A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 3
Meus Heróis II


Notas iniciais do capítulo

Yoo gente, foi mal pela demora, mas eu tinha vários trabalhos da escola pra fazer, então eu resolvi postar toda quinta e final de semana, espero que gostem do cap!



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Desvio os olhos da Televisão e vejo as horas- 01h30min- já era para as meninas terem chegado. O filme que eu estava assistindo já havia acabado e eu já não me interessava mais pela programação da madrugada, isso não acontece com muita frequência, pois eu sempre estou disposta a assistir televisão mesmo que o programa não seja tão bom. Não estou me sentindo bem, meu peito está apertado como se alguma coisa ruim estivesse acontecendo.

Holly pula do meu colo com um sobressalto, fazia tanto tempo que ele estava ali que eu havia se esquecido dele, ele segue direto para a varanda.

–O que houve Holly? – pergunto sem esperar resposta, fico observando o gato que estava tenso e com os pelos das costas arqueados. Caminho ate a varanda e paro junto a Holly, a noite está muito fria e pelo que lembre Heera não levou agasalho – nossa eu estou parecendo à mãe dela, isso não pode ser bom- Me arrependo de não ter ido com elas não por que eu queira paquerar, mas eu sinto que algo não vai bem. A Molly tem um comportamento um pouco explosivo, Heera é a mais calma de nós, sempre consegue acalmar os nervos da Molly eu, me considero muito calma, mas só quando me convém.

Ajoelho-me ao lado de Holly, que agora observa a rua. Ainda sinto muito frio, pois me pijama não é nenhum cobertor felpudo. – Vamos Holly, eu tenho certeza que vai acabar tudo bem... - tento passar confiança, nem um pouco convincente contanto eu espero que gatos não tenham esse senso critico. Fecho a porta de vidro, e me sento no sofá com Holly no colo ele ainda está tenso, e sinto que eu também estou.

Pov’s Heera e Molly

–Soltem as garotas- Repetiu o Ruivo agora muito mais bravo ao perceber que o grupo não esboçou nenhuma reação.

– AI rapazes, desde quando isso aqui virou novela mexicana?- debocha o líder- se manda daqui pimentão ambulante, e vê se não enche o meu saco- O ruivo, que depois de ser chamado de pimentão, ficou vermelho igual um, estava a ponto de explodir.

– Me solta, esta machucando – pede Heera seus braços estavam brancos onde o cara segurava.

– É melhor me largar seu Babaca! - Berra Molly, com um dos caras do grupo que por sorte era bem menor que ela e sendo assim Molly fez a primeira coisa que lhe passou o pela cabeça e com um rápido puxão do braço ela consegue se livrar dele e aproveitando a distração dele ela soca o nariz do cara que ainda mais surpreso tenta revidar o golpe, mas seu punho é parado no meio do ato por outra mão masculina, Molly se vira para ver a quem pertence à mão e dá de cara com o Moreno que tinha feições muito leves, mas estava com as sobrancelhas contraídas e sua boca não passava de nada além de uma fina linha, como se não fosse comum para ele se zangar com alguém.

– Que tipo de homem é você - Vocifera ele- que ameaça bater em uma dama? Se quiser bater em alguém procure alguém do seu tamanho – em seguida ele soca a cara do individuo que desmaia tamanha a força do golpe. O ruivo aproveitando a distração dos caras que observavam a cena avança sobre o líder que segura Heera, e o golpeia com um soco em seu maxilar, ele somente cambaleia ao receber o golpe e afrouxa a mão que segurava a moça dando-lhe assim a oportunidade de fugir –Ajudem-me imbecis! – exclama ele enquanto dois dos caras se aproximam, e o outro avança na direção do moreno. Heera e Molly se encontram em um canto do beco onde agora elas estavam, o local estava entulhado de paus e pedaços de madeira. As duas se entreolharam como cúmplices.

– Eu não vou ficar aqui parada enquanto eles bancam os Heróis – diz Molly, Heera concorda com a cabeça, segurando o antebraço que ainda estava marcado e dolorido, apesar dela estar disposta a ignorar isso. Cada uma segurando um pedaço de madeira se esgueiram por traz dos rapazes que ainda lutam, o Ruivo estava com um corte na maçã do rosto e sua boca sangrava, porem os dois caras com quem ele estão mais feridos. O lider se afastou da confusão, mas observava. O moreno que também lutava estava com um corte o lábio inferior, Ele que mantinha uma postura de ataque, como se já tivesse feito alguma arte marcial.

Enquanto o líder se divertia assistindo o espetáculo, Molly e Heera se posicionaram atrás dele sem que ele percebesse, Molly movimenta os lábios contando de um a três sem voz para que elas duas ataquem o líder no mesmo momento – já!- Em uma tentativa mal sucedida elas tentam acertá-lo, mas com um movimento rápido ele desvia e segura o pulso de Molly que larga o pedaço de madeira com a força da pressão da mão do cara. Heera fica um pouco confusa com a reviravolta, ela nunca foi boa em lutas... então ela faz a única coisa que passa em sua mente. Dá um chute nas partes baixas do cara que larga Molly e cai no chão sem fôlego. Sabendo que somente isso não ira segura-lo por muito tempo, Molly pega de volta o seu pedaço de madeira e ataca-o na cabeça. Não tão forte para causar um traumatismo craniano, e nem tão fraco para ele continuar consciente.

Enquanto as meninas cuidavam do líder, os dois já haviam cuidado dos encrenqueiros. O ruivo tinha cuidado o primeiro cara, mas o segundo ainda estava disposto a lutar, O moreno que estava lutando somente com um oponente conseguiu cuidar dele e foi ajudar o amigo. Dois contra um foi bem mais fácil de vencê-lo.

– Cara – Molly começa a falar, observando o estrago, Cinco caras desacordados e dois deuses gregos conversando e levemente feridos, o que na opinião de Molly só os fazia ficar mais sexy- Que estrago em... -Elas caminham até os dois rapazes, com o intuito de agradecê-los por sua ajuda.

–Ahn... –Heera tenta quebra o gelo, pois depois de alguns minutos se encarando o clima começou a pesar– vocês estavam nos seguindo?

– Nós salvamos vocês e tudo que você tem pra dizer é isso? – pergunta o ruivo de modo rude.

– Vai com calma Castiel – pede o moreno de uma forma calma- respondendo a sua pergunta senhorita... – ele deixa a frase escapar para ela ter a oportunidade falar. – Heera – responde ela - Sim senhorita Heera, nós não estávamos seguindo vocês foi uma mera coincidência, além que se levar em conta que essa avenida é caminho para o nosso destino.

– E ouvir um pedido de socorro de duas damas em perigo –fala Castiel- era tentador ainda mais para o Dimitry que é metido a galã de filme preto e branco – dia ele se referindo ao Moreno.

– Quem disse que somos damas indefesas?- Pergunta Heera, que fica incomodada com o machismo de Castiel, se aproxima do ruivo e tenta levantar o braço para gesticular, mas a dor a distrai e ela pressiona a mão contra o antebraço que agora esaáva com marcas arroxeadas.

Castiel percebe as marcas de Heera e lança um olhar cruel para o grupo, que permanecem desmaiados – Não são indefesas- diz ele tirando um lenço vermelho do bolso interno da sua jaqueta de couro, e caminha até Heera passando o lenço por debaixo do braço onde as marcas estão dando um nó. Heera se surpreende com o gesto e desvia o olhar do rapaz, pois percebe seu rosto ficando quente.

Molly e Dimitry observam os dois com curiosidade como se eles fossem peças raras em uma exposição de arte. Molly faz sua melhor cara de malicia, em que é Experd em fazer. Dimitry somente esboça um sorriso de canto de boca, como se já tivesse sacado tudo.

– Ahn... Obrigada– agradece Heera, de um modo um pouco desajeitado, pois ainda está corada e agora observando melhor o lenço amarrado em seu antebraço percebe que ele está mais para uma Bandana – Por tudo.

– Hum, hum- Pigarreia Molly- sem querer quebrar o clima dos pombinhos – Castiel e Heera lançam olhares assustadores para ela-... Ou não, esses Caras ai não vão dormir para sempre.

– A senhorita tem razão. Podemos acompanhá-las até vossa residência?- pergunta Dimitry de um modo muito formal na opinião de Molly.

– Senhorita é muito formal, me chama de Molly.

–Não precisa nos acompanhar- fala Heera- já está bem tarde, mas nós podemos pegar um taxi e... - ela é interrompida quando um dos caras desmaiados começa a dar sinais que está recobrando a consciência.

– Aceitamos! – diz Molly apressadamente, pois não quer ser perseguida por um grupo de mini- marginais – Mas vamos logo!

– Sobe ai- convida Castiel a Heera para subir em sua moto- sinta-se honrada, não são todas que eu deixo montarem na minha Moto. Heera fica corada novamente, só de pensar em dividir a garupa de uma moto com ele, mas também incomodada com a suposição de que ela fazia parte do "todas" da frase. – Não esquece o capacete – alerta ele passando o capacete para ela.

Dimitry monta primeiro na moto, e estende o braço para que Molly use de apoio. Ela coloca o capacete deixando de fora somente seus longos cabelos negros e seus olhos violetas, Heera faz o mesmo com a diferença de ter cabelos loiros e olhos azuis celestes, ela sobe na garupa da moto, mas fica com receio de segurar no rapaz, Castiel acha graça do desconforto dela, e pega as mão da moça e as coloca sobre seu abdômen definido, Heera fica mais corada que o normal. Os rapazes dão a partida nas Harleys.

Vinte minutos depois guiando os rapazes pelas ruas de Chicago, eles param em frente à portaria de um prédio, os quatro descem das motos e param em frente ao portão.

– Bom – começa Molly- poderíamos fazer isso mais vezes!

– Ah não – nega Heera.

– Ah quem sabe... – Castiel fala.

– Eu acho que foi muito perigoso – comenta Dimitry- mas foi bom sentir um pouco de adrenalina.

– Vocês ainda estão muito machucados, não querem entrar?

– Adoraríamos porem já está muito tarde, e nós não queremos incomodar- agradece Dimitry

– Verdade, mas já que vocês não vão poder nós recompensar- Dimitry lança um olhar de reprovação, mas Castiel ignora- então me empresta o seu celular- ele diz pedindo a Heera.

– Para que?

– Só me empresta – depois de algum tempo pensando ser brincadeira, Heera mexe em sua bolsa e entrega o aparelho a ele, que digita algo e depois devolve sem mais nem menos.

– O que você fez? – pergunta Heera.

– Você vai descobrir – Ele deixa a indireta no ar e monta em sua Moto.

– Ahn, então ta obrigado! – Agradece Molly.

– Adeus senhorita Heera, e só mais uma coisa Molly, eu adorei o seu bigodinho de leite- depois disso ele monta em sua moto, Castiel da um aceno com a cabeça e os dois partem. Molly que ainda esta púrpura com o comentário de Dimitry observa eles virarem a esquina e sairem de vista.

– E-Ele, viu... O-o...O meu Zeus!!! – ela olha para Heera como se pedisse socorro.

– E essa vai ficar pra história, e cara... Ele está tão afim de você!

– Para de besteira! E o ruivo? Qual foi aquela da bandana no braço. Eu me senti assistindo um Dorama!

– Okay vamos parar de papo e entrar logo porque a Magah deve estar brava, mas com sorte ela já deve estar dormindo.

– Podes crer, - diz Molly entrando no edifício com Heera, elas sobem as escadas até o 5° andar e param em frente à porta do apê.


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Notas finais do capítulo

gostaram? comentem por favor!!