“Eu irei chorar e irei lamentar, mas nunca me arrependerei" (Rider- Fate/Zero)

Primeiro dia da guerra, torre do relógio, 16:52.

O pai adotivo de Kazuma, Raven Yagami, um dos magos mais talentosos da torre do relógio, mestre da casa dos magos de vento Yagami, andava pelos intermináveis corredores da torre. O loiro de vinte e poucos anos, usava um lindo terno esverdeado e sua face estampava uma clara preocupação, pois, havia deixado seu filho adotivo e o seu valioso catalisador por causa de uma importante chamada do seu ex-mestre: o próprio Lord El-Melloi II

Estava apressado, seus passos ecoavam por toda torre, até ele finalmente chegar ao seu destino. Bateu no quarto, esperou uma resposta até que ouviu a permissão de entrar e viu seu antigo mentor em uma situação estranha para qualquer um, mas, para as pessoas que já conheciam a natureza de Waver Velvet não era de se surpreender.

Um dos mais influentes e poderosos magos de todos os tempos estava jogando videogame, sem se importa com o chiqueiro que estava sua sala e quem estava observando o seu ridículo estado. Desde um estranho acontecimento em Fuyuki, Waver passou a ser uma pessoa que aproveitava o bom da vida ao máximo, carismático, que não se importava com a opinião dos outros e que com toda certeza era um exemplo a ser seguido.

– Senhor Lord El-Melloi...- Fala Raven fazendo uma reverencia para seu mentor.

– Segundo...- fala Waver Velvet- Odeio quando me comparam com o primeiro Lord El-Melloi, digamos que não nos dávamos bem.

– Certo, certo, Lord El-Melloi II... – Retruca Raven refazendo sua reverencia.

– O que você quer falar comigo, Raven?- pergunta Lord El-Melloi II.

– Mas, eu recebi uma mensagem da torre falando que você que queria falar comigo!- responde o pai de Kazuma.

– Em nome do grande Iskandar, juro que não chamei você, como pode ver estou na minha folga, jogando a nova versão de heróis conquistadores que acaba se lançada!- retruca Lord El-Melloi II.

– Então... Eu voltei para Londres para nada?- Reflete Raven- A torre do relógio me arranjou um catalisador extremamente poderoso para eu servir como mestre e ser os olhos e ouvidos da torre e acabo perdendo esta oportunidade...

– Você foi enganado para a torre não participar da guerra, alguém mandou um chamado urgente falso para você voltar e perder o tempo de participar- Fala o Waver- Francamente, que truque mais baixo, não acredito que um ex-aluno meu caiu nessa...

– A torre do relógio não terá o controle sobre essa guerra... Por minha culpa... - responde o ex-aprendiz.

– Um representante... A torre tem sim... –Fala Waver como se fosse algo sem importância.

– Como assim ela tem um representante?!- Retruca o pai adotivo de Kazuma.

– Uma tal de Brianna MayFlower disse que iria participar e por algum motivo a torre informou que a serva que você pretendia ter foi invocada...- responde o Lorde- Se essas duas coisas estão de alguma forma conectadas eu não sei...

– Eu tenho que voltar imediatamente para Snow City! Com sua licença Lord El-Melloi!- Fala Raven correndo e saindo apressadamente do quarto.

– Segundo! Lord El-Melloi II!- Responde Waver gritando para Raven, mas aparentemente ele não escutou- Hum... Raven mudou muito desde que participou da primeira guerra de Snow City...

O homem pausou o jogo se levantou e pegou uma pequena caixa de madeira na sua enorme instante de livros. Ele abriu e lá estava um pequeno trapo vermelho de pano da capa que pertenceu a ninguém menos que Alexandre, o grande.

– Não é mesmo... Rider... - Fala Waver ao trapo como se ele fosse um velho amigo.

Segundo dia da guerra, parque da cidade, 00:02.

Kazuma observava a chegada da menina e do servo de cabelos esverdeados, a aura que vinham dos dois era bastante poderosa. O homúnculo aparentou ter percebido isso, pois, logo depois que os dois chegaram ele se escondeu atrás de Caster com muito medo.

– Caster... O que diabos... O que diabos é aquilo?- perguntou Kazuma.

– Berserker, a classe dos servos insanos- responde à serva.

– Isso é obvio! Estou me referindo ao gênero dele! Aquilo é uma menina que parece um menino ou um menino que parece uma menina?! Ou não vai me dizer que o Berserker é uma espécie de travesti?

–...-

–...-

– Você é um idiota!- fala dando um soco na cabeça de Kazuma.

– Todos vocês são idiotas, entreguem essa criança logo, ela será o catalisador que dará forma ao graal- fala Charlotte.

– Você vai matar uma pessoa inocente apenas para realizar seu desejo... - Retruca Kazuma- Que tipo... Tipo de pessoa cruel é você?

– Não é apenas a vida dele que arriscaria para ter meu nobre desejo concedido, ele será apenas a taça, o sangue que estará dentro é nada mais que o sangue dos nossos próprios servos- responde Charlotte- Além disso... Você é tão cruel quanto eu, você aceitou ser um mestre por conta própria, alguém que ressuscita um inocente, faz dele seu servo, apenas para morrer e matar.

– Isso... Isso é a verdadeiro conceito de mestre...?- pergunta Kazuma estupefato.

– Isso não é verdade! O Kazuma não é desse jeito! Ele nunca sacrificaria ninguém para realizar seu desejo! Não é verdade Kazuma? Fale para ela!- diz Caster.

Ele não responde tudo que ele mais queria é ficar rico, ter muito dinheiro, conseguir a felicidade a partir da grande quantidade de bens materiais. “Tudo que eu quero... Vale o banho de sangue que é a guerra pelo cálice?...” pensa Kazuma. Antes que ele pudesse refletir mais sobre os seus desejos, Charlotte fica impaciente. “Meu desejo é melhorar esse mundo, torna-lo puro, apenas ele importa apenas meu desejo é o certo! Destruirei qualquer um que fique no meu caminho para um mundo melhor, um mundo perfeito” pensa a mestra.

– Berserker... Capture e mate aquele homúnculo- manda Charlotte.

– Como quiser Charlotte- responde Enkidu.

– O que vamos fazer Kazuma?- pergunta Caster desesperada segurando o pequeno homúnculo.

– Você foge daqui com o guri! Eu fico aqui e atraso esse servo sem sexo definido!- grita Kazuma.

– Ele vai te matar!-Fala Caster extremamente preocupada- É o dever de um servo proteger seu mestre! Eu vou ficar e lutar!

– Então nos dois vamos lutar... - retruca Kazuma com um sorriso- Isso... Isso será bastante divertido...

Enkidu avança em direção a Caster moldando sua mão na forma de uma enorme foice, ele tenta acertar a feiticeira, mas, Kazuma acerta o servo insano por trás com uma lamina de vento. Berserker então se concentra em atacar Kazuma e avança inúmeras vezes no mestre, mas tudo em vão. De alguma forma Kazuma conseguia fazer o vento ficar ao seu redor aumentando assim a sua velocidade para desviar dos golpes.

É claro, Berserker estava pegando leve com o garoto, se estivesse lutando a sério mesmo poderia simplesmente usar a corrente Shamhat e executa-lo. Mas, no fundo Enkidu compreendia os sentimentos de Kazuma, é claro que simplesmente não ignoraria o profundo desejo de sua mestra, tinha que cumprir as suas ordens se queria ter a chance de ver Gilgamesh, não era a hora de estar brincando. “Hora de lutar a sério... Perdoe-me, mas, é pelo Gilgamesh...”.

– Shamhat... Corrente da união eterna- Fala Enkidu fazendo aparecer quatro portais esverdeados e de dentro deles sair uma corrente que prende o jovem mestre.

– Kazuma!- grita Caster que joga uma tempestade de bolas de fogo e rajadas elétricas em direção a Berserker que com muita dificuldade consegue desviar.

– Você também é uma ameaça... - Berserker fala invocando uma lança feita de um brilhante bronze- Shamash... Lança das chamas da criação...

Enkidu dispara uma rajada de chamas divinas através de sua poderosa lança em direção a Caster que estava paralisada de medo, ela não conseguia se mover. “ É o meu fim... É assim que termino? Que patético.... Eu só queria... Eu só queria ter uma família feliz” pensa a serva fechando os olhos se preparando para a morte.

O homúnculo então joga seu corpo em direção à raposa jogando ambos para baixo, assim, desviando das chamas. O garotinho albino então sorriu timidamente para a serva:

– Caster-san... Eu... Eu posso não te conhecer direito... Mas... Mas, se esse é seu desejo... Você realmente é uma pessoa muito boa- fala o ser de olhos cor de sangue.

Caster nem se importou muito com o fato de o homúnculo havia lido seus pensamentos, apenas abraçou ele forte, derramou lagrimas e disse: Obrigada. Ela então se levantou e olhou com um olhar bastante cruel para Berserker.

– Eu... Eu vou te mandar para o inferno se tocar no Kazuma ou nesse homúnculo- Grita Caster em direção a Enkidu- O mesmo vale para você- Se direciona agora para Charlotte que apenas observava com cuidado a luta.

De repente galopes de cavalo ecoaram por todo parque, um jovem de cabelos castanhos e de aparência asiática aparece montado em um musculoso cavalo marrom que possuía olhos cor de sangue, do seu lado uma garota de lindos cabelos cinza e assim como o garoto, estampava um macabro e terrível sorriso no rosto.

– Mandar para o inferno?- Fala Atila- Essa é a minha especialidade!

Segundo dia da guerra, antigo porto abandonado, 00:00.

Brianna encarava séria Hokai, “ Esse cara é o representante da famosa família Õ no..?” pensa ela “Não parece grande coisa...”. O mestre de Saber encarava a aluna da torre do relogio, depois pronuncia algumas palavras totalmente desconhecidas por Brianna, de repente asas azuis que se assemelhavam a chamas se formaram nas costas de Hokai.

– Magia enoquiniana... Não pode ser... Achei, que era apenas uma lenda...- Fala Brianna séria.

Enquanto isso em cima de um galpão, Celestia e Gilgamesh observavam a futura luta, enquanto o servo não ligava muito para o que estava ocorrendo, Celes abriu um sorriso cruel.

– Então esse é o seu poder Õ no Hokai...Interessante...- Fala a mestra de Archer.