Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 51
Capítulo LI




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Yaya tinha um sorriso enorme no rosto, e enquanto se aproximava, era impossível não notar a sua animação estonteante. Stéffanie já ficava irritada só de olhar para ela, mas agora, não estava em posição de se impor. Havia cometido um deslize, e um enorme, em público. Não tinha escapatória. Nagihiko, ao seu lado, parecia muito tranquilo, a despeito da situação em que haviam se metido, e isso já fazia ela querer gritar ainda mais com ele, maldito presunçoso que não a alertou a tempo. Era óbvio que ele estava se divertindo.

Quando todos se aproximaram, e Stéffanie se viu cercada pelos seus curiosos amigos, percebeu que não tinha nenhuma saída além de revelar a constrangedora verdade. Ela ainda tentou pensar em alguma coisa, uma história que poderia inventar ali, na hora. Até mesmo cogitou usar o chara change e manipular os fatos ao seu favor. Mas Setsuna não estava por perto, e os guardiões provavelmente perceberiam suas ações, o que as tornaria inúteis.

— Nee, Onee-chan! – Yaya cantarolou, mal podendo conter toda a sua empolgação com os evidentes fatos jogados na sua cara. Parecia que havia ganhado o melhor dos presentes. – O que significa tudo isso? Hm? Você e o Nagi estão no meio de uma briga de casal?

— D-d-de onde é que has sacado esa idea, chica (você tirou essa ideia, garota)? – Stéffanie ficou na defensiva – E-eu não fiz nada,usted você está imaginando coisas demais novamente!

— Sinto muito, Blanca-san… mas é o que realmente parece, sabe? – Amu arriscou, incerta.

— Você e o Fujisaki-kun pareciam mesmo mais próximos desde a viagem de final de ano… - Tadase deixou escapar, ponderando.

— Yeah! I knew it! (Eu sabia!) Bem que eu percebi um cheiro de Shoujo no ar! – Anna exclamou, erguendo os braços para o alto.

— Quem é você, a Eru? Por supuesto que não tem cheiro nenhum no ar, si tiene algum cheiro, é o da estupidez de vocês!

— Não adianta, Blanca-san, eles viram tudo. Você não tem como se explicar agora… - Nagihiko entoou tranquilamente, com um irritante sorriso no rosto. Stéffanie o golpeou no braço, indignada.

— Cala a boca, estúpido! Não fala nada, usted no está ayudando! – ela gritou ainda mais alto, atraindo atenção dos estudantes próximos.

— Hm… Blanca-san, não acha melhor nós tratarmos desse assunto no Royal Garden? Está causando uma confusão aqui na entrada… - Tadase sugeriu. Ele estava também curioso com essa história, mas era evidente que não poderia simplesmente deixar ue todos aqueles estudantes ao redor assistissem a essa cena logo no portão da escola.

Stéffanie bufou, estupefata e completamente furiosa, encobrindo todo o seu constrangimento. O sinal para o início das aulas tocou, e os alunos que ainda observavam a confusão ao longe começaram a se dispersar. Sem outra opção, os guardiões também foram indo rumo ao prédio, as meninas ainda discutindo entre si o que acabaram de presenciar. Stéffanie estava evidentemente inquieta, nem ousava olhar na direção do valete, e caminhava a passos duros na frente de todos. Ao menos, ela tinha até o intervalo para pensar em alguma coisa, com sorte, conseguiria adiar isso até o final das aulas na hora da reunião… mas estava com dúvidas sobre conseguir inventar uma história suficientemente convincente… Maldito Nagihiko, que conseguia fazê-la perder toda a compostura e a colocava nesse tipo de situação. Ela ainda ia fazê-lo pagar por isso.



~



As aulas passaram mais rápido do que Stéffanie queria. No intervalo, ela conseguiu evitar um interrogatório, pois ficou dentro da sala de aula e Tadase já havia alertado Yaya para evitar um escândalo ainda maior, de modo que a agitada Ás teve que se contentar em comer em silêncio, e aguardar até o fim das aulas para conseguir suas tão desejadas respostas.

Quando chegou a hora da reunião, Stéffanie bem que tentou escapar, fingindo uma dor de cabeça (que não era tão falsa assim) para se refugiar na enfermaria, mas Yaya e Anna foram prevenidas, e a esperavam na porta da sala de aula, escoltando-o como dois cães de guarda até o Royal Garden. Quando percebeu, a espanhola estava sentada na ponta da mesa de reuniões, e todos eles, inclusive Kairi, Giovanni, e Rima, que não pareciam ligar tanto assim para esse assunto, a encaravam com expectativa, querendo saber toda a verdade. Ela engoliu em seco. Dificilmente conseguiria escapar, e eles ainda tiveram o cuidado de manter Setsuna bem segura com os outros charas, já prevendo as possíveis ações da Rainha.

— Então, Onee-chan! – Yaya, ao que parecia, cumpriria com prazer o papel de algoz daquela tarde. – O que tem a dizer sobre o seu super surto de ciúmes na entrada da escola?

N-no foi um surto e…. espera aí… – ela franziu os olhos, desconfiada, e Yaya escondeu a mão rapidamente – Você está segurando um celular‼ Está filmando isso, sua pirralha inconsequente, eu vou pegar isso aí! – Stéffanie teria pulado sobre a mesa, se Nagihiko não fosse rápido o bastante em segurá-la pelos ombros.

— Caaalma Onee-chan, a Yaya não vai postar no blog, esse é pro acervo pessoal! – Yaya exclamou, embora tivesse corrido para atrás de Kukai, escondendo-se da ira descontrolada de Stéffanie.

— Melhor parar de provoca-la, ás… - Kairi sugeriu, prudentemente.

¿Por qué sólo se está pidiendo a mí, eh? (Por que é que vocês só ficam interrogando à mim, hein?) Esse garoto aqui também está envolvido! – Stéffanie argumentou, sem pensar, desconfortável com toda essa atenção sendo dispersada a ela.

— Você sabe que eu vou falar a verdade, não sabe, Blanca-chan? -  Nagihiko comentou com um sorrisinho, e Stéffanie lançou a ele o seu olhar mais ameaçador, parecendo uma fera prestes a atacar a qualquer momento.

— Então cale essa boca inútil, se você não vai me ajudar, não atrapalhe!

— Ah, olha só pra eles, parecem até que estão casados há anos! - Yaya bradou, quase emocionada, mas se calou assim que recebeu outro olhar assassino de Stéffanie.

 Escucha, los guardianes (Escuta aqui, os guardiões) não tem nada mais importante para discutir não? - Stéffanie resolveu apelar para outro lado - Algum orçamento, problemas nos clubes, uma criança sofrendo bullying, los huevos de lo corazón, a empresa da Yamabuki, o Matthew e a Kaori… sabe… tanta coisa! - ela olhou então diretamente para Tadase, como se o desafiasse a afirmar que a vida amorosa de algum deles era mais importante do que qualquer coisa que ela tivesse dito.

Ele engoliu em seco, tomado pelo seu repentino senso de responsabilidade e liderança, mas acabou soltando o ar, e sorrindo, para desespero dela.

— Como Rei dos Guardiões, é meu dever averiguar qualquer discrepância na relação entre todos os membros. Se alguém aqui dentro estiver com problemas, ou hesitações em seu coração, como é suposto de que vamos conseguir resolver os outros problemas com os corações das outras crianças? É claro que temos que estar cientes do que ocorre uns com os outros. - ele afirmou, seguro da sua opinião. Stéffanie bufou, inconformada. se nem alguém certinho como Tadase ficaria ao seu lado naquela sessão de interrogatório maluca, então ela estava completamente sozinha mesmo.

Mordeu os lábios, tentando pensar rapidamente em alguma solução, e era quase possível ouvir as engrenagens do seu cérebro funcionando. Fatalmente, seu olhar acabou desviando para Nagihiko, ainda ao seu lado. Ele a fitava com tanta intensidade que, se não estivessem todos com os olhos pregados nela, teriam percebido sem necessidade de mais explicações, a verdade inteira. apenas observando a maneira como aquele garoto a olhava… quase como se estivesse implorando para que ela dissesse a verdade…

Stéffanie não havia pensado muito no que Nagihiko achava de tudo aquilo, e lá no fundo tinha sua desconfiança de que ele só queria vê-la constrangida daquela forma, mas agora era um tanto evidente que ele também estava abalado pela descoberta repentina do segredo deles. E, inesperadamente, ele parecia ansiar para que ela falasse tudo por si só. como se a negação tão veemente dos seus sentimentos, daquela forma, o machucasse também. Provavelmente, machucava… e Stéffanie, sempre tão centrada, não havia percebido isso, até agora.

Respirou fundo, encolhendo-se na cadeira, como se parecer menor naquele momento pudesse também diminuir toda a vergonha que sentia. Pelo jeito, não havia escapatória para ela naquele momento. Não era bem como nos livros, em que a protagonista sempre conseguia fugir no último segundo da enrrascada em que havia se metido… até porque, ela estivesse, dessa vez e somente dessa vez, sem mais excessões, errada em querer esconder tudo por muito mais tempo.

De acuerdo ... si yo hablar... Se eu falar vocês vão me deixar em paz? De uma vez por todas? - ela murmurou, encarando um por um. Todos assentiram, concordando com qualquer coisa para obter de uma vez a confirmação das suas suspeitas. Nagihiko sorriu calmamente, parecendo ligeiramente menos tenso.

— É claro, Onee-chan, prometo! - Yaya afirmava mais eloquentemente do que todos, praticamente subindo sobre a mesa de tanta agitação. Stéffanie arqueou uma das sobrancelhas. por algum motivo, não confiava naquela promessa tão rápida da ás.

— Nós não vamos mais perturbá-la com o assunto, Blanca-san - Tadase afirmou ao invés disso, olhando com repreensão para a mais nova - Tem a minha palavra.

Cierto, entonces…— ela apertou as mãos, ansiosa para se livrar de uma vez desse assunto perturbador. talvez, depois que contasse, todos relevassem o assunto e, com sorte, até acabassem esquecendo! Ah, a quem ela estava enganando, Yaya ficaria tão eufórica que jamais a deixaria esquecer dessa humilhação, nem em um único dia de toda a sua vida. As garotas a encheriam de perguntas, animadas,  Nagihiko ficaria insuportável de tão prepotente… ela não sabia se estava preparada para isso, mas agora que havia começado, tinha que terminar. Uma escritora jamais deixaria uma página pela metade. - T-todo lo que dices (I-isso tudo que vocês dizem)... t-todas essas coisas…  é t-tudo… étudoverdadeprontofalei!!

— C-como?

— A Yaya não entendeu!

— É TUDO VERDADE, DROGA! - Ela gritou em resposta, exasperada, erguendo-se de supetão. Nagihiko sorriu, apoiando-a, segurando sua mão subitamente.

— Eu e a Blanca-san estamos namorando. - ele anunciou da forma correta.

 

Os alunos que passavam pelo pátio naquela hora, os passarinhos que calmamente faziam seu caminho pelo terreno da escola… provavelmente até Tsukasa, lá do seu escritório. Todos ouviram os gritos de comemoração dos guardiões naquele momento, que já era mais do que aguardado por muitos Finalmente, depois de tanto tempo, Stéffanie se rendeu, e por um breve momento, deixou seu lado tsundere relevar-se para admitir algo que lá no fundo, todos sabiam, ela queria muito. Nagihiko estava tão feliz que nem cabia em si. Agora que finalmente Stéffanie admitira a verdade a todos, ele não conseguia esconder a felicidade evidente que se mostrava em um aberto sorriso, que irritava Stéffanie profundamente, embora, ela tinha que dar o braço a torcer, gostava de vê-lo contente assim.

Depois que a Rainha, com evidente mau-humor depois das provocações desmedidas de Yaya, lembrou-os que tinham trabalho de verdade a fazer, além de ficar importunando-a com perguntas descabidas, Tadase concordou que era hora de se focarem em assuntos sérios, até porque, ele tinha dado sua palavra de que não ia deixar que os outros estendessem o assunto por muito tempo.

Sendo assim, a reunião teve início, embora não tivesse sido tão produtiva quanto esperado, principalmente por causa da agitação depois de notícias tão bombásticas.

— Mas Tadaaaaase! - ela reclamou, depois de Tadase pedir, pela quinta vez, para ela parar de fazer perguntas constrangedoras para Stéffanie, como, desde quando estavam namorando, e se Nagihiko beijava bem. A preocupação dele era que a qualquer momento a rainha estrangeira iria pular no pescoço da ruivinha, e não havia nada que ele pudesse fazer para impedir. - Nós estamos presenciando um evento histórico aqui, a Yaya precisa saber dos detalhes!! Já faz quase um ano desde que a Onee-chan e os outros chegaram, e… - os pensamentos da garota, sempre tão rápidos, logo descamparam para outros terrenos desconhecidos dos demais - Nossa, já faz quase um ano!!

It’s true… nem parece que tanto tempo passou…

— Eu nem lembrava…

— Vocês sabem o que isso significa? - Yaya se agitou ainda mais, esperando, mas ninguém respondeu - Quase todos vocês já fizeram aniversário aqui no Japão, e nós não comemoramos nenhum! Isso é inaceitável!

— Tens razão.. -Miguel observou, distraído - Creio que, por estarmos afastados de casa, em um lugar completamente diferente, esses detalhes acabam por ser esquecidos, não é? O meu aniversário mesmo, foi pouco depois do Natal, mas eu não lembrei de avisar a vocês…

— Isso porque tava comemorando com o Shun-chan não é? - Yaya piscou sugestivamente, e Miguel corou, por que afinal, era mesmo verdade.

My birthday foi logo antes do Halloween, but, com todas as preparações e as confusões com os X-egg, I tottaly forgot (eu esqueci completamente) - Anna afirmou, surpresa. nem havia reparado que a data do seu aniversário havia passado em branco, já que tantas coisas aconteciam ao mesmo tempo, enquanto estava ali com os guardiões.

Il mio (O meu) será daqui há alguns meses, anche (ainda) - Giovanni comentou, embora em voz baixa.

— Nós definitivamente precisamos fazer alguma coisa sobre isso! - Tadase parecia desolado por nunca ter prestado atenção em algo tão simples, e se arrependia por não ter perguntado à Anna sobre um detalhe crucial, como sua data de nascimento, ainda. E ele tinha a audácia de dizer que queria ficar mais próximo dela, francamente.

— Uma festa, é claaaaro! - Yaya já ia anunciando antes mesmo de Tadase terminar sua frase. - Vamos fazer uma festa em conjunto para comemorar tooodos os aniversários de uma só vez, vai ser um festão!

— Não sei se seria prudente, Ás… - Kairi ajeitou os óculos, ponderado com as palavras - Com tudo o que tem acontecido, e ainda mais, com Tsukiyomi-san se arriscando ao se infiltrar na empresa Yamabuki, você acha mesmo que é uma boa hora para festas?

— Ora, seria uma desculpa perfeita para ele vir até aqui e nos passar as informações que já tem sem levantar suspeitas, não é? - Rima levantou a hipótese, sem soar tão entusiasmada com a festa, embora estivesse realmente gostado da ideia.

— Bem, olhando por esse lado…

— Além disso - Amu começou - Depois de tanto tempo nos ajudando, dar uma festa de aniversário para todos é o mínimo que podemos fazer para agradecer, não é ? Afinal, estão todos longe das suas casas e das suas famílias… e isso não é fácil…

— Tem razão Hinamori-san! - Tadase apoiou, contente com a perspectiva de ao menos poder recompensar todo o esforço dos seus colegas intercambistas com algo como isso. Miguel, que de fato havia comemorado seu aniversário, era neutro quanto a isso, e Giovanni, acostumado a muitas festas na sua família, também não se importava, mas Anna e Stéffanie era outra história.

No és realmente necessário se preocupar con eso… - Stéffanie resmungou, cruzando os braços, embora Nagihiko tivesse notado que ela não era completamente contrária a ideia, como em geral, ela nunca era. Só não lhe agradava a ideia de ser o centro das atenções em uma festa, principalmente se fosse organizada pela ás.

Really, Prince... não é sacrificio nenhhum para nós estarmos aqui. Don’t need to worry about that! (não precisa se preocupar com isso!) - Anna se apressou em dizer, agitada. - Eu nunca gostei de comemorar muito meu birthday mesmo, I don’t care with that… (não me importo com isso…) - ela murmurou, lembrando-se, repentinamente, das suas festas de aniversários anteriores. Eram sempre repletas de pessoas que ela nunca havia visto na vida, geralmente pessoas importantes que estavam lá para fazer negócios e por convenção social, e não por que se importavam com ela. os presentes eram sempre coisas impessoais, das quais ela nunca gostava. ela não tinha amigos a quem podia convidar, e acabava passando a festa inteira sentada em algum canto lendo, ou se escondia na cozinha, onde as funcionárias cantavam parabéns a ela e lhe serviam a maior fatia de bolo. Uma vez, passou a festa inteira escondida embaixo da mesa de doces, e ninguém a notou lá.

— Mais um motivo para que nós façamos uma festa! - Yaya bradou animada, notando o ar de tristeza da garota ao se recordar de um fato não tão agradável - Você vai ver, Anna-tan, vai ser a melhor festa da sua vida! Deixa com a Yaya!

Sendo que a maioria das pessoas ali era de acordo com a ideia, logo o tópico da reunião passou a ser a organização do evento. Anna, Miguel, Giovanni e Stéffanie seriam vetados das preparações, pois como a festa era para eles, teria que ser uma surpresa. Nagihiko, Amu e Kairi ficaram responsáveis pela comida da festa. Yaya e Kukai cuidariam da decoração, Rima ligaria para Utau, e junto com Tadase,  os três ficariam por conta dos presentes. Convidariam ainda Ikuto e Shunsuke, talvez até mesmo Nikaidou, Yukari e Tsukasa, para a festa ficar maior. E Yaya até sugeriu que convidassem Matthew e Kaori, mas depois dos olhares estranhos que recebeu, achou melhor ficar calada.

Quando chegou a hora de ir para casa, todos foram se dispersando em pequenos grupos, conversando entre si, e como sempre, Tadase ficou para trás para organizar as coisas. Observou por um momento, que Nagihiko e Stéffanie sairam juntos. Ele tentou segurar a mão dela, levou um pontapé e um xingamento em espanhol, mas ela acabou aceitando. Giovanni também, saia conversando com Rima, e ela estava contando a ele sobre o ano em que os guardiões fizeram uma festa de aniversário no Royal Garden para ela. Na verdade, ele mais corava e assentia do que qualquer coisa, de modo que a sempre calada Rima era quem tinha que alimentar a conversa, o que já era por si só estranho

Tadase lembrou da sua desajeitada promessa, de que iria ajudar Giovanni com aquele assunto, mas agora que refletia melhor, ele não sabia nem por onde começar. mal conseguia dar conta dos próprios problemas amorosos, para ser bem sincero, duvidava de que pudesse conseguir ajudar alguém que já era tão ou até mais tímido do que ele próprio. Se ao menos pudesse pedir algum auxílio de uma pessoa que tivesse experiência… se não experiência real, pelo menos, que soubesse alguma coisa sobre romance…

E então, distraído como estava, só naquele instante, Tadase se deu conta de que não estava sozinho no Royal Garden. Só havia percebido aquela pequena presença por que ela havia causado barulho, de fato. Era Anna. Ela tinha se atrapalhado com o fecho da mochila, e na tentativa de ajeitar, acabou por derrubar todo o conteúdo dela (na maioria, desenhos e rascunhos, lápis soltos e mangás que ela lia na aula) no chão.

Tadase correu para ajudar.

Daijoubu, Lewis-san? - ele indagou, colocando aqueles mangás com capas bem específicas de volta na mochila da garota. ela corou ao perceber que ele podia claramente divisar o conteúdo dos seus amados mangás. - Você tropeçou?

— Mais ou menos. - ela respondeu evasivamente, terminando de guardar os seus desenhos, e voltando a ficar de pé. A verdade era que a visão de Tadase tão pensativo chamou a sua atenção, e enquanto ela olhava para ele, bateu-se contra a cadeira ao seu lado e derrubou a bolsa. - I’m fine…

Ele sorriu enquanto a garota se recompunha, e então, percebeu que ainda havia um mangá caído no chão, embaixo da mesa. abaixou-se para pegá-lo, e reparou que esse era diferente dos outros tantos. Na capa, uma garota de aparência animada sorria, enquanto ao lado dela um menino um tanto mais frio olhava para o lado oposto. A visão do mangá shoujo o fez ter uma ideia maluca e repentina, mas que podia dar certo.

— Nee, Lewis-san? Você gosta de histórias de romance, não gosta?

Anna perdeu-se um pouco com aquela pergunta inesperada, e se atrapalhou com os próprios pés enquanto andava e tentava pensar em uma maneira adequada de responder. No que Tadase estava pensando ao perguntar algo assim?

I t-think so… (E-eu, acho que sim… ) Todos os tipos de romance… - Ela respondeu, pensando que talvez ele estivesse se referindo ao seu gosto por Boys Love.

— Então… eu tenho uma missão para você! Para nós dois, na verdade…

— Missão? - ela entoou, surpresa e curiosa. Tadase sorriu misteriosamente, parecendo um pouco mais com o seu tio nesse momento, e Anna quase perdeu a linha de raciocínio por um instante.

— Sim. A missão é ajudar o Agostinni-san a se aproximar da garota que ele gosta…

You say, miss Mashiro?

— Isso mesmo. - ele percebeu que, morando com Rima, Anna era uma aliada ainda mais perfeita para essa tarefa - Você quer me ajudar?

Of course!!! Eu adoro coisas assim! - Ela agitou-se, sem conseguir se conter- Let’s go, Cupid Mission! (Vamos lá, Missão Cupido!)


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Notas finais do capítulo

Olá! Shiroyuki aqui~ passando apressada pra postar o capítulo antes de ter que correr pra pegar o onibus pra faculdade o// espero que gostem, viu~
O que será que essa Missão Cupido com as duas pessoas mais desajeitadas pro amor desse mundo vai render....
Até a próxima, com a senpai, vai dar pra descobrir hehe o/

Bye bye :3



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