Fate/Another Tears- Interativa escrita por Gabriel21


Capítulo 9
A escuridão que afasta o dia


Notas iniciais do capítulo

Capitulo grande em homenagem a todos que farão ENEM amanhã, BOA SORTE PESSOAL O/



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"La Pucelle carregava em seu coração bondade e humildade,integridade e ingenuidade, e, acima de tudo, sua fé. Era tudo o que ela tinha." -Palavras de um certo Teólogo (Texto retirado de Fate/Apocrypha)

Segundo dia da guerra, igreja , 10:15.

O ambiente estava silencioso na igreja, quase ninguém a frequentava deixando a donzela de Orléans mergulhada em seus pensamentos enquanto relaxava tomando uma deliciosa xicara de chá. Ela vestia uma roupa de freira que usava para disfarçar sua armadura medieval, olhou para neve do lado de fora do aposento e começou a refletir.

“Tudo que eu conquistei, tudo que eu fiz... Qual foi o proposito?” pensava Ruler , “ Se eu não tivesse ouvido as vozes poderia ter me casado constituído família e ter tido uma vida normal... Mas não, eu me tornei um espirito heroico, morri consumida pelas chamas e sendo acusada de bruxaria mas, renasci uma santa padroeira do país que me traiu”.

“Afinal porque o cálice me escolheu? O que me faz ser diferente dos outros servos para eu ser convocada pela autoridade do próprio graal? Será uma mensagem divina? Uma recompensa vinda do próprio senhor?”. A xicara de chá acaba caindo em sua toga de freira fazendo uma enorme mancha, “Essa era minha única roupa dessa época... É melhor eu sair para conseguir outra...”.

Segundo dia da guerra, sorveteria, 10:38.

Hokai tomava um delicioso Milk Shake de chocolate sozinho, Saber foi tentar conhecer a cidade, afinal, seu mestre tinha péssimas experiências com mapas. O dia estava bastante calmo, a neve havia parado de cair a bastante tempo, mas, ainda dava para ver o que restou da nevasca do dia anterior no chão. Seu dia aparentemente normal foi brutalmente interrompido quando uma multidão de pessoas começou a apontar para uma certa pessoa dizendo comentários como “ Aquilo é o que chamam de Cosplay?”, “ Que menina maluca” ou “Onde essa nova geração vai parar...”.

Sim, a pessoa a qual as pessoas estavam falando era Ruler, que vestia uma brilhante armadura medievalista em pleno século 21. Quando observou isso Hokai quase morreu engasgado, a santa padroeira da França seria a ultima pessoa que esperaria encontrar em um dia como aquele. “As pessoas vão começar a abordar ela” pensa o mestre“ O que eu faço? Será que ela esta atualizada com informações do mundo moderno como os outros servos? Eu tenho que fazer alguma coisa...”.

A garota realmente parecia perdida naquele mar de pessoas apontando para ela e cochichando, Snow City era uma cidadezinha pequena e recente em comparação a outras cidade Norte-Americanas e algo assim em segundos iria se espalhar e virar fofoca de toda cidade. Hokai correu em direção da francesa:

– Ah Joana, você esta perdida? A festa a fantasia é no outro lado da cidade, vem comigo eu te mostro aonde é!- Hokai pegou a mão de Ruler e a levou a um beco enquanto as pessoas começaram a parar de ficar reparando nela e voltar as suas vidinhas normais.

– Obrigada Senhor Hokai, você realmente me salvou- responde Ruler.

– Não precisa me agradecer e nem me chamar de senhor-Responde Hokai logo após pensar “Você é mais de duzentos anos mais velha que eu!” – Você não está usando roupas modernas por quê?

– Eu acabei derramando chá na minha túnica de freira e sai para comprar uma roupa- retruca Ruler- Mas, aparentemente esse feito é mais difícil do que imaginava...

– Eu lhe ajudo se você quiser... - fala Hokai

– Sim! Eu quero!- reponde Ruler gritando depois cora um pouco- Quero dizer... Se não for muito incomodo...

Hokai e Ruler entraram em variados tipos de loja a procura de algo que a Donzela de Orleans se sentisse confortável, depois de procurar bastante finalmente encontraram um lindo vestido lilás simples. Enquanto pagava o vestido, a vendedora comentou:

– A que coisa linda, comprando um vestido para sua namorada- Fala ela- É tão bom ser jovem...

– Não é nada disso senhora!- Responde Hokai bastante corado- Somos apenas conhecidos...

– Ahh, entendo- responde a vendedora- Ainda não chegaram a esse ponto...

Antes de esclarecer sua relação com a loira, a mesma pegou a sua mão e puxou ele para outra loja.

– Ei Hokai eu quero ver aquilo ali!- fala a santa.

– Certo... - responde o mestre “Isso é uma espécie de encontro...?!”.

Segundo dia da guerra, prédio dos Badlets, 12:53.

Dante e sua Assassin caminhavam na parte subterrânea, no porão daquela luxuosa construção havia algo essencial para guerra, algo que quem obter-se mudaria todo rumo da guerra.

– Mestre... Onde estamos indo?- pergunta Assassin.

– Ver um certo alguém...- responde o Mestre.

Quando Assassin começou a pensar que as escadarias nunca teriam um final finalmente chegam um estranho quarto cinza que se assemelhava a uma masmorra. O ambiente era bastante úmido e o cheiro de sangue poluía o ar. Lá se encontrava acorrentada uma criança de pele delicada, machucada, de curtos cabelos prateados e de lindos olhos vermelhos marcados por uma devastadora melancolia. “Essa pessoa... Ou melhor... Aquilo é algo que pertence à criação?”.

– Um homúnculo? – pergunta Chiyome

– Sim, nenhuma das famílias responsáveis por instalar o cálice em Snow City é de alquimia, porem, na guerra anterior os Hendrics ameaçaram um famoso alquimista da torre do relógio a fabricar um homúnculo e depois disso mataram impiedosamente o mago- fala Dante- O homúnculo foge e invoca o herói Sigurd como Rider, mas, ele teve como destino virar uma taça dourada cheia de sangue de inocentes...

– Como... Como então vocês conseguiram esse homúnculo?- pergunta à assassina.

– Gastei muito tempo e dinheiro, mas consegui furtar um homúnculo dos famosos Einzerberns- responde o Mestre.

– Você furtou um homúnculo dos Einzerberns? – perguntou a serva bastante surpresa até ela sabia da famosa reputação dessa família do norte.

– Sim, porem, eu furtei um protótipo descartado por eles- Retruca o Badlet- Nem todo o poder da minha família conseguiria roubar aquela poderosa família, olhe bem, o homúnculo tem uma perna maior que a outra, é homem e sofre de uma pequena escoliose.

– Ele será o sacrifício para dar a forma ao cálice, ele morrerá para realizar o egoísta desejo de outra pessoa... - responde Assassin.

– Sim, Lyonisviel Von Einzerbern é a nossa chave para a gloriosa vitória. - Clama Dante- Enquanto eu manter ele aqui nada me impedirá de vencer!

Dante começa a subir as escadas, mas, para ao ver que sua serva não esta o seguindo, “O que será que ela esta fazendo... Bem... Acho que não é nada demais, afinal ela é apenas um simples peão meu” pensava Dante voltando a subir aquele imenso mar de degraus. Assassin fica um tempo observando o boneco inconsciente acorrentado, fica parado apenas olhando aquele ser vivo não criado por Deus. Quando os passos de Dante estão bem difíceis de ser ouvidos, Assassin invoca uma pequena faca negra e facilmente quebra as correntes que prendiam o homúnculo.

– Vamos ver se a vitória será sua agora... Meu odioso mestre... – Fala Assassin com um sorriso no rosto.

Segundo dia da guerra, mansão dos Hendrics, 14:09.

“É hoje, hoje eu vou mostrar Gilgamesh para o mundo e os outros servos vão tremer diante de seu enorme poder” pensava Celes enquanto caminhava para o quarto. Celestia costuma a dormir à tarde, para a noite o período da guerra ela estar bem descansada. Antes de entrar no em seu aposento, o rei dourado aparece vestindo um fabuloso terno de pele de leopardo.

–Celestia... Lembre o que me prometeu... Me Ajudará a encontrar e libertar Enkidu se pensar em me trair se considere uma pessoa morta- Diz Archer.

– Primeiramente meu objetivo não é Enkidu- responde a mestra.

– Como assim...?- Fala Gilgamesh um pouco irritado.

– Devemos primeiro eliminar os outros servos para depois chegar ao grande prêmio- retruca Celestia com um sorriso cruel- Com aquela ferida Berserker será um alvo bastante fácil, primeiro mataremos os outros heróis para ele não correr risco de ele ser atacado por outro servo.

– Entendo seu ponto de vista... – Fala o rei dos heróis- Você até que é útil para alguma coisa Celestia, matarei esses impuros que se dizem espíritos heroicos e reafirmar minha autoridade suprema sobre eles, apenas eu sou digno de enfrentar Enkidu, esmagarei quem entrar na minha frente.

– Vou dormir um pouco, fique alerta, destrua qualquer um que tentar entrar na mansão- fala a Hendric.

– Como quiser... E bons sonhos- Responde Gilgamesh desaparecendo e com um sorriso bastante sarcástico.

Celestia entrou no quarto, tomou banho, trocou de roupa, deitou na cama e fechou os olhos, mas, de repente abriu eles novamente e não estava mas em seu quarto. Estava em uma linda cidade dourada babilônica, mas, os seus moradores estavam com a face marcada pela tristeza e pelo terror.

– Os moradores de Uruk já sofreram bastante pelas minhas mãos- ecoa a voz de seu servo em sua mente.

Inúmeras cenas começaram a se projetar na mente de Celestia, muitas delas servos sendo torturados, mulheres sendo agredidas, homens sendo extremamente humilhados e outros casos de brutalidade e tirania praticadas por Gilgamesh.

– Mas, tudo isso mudou, quando o selvagem chegou... - a voz de Gilgamesh ecoa novamente.

A cena projetada agora era a de um jovem de cabelos longos esverdeados chegando ao palácio do loiro, depois de um conversa de confronto de ideais, Celes observou a cena da noite anterior: O homem-barro moldando suas mãos em incríveis armas e em alta velocidade contra o semideus disparando uma diversidade de armas. A batalha ocorreu por dias e dias, era uma luta de igual para igual, pela primeira vez Gilgamesh encontrou alguém do mesmo patamar.

No fim das contas, eles criaram um laço de amizade único, eram irmãos de alma, mataram um colossal espirito da floresta desafiando os deuses e ainda conseguiram os dois sozinhos aprisionar e matar um touro divino com a força de fazer a Terra mergulhar em sete longos anos de fome. Mas...A morte é algo inevitável, depois de recusar o amor da deusa Inanna, o pesadelo de Gilgamesh começou, sua querida esposa foi a primeira vitima e depois seu querido amigo Enkidu. Celestia sentia a dor de seu servo, uma dor de partir o coração, que fazia lagrimas invadirem seus olhos ainda mais depois de ouvir as ultimas palavras de Enkidu:

–Quem poderia compreendê-lo depois que eu morrer? Quem mais poderia marchar ao seu lado? Meu amigo... Quando eu penso que você vai viver sozinho daqui em diante, eu não posso deixar de derramar lágrimas... Cuide da Shamhat por mim e eu... E eu cuidarei da Siduri por você...

Depois da morte do seu estimado amigo nada mais importava, ele iria morrer algum dia mesmo, até que aquele pensamento invadiu sua cabeça, “E se eu me tornasse imortal?”. Gilgamesh atravessou terras, montanhas e oceanos para encontrar Utnapishtim o sobrevivente do grande diluvio e que detentiva o segredo da imortalidade.

Depois de enfrentar testes praticamente impossíveis ele acabou recebendo a formula da vida eterna, mas, acabou sendo enganado por uma serpente dando origem a primeira pele de cobra do mundo quando ela tomou o misterioso liquido. Voltou para cidade dourada, decepcionado, mas, Gilgamesh conseguiu a imortalidade, seus grandes feitos o transformaram em imortal na memoria de todos.

Segundo dia da guerra, casa de férias dos Lefannu, 15:46.

Charlotte acordou ofegante e com lagrimas em seu delicado rosto, “Que sonho foi esse? Esse é o passado do meu servo?” pensou a mestra “Definitivamente... Você tem vários motivos para ser convocado pela classe Berserker, meu caro Enkidu”. Olhou para fora pela janela e pode ver o jovem de cabelos esverdeados olhando para o céu aparentemente refletindo sobre a vida. “É isso que você quis dizer quando falou que o mundo pode ser lindo e cruel ao mesmo tempo?... Você... Você Tem toda razão do mundo...” Pensa a mestra voltando dormir “Vou realizar seu desejo meu servo”.

Segundo dia da guerra, antigo porto abandonado, 23:40.

Hokai caminhava com um sorriso bastante bobo ao lado de Saber, o cavaleiro espanhol estranhava a bizarra alegria do seu mestre. Quando voltou para relatar os lugares da cidade onde poderia se guerrear ele estava com Ruler e a donzela deu um pequeno beijo na face do garoto, murmurando algo como “Obrigada, você é uma pessoa muito boa Hokai” e fazendo o corar bastante e depois ela simplesmente desapareceu. Enquanto o servo se perguntava o que havia acontecido enquanto estava fora, Hokai simplesmente relembrava a cena em sua cabeça inúmeras vezes.

“Foco, foco Hokai, você tem que salvar sua família da maldição eterna” pensa o garoto, ele observa a sua mão, todos os dedos estavam cristalizados, praticamente os cristais haviam dominado mais da metade da sua mão esquerda. Ambos pararam na frente de um estranho e enorme galpão.

– Saber... Tem um servo dentro desse antigo armazém pesqueiro- Diz Hokai.

– Certo, fique aqui, é mais seguro- Responde o servo adentrando o galpão.

Hokai observou enquanto Saber desaparecia de sua vista, se afastou um pouco para ter uma melhor visão da batalha e acaba dando de cara com uma jovem sardenta e de óculos que se assemelhava a um homem, pois tinha um lindo cabelo ruivo muito repicado.

Segundo dia da guerra, parque da cidade, 23:46.

–Finalmente saímos para a batalha!- Diz animadamente Caster- Vou poder mostrar todo poder da Casterzinha aqui hehehehe.

– Se acalme Caster, não sabemos quem vamos enfrentar, fique bem atenta- responde Kazuma.

Kazuma e Caster levam um grande susto, eles se deparam um garoto mancando de cabelos curtos prateados, vestindo apenas um amontoado de trapos negros e com olhos avermelhados. “ O que é isso... Isso... Isso é o que eu estou pensando o que é?...” Pensa Kazuma.

– Que fofíssimo- fala Caster agarrando o pequeno homúnculo- Ei garotinho cadê seus pais?

– Pais?- pergunta a criança com certa melancolia.

– Sim, sua mãe e seu pai, as pessoas que cuidam de você, onde eles estão?- pergunta a raposa.

– Eu... Eu não tenho pais... - responde o albino.

– Que fofo!- Fala Caster abraçando o boneco vivo- Ei, mestre, podemos ficar com ele? Poderíamos ser o pai e a mãe dele!

– Eu não, isso vai dar muito trabalho, você acha que eu tenho cara de quem pode cuidar de um pivete?- pergunta sarcasticamente o mestre.

– Nós vamos cuidar dessa criança... Não é?!- Afirma Caster com uma terrível aura assassina.

– Claro que sim querida!- responde Kazuma sem questionar.

De repente um jovem de vestes branca e cabelos esverdeados, aparece acompanhado de uma linda garota de cabelos castanhos. Ela sorriu cruelmente e simplesmente fala:

– Berserker... Capture e mate aquele homúnculo.

– Como quiser, Charlotte- responde Enkidu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado,até a próxima sexta o/
Domingo tem novo cáp de Fate/Strange Night