But You Think It Is escrita por Opinition


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Albus estava no dormitório da sonserina, estava bastante nervoso. Tinha ido até a enfermaria, mas foi impedido de ver Jhon por causo do horário. Tinha cogitado a ideia de utilizar a capa da invisibilidade, desistiu no momento que pensou no que iria falar com Jhon.

Suspirou e caiu de costa na cama com tudo. Estava cansando. Por ele já teria terminado com Jhon no momento que soube do passado dele, mas seu pai chegou com uma conversa estranha e o fez pensar seriamente sobre o relacionamento deles.

Por que tudo que tinha que ser tão complicado?

Para ser sincero ele achava que as coisas estavam quietas demais para ser verdade.

Scorpius estava saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Ele estava distraído e parecia nem perceber que Albus estava ali. Foi até o armário e pegou uma muda de roupa. Albus percebeu que ele tirar a toalha, então decidiu força uma tosse para mostrar que ele não estava ali sozinho.

–Albus, o que está fazendo aqui?- Perguntou Scorpius assustado.

–Eu moro aqui.

–Eu sei disso. Achei que estivesse na enfermaria.

–Não pude ir para lá, a enfermeira não deixou- Respondeu Albus.

Scorpius deu um aceno e voltou para banheiro indo colocar uma roupa. Voltou já arrumado e sentou na beira da cama de Albus.

–Quer que eu durma com você?- Perguntou Scorpius.

–O que?- Indagou Albus assustado. Quando mais novo os dois dormiam juntos algumas vezes. Sempre dormiam juntos quando um tinha pesadelo e ia para cama do outro, quando estavam tristes, e quando queriam conversa até mais tarde e resolviam ficar na mesma cama para não atrapalhar Bryan.

–Você está triste, eu só achei que você queria um amigo ao seu lado. Mas se não quiser eu vou dormi na minha mesmo- Scorpius já ia se levantando.

–Não, não!- Disse Albus em desespero impedindo de Scorpius sair dali- É que faz tanto tempo que não fazemos isso que eu fiquei assustado. A ultima vez que isso aconteceu quando foi antes de você...- Albus não pode completar a fala.

Os dois ficaram em silêncio. Scorpius se levantou e ficou do lado de Albus na cama. Albus ajeitou o travesseiro e ambos deitaram na cama virando olhando um para o outro dividindo o travesseiro. Eles não precisavam falar nada, apenas ter a presença do amigo ali já era o suficiente.

–Desculpe- Disse Scorpius abruptamente quebrando o silêncio que tinha se instalado- Eu deveria ter sido um amigo melhor. Eu sei que no passado eu fui terrível com você. E eu olho para trás e sinto tanta vergonha disso. Eu era tão homofóbico. Eu era tão imbecil que achava que se eu deitasse na cama junto com meu melhor amigo poderia virar gay- Scorpius deu uma risada amarga- Isso é tão idiota. Desculpa cara, eu nunca deveria ter agido dessa forma com você.

–Já desculpei você há muito tempo- Albus sorriu- Fico feliz de ter sido sincero comigo.

Scorpius sorriu e puxou Albus para um abraço. E foi nesse momento que o moreno percebeu que ele era pessoa mais sortuda no mundo por ter um amigo como Scorpius. Agradecia a Merlim por sua queda não existir mais, e amar Malfoy apenas como um amigo e até mesmo como um irmão.

Soltaram-se do abraço e se se ajeitaram melhor na cama.

–Bryan vai estranhar isso- Riu Albus.

–Só teremos que implorar para ele não contar para Julie que pode acabar com Jhon- Sorriu Scorpius.

Automaticamente o sorriso de Albus sumiu. Malfoy deu um tapa em si mesmo mentalmente.

–Desculpa, é que...- Malfoy tentou se explicar.

–Não tem problema- Sorriu tentando reconforta Scorpius- Que tal irmos dormi? Eu estou morrendo de cansaço.

****

Harry estava preocupado com James. Ele achava que a partir do momento que entrou em Hogwarts para o ultimo ano, ele iria deixar de lado sua infantilidade e controlar seu jeito explosivo, e começar a estudar, dando atenção para o futuro. Claro que os pensamentos de Harry estavam errados, afinal estava falando de seu filho primogênito, aquele que desde bebê enlouquecia Gina e ele pelo fato de não ficar quieto, até mesmo recém-nascido exigia atenção dos pais.

Lembrava-se do tempo que suspeitava que o menino fosse hiperativo, mas o médico disse que James era uma criança com uma saúde mental e física perfeita. Harry também chegou a pensar que seria uma fase, entretanto seu filho não tinha mudado o seu jeito. Talvez fosse por ironia do destino, colocar os nomes dos dois maiores marotos. Contudo, Harry por mais que se irritasse do jeito de ser de James, ele percebe que ama isso no seu filho, isso faz com que ele se torne único.

Agora James se encontrava na cozinha. Harry levou um susto, ainda é muito cedo para o menino estar acordado neste horário. Ele estava sentando paralisado, não havia brilho que sempre carregava nos olhos. Há única vez que o viu dessa forma foi após a morte de Henry. Aparentemente tudo que ele tinha sentido pela morte do melhor amigo, voltou à tona.

Logo depois de voltar de Hogwarts, Harry apenas pediu para que James entrasse no quarto. Ele tinha estranhado que o menino fez o que foi mandado sem dar algum estresse. Hermione disse que enquanto Harry estava em Hogwarts o garoto nem chegou a falar com ela, apenas se sentou no sofá bastante irritado e estranhamente quieto. O menino que sobreviveu agradeceu a amiga, que logo depois foi embora. Gina tinha chegado um pouco tarde, e quando ela chegou os dois decidiram ter uma conversa com James.

Levaram um susto quando chegaram ao quarto de James. Tudo estava completamente destruído. Estava um bagunça tão grande, que as penas do travesseiro estavam em todo canto do quarto, pergaminhos espalhados, tintas espalhada no chão e na parede, roupas rasgadas, sapatos para cada canto; e o mais assustador, a vassoura que James guardava em casa como uma preciosidade, por ter sido do seu melhor amigo, estava destruída em várias partes. No meio estava James que estava em uma posição fetal e sussurrava palavras estranhas e sem nexo, seu rosto cheio de lagrimas, seus lábios estavam feridos como se tivesse mordido ou arrancado à pele varias vezes e com as mãos sangrando, já que o garoto tinha quebrado a janela.

Gina entrou em desespero, saiu correndo atrás dos primeiros socorros e foi logo examinando o filho para ver se tinha machucado algo mais além das mãos, felizmente só foi nessa área. Levou ele para quarto de Lily. O garoto fazia tudo que os pais pediam de um jeito meio forçado, como se estivesse sem força para aquilo. Após o deitarem na cama ficaram lá por um tempo, e quando James dormiu, Harry falou com Gina para que os dois saíssem do quarto e deixar ele dormi em paz. Prometeu que no dia seguinte iriam resolver a situação de James.

Agora Gina estava ao seu lado com o corpo apoiado na batente da porta. Ela segurava uma xicara de café, e Harry sabia que Gina odiava café, e tinha certeza que ela só estava tomando por não dormi direito na noite passada. Para ser sincero, ninguém naquela casa dormiu direito.

–Tudo vai voltar de novo- Comentou cansada. Harry sabia perfeitamente que ela se referia na época em que Henry morreu- Quando uma mãe vê o filho sofrendo, ela sente a mesma dor que ele. E como se houvesse uma ligação de sentimentos. E eu me sinto tão cansada disso tudo, tão inútil, tão estressada, são tantos sentimentos que eu sinto. E o pior de sentir isso, é saber que ele se sente da mesma forma.

Harry observou sua mulher. Gina mesmo em uma idade já um pouco avançada, continuava bela. Ele tinha orgulho de ter casado, filhos e compartilhado a vida com ela.

–Ele demorou tanto para voltar ao normal. Tenho medo de ele sofrer novamente tudo isso em uma grande quantidade de tempo, se isso acontecer, o meu bebê pode morrer- Não importa a idade dos filhos, eles sempre serão os bebês de Gina.

Há ultima parte doeu em Harry. “O meu bebê pode morrer”. James tinha feito uma tentativa de suicídio, felizmente Rony encontrou a tempo de salva-lo. Isso era um segredo que foi mantido entre Harry, Gina, James, Molly e Arthur. O garoto disse que iria pegara a vassoura para voar um pouco, mas ele acabou indo em uma velocidade grande, e voou em direção em uma arvore o impacto quase matou ele. Harry era bastante grato pelo medibruxo ter conseguido salvado ele e manter sigilo. Todos sempre pensaram que era um acidente, contudo, James confessou que ele fez isso porque não sentia mais vontade de viver.

–Prometo que tentarei ao máximo trazer ele de volta o mais rápido possível.

Gina sorriu para Harry, foi até ele e o beijou na boca. E depois foi até James, empurrou o sua franja para trás e deu um beijo demorado na testa dele. Saiu da cozinha e foi direto para o trabalho.

Harry tinha tirado o dia de folga. Depois de ontem Gina e Harry decidiram que alguém teria que ficar de olho nele todos os dias. O menino que agora é o homem da cicatriz de raio na testa decidiu ficar com James hoje, e amanhã iria ficar com os avós.

Harry foi até James, puxou uma cadeira e sentou ao lado dele. Seu filho nem olhou para ele, apenas continuou paralisado com os olhos fixo na parede. James estava calmo, muito calmo, calmo demais. E isso o deixava preocupado, James calmo representava um perigo maior do que ele elétrico. Pelo menos com ele agitado dava para saber as artimanhas e o que pensava, e quieto não sabia do que ele é capaz de fazer e sua cabeça funciona a mil, e tinha certeza que o acontecia na cabeça de James nesses momentos não era nada bom.

–Você quer conversar sobre isso?

–O que você quer que eu diga?- A voz de James estava rouca. Sabia que o menino tinha passado a tarde a chorando e gritando, e o pior é saber que ele foi esperto o suficiente de colocar feitiço silenciador no quarto para que Harry não percebesse a frustação de seu filho.

–Eu não sei. Há algo que queira falar?- Perguntou Harry.

–Eu te amo- Disse James.

De todas as repostas que Harry poderia esperar essa era a que menos esperava.

–Eu te amo- Repetiu James- E isso é uma merda! Porque é para eu odiar você!- James finalmente tirou os olhos da parede, para olhar seu pai.

–Eu também te amo, muito.

–Eu passei minha vida inteira pensando como o senhor podia ser tão perfeito. Você era um herói para mim, e eu tinha raiva que o mundo também achava que você é o herói deles, porque eu queria que você fosse só meu. Mas ontem eu descobri que você não é um herói, e não é perfeito. E foi da pior maneira possível.

Isso foi uma facada no coração de Harry.

–Por quê?- James fungou querendo começar a chorar- Por que é tão difícil aguentar tantas coisas? Por que é tão difícil amar? Por que eu não posso confiar nas pessoas, nem mesmo quando essa pessoa é o seu próprio pai? Eu fiz tanta merda nessa minha vida e arrependo-me. Eu sofri tanto com a morte do meu melhor amigo. Eu machuquei e continuou machucando pessoas, por mais que eu não queira. Eu tenho tantas decepções e nenhuma pode se comparar com está! Pois agora eu sinto toda a dor de perde Henry voltando, machuquei o meu irmão mais novo, e o pior, saber que meu pai me traiu e que não posso confiar nele.

James agora chorava tanto que tinha dificuldade de respirar. Harry se sentia um monstro, um monstro inútil por não ser capaz de ajudar seu filho. Ele foi até James para ir abraça-lo, mas o garoto interrompeu.

–Não me toque!- Ordenou o garoto- EU NÃO QUERO VOCÊ! EU ODEIO VOCÊ! EU TENHO VERGONHA DE SER SEU FILHO- Esbravejou James- EU TENHO TANTA RAIVA DE VOCÊ QUE EU PODERIA MATA-LO!- James tirou a varinha do bolso e apontou para seu pai.

Harry deu um passo para trás sem perceber. Seu filho estava louco, depressivo, triste e com muita raiva. James faz as coisas muitas vezes sem perceber, então ele sabe que seu filho agora está em condições de matar ele.

Como auror ele sabe desferir golpes e desarma-los sem utilizar varinha. Mas seu corpo não o obedecia, talvez fosse pelo seu lado emocional gritando que seu filho está muito machucado e não deseja machucar mais, mesmo que isso possa impedir uma morte.

James soltou a varinha e caiu de joelhos no chão. Ele estava com a respiração pesada e ainda saia lagrimas dos seus olhos.

–Eu não posso fazer isso- Sussurrou ele.

–James- Harry se ajoelhou e abraçou seu filho- Eu sinto muito por tudo isso. Eu odeio ver você assim. Eu odeio o assassino do Henry. Fui incapaz de achar o assassino de Henry. Eu odeio que meu trabalho me impede de dizer a verdade. Eu quero tanto te dizer que isso a verdade, mas eu fiz uma promessa que pode me matar. Eu não posso contar toda a verdade, mas eu prometo a você que Jhon não matou Henry. Infelizmente é tudo que posso dizer- Ele apertou James com mais força- Eu te amo demais, eu me odeio por fazer você me odiar, eu me odeio por fazer você ter vontade de me matar. Eu te amo, James. Não importa se você estiver com uma varinha apontada para mim pronta para me matar, eu vou sempre te amar. Eu tenho orgulho de você ser meu filho.

Harry sentiu que James ia dizer algo, mas seu filho acabou por desmaiar em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Olá e.e. Podem me matar a vontade, eu deixo fazerem isso (embora minha mãe não). Demorei para caralho. Sinto muito pela demora, mas dessa vez eu assumo que só uma pequena coisinha me impediu de postar esse novo capítulo: criatividade.

Obrigada por ler e ter paciência de esperar essa capítulo :*



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