Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 57
Capítulo LVII




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Depois da fuga de Kaori e Matthew, os Guardiões com maior senso de responsabilidade ainda pensaram em ir atrás deles, no entanto, todos estavam tão exaustos que nem sequer tinham forças para se levantar. Ficaram lá caídos no chão, ou no sofá, ou esparramados uns por cima dos outros, seja lá em qual posição tivessem caído após o fim das transformações aleatórias, sem nem sequer se darem ao trabalho de se moverem. Ficaram lá deitados e exaustos pelo que lhes pareceu pouquíssimo tempo, já que todos queriam descansar mais, porém logo tinham sido interrompidos por alguém que devia e, ao mesmo tempo, não deveria estar ali:


— Ei, mas o que foi que deu em vocês, hein?! - Matthew, que havia recolocado seu disfarce e voltado a ser Shunsuke, adentrou o Royal Garden, deparando-se com o mesmo estado no qual os Guardiões haviam ficado após a bagunça que Kaori causou trocando seus Chara Naris aleatoriamente. Se quisesse derrotá-los em uma luta agora seria realmente uma oportunidade perfeita, mas... ele não podia se arriscar a fazer algo assim. Embora estivessem exaustos, os Guardiões ainda estavam em maior número afinal. Sem falar que, se seu disfarce fosse descoberto agora... ele realmente não saberia o que fazer - Francamente, eu saio um instantinho pra ir ao banheiro e vocês ficam nesse estado, é? Que tipo de bagunça andaram aprontando sem mim, hein?!
— Shun... suke... - Miguel murmurou, sendo o primeiro a se levantar, ainda que muito vagarosamente fazendo um grande esforço para isso - Nós estamos bem, não se preocupe... nós só estávamos... ahn...
— Fazendo guerra de comida! - Yaya completou a frase dele, levantando-se com uma energia impressionante, levando em conta a estranha série de acontecimentos que acabara de ocorrer - Pena você ter perdido, Shun-chan, foi tudo tão engraçado!
— Engraçado, é...? Yo tengo palabra para eso (Eu tenho uma outra palavra para definir isso) - Stéffanie resmungou, fazendo algum esforço para se levantar também - Ei, vamos, saia logo de cima de mim, garoto atrevido - ela acrescentou, tão cansada que nem se deu ao trabalho de gritar como de costume, desvencilhando-se de Nagihiko, que continuava caído em cima dela, enfim se colocando de pé.
I agree (Eu concordo)... acho que isso tudo está mais para embaraçoso do que engraçado - Anna concordou num murmúrio, fazendo um enorme esforço para colocar-se de pé. Quase caiu de novo, mas felizmente Tadase a segurou, ajudando a inglesa a se colocar de pé.
— Embaraçoso, é...? Que tipo de guerra de comida vocês andaram fazendo afinal, hein? - Shunsuke indagou, arqueando uma sobrancelha.
— Uma tão surreal que você não acreditaria se a gente te contasse - Ikuto respondeu, se espreguiçando e levantando-se também, ao mesmo tempo em que os demais começavam a fazer algum esforço para se colocarem de pé também. 
— Que sem graça, isso parece ter sido tão divertido e vocês nem me esperaram para brincar... isso é injusto, é só porque não sou um Guardião também, é?
— Não diga besteiras, Shunsuke-kun, Ikuto e eu também não somos Guardiões e também participamos afinal - Utau lembrou, tentando disfarçar - Bem, de qualquer forma, é melhor não desperdiçarmos o resto da comida que sobrou depois de toda essa bagunça com guerrinhas bobas, e sim irmos comer, não acham? Deu o maior trabalho preparar tudo afinal - a loira acrescentou, vendo que toda aquela bagunça de Chara Naris havia derrubado a maior parte das mesas do local e, consequentemente, também as tigelas de comida em cima delas. Na verdade, ela queria era conversar com todos sobre a estranha série de transformações que acabara de acontecer, mas não poderia fazer isso com Shunsuke ali presente, então teriam que esperar mais um pouco.
— Eu concordo, estou completamente acabado... guarda fino a quando sono stato colpito da un camion (parece até que fui atropelado por um caminhão) - Giovanni murmurou em resposta, tão exausto quanto os demais.


Como a maioria das cadeiras e mesas estavam derrubadas de qualquer jeito, todas espalhadas pelo chão, eles decidiram se sentar em uma enorme roda no chão mesmo, devorando avidamente a comida que tinha restado numa tentativa de repor a grande quantidade de energia que tinham gastado naquelas brigas inúteis. Shunsuke ainda pensou em fazer mais perguntas e pedir explicações sobre o que teria acontecido em sua ausência, tanto para manter seu disfarce quanto por achar aquela ideia bem divertida, mas achou melhor não fazê-lo ao notar o estado em que Miguel se encontrava, completamente exausto para fazer qualquer coisa que exigisse muito esforço.


Ao contrário de antes, o grupo agora estava muito mais concentrado em comer do que em conversar sobre os pratos típicos dos países dos estrangeiros como fizeram anteriormente, chegando até mesmo a provar da comida típica uns dos outros sem reclamar de nada, fosse a comida muito pesada, sem sal, apimentada ou o que quer que fosse. Todos estavam tão constrangidos e atordoados com tudo o que acabara de acontecer que não sabiam se faziam um escândalo por causa daquilo ou se ficavam quietos, fingindo que nada disso aconteceu. E enquanto o grupo era corroído por esse dilema, quando já estavam terminando de comer, Shunsuke resolveu iniciar uma conversa, começando a se cansar daquele incômodo silêncio que não era típico deles:


— Nee, Miguel... você sabe como preparar essa coisa? - ele indagou, indicando o prato que estava comendo - Etto, como se chama mesmo...?
— Ah, isso é açorda de mariscos - seu namorado respondeu - Já faz muito tempo que não cozinho isso, mas sei como se faz sim.
— Sério? Então, será que você pode preparar isso pra mim um dia?
— Quê?! - Miguel quase engasgou-se, erguendo os olhos de sua própria comida, que pertencia ao país de algum outro estrangeiro que ele não reconhecera e nem se deu ao trabalho de perguntar o que era, pego de surpresa com aquela pergunta - T-Tudo bem, mas... por que?
— Bem, eu gostei disso, mas acho que ficaria ainda mais gostoso se você preparasse... então, você pode cozinhar isso pra mim depois? - Shunsuke explicou, sorrindo, aproximando seu rosto do de Miguel.
— Kyaaah~ so cute!— Anna exclamou, recuperando suas energias surpreendentemente rápido enquanto observava a cena diante de seus olhos - Now you need to prepare food for him, Micchan! (Agora você precisa preparar a comida pra ele, Micchan!)
— Sim, sim! E também, quem sabe, dar comida pra ele na boca... - Yaya acrescentou maldosamente, também deixando-se levar pelo clima.
— E-Ei, vocês duas, parem de se intrometer desse jeito! - o português exclamou, corando diante das insinuações das amigas.
— Ehh, mas por que? Eu gostei da ideia! - Shunsuke exclamou ao seu lado, deixando-o ainda mais desconcertado.
— P-Pare com isso você também, Shunsuke! - Miguel pediu - Eu cozinho isso pra você, mas falamos disso depois, está bem? - ele acrescentou, tentando encerrar de vez aquele assunto embaraçoso, ainda mais quando estava sendo assistido por tantas pessoas.
— Tudo bem, eu espero - o maior acabou cedendo. Assim que terminou sua comida, acrescentou - Mas, mudando de assunto... acabo de me lembrar de uma coisa: Lewis-chan e Blanca-chan já cantaram no karaoke que a gente preparou, até brigaram por causa da música... mas a gente ainda não cantou nada!
— Ah, sim... agora que você falou, tem razão - Miguel concordou - Bem, mas não importa, acho que ninguém aqui está com vontade de cantar mesmo...
— Ehh? Mas que festa conjunta de aniversário mais desanimada é essa?! - Shunsuke retrucou - Puxa, eu queria te ouvir cantar, Miguel...
— Ei, você está a me pedir coisas demais hoje - o português rebateu, embora tivesse corado um pouco.
— Aposto que ele te pede muito mais do que isso quando vocês estão sozinhos, nee Micchan? - Yaya riu sugestivamente, arrancando alguns gritinhos e risadas das demais garotas.
— Ah, droga... está bem, então se eu cantar vocês vão calar a boca me deixar em paz? - o português indagou, vermelho de raiva e vergonha misturadas.
— Haaai~! - os demais exclamaram em uníssono.
— Então acho que não tem jeito... - Miguel bufou com ar derrotado, colocando-se de pé e indo até onde o livro de karaoke estava, no momento jogado no chão do outro lado da sala devido à bagunça que tinham causado minutos atrás. Recolheu-o do chão e, dando uma rápida folheada, encontrou uma música que conhecia e decidiu cantar aquela mesma. Foi até a máquina de karaoke, que milagrosamente ainda estava inteira e, apoderando-se do microfone, começou a cantar:


Sorriso Resplandecente (Dragon Ball GT)


Seu sorriso é tão resplandecente
Que deixou meu coração alegre
Me dê a mão pra fugir desta terrível escuridão

Haja o que houver eu te amarei
E quero para sempre ao seu lado estar
Deixe de pensar em tudo que já ficou para trás

Quero saber se é comigo que você vai sonhar
Se não tenho alguém em quem confiar
Já não encontro o caminho que me leve a você

Quando enfim consegui confessar
Todo o meu sentimento e desejo de amar
Não sei o que me parou
Mas hoje eu vou lutar com tudo o que sou

Meu alegre coração palpita
Por um universo de esperança
Me dê a mão, a magia nos espera
Vou te amar por toda minha vida
Vem comigo por este caminho
Me dê a mão, pra fugir desta terrível escuridão

 

https://www.youtube.com/watch?v=L0_nXyTMyqM


— Uau, que incrível, Miguel! - Shunsuke foi o primeiro a exclamar, colocando-se de pé e aplaudindo com entusiasmo. Os demais também aplaudiam, e teriam feito isso com mais entusiasmo se não estivessem tão exaustos - Você cantou tão bem que me deu até vontade de te parabenizar por isso... embora eu não possa fazer o que tenho em mente na frente dos outros... - ele acrescentou, passando um braço por cima dos ombros do português, trazendo-o para mais perto, o que só deixou Miguel ainda mais sem jeito.
— Não ligue para nós, Shunsuke! Pretend we're not here, nor will notice our presence! ( Finja que não estamos aqui, nem vão notar a nossa presença!) - a inglesa exclamou eufórica, sua mente criando as mais variadas suposições sobre do que Shunsuke estaria falando.
— Pare com isso, Anna, vocês falaram que me deixariam em paz se eu cantasse, não foi?! Pois bem, eu já cantei, então parem de fazer escândalo! - Miguel pediu, com vontade de sair correndo dali de tanta vergonha.
— Ele está certo, promessa é promessa - Shunsuke conformou-se - E, já que não posso "parabenizar" o Miguel como gostaria aqui, então quero fazer isso de outra forma! - ele exclamou, correndo até a máquina de karaoke e se apoderando do microfone - Cantando uma música de aniversário pra você, Miguel! - ele apontou para o Rei estrangeiro, piscando um olho.
— Shunsuke... não precisa fazer isso... - o português respondeu, entre feliz e embaraçado com aquela repentina atitude.
— Não, não, eu insisto! - seu namorado respondeu, respirando fundo e começando sua canção antes que alguém o interrompesse:


True Light (D.N.Angel)


Torne-se uma asa que corta a pálida escuridão
Lutando com sua tristeza

Minha pouca liberdade é iluminada por um sol gélido
E na noite miraculosa refletida no espelho,
Minha alma livrou-se desta máscara
Do outro lado daquele muro
O desespero e a esperança dividem a mesma face

Se seu coração não estiver satisfeito,
Refaça aquele prólogo infinito da sua vida
Neste mundo de vento afiado como lâminas,
O que eu devo proteger?

Quanto mais conheço a dor,
Mais me sinto próximo de meu verdadeiro "eu"
A falsa luz está desaparecendo
A verdadeira luz está nascendo nestas mãos...

Este meu esforço através da noite pálida
Irá criar a nova era
Com seu coração liberto,
Voe em direção daquela noite branca

 

https://www.youtube.com/watch?v=VjL_3kSEVeQ



— Shunsuke, isso... foi realmente lindo... - Miguel falou emocionado poucos instantes depois que a música terminou. A melodia era meio triste, mas também muito bonita. Parecia ficar ainda mais perfeita na voz de Shunsuke.
— Sabia que isso ia te animar! Você parece muito cansado e desanimado desde que eu voltei, tem alguma coisa errada com você...
— Hã? N-Não, não tem nada de errado comigo... - Miguel respondeu, muito embora aquilo estivesse longe de ser verdade.
— Ah, é mesmo? Pois então eu quero que você me prove isso... em particular - Shunsuke falou de modo provocante, segurando a mão dele em seguida e começando a arrastá-lo para a saída - Ei, pessoal, vou roubar um dos aniversariantes, tudo bem? Continuem a festa sem a gente!
— E-Ei, Shunsuke, espera...! - Miguel exclamou, tentando desvencilhar-se dele, embora fosse bem difícil no estado em que estava.
— É, espere, Shunsuke! Let us watch, will, I promise I'll be quiet! (Deixa a gente assistir, vai, prometo que vamos ficar quietos!) - Anna pediu, parecendo querer tanto assistir aquilo quanto Miguel queria escapar de ter que protagonizar aquela cena constrangedora.
— Deixe eles irem, Lewis-san - Tadase murmurou ao lado dela - Temos outro assunto para tratar, mas não podemos fazer isso com o Shunsuke-san por perto. É melhor deixar o Gonçalves-kun... etto... ahn, "distrair" ele... d-depois contamos o que aconteceu para ele - o Rei atrapalhou-se no final da frase, corando involuntariamente. Alguns minutos depois, quando os dois namorados afastaram-se o suficiente para nenhum deles conseguir mais escutá-los, Tadase deixou escapar um suspiro, e continuou, falando em seu tom normal e mais sério para os demais - Pessoal, lamento ter que falar sobre isso agora, já que hoje deveria ser uma festa, mas acredito que precisamos conversar sobre o que aconteceu agora há pouco.
— Precisamos mesmo? Non avrei mai dovuto toccare su questo argomento (Eu gostaria de nunca ter que tocar nesse assunto) e fingir que nada daquilo aconteceu, se possível... - Giovanni murmurou, desconfortável só com a mera lembrança daquele acontecimento.
— Você não é o único, acredite, Agostinni-kun, mas infelizmente isso é necessário... por mais constrangedor que seja... - Tadase respondeu, corando novamente.
— Ahh sim, você deve ser um dos que mais ficaram constrangidos, né Tadase? Ainda mais depois de ficar pulando e fazendo piruetas por todo o Royal Garden enquanto sacudia pompons usando minissaia, hahahaha! - Yaya caiu para trás, gargalhando com a lembrança.
— N-Não me faça lembrar disso, Yuiki-san, por favor! - o loiro pediu, sua face avermelhando-se tanto que chegara a ficar da mesma cor que seus olhos carmesins.
— Certo, certo... prefere falar daquela sua transformação bizarra com o Micchan então? - Utau provocou - Você ficou tão sexy naquela roupinha de couro apertada, Tadase! Você também não concorda, Anna-chan?
What?! I... I do not... I mean, I think... I mean, I think .. .maybe... well, I mean...— a Às estrangeira atrapalhou-se com as palavras, sem conseguir dizer nada coerente, fosse em inglês ou japonês ou qualquer outro idioma. No fundo concordava com Utau sobre ele ter ficado sexy com aquelas roupas, porém muito longe de ter coragem para dizer isso em voz alta.
— P-P-Parem de falar n-nisso! - Tadase pediu inutilmente, enrubescendo cada vez mais - Não tem nem porque colocar a Lewis-san no meio do assunto, isso é... é só... ahh céus, que humilhante! - ele enterrou o rosto rubro nas mãos, arrependendo-se profundamente de ter tocado naquele assunto.
— Pare de reclamar tanto, Tadase, usted no es el único que tiene motivos para estar avergonzado con todas esas transformaciones extrañas (você não é o único que tem motivos para ficar desconcertado com todas aquelas transformações bizarras afinal) - Stéffanie resmugnou, mais alto do que pretendia, seus pensamentos também voltando naquelas lembranças vergonhosas a cada cinco segundos, ainda que involuntariamente.
— Ah sim, suponho que você também deve ter seus motivos para reclamar daquela última... embora eu tenha gostado daquela transformação, sabia? - Nagihiko provocou.
C-Cállate, pervertido!— Stéffanie gritou, seu rosto avermelhando-se de vergonha e raiva misturadas.
— Eh? Qual foi a última transformação da Onee-chan? Yaya não lembra de ter visto... - a ruiva comentou.
— Não viu e nem precisa ver! Maldita sea, es todo culpa tuya, Yaya! (Droga, é tudo culpa sua, Yaya!) - a espanhola bufou.
— Culpa da Yaya porque se eu nem vi nada?! - a mais nova exclamou confusa.
Porque tú eres el que se convierte en una coneja, por supuesto! (Porque você é a úncia que se transforma em uma coelha, é claro!).
— Ué, e você está assim tão envergonhada só por isso? Se me lembro bem, a transformação da ruivinha mais parece uma fantasia infantil de Halloween - Ikuto intrometeu-se, sendo tomado por um súbito pensamento de repente - Ah! Só se... não me diga que você...
Cállate, es todo culpa tuya también, su gato pervertido! (Cale a boca, é tudo culpa sua também, seu gato pervertido!) - a espanhola o interrompeu antes que Ikuto terminasse, com cara de que iria bater nele caso completasse a frase, pois a hipótese do mais velho provavelmente estava correta - Ahh céus, que vontade de morrer... ou de matar alguém...
— Eu aposto na segunda hipótese - Kukai falou baixinho.
— Sim, também acho mais provável - Rima concordou ao seu lado - E, por incrível que pareça, o provável alvo parece ser o Ikuto dessa vez, ao invés do Nagihiko.
— Ei, parem de cochichar besteiras, seus dois agourentos! - o neko bufou - Droga, mas o que foi que eu fiz afinal?!
— Tudo! a Blanca-chan está certa, é culpa sua, Ikuto! - Amu intrometeu-se, embora não estivesse falando da transformação da amiga, e sim da sua própria - Céus, como você pode ter um Chara Nari tão constrangedor, hein?!
— Ei, não coloque a culpa em mim! - o mais velho rebateu - Você bem que se divertiu com o menino-samurai enquanto usava meu Chara Nari... enquanto ele estava transformado com o da Utau, aliás. Gritem um pouco com ela também pra variar!
— Não me faça lembrar daquela cena vergonhosa! - Kairi pediu, tão embaraçado quanto Amu.
— Nem me fale em cenas vergonhosas... how could I be so bossy and cruel with that transformation ?! Was looking up the Queen of Hearts was so unbearable that, lacking only have them cut someone's head! (como eu pude ficar tão mandona e cruel com aquela transformação?! Estava parecendo até a Rainha de Copas de tão insuportável que fiquei, só faltou mandar cortar a cabeça de alguém!) - Anna exclamou ao recordar de sua prórpia transformação, escondendo a face corada com as mãos.
— Bem, agora você sabe como nos sentimos quando o Tadase se transforma, então não esquente tanto a cabeça com isso, inglesinha - Ikuto respondeu apenas.
— Escutem, acho que ficar remoendo essas lembranças constrangedoras não vai nos ajudar em nada... infelizmente não podemos mudar o que aconteceu afinal - Giovanni pronunciou-se, tentando chegar logo ao que era importante antes que acabassem falando das transformações dele também - Invece di stare rimasticare tutto questo, non credo che la cosa più importante è pensare a chi o cosa ha causato questa situazione? (Ao invés de ficarmos remoendo tudo isso, não acham que o mais importante é pensar em quem ou o que causou essa situação?)
— I-Isso, isso mesmo, o Agostinni-kun tem razão! - Tadase exclamou, apontando para o italiano numa tentativa de fazer os demais se focarem no que realmente interessava. 
— Todas aquelas transformações inexplicáveis aconteceram do nada, e nossos Charas também sofreram as consequências quando ficaram paralisados no ar daquele jeito - Kairi observou, também querendo voltar ao rumo da conversa que realmente era mais importante ao invés de mais embaraçoso - E também voltaram ao normal sem explicação nenhuma... vocês não têm alguma ideia de como algo assim pode ter acontecido?
— Infelizmente também não sabemos a causa de todo esse transtorno - Musashi respondeu pesaroso.
— A última coisa de que me lembro era sobre o Miguel-kun estar reclamando sobre não querer cantar no karaoke, mas não me lembro do que aconteceu depois disso - Temari recordou.
I only remember seeing a cloud of dark smoke approaching, but (Só me lembro de ter visto uma nuvem de fumaça escura se aproximando, mas)... depois disso, estavam todos deitados no chão de qualquer jeito, parecendo exaustos - Peach respondeu.
— Eu também só me lembro disso - Miki acrescentou. 
— É como se tivessem apagado um pedaço das nossas lembranças~ nya... - Yoru murmurou com expressão confusa.
— Certo, então nem os Shugo Charas sabem dizer ao certo o que foi que aconteceu - Tadase comentou em tom pensativo - Bom... sobre "quem" causou todo esse problema nós já sabemos, foram o Matthew e a Kaori, mas... como eles fizeram aquilo?!
— Por mais esdrúxulo que tenha sido tudo isso, temos que admitir que foi um feito e tanto... nem mesmo durante o tempo em que estive na Easter vi alguém cometer tamanha façanha, não é nada fácil fazer uma pessoa se transformar com o Chara Nari de outra afinal - Utau observou.
— Mas Utau, isso já aconteceu antes... eu já me transformei com a Eru e a Iru uma vez, há muito tempo atrás, se lembra? - Amu recordou.
— Ela tem razão, eu já me transformei com a Amu-chan antes, Utau-chan! - sua Chara exclamou - E a Iru também se transformou com ela!
— Assim como a Utau também já se transformou com a Dia várias vezes - Iru concordou.
— Bem, sim, mas... aquilo foi em uma situação diferente, não tinha nenhuma pessoa por trás dos panos forçando a Amu a usar minhas transformações - a cantora argumentou. 
— Mas então, como eles conseguiram fazer algo assim? - Kukai indagou. Ninguém sabia o que lhe responder, de modo que o grupo calou-se durante alguns segundos, até Anna quebrar o silêncio.
Hey... what's that? (o que é aquilo?) - ela apontou para alguma coisa caída no chão a alguns metros dali. Tadase levantou-se e foi até o objeto não identificado, recolheu-o do chão e, depois de examiná-lo por alguns instantes, trouxe-o de volta para o resto do grupo ver também.
— Parece algum tipo de máquina, mas... não sei dizer para que serve - o loiro comentou, ainda revirando os destroços do objeto em suas mãos.
— Isso parece mais uma antiga vitrola quebrada - Kairi comentou, aproximando-se para observar melhor o objeto.
— Ou talvez uma daquelas máquinas de tentar a sorte, como as que vemos em Las Vegas - Ikuto opinou.
— Ah sim, você deve ser especialista nessas coisas que se vê em Las Vegas, né? - Amu resmungou para ele.
— Seja lá o que for, está quebrada - Utau pronunciou-se antes que Amu começasse uma nova discussão com Ikuto - Acham que é possível que tenha sido com esse... essa... bem, esse troço, seja lá o que for, que a Kaori usou para nos obrigou a usar os Chara Naris uns dos outros?
— É bem possível, já que isso não estava aqui antes, e ninguém sabe dizer o que é - Nagihiko respondeu - Mas quem teria inventado uma máquina com poder suficiente para fazer uma coisa dessas? E por que o Matthew e a Kaori fizeram afinal?
— O fato é que aqueles dois nos obrigaram a usar os Chara Naris uns dos outros apenas para... nos envergonhar e tirar sarro da nossa cara, ao que parece... - Giovanni murmurou a última parte mais para si mesmo - B-Beh, ma non avrebbero dovuto farlo per la ragione come stupido, l'obiettivo iniziale era quello di essere un altro (B-Bem, mas eles não devem ter feito isso por um motivo tão besta, o objetivo inicial devia ser outro).
— Isso é verdade, mas... o que eles ganhariam fazendo isso? - Rima indagou - Acho que é a cara daquela barraqueira afobada da Kaori fazer uma coisa dessas, o Matthew talvez só tenha chegado depois, mas... com que objetivo ela faria isso?
— Pra nos usar como cobaias, provavelmente - Ikuto respondeu anormalmente sério e, quando todos olharam para ele, o neko acrescentou - Eu tinha vindo aqui inicialmente para passar as informações que colhi sobre a Corporação Yamabuki em que me inflitrei, não foi? Bom, eu trouxe uns documentos que são bem complicados e tediosos na minha opinião, mas que deve ser a cara do Tadase verificar linha por linha depois, estão em cima... ahn, estavam em cima daquela mesa - ele apontou para uma das mesas caídas no chão, onde ao lado dela havia uma pasta com os relatórios que ele trouxera - Mas, resumindo com minhas próprias palavras, o pessoal de lá parece estar mesmo usando a energia dos Batsu Tamas para substituir um outro tipo de energia que as pessoas usam com frequência, a eletricidade, aparentemente com o objetivo de trazer economia para o país ou coisa parecida... bem, resumindo, estão estragando os sonhos de uma porção de pirralhos por causa disso, como vocês haviam me contado antes. Mas os funcioonários de lá não conseguem enxergar Batsu Tamas, então é provavelmente por isso que contrataram o Matthew e a Kaori, para usar os dois, já que ambos possuem Shugo Charas. Coletei bastante informações sobre a garota, estão junto dos arquivos que eu trouxe, mas... não achei nenhuma informação sobre aquele pirralho do Matthew, e isso me deixou bastante intrigado.
— Agora que você falou, sempre que o encontramos, o Matthew esconde o rosto com aquele capuz... a Kaori não parece se importar com isso, mas, diferente dela, parece que o Matthew faz questão que a gente não veja o rosto dele - Tadase observou - Deve haver algum motivo para isso.
— Pois é, isso também me deixou bastante curioso - Ikuto milagrosamente concordou com ele - Vou tentar encontrar alguma informação sobre o moleque da próxima vez que voltar lá.
— Contamos com você, Ikuto-niisan - o loiro pediu - Não sei porque, mas tenho o pressentimento de que, descobrindo mais informações sobre o Matthew, finalmente encontraremos alguma resposta para resolver o caso dos Batsu Tamas modificados de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas! Teffy-chan aqui! o/
E aqui está o capítulo pós-vergonha... os Guardiões estão parecendo um monte de pessoas de ressaca, que horror kkkkkkkkkkkkkkk
Mas e aí, será que eles vão descobrir alguma coisa sobre o Matt? Só continuando a acompanhar a história pra saber!
Comentem, pessoal, por favor, estou sentindo falta de reviews nessa fic... não abandonem a história não, onegai!!!



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