Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 65
Capítulo LXV




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Já era quase noite quando os guardiões se reuniram novamente no Royal Garden. Eles haviam voltado para suas casas assim que a aula terminara, a fim de se preparar para o que os aguardava mais tarde, e depois de prontos, retornaram à escola mais uma vez, agora com suas roupas comuns, e sem trazer nenhum material consigo. O clima já era tenso, antecipando a tensão do que estava por vir.

Como não havia lâmpadas na estufa, eles contavam com um lampião elétrico para iluminar a mesa onde estavam reunidos ao redor, em pé, observando a planta do prédio que invadiriam naquela mesma noite, a mesma que permaneceram estudando durante dias até que estivessem preparados o bastante para, pelo menos, não se perder lá dentro.

Tadase, como líder da operação, estava lembrando-os do plano, e ajustando os últimos detalhes, para garantir que nada sairia errado, e conseguissem resgatar Ikuto com sucesso, e também, acabar com os planos da Yamabuki Corporation de uma vez por todas. Esse era o momento decisivo, que decidiria o futuro de todos. Nada poderia os deter.

—  Certo, quando nós conseguirmos entrar no prédio, através dessa passagem lateral que fica sem muita vigilância, de acordo com os horários dos seguranças que nós temos aqui… - ele mostrou outro papel trazido por Ikuto, que se mostrou ser muito útil - Nós poderemos avançar, e então, vamos nos dividir em três grupos, para cobrir mais áreas. O mais provável é que Ikuto esteja no subsolo, onde poderiam ter arrumado algum lugar para prendê-lo, ou nos andares dos laboratórios. Outro grupo deve vir até o quarto andar, onde esta marcado aqui como sendo a área de teste dos novos produtos. Se encontrarem qualquer coisa relacionada a Batsu-tamas, tentem trazê-las, e se não puderem… - ele olhou para baixo, parecendo lamentar essa decisão -... então, eu terei que pedir para que destruam imediatamente. Eu sei que pode ser perigoso, então…

—  Don’t worry, Tadase - Anna afagou de leve seu ombro, desejando poder ao menos aliviar um pouco do peso que ele carregava - We trust you. Don’t feel sorry pelas suas decisões, nós iremos seguir o plano que você achar melhor, right, fellows? - ela olhou ao redor, buscando apoio.

—  Evidente que sim! - Miguel reforçou - Afinal, és nosso líder.

—  Você já conseguiu salvar Ikuto uma vez, e eu tenho certeza de que vai conseguir de novo, irmãozinho - Utau, do outro lado dele, bagunçou seus cabelos, encorajando-o.

—  Hai, minna… obrigado… mas nós não temos muito tempo, então vamos continuar - o momento de comoção não durou muito, pois ele imediatamente voltou ao seu modo sério de líder - Vamos nos dividir da seguinte maneira: Agostinni-san, Mashiro-san, Fujisaki-kun e Blanca-san, vocês serão o time ofensivo…

—  Wow, parece até que o Tadase também tá shippando. - Yaya se espantou com a divisão, e deixou escapar o comentário, apesar do clima sério.

—  Claro que não, Yuiki-san! Eu me baseei pelas habilidades de cada um para dividi-los. Eles irão para o quarto andar, à procura dos equipamentos feitos com batsu-tamas. Precisamos do Agostinnii porque ele pode purificar os batsu-tamas, se encontrarem. E como esse andar pode estar sendo vigiado, Fujisaki-kun, Mashiro-san e Blanca-san formam um bom time de ataque. Além disso, Fujisaki-kun pode proteger a Blanca-san enquanto ela escreve.

Kukai assoviou, impressionado —  Você pensou em tudo mesmo, não é, Tadase?

—  Claro que sim, Prosseguindo. O segundo time irá para o subsolo, e será formado por Utau-nee-san, Hinamori-san, Sanjou-san e Souma-kun. Acho mais provável que Ikuto esteja lá, pois nos relatório há menções de instalações semelhantes à salas de contenção à prova de som, e eu acredito que seja o melhor local para mantê-lo prisioneiro.

—  Certo. - Utau foi quem respondeu, focada.

—  O terceiro grupo irá em direção aos laboratórios do terceiro andar, e será formado por Gonçalves-kun, Yuiki-san, Anna-chan e eu. Caso algo aconteça, eu gostaria de eleger o Gonçalves-kun como líder da operação depois de mim.

—  Tadase, isso… - Miguel não sabia o que responder. Anna estremeceu só de pensar na hipótese, mas não conseguiu dizer nada pra refutá-la, então apenas segurou no braço de Tadase discretamente.

—  E como líderes de cada grupo eu escolhi a Utau-nee e o Fujisaki-kun. Nós iremos manter contato com isso… - ele colocou três aparelhos pequenos semelhantes a fones de ouvido na mesa, que havia conseguido com o clube de audiovisual da escola. - Caso algum grupo se perca ou tenha problemas, não deixem de avisar. Utau-nee, se não encontrarem o Ikuto no sub-solo, juntem-se ao nosso grupo. E caso o encontrem, nos chame. Nós faremos o mesmo.

—  Entendido. E quando nós o encontrarmos, faremos o quê?

—  Nesse caso, você deve fazê-lo dormir, porque nós não iriamos conseguir derrotá-lo de maneira alguma.

—  É, deu pra perceber isso naquele dia lá no centro comercial… - Kukai lembrou, com amargura.

—  Então, o traremos até a escola, e iremos tentar purificar o coração dele por todos os meios possíveis.

—  Certo, eu acho que esse é um ótimo plano. - Amu bradou, querendo motivar o restante do grupo.

—  Sim, vai dar tudo certo! - Yaya entoou, animada e otimista.

—  Ok, guardiões. - Tadase se impos, mais confiante consigo mesmo, e pelos seus amigos - Vamos lá!



E agora lá estavam os guardiões, na rua de trás da imponente empresa, que era cercada por um espesso muro de concreto, que impossibilitava a visão de dentro do pátio. Claro que todas as janelas do prédio eram espelhadas, e era impossível visualizar seu interior. Todos eles estavam transformados com seus respectivos Charas. Amu havia escolhido se transformar com Dia, acreditando no poder dela de ataque, Utau transformou-se com Eru, afinal usaria os poderes dela, e Nagihiko com Temari, pois confiava muito mais no poder ofensivo da sua naginata.

Yaya tinha um binóculo consigo, o qual ninguém queria imaginar para que exatamente ela carregava, e o que andava espionando, mas como o objeto se provaria útil, iriam utilizá-lo. Kukai a ergueu em seu skate, para que ela pudesse ver melhor, e ela começou a descrever o que via.

—  O lado do prédio não está vazio como dizia nos relatórios dos seguranças - ela informou, preocupada - Parece que alguns deles estão de folga, e se reuniram ali para conversar…

—  Ah… eu não esperava por isso.. - Tadase baixou os ombros, um tanto perdido. Precisava reorganizar o seu plano, agora.

—  Deixa comigo. - Utau deu uma pequena batidinha no ombro do loiro, e passou a frente, estendendo os braços para frente, e começando a cantar. Logo, uma doce canção espalhou-se pelo ar, tão forte e poderosa que era quase irresistível querer fechar os olhos e dormir. Tadase isolou os companheiros com seu Holy Crown, para evitar que dormissem também, pois Utau estava cantando com tanto afinco que não conseguia direcionar a canção para somente um lado. Não seria surpresa se o prédio todo estivesse desacordado, depois disso.

Após o término da música, Utau mostrou que poderiam avançar, e então, dirigiram-se juntos até o portão gradeado dos fundos. Kairi utilizou sua katana para cortar a fechadura, e assim, eles conseguiram entrar. Como esperado, o grupo de seguranças dormia, alguns jogados no chão, outro escorado na parede, e mais dois apoiados um no outro, sentados na escada que dava acesso à saída lateral. Stéffanie respirou aliviada ao ver que os dois cães de guarda do local também ressonavam tranquilamente do outro lado.

Eles afastaram os homens da porta para poderem entrar, e ela estava aberta. Ao adentrarem o prédio, eles ligaram os dispositivos de comunicação, e depois de uma rápida troca de olhares como confirmação, os grupos se separaram conforme o combinado, indo cada um para um lado.

 

~

 

Andando a passos ruidosos, de um lado para o outro na sala escura, o Professor Takagi mal podia conter sua animação. Havia enfim, completado a sua mais nova criação, sua obra de arte, que renderia uma fortuna sem fim. Uma arma de guerra. Sim, qualquer país abriria mão de seus tesouros nacionais para colocar as mãos naquela que seria a arma suprema, acima de todas. Um exército equipado com isto, poderia dizimar nações inteiras sem esforço. E ele, finalmente, seria reconhecido como o gênio que sempre foi.

Àquela hora não havia muitas pessoas trabalhando na empresa, mas ele precisava dividir a sua vitória com alguém, e por isso, chamou Matthew e Kaori, que sempre estavam perambulando pelo lugar sem nada a fazer. Até por quê, eles dois eram parte crucial do seu plano. Colocou-os sentados em banquetas do laboratório, com as luzes apagadas, bem a sua frente, e então, faria o discurso que ensaiou durante toda a sua vida.

—  Vocês dois devem estar se perguntando, por que eu os reuni aqui, nessa agradável noite…

—  Na verdade, não. - Matthew respondeu, seco.

—  Não é porque você terminou a sua invenção louca e não tinha ninguém mais para ver além de nós? - Kaori adivinhou, parecendo entediada mortalmente. Takagi amaldiçoou até os confins da terra aquela maldita raça que eram os adolescentes, sempre de língua afiada, mas não iria se estressar. Aquele era o seu dia, nada estragaria, nem mesmo o mau humor da puberdade.

—  Ok, vocês estão certos. Parcialmente. - ele continuou a andar de um lado, para outro. - Eu realmente terminei minha invenção, e vocês terão o privilégio de serem as primeiras pessoas a presenciarem a sua magnitude. Não é maravilhoso? - Matthew bocejou, e Kaori abriu um pacote de salgadinhos que ela havia furtado da cantina minutos antes de ser chamada. Takagi resolveu se apressar. - Ah, está bem, aqui está…

Ele retirou um tecido negro que cobria uma estrutura retangular, revelando um objeto semelhante a uma vitrine. Ligou as luzes internas, e enfim puderem ver o que ele havia criado. Em um manequim metálico, uma densa matéria semelhante à fumaça negra, se juntava ao redor, formando o que parecia ser um traje sem forma definida, que se movia lentamente, parecendo ter vida. Na cabeça do boneco, havia algo semelhante a uma coroa negra, com duas pontas triangulares voltadas para baixo, e esse parecia ser o centro de controle do que quer que fosse aquela bagunça de energia.

—  What in hell… (Que infernos…) - Matt praguejou, alarmado. Kaori encarava a frente com espanto. Aquilo parecia, no mínimo… maligno.

—  Estes, meus caros, é o Traje Negro Especial X, desenvolvido inteiramente por mim. - Takagi anunciou, com orgulho de um pai por um filho, o que não diminuiu em nada o horror dos presentes. - Ele suga a a energia presente nos batsu-tamas - ele apontou para o tanque de ovos negros, que tinha uma ligação direta até a estrutura principal - e a partir dela, se molda ao seu usuário, fornecendo a ele a força, mental e física, para fazer qualquer coisa.

—  Isso pode… controlar as pessoas? - Kaori indagou, confusa.

—  Não completamente, mas o suficiente para que elas foquem-se somente no seu objetivo principal. É um traje de luta, capaz de transformar qualquer um em um guerreiro poderoso e invencível.

—  E essa coisa… funciona? - Matt desconfiou, vendo a massa disforme de energia se movimentar lentamente do outro lado do vidro.

—  Que ótima pergunta, Matthew - o professor parecia extasiado, embora nenhum dos outros dois demonstrasse qualquer sinal de interesse - Os únicos testes realizados até agora demonstram que o protótipo é um sucesso, porém, ele ainda não foi testado em seres humanos. Até o momento.

O sorriso de Takagi abriu-se de maneira perigosa, e Matt não gostou nem um pouco do que viu.

—  E o que você pretende?

—  Ora, é bem simples. O primeiro teste será feito nos pirralhos contra quem vocês lutam. Não é perfeito? Iremos resolver dois problemas de uma só vez - ele se aproximou, repousando uma mão no ombro de cada um dos dois. Kaori se encolheu. - E um de vocês, irá vestir essa armadura, e derrotar de uma vez por todas o inimigo a frente.

—  Isso.. esse.. essa roupa… você disse que era uma arma de guerra - Kaori balbuciou. A roupa se movia e parecia encará-la sombriamente do outro lado, e ela não estava nada confortável com a situação. - Ela pode matar?

—  Não seja boba, Kaori-chan - o professor riu alto, se afastando. - É claro que pode! Essa é a sua intenção. Mas não faça essa expressão de medo, querida, é óbvio que como esse é o primeiro teste, iremos colocá-la no modo Easy. Ela não será capaz de matar ninguém. Apenas… causar alguns danos leves.

—  Tem certeza disso? - Matt inquiriu seriamente, encarando diretamente o professor, que riu, desprezando a preocupação do outro.

—  A ciência é um campo aberto a possibilidades. Todas as grandes invenções da humanidades chegaram a perfeição através da tentativa e erro. E além disso, esse é apenas um protótipo…

Matt se levantou, encarando furiosamente o homem de jaleco branco a sua frente.

—  Me recuso a participar dessa bullshit (besteira). Você é completamente insano. Crazy. - ele deu as costas, sem pensar duas vezes. - I’m leaving (tô saindo).

—  Tudo bem… - Takagi nem se importou, e voltou a olhar para Kaori, que desviou o olhar, buscando uma maneira de escapar também. Maldito viado, tinha deixado ela completamente sozinha ali. - Eu só preciso de um… - ele sorriu para a garota, que nem se deu o trabalho de responder. Ela não havia gostado nem um pouco daquela ideia. Derrotar os guardiões era uma coisa, e ela realmente queria ver isso acontecer, mas não estava nem um pouco disposta a usar de qualquer meio para conseguir isso. Aquela roupa era medonha.

—  E-eu vou indo também… - ela sorriu amarelo e deu um jeito de sair de fininho, enquando o cientista voltava a apreciar a sua obra-prima. Ele acariciou o recipiente de vidro, pensativo.

—  Mal posso esperar para ver você em ação…



~



Descendo pelo corredor estreito e completamente escuro, Utau guiava o restante dos guardiões. Não havia nenhuma fonte de iluminação, mas eles seguiam em fila reta pelo único caminho disponível, que ia direto para baixo. Kairi vinha logo atrás, seguido de perto por Amu, e Kukai fechava a fila, atento a qualquer barulho de aproximação. Enfim, chegaram em uma espécie de saguão, onde podiam enxergar graças a luzes brancas e fracas que se localizavam a uma distância considerável uma da outra, em um longo corredor. Não parecia um local frequentemente utilizado. Não havia móveis ou qualquer outra indicação de pessoas presentes no local, e as paredes acinzentadas eram pontuadas sucessivamente por portas iguais, de ferro.

Andaram em silêncio, seguindo em frente no largo corredor, e só encontraram uma passagem lateral para um corredor bem mais estreito, que também tinha somente portas em sua extensão. As portas eram diferenciadas por placas com letras e números em código, que não faziam sentido algum para quem fosse de fora. A única porta diferente das outras era a saída de emergência, que era dupla, e direcionava diretamente à garagem. Diferente dos outros andares, aquele também não tinha acesso ao elevador.

—  Será que ele está aqui? - Kukai foi o primeiro a quebrar o incômodo silêncio, e a sua voz, apesar de sussurrada, ecoou até o fim do corredor.

—  Não parece ter sinal de ninguém por aqui… - Kairi observou, olhando ao redor - Mas esse silêncio parece estranho.

—  Para que uma empresa teria um andar como esse, afinal? - Amu balbuciou, estremecendo. Ali era frio, e ela estava com medo.

—  Eu não sei… mas eu estou sentindo alguma coisa… - Aflita, Utau colocou a mão no peito. - Acho que é a presença do kokoro no tamago do Ikuto, mas está tão fraca…

—  Eu não sinto nada. - Kukai comentou, o que não era exatamente uma novidade, mas Amu se concentrou, fechando os olhos, e sobressaltou repentinamente, ao também sentir algo.

—  Sim, é a presença dele! Está quase sumindo, mas eu também posso sentir.

—  Ele está aqui! - Utau queria sair correndo gritando pelo nome de Ikuto, mas sabia que isso não iria ajudar. Ao invés disso, tratou de pensar em algum plano. - Vamos tentar abrir cada uma das portas, até encontrá-lo…

A sugestão de Utau foi aceita, e sem fazer nenhum barulho, eles foram se dividindo, cada um em direção a uma porta. Nas duas primeiras, não havia nada além de salas entulhadas de caixas e outros equipamentos sem uso. Na terceira, Kukai quase gritou de susto. Havia duas pessoas lá dentro, mas elas nem se moveram quando ele abriu a porta. Estavam dormindo.

—  Parece que a música da Utau fez efeito até aqui… - Amu observou, um pouco mais animada. - Talvez Ikuto também esteja dormindo. Assim será mais fácil de levá-lo.

—  Se for o caso, não teremos como chamar por ele… - Kairi observou, com cuidado.

Eles continuaram a busca, encontrando mais dois seguranças adormecidos em outra sala, e algumas salas estavam trancadas. No final do corredor escondido, encontraram salas que pareciam pequenos laboratórios pessoas, mais semelhantes à enfermarias, com macas e equipamentos médicos, mas nada além disso.

—  Hey… vamos sair logo daqui, pode ser? Acho que o Ikuto não está, e esse lugar está me lembrando do cenário de um jogo de terror que eu joguei, e eu não tô gostando…

—  Quieto, Kukai. Nós ainda vamos revisar aquelas portas que estavam trancadas. - Utau ralhou com ele, abrindo outra porta, e dando de cara com algumas estantes repletas de arquivos impressos e documentos. A última porta dava acesso a uma escadaria, que ia direto para o estacionamento.

—  Não deve ter mais nada por aqui. - Kukai observou.

Eles iriam retornar para checar as portas que estavam trancadas, quando um ruído agudo e incomodo feriu seus ouvidos, causando um arrepio insuportável. Era como garras arranhando uma superfície lisa. Todos se encolheram diante do barulho desagrádavel, e no mesmo segundo, ouviram uma voz lamuriante.

—  G-guardiões… at-tacar…

—  Ikuto!

Utau não teve tempo de esboçar sua reação por completo. A porta da esquerda, diretamente ao seu lado estremeceu com uma batida alta, de alguém tentando arrombá-la por dentro. No próximo segundo, um barulho alto seguido de estilhaços de madeira voando, e eles viram Ikuto ultrapassar a porta como se ela não fosse nada, voando para o outro lado do corredor, e pousando no chão, agachado, com as garras em riste, em posição de ataque.

Ele tinha uma sombra negra ao redor dos olhos, e suas unhas rasgavam o chão com fúria, enquanto ele encarava suas presas encurraladas no final do corredor. Suas roupas estavam inteiramente rasgadas, e ele tinha arranhões e outras marcas de ferimentos por todo o corpo, que pareciam terem sido feitas por ele próprio, em uma crise de insanidade. Os guardiões mal conseguiam olhar para isso. Era tão evidente que ele estava sofrendo.

Sem hesitar nem por um segundo, Ikuto pulou na direção deles, que só tiveram tempo de desviar e recuar, saindo correndo pelo corredor, em direção ao saguão maior. Kairi tentou segurar Ikuto com sua espada, mas foi atirado para longe. Utau tentou cantar, mas para conseguir completar a canção, precisava estar parada, e agora, teria que fugir ou Ikuto a atacaria. Amu jogou alguns ataques de raios brilhantes, que iluminaram amplamente aquela sala escura, mas só serviram para irritar ainda mais o garoto. Kukai tentou atacá-lo por cima, forçando-o a recuar de volta ao corredor menor, e Amu usaria essa oportunidade para tentar contê-lo com seu poder, mas ele foi mais rápido e desviou, partindo na direção de Utau, o alvo mais próximo, e arremessando-a para longe com o poder negro que saia das suas garras.

Ela se sentiu sem ar, ao bater com tudo contra uma parede, e escorregar de volta ao chão, mas conseguiu erguer o braço, e ligar o comunicador na sua orelha. Juntou todo o ar que podia, para falar.

—  Tadase. Achamos o Ikuto.









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Notas finais do capítulo

Oi gente, Shiroyuki aqui ~ Passando bem correndo pra postar rapidinho (devia ter postado antes, mas aconteceram uns imprevistos), porém, cá estou eu. Como dá pra ver, todo munto está no clima de batalha. Esse capítulo serviu mais para mostrar os planos, de ambos os lados... e agora sim, vem a ação propriamente dita. O que estão achando? A coisa tá pra ficar mais tensa ~

Até o próximo o/ bye ;D



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