Sword Art Online - Hunter escrita por Razi


Capítulo 13
Capítulo 11.5 – Feridas do Passado


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano... novo? Feliz próximos 11 meses xD
Eu sei... Eu sei... Estou a uns quatro meses sem postagem e vou postar justamente um capítulo extra... (Para aqueles que leram o capitulo 16.5 de SAO, fiquem sabendo que este não tem nada parecido com o gênero dele). 2014 foi meu último ano de faculdade e tudo aperto. De quebra (literalmente) tive um pequeno problema com meu note que só consegui resolver na metade desse mês de janeiro. Ou Seja, só comecei a escrever para valer de lá pra cá. Porém a boa noticia é que além desse capítulo que estou postando, o próximo já esta quase terminado. Não, ele não é pequeno e sim, ele continua a história principal.
Boa Leitura ;D



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19 de Fevereiro de 2018 – Escola Fundamental Nashiyda – Tóquio.

“O que aconteceu com ela?”

“Você não ficou sabendo? Parece que a mãe dela morreu de uma doença.”

“Nossa, coitada.”

Os olhos verdes da garota que comia sozinha durante o recreio tinham um jeito frio de encarar o mundo. Diferente da divertida e curiosa criança que era antes do incidente.

A menina que costumava conversar amigavelmente com todos da sala tinha apenas uma melhor amiga, que também era sua confidente e companheira. Era isso que Kasumi Samanta representava para sua filha Kiyomi.

Diversas questões sobre a vida encheram os pensamentos da menina. Lidar com essas situações tão cedo não era fácil.

O pai de Kyomi seguia em uma brilhante carreira na polícia, ele quase não a via. Após o incidente, ele se concentrou mais ainda em seu trabalho, deixando Kiyomi com babás que se revezavam entre as semanas. Depois daquilo, ela nunca mais se apegou a ninguém.

O mundo digital começou a virar o refúgio daquela menina solitária. Naquele mundo ela imaginava ser uma outra pessoa, com uma história diferente da dela. Nesse lugar ela podia descarregar sua raiva, viver uma outra realidade.

07 de agosto de 2022 – Arena Havida – Strick Down

Strick Down era o jogo de tiro em primeira pessoa mais famoso naquela época no Japão. Diversos jogadores se conectavam dentro de um campo de batalha para travar um combate que emulava uma terceira guerra mundial.

“Ei... Samanta... Ta vendo... Área em baixo... Prédio?” A voz que saia pelo rádio estava meio cortada e era difícil de compreender uma frase longa. A soldado que trajava um uniforme grosso de Kevlar portava um Fuzil automático M4B19. Ela se encontrava num beco apertado entre dois prédios, bem no meio de uma metrópole, que estava um pouco destruída pelo combate.

“Sim.” Respondeu ela. A área mencionada era um pequeno estacionamento na frente de um prédio residencial de cinco andares. Havia uma pequena movimentação de soldados inimigos no local. Dois deles estavam de vigia, enquanto outros três montavam e reparavam o que parecia ser um veículo de guerra.

“Tom e Kicley, deem supressão ao meu aviso. Anubis prepara a Javelin!” Ordenou Samanta. Os outros três soldados, que estavam posicionados mais atrás, acenaram confirmando.

Rapidamente eles se moveram, sem fazer barulho, até chegarem atrás de uma fileira de veículos civis destruídos, que estavam estacionados do outro lado da rua de onde os inimigos se encontravam. Samanta olhou novamente para o grupo inimigo e viu um pequeno reflexo que vinha do primeiro andar do prédio.

“Raposo. Tem uma lebre no primeiro andar. Consegue ver?” Falou Samanta pelo rádio.

“Só um minuto...” Respondeu uma voz pelo rádio. A lebre em questão era um franco-atirador que poderia pôr em risco o plano de Samanta, por isso era essencial abatê-lo antes. “Positivo Madame... Samanta...” Samanta sempre ria com os apelidos.

“Ótimo, quando tiver uma boa visão pode atirar...” Logo após essas palavras, um estrondo ecoou pelo lugar. “Droga! Mas avisasse antes!” Samanta olhou para os outros integrantes e gritou: “Agora! Supressão! Vai, vai, vai!”

Os dois soldados da ponta rapidamente montaram uma metralhadora M32 em cima de um dos veículos e começaram a atirar contra os inimigos, eliminando imediatamente os dois que estavam em vigia. Samanta e o outro que restou correram para uma outra parte do estacionamento. Enquanto isso, os inimigos, desorganizadamente, procuravam proteção atrás de pequenas muretas, que dividiam as vagas no estacionamento.

“Agora! Destrua aquele veículo, antes que eles consertem!” Gritou Samanta enquanto atirava nos inimigos. O Soldado do lado dela mirou cuidadosamente a Javelin e disparou. O míssil subiu com uma potência enorme. No ar a uns 20 metros de altura, ele fez uma curva bem fechada e atingiu precisamente no veículo que estava sendo concertado. A explosão exterminou os outros três inimigos que estavam se escondendo, além de destruir o veículo e causar um grande abalo na coluna da direita que segurava a parte frontal do prédio.

Todos os integrantes do grupo deram um grito de comemoração. A vitória da rodada de eliminação estava quase certa, faltando apenas mais um integrante do time inimigo para ser eliminado.

Samanta... Rino... Saiam... RÁPIDO!” Raposo era o franco-atirador do time que sempre ficava em uma posição longe e elevada, eliminando outros franco-atiradores e reportando o posicionamento e a movimentação dos inimigos.

“Um Rino?!” Apesar de a mensagem ter sido cortada, Samanta sabia exatamente o que significava. Rino era a abreviação de Rinoceronte, um apelido para tanque de guerra e veículos blindados, que portavam armas de alto poder de fogo.

Imediatamente um tanque de guerra quebrou o muro que dividia o estacionamento com a construção vizinha. Disparando rajadas com sua metralhadora, ele rapidamente eliminou o companheiro de Samanta que estava com a javelin. Depois ele apontou o canhão para os outros dois integrantes que estavam com a metralhadora fixa. Sem chance de escapatória, eles foram eliminados por um tiro explosivo que detonou o lugar em que estavam.

Samanta correu pelo estacionamento tentando achar proteção. Mas os tiros explosivos do tanque poderia abrir caminho em qualquer lugar. Era muito difícil enfrentar um desses sem armas apropriadas. As rajadas da metralhadora quase alcançaram Samanta, que pulou para dentro da área do prédio. Logo após mais um tiro explosivo detonou a fachada do prédio e acabou com uma coluna da esquerda.

Tudo o que Samanta tinha para combatê-lo era um pequeno lançador de granadas que estava acoplado em seu fuzil. Então ela olhou em volta pensando no que poderia fazer para escapar. O cenário, quase que completamente destruído, deu uma ideia para ela.

Strick Down era bem famoso pelo fato de o cenário do jogo ser 100% destrutivo. Isso fazia com que os jogadores tivessem a chance de utilizar o campo de batalha como parte da estratégia que poderiam mudar o rumo de uma batalha.

O tanque de guerra se posicionou bem no meio do estacionamento para ter uma visão de frente ao prédio, onde Samanta se escondeu. Foi quando ela saiu correndo em direção ao meio da construção. Sem hesitar, o tanque de guerra disparou, a bala explosiva acertou bem a coluna do meio, abalando completamente a estrutura do prédio. Foi então que Samanta pulou e disparou o seu lança-granadas mirando bem na terceira e última coluna que já estava parcialmente destruída pelo míssil da javelin. A explosão fez com que a coluna cedesse e o prédio caísse verticalmente para o lado do estacionamento, bem onde se encontrava o tanque de guerra, esmagando-o completamente.

Kiyomi deu um salto de sua cadeira, na frente do computador, e soltou um grito de alegria celebrando sua vitória. Seu quarto estava totalmente escuro, apenas com o computador ligado. Ela rapidamente colocou a mão na boca e olhou ao redor.

“Nossa, espero que não tenha acordado nem um vizinho.” Pensou ela. Nesse momento, ela percebeu que havia um feixe de luz entrando por baixo da porta.

Curiosa, ela foi até a janela de seu quarto e abriu um pouco a cortina. A luz do sol entrou radiante na fresta aberta e cegou Kiyomi temporariamente.

“Já amanheceu...” Resmungou ela, enquanto esfregava os olhos.

Kiyomi já havia superado a morte de sua mãe, mas ainda assim, aquilo causara um certo trauma nela. O medo de perder alguém querido a fazia não querer ter mais nenhum tipo de relação. Ela tinha se tornado em quase uma NEET. Passava muitas horas em frente ao seu computador jogando. Só saía de casa para ir à escola, onde também não se relacionava com ninguém. Seus finais de semana se resumiam em horas e horas de jogatina que muitas vezes atravessavam a madrugada.

Mas o gênero que ela dominava e que tinha sua maior preferência era os jogos de guerra. O combate frenético e rápido fazia com que ela se sentisse como uma pessoa extremamente forte. E o impacto que sua presença causava dentro dos jogos deixava um grande peso para os adversários, fazendo com que muitos evitassem o confronto direto.

Kiyomi sentou-se novamente em frente ao computador e começou a ler o chat que estava bem movimentado pelas falas de seus companheiros.

“Anubis: hahaha nunca vi alguém fazer isso.

Raposo: aquele tiro da Samanta-chan foi lindo!! Ninguém esperava por essa.

Tom: eu queria ver a cara deles agora hahaha”

“Samanta: Calma gente, não foi tanto assim ;D”

“Kicley: foi legal sim!! Depois dessa eles não vão nem querer mais nos desafiar”

“Raposo: a propósito kicley, qual era a notícia que vc tinha pra gente?”

“Kicley: a verdade. Vcs ouviram falar sobre aquela nova tecnologia que está em teste?”

“Anubis: a do capacete cheio de fios?”

“kicley: não exatamente. Agora ele só tem dois fios (energia e conexão)”

“Raposo: certo, o que é que tem ele?”

“kicley: vão lançar um jogão usando todo o potencial desse hardware. O nome vai ser Sword art Online”

Kiyomi olhou o nome com uma cara desdenhosa.

“Samanta: espadas? Eu hem. Não curto esses estilos, gosto mais de ação. Me parece muito com aqueles jogos de meninas que o Tom joga.”

“Tom: ei! São MMORPG’s e tem muitos homens que gostam de jogar”

“Samanta: hahaha isso eu sei, e a maioria deles gosta de criar um char feminino.”

“Anubis: rsrsrsrs eu tbm já cheguei a jogar muito e sei que isso é verdade.

“kicley: mas é sério, vcs não entenderam como funciona? Aquilo faz com que vc entre, literalmente, dentro do jogo. E vc se meche como se fosse no mundo real.”

“Samanta: mas mesmo assim não tenho vontade de jogar um jogo desses.”

“kicley: pensa o seguinte então. Esse é apenas o primeiro jogo MMO com essa tecnologia, em breve terão jogos de fps tbm. Se nós entrarmos nesse e já nos adaptarmos a física do game e tudo, com certeza vamos ser muito fortes quando lançar um fps.”

“Raposo: faz sentido... mas por hora seria uma mudança bem brusca no nosso estilo de jogo”

“Tom: rlx existem diversos tipos de fóruns e tutoriais na internet que podem nos dar suporte.”

“kicley: exato. Não precisamos necessariamente ser bons nesse jogo, precisamos apenas sobreviver...”

“Tom: eu estou de acordo. Tava afim mesmo de testar isso. E vc, Anubis?”

“Anubis: hum... não sei me parece meio caro esse hardware”

“kicley: bom, quando a isso não se preocupa, eu consigo descolar um para vc. Agora uma chave para o jogo vai ser meio difícil.”

“Anubis: se for só isso, eu acho q consigo.”

“Raposo: blz, tbm vou então. Samanta só falta vc...”

“Samanta: ah, gente... sério mesmo q vcs vão querer jogar isso?

“kicley: vamo lá samanta. Vai ser legal, experiência nova, mundo novo. Nós não vivemos só de ação, tem q ter aventura. O simples fato de nós podemos explorar o mundo, sentir o ar da liberdade, o gosto das coisas e o calor da batalha, deve ser excitante!”

Kiyomi cruzou os braços e ficou pensando sobre o que Kicley disse. Então veio uma grande empolgação no fundo do seu peito devido a filmes que ela assistia, sobre guerras da idade média e conflitos onde eram resolvidos com um combate artístico entre dois espadachins.

“Samanta: ta, vc me convenceu rsrs”

Após sua declaração, os outros integrantes do grupo comemoraram com gritos no chat, o que fez Kiyomi sorrir bastante e ficar empolgada junto deles.

“Agora só falta a parte mais difícil...” pensou Kiyomi, enquanto olhava para fora. “Hoje é domingo, ele deve vir para casa.”

O pai de Kiyomi era um homem sério e direto. Sua carreira na polícia possuía mais de vinte anos, e ele tinha acabado de ser promovido para chefe do departamento, devido à indicação do seu antecessor, que estava se aposentando, e até do próprio comissário de polícia da cidade de Tóquio. Porém, ela mal o via durante a semana devido a escola e o curso preparatório.

Naquele mesmo dia, Kiyomi encomendara comida de um restaurante próximo. Ela tinha noção de que sua habilidade na cozinha era catastrófica. Mas pouco antes do horário do almoço seu pai retornou do trabalho.

“Bem vindo de volta.” Disse Kiyomi ao ver seu pai entrando no apartamento.

“Estou de volta... Não sabia que hoje você estava em casa” Respondeu surpreso, o pai de Kiyomi.

“Hoje é domingo. Um dia de folga, não faz mal.” Ao ouvir o comentário de sua filha, Kasumi Tarou deu um sorriso.

“Sei que estive muito tempo fora. É que as investigações...”

“Sim, eu sei pai. As investigações...” Disse ela com um tom de lamento, enquanto voltava para a cozinha.

“Kiyomi. Também não é assim. Você sabe que a cada mal feitor que eu detenho, são mais vidas que posso ter salvo. Isso inclui você também.”

“Sim, eu sei pai. Mas mesmo assim, eu me preocupo com você.”

“Bobeira. Eu quase não faço mais o trabalho perigoso, fico apenas com a parte mais burocrática.”

“Mas não é só pelo perigo. Você trabalha demais!” Ao olhar o rosto preocupado de Kiyomi, Tarou foi em direção a ela e a abraçou.

“Desculpe, assim que acabar essa investigação eu prometo que tiro umas férias.” Kiyomi não respondeu mais nada. “E a propósito, você não virou a madrugada jogando de novo não é?”

“Eh... Não...” Disse Kiyomi enquanto desviava o olhar.

“Você está cada vez mais parecida com sua mãe. Sempre preocupada e nunca soube mentir.”

Em seguida, eles almoçaram e conversaram sobre a semana. Tarou sabia que Kyomi era uma boa aluna na escola, mas que também tinha problemas em se relacionar com as outras pessoas. Por causa disso, ele sempre tentava dar o que ela queria, apesar de ela ser modesta nessa parte.

O relacionamento entre os dois era demasiadamente bom, mas com poucos momentos juntos. Nos dias normais eles se falavam apenas por telefone e raras vezes conseguiam almoçar juntos no fim de semana. Kyomi passava o restante do seu tempo jogando e lendo. Mesmo sendo aficionada por paisagens exuberantes, ela não se via saindo para viajar e conhecer o mundo. Os mundos que ela conhecia dentro dos jogos a deixavam encantada.

06 de Novembro de 2022 – 10:35 am.

Kyomi tinha acabodo de entrar na sala do chat em grupo e estava esperando o restante de seus parceiros chegarem. Enquanto isso, ela desembalava o Nerve Gear da caixa.

Cuidadosamente ela o colocou em cima da cama e pegou o manual para instalá-lo. Sem dificuldade ela o conectou à energia e a rede. As luzes de indicação acenderam, estava tudo funcionando perfeitamente. Hesitante, ela ficou de pé e o colocou na cabeça, conforme o manual, para que fizesse a calibração do equipamento.

Quando equipamento entrou em teste, Kyomi se assustou com a voz que a instruía a fazer movimentos de reconhecimento. Aquela voz não saia de nem um alto falando de dentro do capacete, era transmitido diretamente na mente da pessoa. O que causava certo transtorno inicial, porém tinha uma qualidade muito superior aos fones.

Após a calibração e a checagem, Kyomi foi até o computador. Todos os seus companheiros já estavam conectados e conversando.

“Kicley: Todos estão já prontos?”

“Raposo: eu estou pronto. O Tom tbm, ele só foi comer algo agora.”

“Samanta: eu tbm estou pronta.”

“Raposo: e o Anubis, alguém sabe dele?”

“Kicley: Ele disse q tava na fila para comprar o jogo.”

“Anubis: CHEGUEI! Ufa... Vcs não tem ideia do tamanho da fila, eu cheguei no meio da madruga e a fila já estava grande. Acho que quem saiu para comprar agora de manhã não vai conseguir.”

“Kicley: deu sorte, estão à venda apenas 10 mil chaves de acesso e acho que não vão vender mais por uns dois ou três meses. Ou seja, se nos esforçarmos ao máximo podemos ficar bem fortes com uma larga diferença quando o jogo virar em escala mundial.”

“Samanta: vc acha mesmo que vai chegar a tudo isso?”

“Kicley: vc ta brincando, né? É logico que isso vai virar o mundo, vc por acaso já experimentou o Nerve Gear?”

“Samanta: hum... eu calibrei ele.”

“Kicley: hahaha vc vai se surpreender. Até agora só entrei em alguns campos que serviam para demonstração, eles nem sequer tinha textura e era só polígonos. Mas em SAO vai ser utilizada a potência total do Nerve Gear.”

“Tom: estou pronto tbm. Ouvi notícias que foram divulgadas pelos que participaram do Beta teste, e diziam que os gráficos estão incríveis e que não existe nada igual a jogabilidade dele.”

“Raposo: Certo. Mas quando nós nos conectarmos, onde vamos nos encontrar?”

“Kicley: Na praça Central da Cidade Inicial.”

“Tom: acho melhor não. Vai ter muita gente por lá, vai ser quase impossível nos encontrarmos.”

“Kicley: lá é o jeito mais fácil. Ninguém conhece o resto do mapa ai fica difícil marca um ponto.

“Tom: Hum... Verdade. Então vamos ficar acenando e pulando para um achar o outro xD”

“Samanta: Eu é que não vou passar essa vergonha!”

“Kicley: Vamos ver então. No menu do jogo inicial é possível vc escolher algumas poucas roupas e equipamentos. Vou estar de azul e meu cabelo vai ser verde.”

“Anubis: Vou ser alto e terei cabelo longo.”

“Samanta: Certo. Vou... A não sei... Acho que vou colocar uma saia maior de cor amarela mais claro. Procurarei algum acessório para adicionar ao cabelo que será cor castanho claro.”

“Raposo: Vi em um pôster de um personagem que usava um cachecol vermelho. Vou usá-lo da cor que estiver disponível e vou deixar meus olhos da cor verde. Tentarei usar algum colete que me destaque dos outros, mas não muito.

“Tom: Caramba quantos detalhes vcs dois...”

“Raposo: ...”

“Samanta: e vc Tom?”

“Tom: Eu? Acho mais fácil eu achar vcs”

“Kicley: bom, já é 12:25 pm. É bom todos já se preparando para uma tarde bem longa sem pausas.”

Todos se desconectaram do chat, prometendo se conectarem as 13:00, horário que seria liberado o acesso aos servidores. Ao olhar para o Nerver Gear em sua cama, Kyomi ficou hesitante. Ela foi até a cozinha, bebeu uma vitamina que estava na geladeira e voltou ao quarto para pesquisar notícias sobre SAO. Tinham algumas matérias em canais especializados sobre games que estavam mostrando informações sobre o lançamento e a enorme procura pelo jogo em todo o país. Porém nada foi revelado sobre as coisas dentro do jogo, apenas aqueles que participaram dos beta teste sabiam dos detalhes.

Kyomi deitou-se em sua cama com o Nerver Gear. Ela olhava para o teto quando o relógio marcou 13:00. Ao respirar fundo, ela desviou o olhar mais uma vez para a tela do computador, para verificar se estava tudo certo, e logo após para janela. O céu estava quase limpo com poucas nuvens, não estava quente e nem muito frio, era um bom dia.

“Link start.”

Sua visão se embaçou rapidamente e a conexão foi logo estabelecida. Primeiramente seu hardware e software foram checados automaticamente, juntos de outras informações. Quando tudo se apagou, uma mensagem de boas-vindas a Sword Art Online foi mostrada.

Inicialmente, ela foi levada a um local completamente escuro, onde possuía apenas uma base circular. Kyomi olhou em volta e olhou para suas mãos e seu corpo. Sua pele estava da cor branca como papel, sem texturas ou cor, e nem brilhava, era como um boneco de papel numa mesa escura.

“Isso é SAO?” Pensou ela antes de ser interrompida por uma voz do sistema que a instruía sobre como personalizar seu avatar. Atentamente ela seguiu as dicas e criou um avatar, incluindo as características que ela descreveu a seus amigos anteriormente.

Após concluir a personalização, sua visão se embaçou e se escureceu. O primeiro sentido a ser ativado foi seu olfato. Ela sentiu o cheiro de vegetação misturado ao ar quente. Em seguida, o silencio foi sendo vagarosamente trocado por inúmeras vozes em volta de si. Então ela abriu os olhos e vislumbrou a paisagem.

Era uma praça calçada por pedras brancas, fielmente entalhadas, com uma fonte no meio. Ela era pequena, com muitas construções em sua volta. Porém existia uma rua que levava mais ao centro da cidade e era muito extensa.

Kyomi entrou em Aincrad como Samanta, mesmo nome que ela sempre utilizou em outros jogos. O nome de sua mãe significava que Kyomi a admirava, e servia como uma forma de mostrar a si mesma que havia superado sua morte.

O local em que Samanta apareceu não era o lugar onde havia marcado com seus amigos. Mas a extensa rua levava bem ao centro da cidade, a Praça Central.

Ao chegar no local, impressionada com tudo a sua volta, Samanta percebeu de longe o cabelo verde de Kicley. Ele estava conversando junto de um garoto com cachecol e uma pequena garota loira parecendo ser uma colegial.

“Kicley?” Perguntou Samanta ao chegar perto do pequeno grupo. Todos os três olharam para ela com uma expressão duvidosa. “Essa não! Não são eles, que vergonha!”.

“Ah! Samanta-chan, é você?” Perguntou o rapaz de cabelo verde enquanto dava um grande sorriso. Samanta balançou a cabeça afirmando. “Haha, legal seu avatar, ficou muito bonito! Agora só falta o Anubis.”

Feliz em encontrar com seus amigos, Samanta se juntou ao grupo. Mas tinha algo estranho que a deixava desconfortável, foi quando ela olhou para a garota loira. A menina estava a encarando e quando seus olhares se cruzaram, ela deu um grande sorriso. Samanta sorriu de volta, mas ficou meio sem jeito de perguntar algo.

“Quem será que é ela? Será a namorada de algum deles?” Pensou Samanta. Foi então que ela começou a olhar para o outro rapaz de cachecol. De acordo com o que foi combinado antes, aquele era o Raposo. Samanta se impressionou com o avatar, ele tinha um rosto angular e exótico, com cabelos negros e olhos verdes que o destacava dos outros. Ao perceber que ela o encarava admirada, ele se virou um pouco para se esconder. Samanta corou imediatamente.

“Eiiii! Pessoal!” Um garoto gritou em meio a todos enquanto corria até o grupinho de amigos de Samanta. “Finalmente achei vocês!”.

“Você é o... Anubis?” Perguntou Samanta um pouco relutante, pois o avatar em sua frente não era o que seu parceiro tinha combinado de criar.

“Sim! Ah! Você é a Samanta-chan, não é?” Samanta balançou a cabeça concordando. “Incrível! Como esperado, você criou uma avatar muito bonita!” Ela o olhou um pouco estranho, pois Anubis tinha dado a entender que iria cria um avatar grande e com aparência mais forte. O que estava afrente dela era mais como um garoto de 11 anos vestido com uma armadura simples.

“Eu pensei que você iria fazer um avatar diferente, Anubis.” Disse Kicley.

“Hum... Para falar a verdade eu tentei, mas não gostei, então decidir criar um que se parece comigo no mundo real”

Todos ficaram impressionados com a afirmação dele. E Samanta o bombardeou com perguntas, pois ela nunca imaginava que jogava com alguém tão novo. Anubis, tentando responder todos, revelou que tinha 13 anos de idade e conhecia Kicley no mundo real, e que ambos eram primos. Porém Kicley não quis revelar nada a seu respeito no mundo real.

“Certo com todos aqui, vamos começar!” Anunciou Kicley.

“E-Espera, falta o Tom!” Protestou Samanta. Os outros olharam entre si e começaram a tentar segurar o riso.

“Muhahaha! Consegui enganar uma pelo menos!” Disse a garota loira. Sua voz parecia um pouco arrogante e juvenil. Sua aparência estava entre 15 anos de idade, porém ela era mais baixa do que Samanta.

“HÃ?! TOM?!” Todos os outros deram gargalhadas com a reação de Samanta. “Os outros já sabiam?!”

“É claro, dá pra perceber fácil!” Comentou Anubis. Samanta ficou meio receosa e começou a olhar envolta imaginando quanto daquelas garotas que estavam na praça eram na realidade homens.

“Mas... Eu sabia que você gostava de fazer crossdress... Pervertido” Comentou Samanta enquanto o restante ainda ria.

“Cale-se! Isso não era para eu poder me ver vestido de garota... Na verdade tinha outros motivos...” Tom, começou a fazer expressões enquanto olhava para o corpo de seu avatar. Samanta rapidamente agarrou suas mãos e as puxou para o alto.

“Idiota! Pervertido! Não vou deixa você fazer nada sujo com essa pobre garota!”

“Aaahhh, eu não ia fazer nada... eu juro...” Raposo apareceu atrás dele e deu um soco em sua cabeça de cima para baixo.

“Pervertido...” Disse Raposo numa voz baixa e serena.

“Aaahhh, isso dói, nee-chan!” Anubis e Kicley riam sem parar da cena.

“Nee-chan?” Perguntou Samanta. Raposo olhou novamente para Tom e acertou um segundo golpe.

“AAAiii, pra que isso?” O avatar de Tom começou a choramingar depois do ocorrido. Os outros dois não conseguia mais falar de tanto rir.

“HAHA, chega... parou... hehe... É sério, o Tom sabe atuar muito bem!” Disse Kicley, os outros recomeçaram as gargalhadas.

No fundo, Samanta estava feliz. Aqueles seus amigos palhaços eram muito engraçados e ela ficou contente em conhecer um pouquinho mais de suas personalidades.

Todos passaram a tarde juntos se divertindo e aprendendo sobre os sistemas do jogo. Eles planejaram entender melhor como o jogo funcionava no primeiro dia, para que no segundo fossem até os campos para enfrentar monstros. Era tudo muito novo, e a Cidade dos Iniciantes concedia um grande número de pontos para se visitar e conhecer.

Durante a visita a cada lugar, era inevitável a comparação com o mundo real, incluindo reações dos NPC’s e perfeições dos gráficos. O desejo de Samanta era ficar naquele mundo para conhecer cada pedacinho dele. Mal sabia ela que aquele desejo se tornaria o seu pesadelo.

Naquele mesmo dia, após o anúncio do início do jogo da morte, houve um grande tumulto e inúmeras discussões e brigas se alastraram pela madrugada em toda a cidade.

O grupo de Samanta se manteve junto, mas sem se falar. Após a mudança da aparência do avatar para a verdadeira aparência de cada um no mundo real, revelaram-se alguns segredos. Tom era alto e magro, parecia ter uns 20 anos. Raposo na verdade era uma garota que tinha em torno de 14 anos, ela era a irmã de Tom. Anubis foi o único que manteve praticamente a mesma aparência, só mudando um pouco o corte de cabelo e a cor de seus olhos, de azuis para castanhos claros. Kicley, que tinha um estilo steampunk, supreendentemente parecia um rapaz comportado, com rosto sério e cabelo bem penteado, perfil de representante de classe. Por fim, Samanta era mais bela que seu avatar, o que deixou seus companheiros um pouco sem jeito.

A primeira noite foi passada em claro. Inúmeras discussões e gritos de aflição foram entoados pela cidade que em outra hora só irradiara sorrisos e felicidade. Ninguém conseguia acreditar naquilo que estava acontecendo, alguns tentaram suicídio para ver se voltavam ao mundo real. Até onde Samanta soube, nenhum dos que tentou voltou para contar.

Durante o segundo dia, as brigas se intensificaram. Era possível ouvir diversos tipos de xingamentos ao criador do jogo e às autoridades que ainda não havia resolvido o problema. Samanta e seu grupo já haviam voltado a se comunicar, mas não era a mesma coisa que antes. Juntos resolveram que era questão de tempo até as autoridades no mundo real conseguirem libertá-los, por isso era mais seguro ficar dentro da Cidade Inicial, onde todos não recebiam nenhum tipo de dano.

Até o final da primeira semana, todos imaginavam que poderia levar mais tempo até algo ser solucionado. Samanta já começava a calcular que poderiam ficar mais de um mês presos. Por isso era necessário começar a adquirir dinheiro para sustentá-los nesse período mais longo. Porém o que ela não imaginou, é que ela não fora a única que pensou o mesmo. Nessa altura, os campos estavam lotados de jogadores que disputavam os poucos monstros que estavam disponíveis. Era um inferno, todos tentando fazer a mesma coisa e ninguém conseguia fazer nada. Inevitavelmente, de momento em momento, era possível se escutar um grito de agonia seguido de uma explosão de polígonos. A morte estava sempre presente.

Na segunda semana, o grupo de Samanta perdeu dois integrantes. Estava muito difícil competir com os demais nos campos iniciais, então decidiram procurar por outro local. Porém os padrões de ataque e força dos monstros eram muito diferentes da dos iniciais. Quando o grupo foi surpreendido por um grande número de monstros, Tom e Anubis foram isolados e mortos. Inúmeras outras pessoas também perderam suas vidas do mesmo modo. Naquela semana ainda não havia sido feita uma contagem, mas já se especulava que mais de mil jogadores já haviam morrido.

Ainda na mesma semana, diversos jogadores começaram a simplesmente adormecer no meio cidade. Alguns poucos ficaram acordados, com esperança de ser algum tipo de ajuda do outro lado. Entretanto, passado cerca de duas horas todos voltaram ao normal sem lembranças do que havia acontecido nesse período.

Quase ao término da terceira semana, todos já tinham perdido a esperança por ajuda do mundo real. Os jogadores começavam a falar seriamente sobre tentar terminar o jogo. Esses ainda eram julgados como loucos, pois muitos deles já haviam morrido durante o período de quase um mês só no primeiro andar. O grupo de Samanta se limitou aos campos iniciais, ganhando um pouco dinheiro que era o bastante para alimentação básica. Samanta aprendeu e começou a concertar e afiar as armas do grupo, dessa forma eles economizavam um dinheiro a mais. Ela também começou a fazer esse serviço para outros jogadores, cobrando mais barato que NPC’s.

Um mês depois de o jogo ter começado, mais de dois mil jogadores tinham morrido. O primeiro andar foi finalmente zerado por um grande grupo de jogadores de elite. Os demais tiveram acesso ao segundo andar através de um teletransporte que conectava a Cidade Inicial com a cidade principal do Segundo Andar.

Apesar de ter sido demorada e ser apenas a primeira vitória de uma longa guerra, essa foi a primeira boa notícia desde o início do jogo. Esse fato encheu os outros jogadores de esperança, mesmo que tenha sido por um breve momento.

10 de fevereiro de 2023 – 14° Andar – Linha de Frente

Com muito trabalho duro e avançando sem uma boa margem de segurança, o grupo de Samanta conseguiu jogar no mesmo andar que Linha de Frente, porém um pequeno erro custou a vida de Kicley dois dias atrás. Samanta e Raposo estavam perdidas no meio do campo, os mapas que tinham foram perdidos com a morte de Kicley. E o pouco que possuíam em equipamentos e dinheiro foi roubado por players laranja que as atacaram e as forçaram a entregar tudo o que tinham.

Na época, tinham acabado de inventar uma forma de roubar itens enquanto o jogador dormia dentro de uma cidade segura, então quem dormia fora de uma hospedaria certamente seria roubado. Por isso, se estivesse sem dinheiro, era mais fácil tentar a sorte em dormir fora da cidade, em um local onde não houvesse monstros ou criaturas. Mas era muito comum jogadores laranjas se aproveitarem dessa oportunidade.

Não havia ninguém que fizesse um controle sobre a segurança, por isso não existiam notícias sobre assassinatos. Mas eles ocasionalmente ocorriam.

Durante a noite, Samanta e Raposo foram surpreendidas por um player PK. Ele tinha uma aparência mais velha e estava descontrolado, aparentemente estava fugindo de algo ou de alguém. Quando as duas disseram que não tinha mais nada para entregar, ele se enfureceu e atacou Samanta. Raposo entrou na frente para protegê-la, porém foi morta sem poder se defender.

Antes de o PK dar o golpe final em Samanta, ele foi perfurado nas costas por uma lâmina que atravessou o seu peito e depois o cortou de baixo para cima. Os polígonos se esvoaçaram pelo vento, aquela imagem tinha se tornado praticamente rotina.

Atrás do PK que havia acabado de morrer, uma figura de um garoto apareceu. Ele estava segurando apenas uma espada e tinha um cabelo da cor branca, que por causa da luz do luar tinha um tom prata brilhante. Aquilo acalmou Samanta gradualmente, que inicialmente ficou assustada com cena.

“Sinto muito... Não fui capaz de chegar a tempo...” Disse ele ao seu aproximar com um tom triste.

Samanta desabou e chorou muito. Todos aqueles que se tornavam importantes para ela acabavam morrendo. Ela começava a julgar aquilo como uma maldição que a forçava a ficar sozinha.

A voz do garoto era mais grossa do que Samanta esperava, após ver seu rosto ela concluiu, que apesar da sua altura, talvez ele fosse até mais velho que ela.

Infelizmente ele não tinha pedra de teloporte suficiente para os dois, então resolveu escoltá-la para cidade segura.

Eles caminharam pela noite para chegar o mais rápido possível em um lugar seguro. Porém o rapaz identificou vários locais com monstros e emboscadas de outros players nos caminhos, então tiveram que alterar o curso da viajem varias vezes.

Apesar da mudança de curso, os monstros se intensificaram e o combate se tornou inevitável. Para piorar, uma chuva tropical se intensificou, dificultando a orientação e a movimentação pelo terreno.

Para evitar combates contra players em emboscadas, eles adentraram a floresta, porém o local era pantanoso, e as batalhas contra monstros os deixavam em desvantagem.

O rapaz de cabelo branco a protegia dos ataques mais fortes, mas ele já estava em seu limite. As barras de HP de ambos estavam no vermelho e suas provisões haviam acabado.

Em uma pequena clareira, onde o combate estava apertado, o rapaz conseguiu eliminar a última ameaça daquele momento. A chuva não estava forte, mas os deixou encharcados. Samanta caiu de joelho e derrubou a espada, suas mãos estavam tremulas e já não suportavam mais o pesa dela.

“Chega... eu não consigo mais!” Exclamou Samanta. O rapaz se ajoelhou próximo a ela.

“Vamos... falta pouco.” Disse ele num tom de voz bem baixo.

“Não... Eu cheguei muito mais longe do que eu achava que ia consegui... Se continuar assim, nós dois vamos... É melhor você ir... sozinho você tem mais chances, eu só sou um peso para você.”

“Não desista assim, por favor.” Insistiu o rapaz com o rosto virado para baixo.

“Eu já me conformei... todos aqueles que estão próximo a mim, acabam morrendo. Eu deveria morrer também, dessa forma ninguém mais...” Samanta interrompeu sua fala ao perceber lágrimas caindo do rapaz.

“Não, por favor... Você é a primeira que eu consigo salvar. Por favor... você não pode desistir... Eu... Eu não aguento mais ver alguém morrer na minha frente... Então, por favor...”

Sem perceber Samanta começou a derramar lágrimas também. Ela o abraçou por instinto e ambos ficaram naquela posição por alguns minutos até se acalmarem. Duas horas depois eles finalmente conseguiram alcançar a Cidade Principal do 14° andar e ficar a salvo.

Depois ambos ficaram amigos próximos. Samanta começou a realizar serviços de ferreiro em trocar de favores e materiais que Hikaru conseguia durante suas missões. Dessa forma, Samanta conseguiu um bom dinheiro para compra sua forja no 17° andar e Hikaru sempre teve alguém para concertar seus equipamentos e forjar novas espadas.

Mais tarde Hikaru trouxe mais dois players que moraram temporariamente com Samanta, porém pouco tempo depois que eles conseguiram um local para ficar, Hikaru ficou mais distante e Samanta ficava irritada por esse motivo. Ela, no fundo tinha medo de perdê-lo também, toda vez em que pensava nisso seu coração apertava.

Depois da morte de Dariu, Any veio morar junto de Samanta. Hikaru se distanciou e manteve-se incomunicável por um motivo que ela desconhecia. As poucas vezes que ele aparecia, eles brigavam por causa da falta de presença dele e ele sempre saia sem dizer muito. Samanta odiava isso e ficava furiosa por ficar sem saber de nada.

18 de Agosto de 2024 – 17° Andar – River Wood

Samanta estava dentro de sua casa, descansando um pouco depois de reparar uma arma que foi encomendada. Após repensar tudo o que havia acontecido, ela se questionou sobre seus sentimentos. Ela queria saber o que exatamente sentia em relação a Hikaru. Aquele rapaz que a salvara muitas vezes e que quando estava em sua presença fazia com que seu dia fosse melhor. Ela queria entender o motivo do aperto que ela sentia quando se preocupava com ele.

“O motivo de eu estar viva...” Pensou Samanta. Ela nunca havia sentido essas coisas, nunca ficava nervosa do nada por esses motivos. Talvez o medo dela perder alguém querido a fazia sentir-se furiosa. “Alguém querido... O motivo de me manter viva.” Por mais confusa que ela estivesse, ela queria conversar, falar com aquela pessoa.

“A próxima vez que te encontrar... A próxima vez, eu definitivamente... eu vou...”

“SAMANTA!” O grito chamando-a interrompeu o que Samanta falava consigo. Apesar de ser bem alto, ela imediatamente reconheceu a voz.

“HIKARU!” Gritou ela de dentro da casa. Então ela correu direto para a porta. “Eu vou... definitivamente vou dizer a ele... tudo o que eu...” Quando ela abriu a porta, viu Hikaru ofegante, com uma linda garota de cabelos loiros em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Ele não é um capítulo necessário como puderam ver, é um extra. Porém ele tem como foco a Samanta, que terá uma participação mais ativa na próxima parte da história. Quis escrever ele para introduzir a personalidade e motivos que levou Samanta a ficar no estado atual.

Próximo Capítulo – Seguindo Rastros



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