Segundo dia da guerra, antigo porto abandonado, 00:05.

Brianna já leu sobre a poderosa magia enoquiana, se dizia que ela era a mais antiga língua de todo universo, a língua de Deus, dos anjos, de Adão e Eva. Ela deu a origem a todas as línguas existentes, cada nação compartilha um pouco da linguagem enoquiana em seu idioma. Infelizmente ela havia se perdido durante os eventos da torre de Babel, mas, a família antecessora a que daria origem aos Õ no conseguiu de alguma forma preservar aquele idioma tão magico e começou a passar de geração para geração.

Diz a lenda também que as divindades ficaram com raiva de os Õ no’s ainda utilizarem essa língua e amaldiçoaram a família com cristais malditos que se espalhavam pelo corpo quando a mana do contaminado se manifestava de alguma forma. É claro a garota nunca havia imaginado um garoto como Hokai utilizando a magia divina, mas, lá estava o mestre de Saber com dois pares de asas azuis flamejantes.

“Não vou demonstrar fraqueza, vou mostrar que uma garota pode enfrentar de igual para igual um dos poderoso Õ no’s” pensa a mestra de Lancer. Brianna arregaçou a manga do casaco até os ombros revelando vários desenhos por todo seu braço esquerdo. “Runas, então essa maga utiliza runas...” pensa Hokai “Runas podem ser uma língua magica antiga mais nunca se superará a enoquiana”.

Hokai avança em Brianna, ele dispara esferas luminosas em direção a ela que com grande dificuldade consegue desviar, ela repara que o chão atingido se transformou em grandes crateras. “Tenho que me aproximar dele sem eu ser atingida” pensa a garota. Brianna então repara que o porto é cercado de inúmeras poças de água, ela se concentra e consegue controlar a água e molda- lá em forma de chicotes, ela tenta atingir Hokai com um deles, mas por muito pouco ele desvia da chicotada que acerta o chão causando grandes rachaduras. “Ela... Ela está utilizando a mana proveniente das runas... Então esse é o poder da melhor aluna da torre do relógio...” pensa o garoto.

Hokai tenta diversas vezes acertar a mestra, mas, com grande maestria ela conseguia usar os chicotes de água como escudo, porem em contato com a luz forte da magia enoquiana a água evaporava. “Vai ter uma hora que não terei como atacar ou defender pela falta de poças” pensa Brianna “ Também estou ficando cada vez mais cansada, de onde ele tira esse incrível poder? É tão poderoso e aparenta ser ilimitado, esse Õ no nem chegou a suar...”

Segundo dia da guerra, dentro do armazém no antigo porto abandonado, 00:23.

Ambos Lancer e Saber estavam realmente admirados, a batalha deles estava muito intensa chegando ao ponto de espadas e lanças quando colidiam provocavam faíscas. “Realmente ele é um cavaleiro admirável, uma pena ser pagão condenado...” pensa o espadachim. “Realmente ele é um cavaleiro admirável, uma pena ser um cristão tão fanático...” pensa o lanceiro.

A habilidade de Lancer era tão descomunal que obrigou Saber a invocar seu escudo sagrado para se defender das amaldiçoadas lanças do cavaleiro dos Fiannas. Ambos os guerreiros estavam praticamente na mesma situação, os corações acelerados de emoção, ofegantes e com um sorriso no rosto de alegria por ser bom duelo entre cavaleiros que se rivalizavam.

– Você ganhou minha admiração Diarmiud da mancha amaldiçoada! Seus feitos chegaram até mesmo ao meu querido reino de castela!- fala com entusiasmo o campeador.

– Sinceramente cavaleiro prateado, não sei quem é você, mas, vejo que é uma pessoa honrada, poderosa e digna – responde Lancer.

– A conversa de vocês dois, impuros, é entediante e de dar nojo... Não entendo por que estou colocado em uma classe considerado no mesmo patamar de vocês... – disse um jovem de cabelos dourados e olhos avermelhados.

Segundo dia da guerra, parque da cidade, 00:37.

O jovem de cabelos castanhos e de aparência asiática estava acompanhado de sua bela mestra de cabelos cinza, ambos estavam entre Enkidu, Caster e Kazuma acorrentado. Rider estava com enorme sorriso sarcástico no rosto enquanto a feiticeira e o guerreiro insano olhavam surpresos para o rei dos bárbaros.

– Rider!- gritou Tamamo-no-mae- Por interrompeu a luta!?

– Eu interrompi a luta por que quis, ora- responde Rider- Além do mais...

–... Ele não conseguiu segurar esse ego enorme dele... - complementa Az.

– Isso também... Mais eu interrompi principalmente por outro motivo, pequena ratinha- retruca Atila.

– Por outro motivo? E qual séria esse?- pergunta Kazuma curioso.

– Sim!- Rider então se vira para Berserker- Você aí estava prestes a cometer um ato extremamente covarde até mesmo para os meus padrões de bárbaro!

– Um ato de covardia? Do que está se referindo conquistador?- retruca Enkidu.

– Você estava prestes a bater em uma mulher! Nem mesmo eu cometeria uma atrocidade dessas... - responde Rider- Quer dizer, não de novo...

– Pensei que você matasse qualquer um que se pusesse na sua frente, isso incluía crianças, mulheres... Seu exercito matava sem piedade qualquer um... - adverte Caster.

– Sim, realmente eu cometi coisas assim... Mas... Mas, até os bárbaros se arrependem, os tempos são outros, não perdoarei ninguém que repetir os terríveis atos que um dia eu já pratiquei... - Responde o rei dos Hunos.

– Não ligo para o que você praticou ou que não permite praticar- começa a falar Enkidu- Só obedeço a um rei e além do mais essa feiticeira esta no meu caminho...

– Berserker... Uma mulher que nós traz a esse mundo, uma mulher que nos tira desse mundo, afinal todos sabem que a morte é uma mulher... Achei que você respeitaria uma mulher, afinal, foi uma mulher que te fez conhecer Gilgamesh... Uma mulher que você amou...- retruca Rider.

– Cuidado com as palavras huno, não ouse comparar a minha querida Shamhat a ninguém... - avisa Enkidu.

– Bem, ficarei do lado dessa avatar da deusa Amaterasu, portanto ficarei no seu caminho... Pode vim com tudo guerreiro enraivecido- responde Rider com um sorriso sarcástico e depois se vira para Caster- Vá cuidar de seu mestre, ele precisa de muitos cuidados.

Rider invoca uma lamina torta cor de sangue e com um movimento quebra as correntes que prendiam Kazuma, logo depois tanto Caster quanto o homúnculo correm para ajuda-lo. Enkidu conjura sua lança que se choca com a espada de Marte de Atila provocando uma serie de faíscas e fazendo os dois servos irem para longe. O guerreiro asiático sobe em cima de seu cavalo e avança em direção de Berserker ocorrendo assim inúmeros impactos sucessivos até ambos os heróis ficarem bastante cansados especialmente Enkidu que lutou contra o mago de vento e ainda tinha que aguentar a ferida incurável que apenas parava de sangrar graças à magia de sangue da mestra.

– Estou cansado de te ver enrolar- grita Az- Mostra para ele logo aquele seu truque na manga!

– Tem certeza rata? Isso te deixara bastante cansada... – responde o rei.

– Vai logo! Estou começando a ficar com tedio, quero ver cabeças rolarem!- retruca a mestra com um sorriso cruel.

– Tudo bem, então... - Atila então sai de seu formoso cavalo de guerra e crava sua poderosa espada no chão fazendo um brilho extremamente intenso surgir, tão ofuscante que todos os presentes tiveram que fechar os olhos por tamanha luminosidade.

De repente Charlotte, Kazuma, Caster, Enkidu e Rider estavam em um campo cercado por uma grama muito verde, cercado de várias ruinas de fortalezas e alguns esqueletos mas mesmo assim um linda paisagem. “Isso.... Isso é uma reality Marble?” pensa Charlotte “ Então essa é a verdadeira arma secreta do líder do hunos...”. Até mesmo a arrogante Az estava incrivelmente impressionada com o poder do rei dos bárbaros.

Todos olharam para trás um grandioso exercito estava lá pronto para atacar, milhares de lanceiros, arqueiros e espadachins. Uma horda de bárbaros de aparência asiática e montados em terríveis cavalos cobrindo todo horizonte. Rider sorriu para sua mestra:

– Este é meu poderoso império quilômetros e quilômetros de reality marble- fala Átila- Reconhece meu poder agora ratinha?

– Não acho grande coisa...- mentiu Az.

– Bem vamos meus companheiros! Vamos derrotar o segundo heróimais antigo da humanidade e dar uma lição inesquecível ! Vamos provar que nem mesmo a morte pode nos parar e vamos rumo ao horizonte para... Para dominar esse mundo mais uma vez!- grita Rider montando em sua montaria infernal e liderando aquele exercito montado na direção de Berserker.