou a lateral do pescoço dela livre. Lentamente ele levou os lábios até o local e começou a roçá-los lentamente. Assim que fez isso Gale pode sentir as unhas de Ledu cravarem por cima da sua camiseta na região das suas costas.

– Ei mulher gato, não me provoca hein? – Ele disse, dando uma risada abafada e mordendo o pescoço dela, mas sem machucar.

As mãos dela percorreram o corpo dele por baixo da sua camisa e em instantes ela estava levantando os braços de Gale e tirando a camiseta dele. Fazendo o mesmo ele deslizava as mãos pelas laterais do corpo dela e apertando conforme o ritmo do beijo dos dois aumentava. Gale deslizou uma das suas mãos até a coxa dela e puxou a perna de Ledu até a altura da sua cintura e a puxou para cima, fazendo as pernas dela se cruzarem em sua cintura. Ele queria contar para onde estava indo, mas naquele momento não seria justo com ela. Gale só queria passar seus últimos momentos em Panem com alguém que ele amasse e com alguém que amasse ele. Ledu era tudo o que ele tinha, era tudo o que importava a ele e essa sensação só fazia com que seu corasse se apertasse mais. Durante um breve momento Gale desgrudou os lábios dos dela, ofegante e com o corpo todo suado e sussurrou.

– Te amo.

Ela sorriu para ele daquela forma doce e angelical que ela sempre sorria e sussurrou de volta.

– Te amo mais, Gale Hawthorne.

Ele sorriu de uma forma um tanto maliciosa pra ela e segurando-a com firmeza pelas coxas a levou em direção ao quarto, onde fechou a porta com um empurrão do pé e ali passaram uma noite perfeita, como todas as noites em que Gale passa ao lado de Ledu.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além Da Escuridão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.