Antonym escrita por TimeLady


Capítulo 6
6.


Notas iniciais do capítulo

Oi... (se esconde atrás de pedra com o escudo do Capitão America e Loki me protegendo com barreira magica) DESCULPA O ATRASOOO! TT.TT
EU TINHA TERMINADO ESSE CAPITULO MAS O MUNDO SE VIROU CONTRA MIM PORQUE EU FUI MAL NA PROVA DE FÃSICA, ENTÃO MINHA MÃE ME TIROU O COMPUTADOR QUE NA SEMANA SEGUINTE QUEBROU E FIQUEI SEM MEIOS DE ACESSAR A INTERNET E EU AINDA TINHA QUE ESTUDAR PORQUE MINHA ESCOLA COMEÃOU COM A SEMANA DAS PROVAS E EU NÃO TINHA TEMPO PARA NADA!!! DESCULPEM! >O

EU VOU TENTAR SER UMA AUTORA MAIS RESPONSÃVEL! EU JUROO!



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Quem já viu uma blitz policial? Se você já viu de perto, deve saber que está longe de ser tão romântico como nos filmes. Vários carros com sirenes, grandes e negros carros com sirenes correndo a toda de modo desordenadamente organizado pelas ruas. A cena, em si, nada tem de aventureiro. Quando você vê algo assim, a primeira sensação que lhe invade é ansiedade.

Onde é o problema?

Era assim que as pessoas que andavam pela Rodovia Bruceville se sentiam, enquanto desviavam paras os lados para permitir a passagem de mais de dez carrões negros e barulhentos, que correspondiam com certa elegância ao que esperaríamos de uma situação dessas.

Mas a ansiedade, o medo e até a curiosidade de repente eram cortados pela profunda confusão quando um Citroen DS-19 azul parecia surgiu no meio dos grande e assustadores carros policiais, com as reluzentes letras brancas soletrando FBI. Afinal, o que um citroen estava fazendo ali?

*

“Dez minutos até o local” disse a voz da Agente Darcy através do walk-tokie preso ao colete de Lisbon, sentada ao seu lado. “Preparar, pessoal”

Sem dizer nada, a morena começou carregar o revolver prateado, limpando o cano e preparando o gatilho que já tirara vidas demais e Jane lutou contra seu instinto de querer se retrair diante aquela visão. Ele simplesmente odiava armas de fogo. Provavelmente lhe diriam que a essa altura do campeonato, ele deveria ter se acostumado com isso, já que ele trabalha com a policia, mas ele simplesmente não conseguia – aquele brilho negro, aquela coisa fria sempre fazia todo o seu ser se arrepiar de medo, porque aquilo podia matar em segundos qualquer ser vivo e ele não gostava de coisas assim.

Haviam os tolos que diriam até um lápis pode matar e Jane retrucaria no mesmo tom idiota que lápis foi feito para escrever, sua função é essa, mas um revolver foi feito para machucar e matar. Não dá para desenhar com o cano de uma arma, dá? E o assunto estaria encerrado por ali, porque todo mundo sabe que o loiro sempre ficava com a palavra final.

Mas o ex-vidente sacudiu esse medo para longe e se concentrou na estrada diante de si, forçando-se a se focar no que estavam para fazer. Meia hora havia se passado desde que haviam saído da CBI e não haviam dito nenhuma noticia de Red John, nem pelo computador (onde uma agente responsável estava de olho) e nem pelo celular de Jane (que o FBI havia tentando confiscar, mas depois de dez minutos de discussão acabou com Darcy e Lisbon gritando para todo mundo se mexer, porque havia uma vida em jogo! E pelo menos daquela vez eles podiam deixar aquela rivalidade estúpida de lado?). O consultor se assegurou disso, verificando a tela a cada minuto e deixando o toque em seu volume máximo.

E era exatamente isso que estava fazendo quando a sua doce amiga, sentada em silencio ao seu lado depois da discussão onde ela queria que queria deixa-lo para trás porque aquilo podia ser perigoso, jogou sem nenhuma gentileza um colete pesado em cima de si. Jane soltou uma exclamação surpresa e olhou confuso para a mulher. “O que foi isso?”

Lisbon não se dignou a lhe dirigir o olhar, ocupada em carregar pentes de balas nos bolsos do seu próprio colete. “Se você realmente vai ser estúpido o suficiente para não me escutar, coloque isso.”

O loiro olhou para o material preto pesado e desagradável por apenas poucos segundos antes de tentar empurra-lo de volta. “Lisbon, você sabe que eu não-“

“Eu não estou pedindo.” A mulher falou e pela primeira vez naquela meia hora, os olhos prateados se voltaram para si, cheios de uma chama fria de raiva que o ex-vidente não esperava. “Isso é uma ordem e se você não me obedecer, eu te ponho em suspensão por duas semanas e te tiro desse caso agora.”

Jane piscou os olhos para sua chefa, atordoado. Sem pensar direito, começou a colocar desajeitadamente o colete com uma mão enquanto segurava o volante com a outra.

Lisbon era assustadora quando queria.

*

Enquanto o FBI fazia toda a confusão que eles adoram fazer, Jane parou o carro azul cintilante cuidadosamente em uma das vagas do Methodist Hospitalof Sacramento-Mercy, que era o lugar onde as coordenadas (como ele previra que eram e as pessoas ainda duvidavam dele) levavam, embora fossem mais especificas do que isso. De acordo com Cho e um jovem agente chamado David - que provavelmente deveria deixar a timidez de lado e se declarar logo para seu melhor amigo, porque era obvio pelo pingente de ouro que ele usava que o sentimento era correspondido, mas bem, essa era sua opinião, certo? – os números levavam para um lugar mais especificamente, dentro do hospital.

O loiro saiu com um movimento suave do carro e se virou para o prédio.

Em uma palavra: comum.

Não pela primeira vez Jane se perguntou porque ali. Se os palpites pouco prováveis dos agentes do FBI de que era ali onde a mulher provavelmente estaria encarcerada, não fazia sentido, porque saia do padrão. E se Red John fazia uma coisa era seguir seu padrão, era um tradicionalista. Somente casos extremamente particulares fizeram o assassino mudar seu modus operandi.

Esse é um caso especial, sussurrou uma voz maldita em sua cabeça.

O ódio borbulhou dentro de si.

[... feliz aniversario, minha...]

[... Eu sinto muito, Patrick]

Antes que ele fizesse algo estúpido, antes que seu coração estilhaçado aparecesse e Lisbon, sendo a doce de pessoa que era, tentasse tira-lo do caso para seu próprio bem, o ex-vidente acelerou em direção ao prédio vermelho/branco sem olhar para sua amiga. Ela o conhecia bem demais. Ela se importava demais. Nessas horas, era perigoso estar em volta dela.

Porque Lisbon valorizava muito seus sentimentos.

Mas não eram seus sentimentos que importavam ali.

Não mais.

[Ela cheirava a morango com creme...]

“Jane!” A morena se adiantou, seus saltos batendo contra o asfalto com velocidade antes da agente repentinamente aparecer diante de si, uma mão pequena contra seu peito. “É melhor você esperar aqui fora, pode haver tiroteio e-“

“Não” Foi sua resposta inflexível e sem esperar por uma reação, passou pela mulher.

Foi mais um toque do que uma agarrada em seu braço, mas mesmo assim seu corpo automaticamente parou e se virou para a mulher de olhos prateados. “Jane, ao menos dessa vez seja razoável, você não usa arma, está com o mínimo de proteção, não-“

“Não tenho experiência com esse tipo de situação e posso mais atrapalhar do que ajudar” Ele completou, expressão séria. “É, eu sei, você já disse isso. Mas não, Lisbon”.

Lisbon soltou um grunhido frustrado, largando seu pulso. “Por que você não pode me escutar ao menos uma vez?!”

“Porque eu sou um narcisista egocêntrico, manipulador e sádico” O loiro respondeu com o menor dos sorrisos. “Pensei que já havíamos esclarecido isso anos atrás”

“E sem um pingo de autopreservação também!” Ela exclamou furiosa.

Dessa vez, o ex-vidente teve que rir uma vez. “Oh, meu eu tenho sim. Não gosto de perigo e não quero morrer, pode ter certeza” Ele então virou, voltando a caminhar em direção ao prédio, lançando seu ultimo comentário sobre o ombro. “Só sei arrumar minha lista de prioridades quando quero”

Lisbon riu sem humor. “Ah é? Como você esta fazendo nesse exato momento?!”

“Claro” Ele exclamou sem olhar para trás, passando pela linha do estacionamento. “Isso não sobre mim, Lisbon”

“Mas não é tudo sobre você, seu imbecil?!” Ela rebateu furiosa, andando para acompanha-lo.

O loiro parou de supetão e virou, assustando a morena. Os olhos azuis, sempre brilhantes como o céu mais límpido de um verão de conto juvenil, a encararam junto de uma expressão cuidadosamente e completamente inexpressiva. Teresa engoliu em seco, um nó formando-se em sua garganta.

Aquela mascara, ela conhecia bem.

[“... A ultima vez que estive diante das câmeras, as coisas não saíram muito bem”]

[“Eu estou bem, Lisbon”]

[“Red John é meu”]

“Jane, eu-“

“Não isso” Ele a interrompeu, sem parecer escutar sua voz. E de repente seus olhos ficaram tão nublados quanto uma tempestade e Teresa quis se socar até quebrar alguma coisa, porque qualquer dor física seria melhor do que a culpa que desabou sobre seus ombros. Jane sorriu e ela quis chorar. “Tudo, menos isso”

Então se virou e partiu.

Lisbon demorou meio minuto para conseguir segui-lo.

[Um homem que perdeu tudo... que escrúpulos poderiam segura-lo?]

[O que para um animal sem coração?]

[A resposta, muitas vezes, está no cemitério]

[Quer saber?]

*

A voz no autofalante provavelmente assustou muita gente. “Todas as saídas estão lacradas, por favor, mantenham-se onde estão. Isso não é um treinamento. É um caso do FBI, qualquer tentativa de fuga ou falta de cooperação será tida como suspeita e a pessoa envolvida será imediatamente presa. Eu repito, todas...” Mas era a mais pura verdade. O hospital não era muito grande e não possuíam demasiadas saídas, então não exigiu mais do que quatro carros e quatro unidades para bloquear todas as saídas.

A maioria obedeceu, embora o terror fosse evidente. Ninguém acha que vai acontecer consigo o que vemos no noticiário. Mas a realidade que quase ninguém vê é que isso sempre acontece com alguém.

Mas quase todo mundo cooperou.

A operação não foi muito difícil.

Mas quase todo mundo cooperou.

*

“É esse o lugar?” Lisbon perguntou, sua mão casualmente sobre sua arma na coxa.

Cho lançou um olhar ao aparelho em suas mãos e acenou uma vez. “Sim, 38,462923 e 121,416694”

“Não faz sentido” Murmurou Agente Darcy.

Jane desviou o olhar de seus colegas de trabalho e olhou para a sala onde estavam. Era, como dizia a placa no corredor, uma sala de espera. Havia a longa bancada de atendimento, com três cadeiras em cada divisório, três fileiras, uma na frente da outra, de bancos para as pessoas sentarem, com direito a duas TVs de tela plana ao lado do placa digital mostrando os números de chamada e vários corredores secundários que levavam a vários setores diferentes. O lugar estava cheio de pessoas, porque o Destino é um brincalhão com mãos e pés trocados e não gosta de facilitar a vida de ninguém. Famílias inteiras com homens, mulheres e crianças quietos e encarando assustados o time de policiais com um esquadrão do FBI (estilo roupa preta e armas gigantes que Jane definitivamente não gostou) logo atrás.

“A não ser que uma dessas pessoas tenha uma mulher de trinta anos amordaçada na mala, eu acho que as coordenadas estão erradas. Ou alguém as pegou errado” Rigsby falou, cruzando os braços de modo ousado.

Cho imediatamente ergueu a cabeça e encarou o amigo. “Acha que faz melhor?” Falou, sua expressão estóica como sempre, mas um toque de irritação e desafio na voz que fez o moreno erguer as sobrancelhas e soltar um “Pode apostar” petulante.

Jane se desligou da dupla e do resto do time e voltou a analisar as pessoas diante seus olhos. Um presente de aniversario, Red John havia dito (e ele realmente se esforçou para não pensar para quem era o presente), mas que estava vulnerável e podia sumir novamente. Um presente era sempre algo especial, diferente – bom ou ruim, talvez ambos – e vulnerável... ele associava com frágil, delicado, de fácil aflição e o hospital em si ajudava para reforçar isso, porque para onde você vai quando está nesse estado? Em busca de ajuda. E a parte de sumir... era então algo móvel, de fácil locomoção. Juntando os três só podia ser uma coisa o tal presente.

E o ex-vidente estava abrindo a boca, pronto para dizer sua dedução ao resto de time que ainda discutia sobre se as coordenadas estavam certas ou não ou se deveriam chamar mais pessoas e procurar no resto dos cômodos, quando algo captou seus olhos em meio a multidão.

Perto de uma família normal, com uma mãe morena agarrando seu filho de três anos contra o peito e o pai loiro abraçando os dois enquanto tentava parecer confiante, havia uma figura quase camuflada de tão pequena. Escondida sobre camadas de moletons e panos poderia ter se passado por mais um membro daquela família normal e ninguém teria notado. Nem mesmo Jane.

Se não fossem pelos olhos.

Olhos amarelos e brilhantes.

[Sorriso falso?]

O choque vibrou cada célula do seu ser, enquanto se adiantava imediatamente para frente, com os olhos travados no filho da mulher em seus trinta anos, de cabelo negro liso que lhe alcançava os ombros e os olhos azuis orgulhosos e felizes, por causa daquele menino que deveria ter três anos (sabendo sorrir sem estar feliz e isso era tão errado que doía), mas que seu cérebro imediatamente deu de oito a dez anos de idade. “Menino” Falou, a voz saindo desequilibrado pela sua garganta seca.

Os olhos amarelos se arregalaram e ele imediatamente pulou de pé e em uma experiência quase adulta em lidar com adrenalina e (terror) medo, fugiu correndo pelo corredor.

Sem pensar, Patrick o seguiu.

“Jane!”

[Porque o Destino pode não facilitar, mas ele nunca se engana]


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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que algumas respostas seriam dadas nesse capitulo, talvez não diretamente. Se você assiste bastante filmes criminais, talvez consiga adivinhas o que vai acontecer em seguida.

Se não, continue lendoo! XD



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