Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 67
Capítulo LXVII




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A sala era escura, e emanava uma atmosfera pesada e desagradável. Os guardiões que adentravam lentamente sentiam seus corações apertando-se em aflição, e era difícil respirar. Com toda a certeza, havia algo de muito errado ali.
Giovanni ia na frente, e iluminava o caminho tenuamente com um pequeno facho de luz que criara, com Nadeshiko logo ao seu lado, andando cautelosamente. Rima andava logo atrás dele, e a cada segundo, olhava para trás, temendo que qualquer coisa pudesse aparecer de repente para atacá-los. Eles não conseguiam discernir muita coisa além de que aquela sala era provavelmente, um laboratório de pesquisa. Havia bancadas com superfície de vidro dos dois lados, com banquetas altas ao seu redor. Sobre elas, instrumentos de trabalho. Ferramentas que eles nunca haviam visto na vida, muitas peças variadas, e tudo parecia se encontrar em completo caos, sem ordem certa de organização. Com um arrepio, Rima percebeu que entre a bagunça que se localizava ali, haviam coisas que pareciam Batsu-tamas sem vida, jogados de qualquer jeito sobre as bancadas. Ouviram um grito abafado, seguido de alguns palavrões praguejados em espanhol. Alarmaram-se, virando-se para o lado da porta.

— Alguém que tenha cordas, ayuda-me aquí (me ajude aqui)!
Rima sabia que o chamado era para ela, e partiu na direção do lado de fora. Os dois garotos ficaram parados, esperando, enquanto ouviam as vozes exaltadas das garotas gritando, e os pedidos de socorro de Kaori. Segundos depois, elas apareceram novamente na porta, com a vilã devidamente amarrada com as cordas do seu Thightrope Dancer. Ela ainda se debatia e tentava escapar, mas Stéffanie a segurava com força e impedia que isso acontecesse.
— Malditos! Eu não sei como vocês entraram aqui, mas vão se arrepender!
— Calada, perra. Usted não tem mais cordas, pra amarrar a boca dela, Rima?
— Só um minutinho…
— Não, não, espera. - Nadeshiko interviu. Giovanni se aproximou, iluminando o rosto de Kaori também. Ela estava pálida. Apesar de ainda manter sua pose altiva, era evidente que ela também estava atemorizada. - Antes de amordaçá-
la, vamos ver se conseguimos alguma informação importante! Onde está o Ikuto??
— Eu não sei! E mesmo que soubesse, eu não ia dizer! - ela bradou em resposta, agitando-se ainda mais. Rima apertou as cordas que a amarravam, e ela parou de se debater. - Não importa o quanto vocês me torturem, eu não vou dizer nada!
— Nós não torturamos pessoas. Noi siamo i buoni (somos os mocinhos). - Giovanni comentou, enquanto distraía-se olhando ao redor. Sentia que algo de muito ruim se escondia naquela sala escura. Se apenas pudesse encontrar um
interruptor de luz, que iluminasse a sala por completo.
— Eu não me importaria de tentar. - Stéffanie encarou a garota ameaçadoramente.
— Vocês não vão descobrir nada! - Kaori gritou mais uma vez.
— Ah, ho scoperto (descobri). - Giovanni apertou um botão na parede, e a sala toda se iluminou gradualmente. Os guardiões olharam ao redor, acostumando-se à luminosidade repentina. Estavam mesmo em um laboratório, e o cenário era ainda mais caótico do que parecia no escuro, mas lembrava ligeiramente os laboratórios da escola, embora mais sujo e com mais equipamentos eletrônicos.
Do outro lado da sala em posição de destaque, eles discerniram o que parecia ser uma estante ou outro móvel alto, encoberto por um tecido negro. Nadeshiko correu para aquele lado. Chegando mais perto, sentiu seu coração pesar mais
uma vez. Só podia ser aquilo.
— Não abra essa coisa!! - Kaori gritou. Ela parecia ter mais medo do objeto em si do que os guardiões poderiam fazer com ele. Nadeshiko puxou o tecido pesado, e Kaori xingou em voz mais baixa.Todos viram a massa disforme de energia negra que se assemelhava a um traje, e se movia agitadamente na presença dos seus visitantes.
Qué es esa cosa? (O que é essa coisa?) - Stéffanie cutucou Kaori - Anda, responde!
— Droga! Eu odeio vocês!
— A gente já sabe. - Rima deu de ombros.
— Apenas diga logo, Kaori! - Nadeshiko pediu, virando-se para ela. - Eu consigo perceber que você está com medo, e não é de nós. Você está com medo do que eles estão planejando, não é?
— Do que você sabe, travesti pervertido?? - Ela bradou de volta, defensiva. Stéffanie a cutucou de novo com o lápis, irritada.
— Eu posso notar. - Nadeshiko amansou a voz, e a fitou com compreensão. Stéffanie revirou os olhos diante daquela atuação barata. - Você nunca planejou se envolver tanto, não é? Pensou que poderia ganhar alguma coisa se lutasse
contra nós, e foi até divertido no começo… mas agora está ficando perigoso, e você não quer mais fazer isso, certo? Você nunca aceitou correr esses riscos, mas eles continuam te pressionando, e pedindo cada vez por mais…
— Cala a boca!! Eu não sei do que você está falando! - ela se revoltou, mas era óbvio que tudo o que Nadeshiko dizia era verdade, e a perturbava. Era como se o poder de arrancar a verdade das pessoas estivesse se voltando contra ela.
— Você não precisa mais fazer isso, Kaori. Não precisa obedecê-los. Eles não podem te obrigar a nada.
— Apenas diga-nos o que é esse traje, Signorina… - Giovanni entoou, com sua voz calma.
— Ok, ok, está bem! - ela berrou - Eu vou dizer!! Não porque vocês pediram, mas porque eu quero! Não vou usar essa coisa medonha nem ferrando. Só destruam ela depois, e não me envolvam. Não digam a ninguém que fui eu quem contou!
— Pode deixar, seu segredo estará seguro conosco - Nadeshiko confirmou, com confiança.
Kaori fez uma careta de desagrado, e bufou. E então, sentou-se no chão, mesmo amarrada com as cordas de Rima, porque não aguentava mais ficar em pé, e começou a falar.


~


— Shun… suke?
O garoto loiro, com os cabelos caídos no rosto, e os olhos verdes arregalados na sua direção, parecia muito com seu namorado. Foi o que Miguel pensou, inicialmente. Mas o que Shunsuke estaria fazendo ali, afinal? E vestido como
Matthew, ainda por cima? Sua cabeça estava uma confusão, mas a única constatação que fazia sentido, a qual ele conseguia chegar, era dolorosa
demais para aceitar.
— Miguel… eu… - a voz. Era a mesma voz. Miguel recuou alguns passos, incrédulo. Os sons ao seu redor pareceram silenciar. O tempo parou. Tudo o que ele via eram aqueles olhos verdes, tão familiares, mesmo sem os óculos de
sempre. Ele estava tentando explicar? Era isso mesmo? Miguel não sabia de mais nada. Yaya e Anna, o fitavam incrédulas. Esperavam pela reação dele, antes de mais nada. Até mesmo os batsu-tamas pararam no ar, com a falta de ação de Matt.
Foi tudo mentira. Era a única coisa que ecoava na mente de Miguel quando ele percebeu o que estava acontecendo. Não conseguia olhar para Shunsuke. Ou Matthew. Não importava que nome ele tinha realmente. Subitamente, Matthew pareceu mudar de atitude. Seu corpo se colocou em posição de ataque, e os batsu-tamas se ergueram mais uma vez. Miguel só teve tempo de desviar, pois uma carga de energia negativa passou zumbindo pelo seu ouvido, fazendo-o cair no chão. Ele não conseguia nem contra-atacar. Tudo parecia estar se movendo lentamente, como em um pesadelo. Quando é que ele iria acordar, finalmente?
A única coisa da qual ele estava ciente, naquela confusão toda, era das suas amigas ao seu redor, partindo para atacar Matthew. Outro ataque veio na sua direção, e ele não teria tempo para desviar, mas percebeu quando algo se  moveu à sua frente, impedindo-o de ser atingido. Era um gigante feito de papel e tinta, que rugia enquanto contia toda a força do ataque, e partia para tentar acertar Matthew com golpes e socos, embora ele desviasse de todos, saltanto agilmente. Não tirava os olhos de Miguel.
E então, fugiu. Sumiu, levando consigo os batsu-tamas, e era como se nunca estivesse passado por ali. Yaya recolheu os seus patinhos, Anna apagou seus desenhos, e as duas correram na direção dele, ajoelhando-se ao seu lado, extremamente preocupadas.
— O q-que aconteceu aqui? - ele murmurou, incerto. Mordeu o lábio inferior, tentando conter-se sem sucesso as lágrimas que ameaçavam aparecer. Sua visão se turvou, e ele sabia que já era tarde demais. Começou a chorar. Yaya e Anna o abraçaram ao mesmo tempo, sem saber o que fazer. Haviam visto o rosto de Matthew - o rosto de Shunsuke — e não havia como negar a verdade, ainda mais depois da reação dele. Os dois eram a mesma pessoa.
— A Yaya não sabe dizer se entendeu, mas deve ter uma explicação pra isso! - a pequena Ás tentou ser otimista, embora não parecesse estar muito segura do que dizia - Não é, Anna?
I think so… (acho que sim…) - a inglesa também não sabia o que deveria ser dito em uma situação como essa. Precisavam acalmar Miguel, e ainda tinham uma missão a cumprir. Deixaram Matthew escapar, e não sabiam o que estava
por vir.
Miguel tentou secar as lágrimas com as costas da mão, e se ergueu do chão, com ar de quem tomara uma decisão. Anna e Yaya o acompanharam, esperando para verificar o que ele iria fazer.
— Não adianta… ficar a me lamentar dessa maneira patética. - ele murmurou, a sua expressão ganhando sinais de determinação - Depois eu penso no que aconteceu aqui. Agora, o mais importante, é descermos até onde os outros estão, para ajudá-los!
— Mas Micchan… - Yaya balbuciou, preocupada. Era evidente que ele não podia ter se recuperado tão rápido de um choque como esse, mas ele estava se esforçando tanto.
— Está tudo bem. Eu tenho tempo para ficar me sentindo mal depois, mas agora não é a hora para isso. - Ele se colocou à frente, e secando as últimas lágrimas do seu rosto, tomou a liderança. - Vamos!
Os três correram na direção das escadas. Anna e Yaya se entreolharam, dividindo a preocupação que sentiam. Era evidente que esse assunto não seria resolvido tão facilmente.Havia sido traído da forma mais inesperada possível pela pessoa que amava. Aquele tempo todo, Matthew havia criado uma fantasia, para iludí-lo, e ele acreditou. Foi usado para conseguir informações, certamente. Isso explicava tanta coisa… como Matthew parecia sempre saber tudo sobre ele e seus amigos, e como Shunsuke sempre parecia desaparecer
convenientemente quando as situações ficavam críticas. Ele se sentia muito burro, por não ter percebido isso. Estúpido, ingênuo, tolo por ter acreditado que sua vida podia mesmo ter mudado drasticamente só porque ele mudou de país. Todos aqueles momentos, aquelas lembranças, os segredos mais profundos que compartilhou com Shunsuke. Tudo isso era uma ilusão. E ele era idiota de ter acreditado nela por tanto tempo.

~

A garota desceu do carro, acenando com a mão para o motorista, sem olhar na direção dele, indicando que ele estava dispensado. Olhou para cima, percebendo que o último andar do edifício, assim como alguns outros abaixo, estava iluminado. Se o último andar tinha as luzes acesas, então seu pai ainda estava lá. Saaya não seria mais ignorada por ele.
Ela não via seu pai há semanas, e sua mãe estava viajando. Ela já havia feito tudo o que podia com o dinheiro que eles deixaram, e agora, estava entediada. Mais do que isso, estava irritada. Detestava ser ignorada, e ficar sozinha naquela casa enorme não estava ajudando em nada.
Então, decidiu ir pessoalmente até a empresa verificar qual era o assunto tão importante que mantinha seu pai longe de casa, sem atender nem mesmo as suas ligações. Entrou na empresa sem dificuldades, é claro, já que possuia a senha de segurança da porta. Estranhou aquele silêncio todo. Há essa hora, era para vários guardas estarem vagando pelo local. Onde estavam os malditos preguiçosos? Seu pai ficaria sabendo desse desleixo todo no trabalho, com certeza.Ela se dirigiu até o elevador principal, e apertou o botão do último andar. Mirou-se no espelho atrás de si, ajeitando as ondas dos cabelos, e sorrindo para o reflexo. Lindo, é claro. Cruzou os braços, batendo o pé  impacientemente. Que elevador demorado!
Subitamente, ouviu um barulho alto, que fez estremecer as paredes do cubículo. Ela quase se desequilibrou, e correu para apertar o botão do próximo andar, antes que o elevador parasse de vez com ela dentro. As portas se abriram assim que o elevador se estabilizou, e ela saltou para fora, assustada. Não parecia ter sido uma queda de luz, então o que foi aquele barulho estranho?
Ela percebeu que estava em um andar que não conhecia. Olhou ao redor, sem saber para onde ir. Havia apenas um corredor longo, que virava para os lados nas extremidades, e tudo estava iluminado por uma luz tênue, pois o andar não estava sendo usado agora, provavelmente. Ela ouviu vozes. Vozes se afastando. Correu para a direção delas, percebendo uma sala iluminada logo mais a frente.
Alcançou a porta, e olhou para dentro. Não havia nada ali, e a sala parecia ser um laboratório. Ela nem sabia que havia laboratórios na empresa.
— Tem alguém aqui? - Ela entrou, olhando ao redor. - Eu sou Saaya, a filha do presidente da Yamabuki Corp. Se houver alguém aqui, é melhor aparecer!
Pelo jeito, ela estava sozinha mesmo. Na sala não havia nada importante. Exceto, ela só percebeu naquele instante, por uma enorme estrutura que parecia uma geladeira.. ou uma vitrine! Ela se aproximou, notando que dentro daquele lugar, havia um manequim de loja, e sobre ele, uma roupa. Sim, uma roupa!
O traje se movia, mas parecia tomar o formato de um vestido. Ela logo se interessou. Uma roupa que se mexe, era isso? Não importava. O Traje parecia ter vida. E era como se estivesse chamando por ela. Impressão, ou ela até mesmo conseguia ouvir uma voz, vindo dele?
— Então era isso o que o Papai estava escondendo? Um presente para mim! - ela sorriu, exultante.

E sem esperar por mais, decidiu abrir a porta da estrutura que guardava o vestido.


~


Tadase mal conseguia respirar, quando chegou ao subsolo. Precisou de alguns segundos para recuperar o fôlego, e continuar a descer as escadas. Ouviu barulhos de batalha, e alarmado, continuou a descer as escadas, até encontrar um espaço aberto, com portas dos dois lados. Não foi preciso observar muito para entender o que acontecia. Percebeu muito rapidamente que Amu estava caída na parte dos fundos daquele hall, e Kukai parecia estar se recuperando,
tentando se erguer do chão, com uma das mãos nas costelas. Kairi havia acabado de ter sido jogado de volta ao chão por um golpe de energia negra vindo de Ikuto. Utau estava encurralada contra uma parede, e ele caminhava lentamente na direção dela, em posição de ataque. Com um gesto amplo, Tadase lançou o Holy Crown, que impediu Utau de receber o impacto de um golpe certeiro de Ikuto. O garoto, que parecia completamente descontrolado, olhou direto para trás. Encontrou Tadase, que terminava de descer as escadas, e percebeu que havia um inimigo novo a eliminar.
— Guardiões. Acabar com os guardiões. - ele repetiu como um robô pré-programado. Partiu na direção dele, como um animal selvagem que encontra uma presa. Tadase não recuou nem um centímetro, esperando que Ikuto se aproximasse. Ouviu o grito de Utau, quando Ikuto saltou para atacá-lo, e ergueu mais uma vez seu cetro. Ikuto caiu novamente no chão, agora contido dentro do Holy Crown. Ele se debatia, tentava arranhar a superfície brilhante que o prendia, e urrava raivosamente. Era uma cena bastante triste de ver, na verdade. Tadase não conseguia olhar diretamente para ele.
— Tadase! - Utau correu como podia na sua direção, e ele percebeu que ela mancava. - Ele está completamente fora de si! É pior do que da última vez! - ela parecia prestes a chorar.
Tadase deixou que ela o abraçasse, se isso fosse ajudá-la a se acalmar. Kukai também se aproximava, e ele via Amu se erguendo, com a ajuda de Kairi que havia corrido até ela, para se juntar a eles também.
— Nós vamos dar um jeito de purificar ele mais uma vez, Utau-nii. Pode ficar tranquila. - ele tentava passar segurança na sua voz, embora não estivesse muito certo de como eles iriam fazer isso.
— Podemos tentar o Platinum Heart! - Amu sugeriu, nervosa, enquanto Kairi a ajudava a chegar até mais perto. Ela
havia torcido seu pé, e tinha escoriações nos braços e um corte na bochecha. Kairi também tinha cortes e machucados, mas parecia mais preocupado em ajudar Amu agora.
— Não custa tentar! - Kukai tentou manter-se positivo.
— Você acha que consegue, Amu-chan? - Tadase indagou, seriamente. Ela assentiu sem hesitar. Tadase colocou-se próximo à ela, e Kairi deu espaço para que ele pudesse se mover, juntando-se aos dois restantes, que aguardavam ansiosamente pelo resultado daquela tentativa. Ikuto ainda tentava escapar da prisão onde se encontrava, embora agora estivesse um pouco mais silecioso.
Amu e Tadase juntaram seus bastões em frente, na direção do alvo, e gritaram com toda a força que ainda possuíam.
— Platinum HEART!!
Uma luz forte, rosa e dourada, surgiu da ponta dos dois cetros unidos, crescendo e espalhando-se, seguindo na direção de Ikuto. Ele urrou ao ser atingido pelo poder, que fez com que o escudo formado pelo Holy Crown se esvaísse.
O ataque teve fim, e eles viram Ikuto cair no chão, parecendo desacordado. O coração de Tadase ainda batia acelerado. Havia dado certo? Ikuto começou a se mover, e cuidadosamente, Tadase andou na direção dele. Ele ergueu a cabeça, e foi possível enxergar nos seus olhos um brilho insano, enquanto ele mostrava as suas presas, e voltava a se colocar em posição de ataque, rosnando como um animal feroz e sem controle. Não havia funcionado!
Tadase deu um pulo para trás, ficando na frente dos seus amigos para protegê-los. Eles já estavam fracos demais, não havia como continuarem lutando.
— Corram! - ele ordenou, e transformou seu Golden Staff em uma espada, empunhando-a na direção de Ikuto. Não queria ferí-lo, mas não teve escolha. Ikuto pulou na sua direção, e Tadase atacou com a espada, acertando-o com o lado da espada que não tinha fio.
Ikuto caiu para trás, mas não desistiu. Continuou avançando, tentado desviar das investidas de Tadase com a espada, por vezes sendo atingido, porém sem cair.
— Holy Saber! - ele bradou, atingindo Ikuto com o ataque certeiro de luz intensa, e fazendo-o ser arremessado contra a parede. Nesse momento, ele pareceu perder os sentidos, e Tadase aproveitou para capturá-lo mais uma vez dentro da cápsula dourada do Holy Crown. Ikuto se mexeu apenas brevemente, e respirava de forma pesada, rosnando baixo. Continuava a repetir em voz baixa sobre “destruir os guardiões”.
Utau correu até ele, aproximando-se da redoma brilhante, e observando seu irmão. Ele a encarava com ferocidade, e era certo que se pudesse, teria atacado-a. Ela tremia, ao perceber isso. Era apenas cruel demais que ele sofresse tanto assim.
Todos se entreolharam, sabendo que ainda estavam longe de cumprir o objetivo que tinham, apesar de terem encontrado Ikuto. Não sabiam ainda o que aquela empresa estava pretendendo, contra o quê estavam lutando, e quais armas eles tinham. O que havia acontecido com Ikuto era apenas uma prévia do que podia ocorrer no futuro. E eles não sabiam até onde os seus inimigos estavam dispostos a ir.
— Precisamos, antes de qualquer coisa, encontrar alguma forma de purificar Ikuto. - Tadase anunciou. - Amu, tente contatar os outros, vamos nos reunir e decidir o que fazer. Acho que nosso plano não vai seguir como esperado.
— Está bem. - Amu pegou o comunicador de Utau, já que ela parecia abalada demais para continuar. Tadase fitou Ikuto, que continuava deitado dentro da superfície dourada. Será que nada do que ele planejara daria certo? Que tipo de líder ele seria, se não conseguisse ao menos salvar as pessoas que amava…
Ele chacoalhou a cabeça, afastando os pensamentos pessimistas. Precisava se manter focado. Pensou nas palavras que Anna disse a ele, antes de partir. Todos ficariam bem. Tudo daria certo.
Ele só precisava se esforçar um pouco mais.


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Notas finais do capítulo

Olá, Shiroyuki aqui~ Só para postar o capítulo e já estou indo de novo! E enfim a máscara do Matt caiu, agora sim as coisas ficaram complicadas...
O próximo é com a senpai! Bye bye~



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