Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 58
Capítulo LVIII




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— E então?


Todos o fitavam com ansiedade e curiosidade. Tadase baixou os papéis, que lia em silêncio há quase vinte minutos, e suspirou consigo mesmo.


— Ikuto-nii-san conseguiu muitas informações e dados restritos da Corporação Yamabuki… mas não importa o quanto eu leia, não sei o que podemos fazer com esse conhecimento. Não me vem nenhum bom plano na cabeça… - ele apertou a fonte do nariz, como se sentisse uma dor de cabeça incessante - Não consigo pensar em nada…
— Calma, Tadase-kun! Vai dar tudo certo, você vai ver… - Amu tentou soar positiva, mas assim como os outros, não via uma saída clara. Eles estavam encurralados, desde o início, sem chance de escapar.
— Será que agora que a gente sabe o que eles pretendem fazer com os ovos, não temos uma vantagem? - Yaya sugeriu, tentando colocar alguma animação naquilo tudo - Eles nem imaginam que a gente sabe de tudo! Estamos um passo a frente!
— Não sei bem no que isso pode nos ajudar… - Kairi ponderou - Mas é um modo de iniciar uma estratégia, certo? Saber dos planos do inimigo pode ser uma vantagem, quando bem planejado…
— Se nós soubessemos da identidade do Matthew, poderíamos fazer algo! - Miguel sugeriu - Sabe, atacá-los de forma pessoal, da mesma forma que ele e a Kaori nos atacam. Poderíamos ir até a escola dele, ou algo assim!
Hacer o que na escuela dele (Fazer o que na escola dele), Micchan? - Stéffanie indagou, seca. Não ter um plano definido sempre a deixava com o dobro de mau humor - Denunciar ele para os professores? Por supuesto que no van (É claro que não vão) nos dar ouvidos.
But… guys (Mas... pessoal)… Micchan pode ter razão… - Anna pareceu perceber algo - The blond girl, i don’t know, but (A garota loira, eu não sei, mas) Matthew não parece ser muito mais velho do que nós, right? Ele deve estudar em algum lugar, ter alguns amigos talvez, e uma família! Por trás daquela capa, ele deve ser a regular kid like us (um garoto normal como nós)!
— Bem, realmente… ele é uma criança assim como nós. Deve ter alguém responsável por ele, e essa pessoa não deve aprovar as atitudes que ele vêm tomando, certo? Mesmo que não acredite em Shugo Charas, invasão de propriedade e furto ainda são crimes, e ele vem fazendo coisas desse tipo… - Tadase concordou, sentindo que uma linha de raciocínio se formava.
— Mas e se os responsáveis por ele forem da Corporação Yamabuki também? - Rima levantou a questão. Todos se entreolharam; não haviam pensado nisso.
— Nesse caso - Nagihiko se pronunciou - Mesmo que os pais ou responsáveis dele aprovem isso tudo, duvido que a escola apoiaria. Ele é menor de idade, não pode trabalhar para uma empresa! Ainda mais fazendo as coisas que faz!
— Se soubessemos mais sobre ele, poderiamos denunciar a empresa, por manter menores de idade trabalhando… - Giovanni observou.
— Mesmo sem denunciar, se só pudessemos descobrir em que escola ele estuda e falar com seus professores, já poderia ser um avanço. A própria escola tomaria as atitudes necessárias - Tadase concluiu.
— Mas e a Kaori?
— Sem o Matthew, ela não consegue fazer muita coisa, nós damos conta dela fácil - Kukai bradou, confiante.
— Isso tudo não resolveria a crise com a Corporação Yamabuki. Aliás… como é que eles descobriram sobre os batsu-tamas? - Nagihiko indagou.
— No relatório diz que alguns antigos funcionários da Easter foram trabalhar lá, e desenvolveram suas pesquisas. - Tadase respondeu - Mas… acredito que não há muito que nós possamos fazer contra uma empresa como essa. Somos só crianças, afinal! Temos que nos concentrar no Matthew e na Kaori, eles sim, são nossa prioridade. Se tirarmos da Yamabuki Corp. a capacidade de remover ovos dos corações das crianças, teremos conseguido nosso objetivo.
— Então… resumindo… - Stéffanie resolveu dar uma conclusão àquela conversa de uma vez, por que já estava ficando com dor de cabeça de tanto ouvir a discussão dar voltas, e voltas, e nunca acabar - Nós temos que esperar, certo? Ikuto vai conseguir as informações, si tales gato vagabundo sirve para algo (se é que esse gato vagabundo serve pra alguma coisa), e só então vamos poder fazer algo de fato!
— É… no fim das contas, só nos resta esperar… - Tadase suspirou mais uma vez, sentindo-se mal por que essa era a única resolução. Odiava não poder fazer nada diante da situação que se apresentava, e não havia como combater uma corporação tão grande como aquela, sendo só um bando de estudantes que podiam trocar de roupa por mágica e nada além disso. Anna o fitou, cabisbaixa. Ela também, queria poder ajudar a tirar aquele olhar culpado do rosto do seu príncipe, mas não via como fazer isso.
— Gente… mas enquanto nós temos que esperar, tem outra coisa que falta planejar! E é urgente. - Yaya se ergueu de repente - Nossa, como é que a Yaya não pensou nisso antes?
— Do que está falando, Yaya?
— Não é óbvio? - ela bufou, indignada - O Dia dos Namorados!


A compreensão tomou lentamente forma no rosto de todos, quando perceberam que época do ano estava chegando. Com todas as confusões em que se metiam, uma atrás da outra, muitos deles não haviam nem se dado conta que dentro de alguns dias, seria 14 de fevereiro. Todos se entreolharam, confusos.


— Acredito que cada um dos estrangeiros tenha uma maneira peculiar de comemorar essa data em seus países, não? - Kairi observou - Isso é interessante…
— Em Portugal, os namorados costumam apenas trocar algumas prendas… como chocolates, perfumes, pelúcias.. as vezes, rosas ou algo assim - Miguel contou - Mas apenas namorados fazem isso mesmo… aqui no Japão é diferente, não é?
— Sim, em parte. - Amu se apressou em explicar - Nós damos chocolates para os nossos amigos, que é o giri-choko, e podemos dar chocolates com intenção de se declarar para alguém, que é o honmei-choko… por isso, mesmo quem não tem namorados fica ocupado nessa época!
Questo è interessante (Isso é interessante) Na Italia, o Dia de San Valentino é comemorado com una grande festa in famiglia (um grande banquete em família) - Giovanni contou - E se trocam presentes e chocolates também, entre os familiares e amigos, e os namorados… ma penso che la cosa più importante è lo stesso cibo, e cene (mas acho que o mais importante é mesmo a comida, e os jantares!) - ele comentou, rindo um pouco.
— A Yaya adora comer com todo mundo! - Ela afirmou, animada - Nós poderíamos fazer algo assim!!
— Depois daquela festa de aniversário em grupo, acho que vamos ficar sem festas por um tempinho, certo, Yuiki-san? - Tadase foi logo cortando a animação da ás, com uma gota no cenho.
— E como é o dia dos namorados na Espanha, hm? - Nagihiko perguntou, cutucando Stéffanie com o cotovelo. Ela fingiu não se perturbar com a questão.
— Geralmente, son los hombres que hacem las preparacións (são os homens que fazem os preparativos) e presenteiam suas namoradas, lá na Espanha. Nada muito diferente do resto dos lugares… La cena para dos, flores, regalos caros (Jantares a dois, flores, presentes caros…) mas é mesmo uma data de casais, por lá.
— Uuh, Nagi vai ter despesas! - Yaya cantarolou, divertida, mas ao sentir o olhar da sua Onee-chan perfurando-a, calou-se.
— E na Inglaterra? - Tadase perguntou para Anna, interessado. Rima fez algum comentáriozinho irônico que fez Giovanni rir discretamente. A inglesa, que estava distraída, rabiscando em um caderninho, só percebeu que a olhavam naquela hora.
Oh, well… acredito que seja pretty much (basicamente) como em todos os lugares, right? Além da troca de presentes, in the Valentine’s day (no dia dos namorados), as pessoas enviam cartões amorosos to they beloved ones (para as pessoas que amam). So, the children (Então as crianças) cantam canções a recebem doces e balas de frutas de seus pais, too (também). - ela contou, lembrando-se de como costumava ganhar doces dos empregados do palácio nessa época.
— Parece que em todas as partes do mundo, não importa onde seja, é uma data para celebrar o amor… - Nagihiko comentou, um tantinho sonhador, e Stéffanie até corou com a maneira que ele falava, mas disfarçou.
— Eu acho very interesting (muito interessante) a maneira como é comemorado here in Japan (aqui no Japão)! - Anna exclamou - Everybody loves (Todo mundo ama) chocolates, afinal!
— Sem falar que é uma maneira bem sutil de se declarar, hm? - Amu sorriu, sugestiva - Afinal, é só fazer os chocolates com todos os seus sentimentos nele… e então, entregá-los. E se o garoto for bem esperto, vai entender sem que você precise dizer nada.
— É uma pena que faltem garotos espertos por aqui… - Rima comentou com descaso, olhando para cada um dos seres do sexo masculino naquela sala, que eram obviamente, muito tapados pra entender a indireta, principalmente aqueles para quem ela se referia.
— Nós deveríamos fazer chocolates! - Yaya decidiu por todos - Vamos lá, vai ser o primeiro ano da Onee-chan, da Anna-tan e do Micchan fazendo isso! Vai ser muito divertido!
— Eu não me oponho a participar das tradições, afinal, Es para eso que sirven los intercambios (é pra isso que servem intercâmbios) - Stéffanie resmungou, cruzando os braços, e Nagihiko sorriu satisfeito ao perceber que ganharia chocolates naquele ano. Era a primeira vez que ele estava do outro lado, e não precisava se preocupar em fazer os chocolates ele mesmo. - Mas eu espero uma retribuição à altura - ela o fuzilou com o olhar, e ele teve que engolir em seco.
— Aqui no Japão, só as garotas dão chocolate no dia 14.. - Amu explicou - Os garotos retribuem no White Day, que é dia 14 de março…
Pero yo no quiero saber (Pois eu não quero saber) - Stéffanie bradou - En España los hombres (Na Espanha os homens) dão presentes, e eu quero um presente! Has oído? (Ouviu bem?)
— Ah, ok, ok - ele suspirou, percebendo que não iria conseguir escapar esse ano também.
Ni siquiera debería hacer este tipo de chocolates (Eu não deveria nem fazer os tais chocolates)...
— Awn, Onee-chan, vai sim! - Yaya fez birra e bateu o pé - E também a Anna-tan, o Micchan! E a Amu-chan, e a Rima-tan, e a Utau-chii! Tooodo mundo!
— Ai, tá, que sea (tanto faz) - Stéffanie resolveu concordar antes que a garota tivesse um ataque de nervos - Mas pra quem é que você quer tanto entregar chocolates, hein? - ela tentou provocar, e Yaya disfarçou como ninguém.
— Pra todo mundo, ué! Yaya sempre dá chocolates pra todo mundo! - ela então correu ao redor da mesa, parando na escadaria - Vamos logo, nós temos que fazer compras! Chocolates não ficam prontos do nada!
— Mas agora? - Anna soou surpresa - Não faltam alguns dias, ainda?
— Nós precisamos fazer “pesquisa de mercado” - Yaya parecia uma especialista, mas a única coisa na qual ela era especialista, era em confusão, claro. Steffanie se moveu de muita má vontade, e Amu ia seguindo ela. Rima se moveu quase sem ruído, parecendo concordar com os termos - E você também, Micchan! Pode vir junto, Shun-chan merece chocolates também!
— Está bem, está bem…. - Miguel resolveu entrar na onda, por que sabia que não tinha como discordar da ruivinha quando ela metia alguma coisa na cabeça.


Quando todas as meninas e mais Miguel finalmente saíram do Royal Garden, os meninos que ficaram para trás, se entreolharam, entre ansiosos e apreensivos. Tadase riu, sem graça, tentando aliviar o clima de ansiedade ali.


— Acho que nos resta esperar, então...


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Notas finais do capítulo

Yoo~ minna-san! Teffy-chan falando, mas esse capítulo é da Shiroyuki, ela está toda atarefada e não está tendo tempo para nada ultimamente, por isso eu postei o capítulo, espero que tenham gostado =) E agora, o que será que as meninas, mais Miguel a tiracolo, vão aprontar pro dia dos namorados, hein, hein? Algum palpite? façam suas apostas! o/
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Kissus^^



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