Sword Art Online - Hunter escrita por Razi


Capítulo 15
Capítulo 13 – O Preço do Perdão


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Mais um capitulo saído e nesse em especial acabei empacando numa cena (que não irei revelar qual é) que fiquei com dificuldade em descrevê-la, por isso a demora. Sem delongas, Boa Leitura xD



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23 de Agosto de 2024 – 62° Andar

“Sabia que encontraria um companheiro aqui, mas não esperava que fosse logo você...” Disse a garota. Seu nome era Wanda, apesar de nunca ter interagido com ela, eu a conhecia de vista.

Youkai Taijiya era o melhor grupo formado por caçadores para caçar PK’s. Apesar de não fazer parte da linha de frente, seus feitos eram de conhecimento geral em Aincrad. Mesmo que os membros não tivessem um nível tão alto, suas estratégias e formações permitiam que o grupo realizasse missões extremamente difíceis. A líder e estrategista, Wanda, era conhecida pela sua cruel criatividade, que muitas vezes intrigava os comandantes da linha de frente.

“Você... como-?” Antes de terminar a pergunta, Nagi foi interrompida por Shizuharo.

“Caçadores?! Vocês nos traíram!” Após essas palavras, os dois companheiros de Shizuharo avançaram para atacar Nagi. O que estava mais a frente tentou atacá-la com um florete, e, pouco antes da ponta da arma acertar a garganta de Nagi, a lâmina da naguinata de Nalius a interceptou. Então Nalius moveu-se para frente, e, quando o inimigo recuou sua arma, ele aplicou uma rasteira com a outra ponta da naguinata que deixou o jogador laranja sem reação no chão.

Enquanto isso, o outro companheiro de Shizuharo sacou uma adaga e tentou atacar as costas de Nagi. Quando ele levantou a mão para desferir o golpe, eu a agarrei e a torci para trás, imobilizando-o completamente. Ao ver seus companheiros rendidos, Shizuharo sacou sua espada da cintura, porém eu fui mais rápido ao sacar a minha e deferi um golpe em sua mão, fazendo-o largar a arma. Desarmado e sem saída para escapar, Shizuharo apenas se rendeu.

Apesar de toda aquela movimentação em volta de Nagi, ela ficou apenas parada encarando Wanda, que se manteve da mesma forma durante todo o tempo.

“A sua presença não é necessária aqui!” Disse Nagi para Wanda. “Somos mais do que o suficiente para resolver esse problema, então saia!” A expressão e forma de falar dura de Nagi nem chegaram ao ponto de incomodar Wanda.

“E quem disse que estamos aqui para ajudá-los?” Indagou Wanda. Nesse momento, seu companheiro que carregava uma lança se aproximou dela e começou a dizer algo que não pude escutar.

Enquanto eles conversavam, Nagi ficou parada observando-os. Nalius e eu amarrávamos os três jogadores laranja e nos juntamos a ela.

“Youkai Taijiya?” Perguntei num tom baixo para Nalius.

“Sim. Aquela à frente é a líder, Wanda.” Respondeu ele. Sua expressão parecia um pouco desconfortável. Devido à situação, achei normal. “Aquele carregando uma lança se chama Lahim, e o outro é Ravog.”

“Eu os conheço apenas de vista, mas você parece que os conhece melhor.”

Nalius olhou novamente o grupo que invadiu nossa negociação e deu um breve suspiro.

“Eu fiz algumas missões com eles no passado, e bem... aconteceu algo... Não foi algo ruim, sabe... Nem desconfortável... Hum... Como posso explicar?” Nalius se enrolava com suas próprias palavras.

“Se não quiser dizer, tudo bem. Tem coisas do passado que nos deixam inquietos quando voltam.”

“Não é isso, sabe...” Nalius ainda parecia desconfortável.

“Eu já disse! Vocês podem partir, está tudo sob controle!” Nagi ainda mantinha a mesma postura.

“Megitisune-san, sei que tivemos nossas desavenças no passado, mas isso já faz muito tempo... Achei que já deveria ter superado, afinal não foi nada demais... para você.” Wanda tinha uma postura sádica, mas adorava fazer jogos sarcásticos.

Nagi serrou os dentes e fez um grunhido de fúria junto de uma expressão explosiva de raiva. Com sua impressionante velocidade em manipular o inventário, ela sacou seu grande Martelo de haste longa. Antes de ela avançar contra Wanda, Nalius entrou na frente.

“Wow, pera aí! Vamos com calma aqui! Não tem por que brigarmos... estamos todos do mesmo lado...” Nalius estava com sua arma guardada nas costas e fazia gesto para que as duas parassem.

“Ora, ora. Obrigada Nalius-san, pelo menos alguém aqui é civilizado.” Provocou Wanda.

“Sou grata por ter me salvado, garoto curandeiro. Mas minha gratidão e minha paciência têm limite, então é melhor sair da frente.” Advertiu Nagi para Nalius.

“Er... Nagi-san, não é bem assim...” Disse Nalius.

“Hã? Você está de que lado por acaso?! Com quem você veio aqui afinal?!” Perguntou Nagi.

“Mas é claro-“ Nalius foi interrompido por Wanda que o tirou de sua frente.

“Mas é claro que ele está conosco. Depois de nos ver novamente, ele se lembrou de como nós trabalhávamos juntos no passado.”

Nagi encarou Nalius com uma expressão de ódio e, sem que ele pudesse explicar, ela avançou furiosa em direção a ele.

“Seu rato-traidor-desgraçado!” Gritou ela.

“Nagi-san, por favor. Não é-“ Nalius foi interrompido novamente, só que dessa vez foi por um golpe que passou muito perto de sua cabeça. Ele desviou-se e foi para perto de Wanda. “Wanda, não tente confundir as-“

“Não se atreva a chegar mais perto da Wanda-sama!” Impediu o companheiro da Wanda, colocando a ponta de sua lança contra o pescoço de Nalius. Enquanto isso, eu me movia atrás de Nagi, atento ao terceiro integrante dos Youkai Taijiya. Ele estava com a mão na empunhadura de seu florete, enquanto observava com atenção o que ocorria.

“Lahim, você também-“ Disse Nalius, porém nesse momento o terceiro integrante sacou sua arma e correu em direção a confusão. Com extrema destreza, ele se desviou de Wanda e Lahim enquanto carregava uma skill. Era um golpe perfurante precisamente posicionado para acertar a garganta de Nalius. Por sorte, fui capaz de interceptá-lo a centímetros de distância de seu alvo. Com um golpe de baixo para cima, acertei com força o florete inimigo, anulando completamente seu ataque.

O encontro de nossas armas fez um estalo metálico agudo junto de uma grande faísca. Agilmente, os integrantes do Youkai Taijiya pularam para trás e fizeram uma formação defensiva. Wanda sacou sua espada e seu escudo e ficou à frente, esperando haver mais uma retaliação. Enquanto isso os outros dois se posicionaram atrás dela, esperando suas ordens.

Eu relaxei o meu corpo e abaixei minha espada, mostrando que não tinha a intenção de desencadear uma batalha. Percebi que a mão direita do Ravog, que segurava o florete, estava trêmula. Na hora do impacto, fiquei surpreso por ele ter conseguido segurar o florete, pois golpeei forte com intenção de desarmá-lo.

Wanda e os outros também relaxaram, mas ainda mantiveram a formação. Por conta dos meus movimentos, o capuz que escondia minha identidade acabou saindo. Ao ver meu rosto, Wanda brevemente mordeu o canto da boca enquanto fazia uma expressão enrugada. Em seguida, ela voltou a ter a mesma postura que antes.

“Não sabia que lobos se misturavam com vira-latas.” Provocou Wanda. Nesse momento, Nagi serrou os punhos e começou a avançar, porém eu a impedi antes mesmo de começar algo.

“Apenas diga o que querem e depois saiam.” Respondi num tom com autoridade sem dar importância para a provocação anterior. Novamente, Wanda ficou séria.

“Estamos em uma missão de captura. Nosso alvo é ele...” Respondeu Wanda apontando para Shizuharo. “Precisamos enviá-lo diretamente ao Castelo de Ferro Negro”.

“Qual a acusação?” Apesar da resposta ser meio óbvia para o caso de Shizuharo, nesse momento eu percebi algo que antes não havia prestado atenção. Em nenhum momento vi qualquer tipo de missão para a captura de Shizuharo, inclusive seu nome só aparecera uma única vez nos registros. Exatamente quando Nalius estava pesquisando sobre a Laughing Coffin e descobriu uma possível ligação entre Shizuharo e o vazamento de informação da linha de frente. Fora este registro e o envolvimento dele com a guilda de Kisaro, mais nada foi encontrado sobre ele.

“Tentaram me eliminar novamente...” Pensei um pouco antes de Wanda me responder. Nessa fração de segundo, eu entendi o porquê de terem me enviado, sozinho, exatamente para o local do covil de Kisaro. O ato de revirar os arquivos do Castelo de Ferro Negro e dos informantes pode ter deixado alguém muito nervoso. Dependendo da resposta de Wanda, ela poderia sem querer revelar mais sobre os planos de seja lá quem for que estiver querendo eliminar provas.

“Você deveria saber... Não está aqui para fazer o mesmo?” Respondeu Wanda.

“Ela é esperta...” Pensei. Sua resposta vazia não era nada conclusiva. Porém eu não sabia dizer o quanto eles achavam que nós tínhamos de informação sobre eles.

“Lamento lhe dizer... Mas, foi nós que o capturamos. Então nós é que vamos levá-lo até o Castelo de Ferro Negro.” Meu medo era fazer algo que poderia revelar como está o andamento nossa investigação. Entretanto, aquelas palavras não eram o suficiente para encerrar a discussão “Agora, se vocês tiverem algo contra isso...” Levantei minha espada e fiquei pronto para o combate, em seguida Nagi e Nalius também fizeram o mesmo.

Os companheiros de Wanda Também levantaram suas armas, só que pareciam hesitantes. Wanda novamente voltou a morder o canto da boca enquanto me fitava. Por fim ela deu uma risada abafada e guardou sua espada e escudo.

“Vamos embora.” Seus companheiros a olharam com um ar duvidoso, mas acataram a ordem “Não há sentido em lutarmos. Estamos do mesmo lado. Afinal, não importa o que aconteça... O resultado vai ser o mesmo.” Finalizou Wanda enquanto partia com seus companheiros.

“Ela está me subestimando ou está planejando algo?” Wanda era uma boa jogadora. Suas últimas palavras me deixaram confuso, pois a partir delas eu poderia supor muitas coisas. Porém, nada que fosse útil naquele momento.

“Eles se foram?” Perguntou Nagi. Usei a habilidade de escanear e não detectei nenhuma presença além da nossa. Em seguida, acenei com a cabeça afirmando que não tinha mais ninguém. Nagi então foi até Nalius, agarrou-o pela armadura e o levantou.

“Maldito, foi você que os trouxe até aqui?” Perguntou Nagi furiosa.

“Já chega, Nagi!” Intervi antes de Nalius responder. “Ela disse aquilo só para nos desorganizarmos” Nagi acabara de conhecer Nalius, e por ele portar praticamente as mesmas cores d’O Exército, era aceitavel que ela desconfiasse dele. “Era uma estratégia. Wanda percebeu que seu grupo estava em desvantagem.” Ao perceber que fora enganada, Nagi soltou Nalius que acabou caindo sentando. “O nível deles é menor que o de vocês dois, então ela decidiu provocar uma desunião em nosso grupo e atacar enquanto estávamos distraídos.”

“Aquela... Isso é bem o jeito dela mesmo!” Disse Nagi rancorosa.

“Agora o mais importante.” Fui em direção onde Shizuharo e seus companheiros estavam. “Para onde vamos levar vocês agora?” Koji era a melhor opção quando se tratava de interrogação. Mas depois do ocorrido, se minhas preocupações estivessem certas, mandá-lo até o Castelo de Ferro Negro seria o mesmo que entregar a ovelha para os lobos.

“Já temos o nome do espião, é só mandar ele para o Castelo de Ferro Negro” Disse Nagi.

“Não posso. Temos o nome do espião, mas não temos nenhuma prova. Se o mandarmos para lá e ele for morto... Perderemos também nossa única testemunha.” Respondi. Eu estava preocupado, se Shizuharo fosse morto, não teríamos mais da onde tirar provas que Hanzo é o espião e ajudou os PK’s na época da cruzada.

“Eu não estou entendendo...” Nagi parecia confusa. Fui em direção onde Shizuharo e os outros dois PK’s estavam. Retirei a mordaça dos companheiros de Shizuharo, e eles começaram a me encarar com medo.

“Por favor... não faça isso com a gente!” Pediu um deles.

“Fazer o que?” Perguntei.

“Dizem que você gosta de torturar os jogadores que caça, arrancando um braço deles e depois devorando-os.” Nagi e Nalius soltaram uma gargalhada após ouvir o comentário do PK amedrontado. Rumores sobre o meu estilo de caça em Aincrad eram comuns, mas esse foi, sem dúvida, o pior que já havia escutado.

“Escutem bem o que vou dizer.” Eu precisava dar algum fim naqueles dois, para depois pensar em Shizuharo, porém eu não podia matá-los a sangue frio e nem libertá-los. “Vou enviar vocês para o Castelo de Ferro de Negro. Vocês não mataram ninguém até agora, então em alguns meses serão libertados. Se, somente se, ficarem em silêncio sobre o que aconteceu. Caso contrário, eles não vão deixá-los vivos.”

“Eles quem? Como assim?” Perguntou assustado um dos PK’s.

“Vou ser sincero. Quanto mais vocês souberem, mais em perigo vocês estarão.” OS PK’s se calaram e ficaram pensativos. Depois de alguns segundos sem objeções, usei o cristal de teleporte e os mandei para o Castelo de Ferro Negro, com exceção de Shizuharo.

“O-O que vocês pretendem fazer comigo?” Shizuharo estava amedrontado, mas não conseguiu se mover por estar com os pés a mãos amarrados.

“Temos que levá-lo para algum lugar seguro onde o Exército não tenha influência.” Disse Nalius.

“Vamos andando, decidiremos no caminho de volta.” Não era bom ficar naquele local, por isso eu tinha pressa em sair.

Caminhos em silêncio por quase dez minutos até Nagi se enfurecer novamente.

“Ah, droga! O que acabou de acontecer?!”.

“Também não entendi como eles chegaram lá” Comentou Nalius.

“Não foi você que contou para eles?” Perguntou Nagi.

“Claro que não! Eu jamais faria algo assim. Além disso, faz meses que não entro em contato com eles.”

“O Exército” Interrompi a conversa deles antes que começassem a brigar novamente. Ambos olharam curiosos para mim. “Eles estão fazendo de tudo para eliminar provas. Perceberam que estávamos próximos de achar uma pista importante, então enviaram um grupo para caçar Shizuharo.”

“Ahhh! Você e essa sua ‘teoria da conspiração’, de novo!” Vociferou Nagi. “Eu já estou farta! Não existe conspiração, é tudo coisa da sua cabeça! Você é paranoico!”.

“Os fatos não negam.” Tentei discutir com Nagi, mas ela estava alterada.

“Que fatos?! Existem provas? Olha... eu sei o que ocorreu com vocês no passado. Mas chega, nada foi provado que O Exército tem algum envolvimento com os PK’s. Isso é na verdade totalmente ao contrário, são eles que criam os mandados de captura. Não tem sentido eles financiarem ao mesmo tempo os PK’s e os caçadores...”.

“Quantos de nós já perderam a vida?!” Gritei inesperadamente com Nagi. “Não tem mais nem um terço de caçadores que tinha no início. Quantos mais de nós vamos precisar perder a vida? O Exército vem eliminando os caçadores aos poucos, enviando-nos a missões suicidas e armadilhas.”

“Fale por si só. Nosso trabalho tem riscos e aqueles que não são capazes perecem no caminho.”

“NÓS dois formos para uma armadilha! Você não entendeu ainda? Eles colocaram de propósito o nome de Shizuharo naquele contrato de Kisaro. Pois eles sabiam que isso iria me chamar a atenção e então me enviaram para uma missão suicida.” Nagi me olhou com uma cara de desdenho.

“Como você-?” Antes de Nagi terminar sua pergunta eu a interrompi, já tentando esclarecer sua dúvida.

“Shizuharo, você fez parte da guilda de Kisaro em algum momento?” Shizuharo olhou-me sem entender o que se passava.

“Kisaro? Hum... Eu sei quem é, mas nunca quis me envolver com aquele psicopata viciado em esteroides.” Respondeu ele.

“Vocês vão realmente acreditar no que ele está falando?” Disse Nagi indignada.

Voltei a me acalmar. Não queria ter ficado nervoso, mas eu entendia o que Nagi pensava, ela entrou nessa história acidentalmente. Por vezes eu pensava comigo mesmo sobre o que Nagi dissera, se aquilo tudo era só na minha cabeça. Como podia apenas eu estar vendo tudo aquilo de errado? Com exceção de Nalius, ninguém mais acreditava em mim, e até mesmo ele tinha dificuldade em acompanhar meu raciocínio. O que Nagi falara naquele momento foi o mesmo que os outros disseram, não tinha lógica O Exército financiar os PK’s e os caçadores ao mesmo tempo.

Mas, mesmo contrariando tudo, as minhas suspeitas me pressionavam com o pensamento: se eu deixar de investigar, não haveria mais ninguém para fazer isso. Talvez esse único fator fizesse me sentir especial dentre o restante dos jogadores. Talvez seja o meu propósito para ajudar na finalização do jogo. Ou talvez fosse apenas arrogância da minha parte, achar que era o único que poderia realizar uma tarefa crucial que definiria a vitória ou a derrota em Aincrad.

“No primeiro dia.” Porém a cada dúvida, a cada beco que me deparava em minha investigação, uma singela pista, que por vezes passava despercebida, me dava mais esperança e mais vontade de continuar. “Quando caímos no esconderijo de Kisaro, ele disse estar nos esperando, e dentro daquele salão, havia 23 pessoas contando com Kisaro. No relatório constava que a guilda tinha por volta de 20 pessoas. Com esses dois fatos, podemos deduzir que a guilda inteira dele estava presente. Mas ao nos encontrarmos com Shizuharo hoje, ele não reconheceu você, Nagi.”

Nagi me olhou surpresa por um momento e depois voltou para encarar Shizuharo. Depois eu continuei explicando.

“Kisaro deve ter sido avisado que receberia alguém. Por sorte, ou azar, ele achou que o aviso era sobre você, pois a viu primeiro. Em seguida, quando Kisaro chegou no Castelo de Ferro Negro, perceberam que falharam em me eliminar. E ao interrogar Kisaro, souberam sobre o seu envolvimento e decidiram eliminar as provas, ou seja, matar Shizuharo. Por isso enviaram um grupo para caçá-lo.”

“Como você consegue deduzir tudo isso e...” Nagi se calou no meio da pergunta, tentando raciocinar o que eu havia dito.

“E ao mesmo tempo ser convincente?” Continuou Nalius “Bom, agora acho que você entende como me sinto.”

Nagi me perguntou mais alguns detalhes do passado, sobre investigações e as mortes de caçadores. Apesar de não poder provar, eu respondia o que eu achava estar acontecendo no geral.

“Certo. Mas e agora, para onde vamos levar Shizuharo?” Perguntou Nalius.

“Não acho que Wanda desistiu tão facilmente, ela deve estar nos seguindo.” Comentou Nagi. “Acho que deveríamos tentar despistá-los. Só não sei como fazer isso, o grupo dela é especialista em rastrear também. Mesmo que nos percam de vista por algumas horas, eles podem nos achar mais tarde.”

“Vamos para o 17° andar.” Apesar de sempre tentar não envolver Samanta e Any, eu não tinha um outro local melhor e já preparado para ocasiões assim.

“Hum... Base secreta né? Você não se importa em ter de envolvê-las nisso?” Nagi acertou exatamente o que eu estava pensando.

“Precisamos de um local que possamos criar um plano adequado e sair partir sem corrermos o risco de ser seguidos. A casa de Samanta é perfeita para isso, é um pouco afastada da cidade principal e não parece ter relação alguma conosco. Além disso, Nalius e eu temos trabalhado duro para esconder nossos rastros naquele andar. Nós conseguimos ‘programar’ os NPC’s da cidade para que eles deem informações errados quando perguntarem a eles sobre nós dois.”

“Como assim?” Nagi demonstrava uma curiosidade sobre a nossa técnica.

“Não é fácil. Mas é basicamente como em jogos de RPG, onde você realiza missões para o NPC até que tenha um nível de amizade e você possa pedir favores a eles também. Só que aqui é pouco mais complexo, pois os NPC’s são mais... digamos, complexos. Dependendo, você pode acabar enfurecendo eles facilmente.” Explicar isso era um pouco difícil, pois nos outros jogos existiam regras de convivência além de o próprio jogo mostrar informações sobre os NPC’s. Mas em SAO, o convívio com os NPC’s era muito variável, dependendo muito de fatores acontecidos no decorrer do dia-a-dia do NPC.

“Dessa forma, Wanda e seu grupo vão no máximo nos seguir até o 17° andar e irão se perder com as informações erradas que obterem com os NPC’s.” Nalius também era cuidadoso sobre esse assunto.

“Se vocês dois acham isso... Ok, estou de acordo.” Apesar de acabar de conhecer Nagi, ela parecia ter começado a se importar com Samanta e Any também. Não sabia dizer o quanto ela se preocupava com as duas, mas fiquei um pouco contente com isso. “A propósito, Nalius. O quanto você sabe sobre Wanda e o grupo dela?”

“Verdade... Ela também mencionou que sobre trabalhos anteriores.” Nagi atiçou minha curiosidade.

“Hum... Digamos que eu os conheça o bastante para evitá-los. Sobre os trabalhos... Fiz várias missões de caçada em conjunto. No início, logo depois que meus amigos foram assassinados, eu me juntei ao grupo de Wanda e lá aprendi com Lahim a manejar uma lança. Tudo ia certo, Wanda era uma líder rigorosa, porém isso nos rendia boas recompensas. Aprendemos a não confiar nos outros fora de nosso grupo, além de é claro criar e treinar muitas estratégias de combate usando formação de batalha. Lahim e eu éramos como irmãos, e Wanda parecia nossa irmã mais velha.” Até essa parte Nalius parecia saudosista, depois ficou com uma expressão mais séria dosada com tristeza. “Só que o único que pensava daquele jeito era eu.”

“E o que aconteceu?” Insistiu Nagi. Nalius hesitou por um momento.

“Her... Foi uma coisa complicada de se explicar... Sabe quando a pessoa que seu melhor amigo gosta se declara para você?”

“Não.” Respondi por reflexo. Nagi por outro lado parou e ficou com uma expressão surpresa.

“Espera! A Wanda, aquela sádica-oportunista-coração-de-pedra, se declarou para você?!”

“Calada! Não foi bem isso... Para ser mais exato eu também não entendi a princípio, mas eu acho que recusei.”

“Como assim acha que recusou?”

“Eu não sei explica isso... Hikaru deve sabe do que eu estou falando, não é?”

“Eu não!” Nagi começou a rir do nada no meio de nós.

“Ei, ei. Não tem graça isso.” Disse Nalius com uma cara chateada.

“... Foi mal... mas é que é difícil. Vocês dois são incríveis... Um age como um grande detetive, mas não consegue sacar sobre relações amorosas. E o outro é...” Nagi não aguentou e começou a rir novamente.

Continuamos conversando um pouco sobre coisas aleatórias, Nagi nos contou um pouco sobre o que havia acontecido entre ela e Wanda. Porém não pude entender muito bem o que ocorreu, talvez por ela não querer contar a história completa. E eu não inisistiria que ela contasse, afinal, achei que ela deveria dizer apenas se ela realmente quisesse. Nalius parecia ter a mesma opinião.

Ao chegar do local de teletransporte do 62° andar, olhei em volta para verificar se havia alguém nos observando. Quando nos teleportamos para o 17° andar, avisei para todos começarem a correr. Tínhamos que ganhar a vantagem naquele momento para poder despistar qualquer um que estivesse nos seguindo. Antes de sair da cidade principal, para ir em direção a River Wood, coloquei uma venda em Shizuharo, queria ter certeza de que ele não soubesse onde era a casa de Samanta.

Quando chegamos perto da casa de Samanta, achei melhor ir conversar com ela antes. Eu tinha o péssimo costume de sempre chegar à sua porta sempre com algum problema, então pelo menos uma vez, eu queria poder lhe explicar algumas coisas antes e pedir sua permissão.

O jardim da casa de Samanta estava um pouco seco, com muitas folhas laranjas no chão. “Já estamos no outono de 2024...” Fazia muito tempo que não pensava no mundo real. Eu almejava mais do que tudo libertar Samanta e Any de Aincrad e não queria envolvê-las nos problemas. Entretanto, naquele momento eu precisava da ajuda dela e esconder os fatos, me parecia errado. Bati três vezes na porta e escutei um barulho vindo de dentro da casa. Samanta abriu a porta e ficou com uma expressão estranha quando me viu.

“Nossa. Foi rápido mesmo, esperava que você só apareceria daqui uma semana no mínimo.” A sinceridade de Samanta me acertou como uma flecha. “Desculpa, desculpa. Você me surpreendeu. Vem, pode entrar.”

“Obrigado, mas eu vim pedir sua ajudar primeiramente.” Samanta me olhou com uma expressão mais séria. “Antes de tudo, acho que devo ser justo com você e te contar o que vem ocorrendo durante todo esse tempo.” Samanta continuou em silêncio.

Nós entramos e fomos até a mesa. Any não estava em casa, havia saído para fazer algumas entregas. Aproveitei o tempo contei tudo a Samanta, desde as minhas primeiras investigações, sobre as mortes de caçadores, até o episódio que acabara de acontecer.

“Sei que parece loucura da minha parte e entendendo se você não acredita, mas...”

“Eu acredito.” Samanta deu um sorriso para descontrair. “Você finalmente escolheu confiar em mim. E agora entendo que tudo foi por proteção a nós.” Depois ela se silenciou por um momento e me encarou. “Idiota. Até parece que não sei me cuidar.”

Inesperadamente eu dei uma risada bem disfarçada.

“Certo. No que posso ajudar então?” Samanta deu um sorriso e parecia bem prestativa. Contei a ela que Nalius e Nagi estavam esperando do lado de fora, para interrogarmos Shizuharo, mas precisávamos de um lugar escondido. “Entendo. Leve ela para o fundo, na forja. Eu vou acompanhá-los.”

“Você tem certeza?”

“Eu faço parte de tudo isso agora, não é?” Ela parecia, de certa forma, um pouco empolgada. Minha intenção era de não a fazer se aprofundar mais nessa situação do que já estava. Então ela se aproximou de mim e me encarou com um sorriso. “Acho que já tenho idade o suficiente para tomar as minhas decisões por aqui, não é? Não se preocupa, tá?” Aquele jeito dela acabou tirando um pequeno sorriso de mim.

Ao sairmos, fomos em direção onde Nalius, Nagi e Shizuharo estavam. Expliquei a eles que Samanta já estava sabendo de tudo e o que iríamos fazer. Em seguida, levamos Shizuharo até a forja. Lá, nós o amarramos em uma cadeira em frente à mesa de trabalho de Samanta e tiramos a sua venda.

Shizuharo era um jogador laranja que provavelmente nunca matou um outro jogador. Eu podia dizer isso só pelo fato de tê-lo desarmado, pois era claro que não tinha nenhuma experiência em combate PVP¹. E, ao contrário da maioria, ele não tinha uma aparência sombria e muito menos intimidadora. A minha visão de Shizuharo era que ele só havia se tornado um jogador laranja por acaso.

“Onde estou?” Assustado, Shizuharo ficava olhando em volta para tentar identificar onde estava.

“Precisamos da sua colaboração.” Odiava pedir ajuda aos outros, mas naquele momento era a única forma. “Quero provas de que Hazon é o espião dentro da linha de frente e que foi ele quem colaborou com a Laughing Coffin na época da cruzada.” Shizuharo deu uma risada forçada.

“Não existe nada registrado. Não tem provas. Não tem nenhum PK que ligue Hanzo a Laughing Coffin.”

“A não ser PoH. E eu quero ele.”

“Você é louco? Haha. Enfrentar PoH. Você é o primeiro que vejo dizer tamanha tolice sem pavor nos olhos. Ele é intocável, um fantasma, aparece quando quer e desaparece sem deixar rastros.”

“Hanzo. Ele sabe como podemos encontrar PoH.”

“Hã? Você acredita mesmo nisso? Não somos nós que vamos até PoH, é ele que vem até nós.”

“PoH tem ódio dos jogadores da linha de frente e vai tentar destruí-los. Para isso ele precisará de ajuda, então ele deve contatar Hanzo em breve.”

“Vocês bolaram tudo isso para chegar só até Hanzo, pois não tem mais rastros de PoH para seguir depois da cruzada, não é mesmo? Há! Você estão desesperados.” Shizuharo começou a rir. Eu me irritei um pouco com a verdade dura que Shizuharo disse. Por fim acabei perdendo o meu controle com aquela risada de deboche e soquei a cabeça de Shizuharo contra a mesa. Ele soltou um berro de dor, porém estávamos em área segura e não era possível feri-lo.

“Hikaru...” Disse Samanta preocupada. Me reuni com os outros de um modo que Shizuharo não pudesse escutar nossa conversa.

“Não sei como fazer ele cooperar. Tem algo que você possa fazer, Nagi?”

“Não... Duvido que ele vá acreditar em algo que eu diga.”

“A propósito, aquelas listas que você entregou para ele, principalmente aquela sobre as cavernas dimensionais, como você...?”

“Você realmente achou que elas eram verdadeiras?”

“Mas ele verificou a veracidade...”.

“Hehe. Se nem eu sabia dessa história, você acha mesmo que ele iria saber? Eu só adicionei o local da base secreta de Kisaro, pois era o único que provavelmente ele saberia. Mas acho que no final ele só falou que era verdadeiro para não passar vergonha e dizer que não conhecia nenhum... Francamente...”

“Bem ousado da sua parte...” Não queria admitir, mas até eu seria enganado naquele momento.

“Foi genial, isso sim.” Disse Nalius.

“O-Obrigada...” Agradeceu Nagi, enquanto desviava seu olhar para chão parecendo estar sem jeito.

“Chegueiii!” Disse uma voz que vinha da casa.

“Any-chan...” Samanta parecia preocupada. “Nalius-san, poderia convencer Any-chan a sair de casa por um tempo?”

“Certo. Vou tentar.”

“Não acha melhor você ir?” Apesar de Nalius ser próximo de nós, eu acreditava que Samanta poderia lidar melhor com Any.

“E deixar vocês aqui sozinhos, na minha forja? Nem pensar. Nalius-san pode convencer ela.”

Enquanto isso, Nagi parecia hesitante depois que Nalius saiu. Ela nem estava prestando atenção no que discutíamos.

“Nagi? Aconteceu algo?” Ela olhou para mim um pouco sem jeito.

“Hã? ... Nada...” Eu passei pouco tempo com ela para afirmar diretamente como era a personalidade de Nagi, porém aquela não parecia ela.

“Tem certeza?”

“É sobre o Nalius-san... Eu estive pensando... Ele me salvou daquele veneno, e hoje eu o joguei contra a parede sem nem considerá-lo... Acho que deveria me desculpar pelo menos.”

“Para ser sincero, acho que ele nem se importou. Mas se isso te fizer se sentir melhor, vá em frente.” Nagi deu um sorriso meigo e saiu da forja.

Shizuharo parecia um pouco agitado, mas estava em silêncio.

“Muito bem, Shizuharo-san...” Sentei em uma cadeira a frente de Shizuharo “Nós dois temos problemas que podem ser solucionados se um ajudar o outro.”

“Não, é você quem tem um problema. Quando eu sair daqui...”

“Você será morto quando, e se, sair daqui...” Shizuharo arregalou os olhos e ficou pálido “Nesse momento, seus dois companheiros devem ter contado sobre o quase acordo que você estava fazendo com caçadores. E quando isso se espalhar, muitos dos seus companheiros irão ficar zangados. Os caçadores irão ao seu encalço dia e noite, O Exército já ofereceu um prêmio pela sua cabeça e, já que seu cursor está laranja, os guardas NPC não deixarão você entrar em nenhuma cidade segura.” Shizuharo estava apreensivo, porém continuava quieto. Samanta estava em pé ao meu lado, olhando seriamente para ele. “O meu problema é: tenho um suspeito, mas não tenho provas. Simples, não?”

“Não! Nem pensar, se eu ajudar você, aí sim eu estaria ferrado.” Comecei a rir, mas me contive.

“Acho que você não entendeu... Você já está ferrado.” Shizuharo estava imóvel com uma expressão prestes a entrar em desespero. “Mas eu posso te ajudar, dando-lhe proteção até resolvermos tudo.”

“Eu sei me esconder...” Tentou argumentar Shizuharo.

“Não somos chamados de caçadores à toa... Acredite, somos bons em procurar.”

“Eu não posso...”

“Já chega disso!” Esbravejou Samanta. Ela então empurrou a cadeira de Shizuharo para a boca da fornalha e puxou uma corrente que acionou um enorme fole de ar. A lenha foi pulverizada com ar, que fez a fornalha arder e espirar várias faíscas. Shizuharo jogou seu corpo para o lado oposto tentando evitar o calor, mas Samanta empurrou sua cadeira deixando-a quase cair para dentro da fornalha.

“Espera! Por favor, não!” Gritou Shizuharo em pânico.

“Vai colaborar ou não?” Perguntou ela.

“Vou, eu colaboro sim! Mas, por favor, não faça isso!”

“E promete que não vai nos trair?” Ela queria ter certeza que Shizuharo honrasse sua palavra.

“O quê?!” Protestou ele. Samanta novamente acionou o fole e deu mais um empurrão na cadeira. “Eu prometo, eu prometo!”

“Bom garoto.” Samanta soltou a cadeira de Shizuharo e acionou uma alavanca que fechou a boca da forja. Depois ela se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido. “Viu? É assim que se faz.” Boquiaberto com o que tinha acabado de presenciar, ela disse isso com um sorriso discreto no rosto, que me levou a ter um leve arrepio.

Ofegante e com expressão assustada, Shizuharo lentamente ia se acalmando.

“Envie uma mensagem para o Hanzo, dizendo que você quer se encontrar com ele. Inclua que o motivo é urgente e marque para acontecer na estrada leste da cidade principal do 67° Andar. Essa estrada leva a um bosque onde não existem monstros, então não deve ter ninguém por perto.” Eu ainda estava criando o plano, mas a esse ponto eu só pensava no depois da captura de Hanzo. Ele com certeza não iria me ajudar, então teria que obrigá-lo ou chantageá-lo.

Alguns minutos depois, Nagi e Nalius chegaram. Any saiu novamente para realizar uma nova entregar e voltaria, provavelmente, antes de escurecer. Desamarrei Shizuharo e o deixei relaxar um pouco na cadeira.

Enquanto Nagi e Nalius conversavam, Samanta se aproximou de mim e me puxou um pouco para fora do grupo, para que ninguém a escutasse.

“Eu vou com você agora.”

“O que?!” Minha reação chamou um pouco a atenção de Shizuharo, mas logo em seguida ele voltou a ficar pensativo.

“Eu já fiquei muito tempo de fora da sua vida e eu treinei muito só para poder chegar mais perto do seu nível. Não me venha agora com as desculpas de sempre, não tem mais motivos para me deixar aqui enquanto você corre perigo!” À medida em que ia falando, ela se aproximava cada vez mais perto do meu rosto com intenção de me intimidar. Porém acabei ficando corado e me virei um pouco para lado.

“M-Mas e a Any... ? Não acho que seria bom deixá-la sozinha...”

“Acredite. Ela conhece esse andar como a palma da sua mão, além disso, ela consegue enfrentar os monstros daqui sozinha.”

“T-Tem certeza que você quer ir?” Samanta balançou cabeça positivamente. Por fim eu cedi “Está bem. Mas estamos indo a linha, apesar de ser um local que normalmente não teria monstro, é bom ficar sempre perto de mim e não enfrente ninguém sozinha.”

“Certo” Ela sorriu satisfeita para mim. Eu sabia que Samanta tinha aumentado seu nível, mas agora que ela tinha alcançando da casa do nível 50. A linha de frente ainda seria impensável, porém decidi concordar, pois nós estávamos indo para um local sem monstros, além de Nagi e Nalius nos acompanhar.

“Tudo bem, Pessoal.” Todos voltaram a atenção para mim. “Agora vou explicar o que iremos fazer.”


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: "Consequências"

E então, o que achou desse último capítulo? Espero que tenha gostado, pois ele é preparação para o próximo que já está sendo escrito.
Acredito que já tenha dito isso em algum comentário de capítulo anterior, mas relembrando, essa fanfic e divida em quatro arcos de tempos. A primeira já passou e terminou no "Capítulo 7 - Ira". O segundo arco vai terminar nesse próximo capítulo que inclui muita desavenças e um desafio bem grande para o Hikaru. Então, obrigado por ler e por favor continue me acompanhando. Até mais xD



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