Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 50
Capítulo L




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405728/chapter/50


Enquanto dois dos Guardiões de Seiyo estavam aproveitando o finalzinho das férias para se divertirem o máximo possível com alguma rara privacidade, outros faziam o mesmo, no entanto, sem se divertir tanto assim. Este era o caso de Hotori Tadase, que, naquele mesmo dia, estava em sua casa, andando de um lado para o outro em seu quarto, pensando o dia todo sobre o que fazer quanto à sua relação com Anna, sem conseguir chegar a nenhuma conclusão.


– Ei, Tadase... desse jeito você vai acabar abrindo um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro, sabia?! - Kiseki exclamou, cansado de ver seu dono naquela situação que ele considerava completamente indigna de um Rei - Mas o que foi que deu em você afinal, hein??
– Acho que você não entenderia, Kiseki... - o loiro murmurou, ainda andando de um lado para o outro com uma expressão frustrada em seu rosto - Mas, desde que voltamos da viagem de fim de ano que eu tenho pensado... bem, você sabe que eu... g-gosto da Lewis-san... e, por mais que eu queira dizer isso à ela, simplesmente não sei como fazê-lo! Sei que os outros se encontram em situações semelhantes... o Gonçalves-kun por exemplo, de alguma maneira surpreendente, foi o primeiro a dar um jeito e resolver sua vida amorosa... ahn, do jeito dele. E também, sei que o Fujisaki-kun gosta da Blanca-san e, apesar daquele relacionamento estranho dos dois, tenho a impressão de que eles ficaram mais próximos durante a viagem, embora eu não entenda bem o porquê... até mesmo o Agostinni-kun, eu acho que gosta da Mashiro-san, e tem se aproximado mais dela... mas então, por que... por que eu não consigo fazer o mesmo e me entender com a Lewis-san?!
– Essa é uma excelente pergunta... um Rei como você não deveria temer a reação dos outros, e sim apenas ordenar que as pessoas façam o que você deseja, oras! - Kiseki exclamou
– Não é tão simples assim, Kiseki! - seu dono rebateu - Quero dizer à ela como me sinto, mas... é tão assustador e embaraçoso ao mesmo tempo... sem falar que eu nunca me apaixonei de verdade antes, então não sei como fazê-lo... e se ela não gostar de mim? E se ela ficar assustada ou constrangida, e decidir se afastar de mim por causa disso? Ahh droga, eu não sei o que fazer! - ele bagunçou os cabelos loiros com as mãos, cada vez mais frustrado - Droga, eu preciso de ajuda...


E por coincidência ou não, logo após ele dizer isso, ouviu uma batida na porta e, logo depois, Giovanni a abriu alguns centímetros, indeciso se entrava ou não no quarto.


Mi scusi, Tadase ... occupato? (Com licença, Tadase... está ocupado?) - o italiano indagou hesitante
– Ah, não... o que foi, Agostinni-kun?
– É que... bem, nós temos esses deveres de casa para fazer e entregar até o fim das férias, mas... non ne ho la più pallida idea di quello che sono circa le domande, io non sono bravo a capire kanji, quindi ... ho pensato che se non sei troppo occupato, se mi potreste aiutare (eu não faço a menor ideia do que se tratam as perguntas, não sou bom em entender kanjis, então... pensei que, se não estiver muito ocupado, se você poderia me ajudar)...
– Ah, é claro... não tem problema - o Rei respondeu, pensando que talvez fosse melhor distrair sua mente um pouco, já que não conseguia chegar a nenhuma solução sozinho mesmo - Então, em qual parte você está com dúvida?
– Bem... nesse questionário que começa na página 92, por exemplo - ele mostrou o livro que trazia em seus braços e, enquanto Tadase o segurava para ler do que se tratavam as perguntas, Giovanni o observou hesitante por alguns segundos, e acrescentou - Tadase... scusate se mi intrometto, ma ... non potevo fare a sentir parlare di quello che eri... uh, parlando con Kiseki. In realtà, credo che l'intero secondo piano della casa sentito così forte parli... (desculpe se estou me intrometendo, mas... não pude deixar de ouvir sobre o que você estava... ahn, conversando com o Kiseki. Na verdade, acho que todo o segundo andar da casa ouviu de tão alto que você falava...) b-bem, de qualquer forma, eu só... b-bom, provavelmente não sou a melhor pessoa para conversar sobre isso com você... eu devo ser a última pessoa dentre os Guardiões que seria capaz de te dar algum conselho sobre garotas, mas... b-bom, se você quiser ao menos desabafar, eu... ficaria feliz em poder te ajudar...
– Agostinni-kun... obrigado, de verdade - Tadase o encarou surpreso por alguns instantes, mas deixou escapar um pequeno sorriso depois de absorver os fatos. Ele sentou-se em sua cama, deixando o livro do amigo de lado e, depois de alguns segundos de hesitação, o Valete estrangeiro decidiu sentar-se na cadeira de frente para a escrivaninha dele, de frente para o loiro - Então, bem... como você escutou, e provavelmente já devia saber, eu... g-gosto da Lewis-san. Gosto muito, já tem algum tempo... e gostaria muito de poder dizer isso para ela, me aproximar mais dela, me tornar algo a mais do que ser apenas amigo dela, mas... simplesmente não sei como fazê-lo...
– Bem... eu imagino que deve ser muito difícil se... d-d-de-declarar... - Giovanni corou levemente ao balbuciar essa palavra, mas prosseguiu - Tuttavia, mentre non è possibile pensare ad un modo per fare questo, si può fare qualcosa di diverso per avvicinarsi a lei durante quel tempo, fino a che non riesce a pensare ad un modo migliore come farlo (No entanto, enquanto você não consegue pensar em uma forma de fazer isso, pode fazer algo diferente para se aproximar mais dela durante esse tempo, até que consiga pensar em uma forma melhor de como fazer isso)
– Como assim?
– Podem ser coisas pequenas e mais simples, mas que ao mesmo tempo deixem vocês mais próximos - Giovanni continuou - Por exemplo... bem, ela e os outros vieram ao Japão muito antes de mim, não é? Então você deve ser mais próximo deles, principalmente da Signorina Lewis, então... si potrebbe provare a chiamarlo per nome, piuttosto che da un solo cognome. Allo stesso tempo, convincerla a chiamarti per nome troppo ... o anche per cognome almeno io, non così lei lo fa. La signora Lewis mai ti chiama ... oh, che cosa era? (você podia tentar chamá-lo pelo primeiro nome ao invés de apenas pelo sobrenome. E, ao mesmo tempo, convencê-la a te chamar pelo seu nome também... ou até mesmo pelo seu sobrenome pelo menos, já que nem isso ela faz. A Signorina Lewis sempre te chama de... ahn, como era mesmo?) Acho que ela dizia... "Ouji-sama" ou algo assim, não era? - ele indagou incerto, pois não sabia pronunciar aquela palavra em inglês, do jeito que Anna dizia - Então, você podia ao menos tentar convencê-la a te chamar de "Hotori", pelo menos...
– O que você disse? - Tadase o interrompeu abruptamente, pois tinha parado de escutar o que o amigo dizia ao ouvir a "palavra proibida".


É claro, como Giovanni tinha chegado depois dos outros, ainda não tivera conhecimento de que não era nada prudente dizer a palavra "Príncipe" em japonês, principalmente chamar Tadase disso. No entanto, agora já era tarde demais, pois uma brilhante e dourada coroa havia surgido no topo da cabeça do loiro, indicando que ele havia se transformado involuntariamente mais uma vez.


– Ahn... desculpe, eu... fui longe demais? - Giovanni indagou, referindo-se à conversa anterior deles, sem ter a menor noção da situação em que se encontrava agora

– Ah, com certeza você foi... como se atreve a se referir à minha pessoa como um simples Príncipe? Eu sou um Rei, entendeu?! O futuro Rei que dominará o mundo inteiro! Mwahahahaha! - Tadase colocou-se de pé, rindo feito um lunático egocêntrico, ou talvez, o vilão de algum anime. Giovanni levantou-se também, de queixo caído, completamente chocado com o modo como o amigo agia agora
M-M-Ma cosa g-gli è successo?! (M-M-Mas o que foi q-que aconteceu com ele?!) - o Valete italiano indagou, encarando Tadase ainda pasmo
Beh, il modo in cui si comporta ... direi che è entrato nella Chara Change (Bom, pelo modo que ele está agindo... eu diria que ele entrou no Chara Change) - Libertá respondeu, voando ao lado do dono
Che cosa?! Più perché è così diventato così all'improvviso? (O que?! Mais porque ele foi se transformar assim tão de repente?) - o garoto indagou para seu Chara enquanto Tadase ainda ria feito um lunático - E quello strano tipo di Chara cambiamento è questo comunque ...? (E que tipo mais estranho de Chara Change é esse afinal...?)
– É porque você ofendeu o Tadase dessa maneira tão insolente, seu reles plebeu! - Kiseki ralhou para ele - Com ousa chamar o futuro governante desse planeta de um mero Príncipe?! É mais do que óbvio que ele nasceu para ser Rei!
Ah... beh, credo che spiega perché ha un Shugo Chara come egocêntrico come Kiseki... (bem, suponho que isso explica porque ele tem um Shugo Chara tão egocêntrico quanto o Kiseki...) - o estrangeiro murmurou para si mesmo, começando a compreender os fatos
Suppongo (Suponho que sim) - Libertá concordou - Noltre, ricordate come sempre lamentarsi tuo Chara Change lascia la sua personalità cambiò spesso come l'età? Sembra che sia la stessa cosa con lui (Além do mais, lembra de como você vive reclamando sobre como o seu Chara Change deixa a sua personalidade tão alterada de como você geralmente age? Parece que é a mesma coisa com ele)
– Ei, vocês aí! Não fiquem aí parados fofocando em código secreto na presença de seu Rei! - Tadase finalmente havia parado de rir e agora apontava para os dois, referindo-se ao italiano deles como um "código secreto" - Principalmente você, Valete italiano... pouco me importa se você veio de outro país, você continua sendo um Valete! E como tal, deve cumprir suas obrigações para com o seu Rei!
– Ah, droga... será que ele está se referindo àquelas tarefas sem noção que eu era obrigado a fazer na minha antiga escola? - Giovanni indagou com um mal pressentimento
Sembra così (Parece que sim) - seu Chara respondeu - Beh, sembra che voi due avete molto da fare, così mi prendo una passeggiata intorno prima che corrono mi ha lasciato ... solo più tardi, Giovanni (Bom, parece que vocês dois têm muito o que fazer, então eu vou dar uma volta por aí antes que acabe sobrando pra mim... até mais tarde, Giovanni) - Libertá falou e, antes que seu dono pudesse dizer qualquer coisa para impedi-lo, o Chara já tinha escapulido pela janela
– Você, Valete estrangeiro! - Tadase exclamou, atraindo novamente a atenção de Giovanni para si - Você teve a audácia de viver todo esse tempo debaixo do meu teto, comendo da minha comida, sem nem mesmo cumprir suas obrigações para com o seu Rei... como se atreve a cometer tal ousadia?! Você esteve vivendo em meu palácio esse tempo todo, deveria era me servir todos os dias, isso sim!
– M-M-Mas... m-mas foram vocês quem me pediram para deixar a Itália e vir até aqui ajudar com o problema dos Batsu Tamas! - Giovanni exclamou, tentando se agarrar á qualquer alternativa para fugir do inevitável destino que lhe esperava
– Não interessa! - o loiro rebateu - Antes de mais nada, você não faz mais do que sua obrigação cumprindo as ordens de seu Rei que, nesse caso, foi a de te ordenar a deixar sua terra natal e vir nos auxiliar com o caso dos Batsu Tamas!
– Mas o meu Rei era outro, o meu amigo que ficou na Itália, sabe... - o estrangeiro murmurou para si mesmo, porém infelizmente, Tadase tinha ouvido
– Isso também pouco importa! Perto de mim, ele não é nada, já que eu obviamente dominarei o mundo inteiro em breve, incluindo a sua preciosa Itália! - o loiro exclamou com voz altiva - Agora, pare de tentar inventar desculpas esfarrapadas, e trate de cumprir logo suas obrigações para com o seu Rei... Valete estrangeiro.


E não deu outra: Em menos de cinco minutos, Giovanni estava forçadamente cumprindo as famosas tarefas de Valete que ele ingenuamente pensou que poderia escapar quando deixou a Itália. Já havia massageado os ombros de Tadase, e agora estava ajoelhado diante dele, massageando os pés descalços do loiro.


– Então... por que eu tenho que fazer isso mesmo? - Giovanni indagou tolamente, começando a se cansar daquilo
– Porque eu sou o Rei e lhe ordenei a fazer, é óbvio! - Tadase exclamou de volta, sentado na cadeira de sua escrivaninha como se esta fosse seu trono
– Ah, sim, é claro... - o italiano revirou os olhos. Levantou-se alguns segundos depois, e acrescentou - Bem, eu já terminei. Posso ir agora?
– Mas é óbvio que não! Você passou esse tempo todo vivendo em meu palácio às minhas custas, o que você fez até agora não está nem perto para compensar tamanha honra de ser hospedado por seu Rei - Tadase exclamou com a voz imponente, pondo-se de pé também - Agora, eu quero comer algo doce! Traga-me chocolate imediatamente!
E dove diavolo vado a prendere il cioccolato! Non è tempo di Pasqua... (E onde raios eu vou arranjar chocolate?! Não é nem época de Páscoa...) - Giovanni exasperou-se, alheio ao fato de que a Páscoa nem sequer era comemorada no Japão
– Pouco me importa, dê um jeito, você é meu Valete pessoal para isso! Arranje-me logo algum chocolate, e não ouse demorar, ouviu bem?!
– Certo, certo... - o italiano resmungou, deixando o quarto à procura do primeiro tipo de chocolate que encontrasse, embora pretendesse demorar o máximo de tempo possível para voltar.


Desceu até o primeiro andar e vasculhou os armários da cozinha da casa, mas não encontrou nada que parecesse ser doce. Quando já estava começando a considerar a possibilidade de sair para ir comprar chocolate, desejando que nesse meio-tempo Tadase voltasse ao normal, ele encontrou uma barra de chocolate no fundo da geladeira. Pegou-a sem hesitar e retornou até o andar de cima, adentrando o quarto de Tadase novamente, enquanto este ainda continuava sentado no mesmo lugar, balançando uma das pernas de modo impaciente.


– Você demorou muito, Valete! - ele exclamou ao ver Giovanni retornar - Agora vamos, se apresse e me dê logo o chocolate!
Va bene, come vuoi, Vostra Maestà... (Certo, como quiser, Majestade...) - o italiano resmungou, convencido de que não tinha outra opção além de cumprir as vontades egoístas do loiro e apenas obedecer de uma vez para que ele parasse de reclamar em seu ouvido. Tirou um quadradinho da barra e, depois de pensar alguns instantes se Tadase também desejaria que ele lhe desse o chocolate na boca como o Rei de sua escola italiana fazia, ele decidiu por agir da mesma forma, ao que Tadase pareceu aprovar, já que não havia reclamado de nada dessa vez - Sai, io non capisco perché voi... voglio dire, perché vi comando che faccia queste cose, Maestà... (Sabe, eu não entendo porque você... quero dizer, por que o senhor me ordena a fazer essas coisas, Majestade...) - Giovanni comentou enquanto Tadase mastigava o chocolate que ele lhe dera - Pensato che sarebbe stato molto più Signorina Lewis cioccolato che ti piace che invece di me... (Pensei que gostaria muito mais se a Senhorita Lewis te desse chocolate desse jeito ao invés de mim...).


Mesmo sem perceber, Giovanni tinha acertado em cheio dessa vez com o simples fato de mencionar o nome de Anna. A coroa no topo da cabeça do loiro desapareceu subitamente, enquanto ele arregalava os olhos e seu rosto avermelhava-se cada vez mais enquanto sua mente processava os fatos sobre tudo o que havia acontecido nos últimos minutos. Não demorou muito para que Tadase tivesse se encolhido em um canto qualquer do quarto, a cabeça escondida sob os joelhos dobrados, entrando rapidamente em seu estado de depressão pós-chara change.


Ciao, Giovanni! Come vanno le cos ... eh? (Oi, Giovanni! Como vão indo as cois... ué?) - Libertá, que finalmente havia retornado de onde quer que tivesse se metido, interrompeu-se no meio da frase ao perceber que Tadase não estava mais transformado - Hai finito? Che cosa hai fatto? (Já acabou? O que foi que você fez?)
Non lo so ... dopo aver soddisfatto i compiti sempre, ho commentato che non ho capito perché mi ordinò di fare queste cose, pensando che gli sarebbe piaciuto di più se la signorina Lewis ha fatto al mio posto, e lui era così... (Não sei... depois de cumprir as tarefas de sempre, eu comentei que não entendia porque ele me ordenava a fazer essas coisas, pensando que ele gostaria mais se a Senhorita Lewis fizesse isso em meu lugar, e ele ficou assim...) - Giovanni respondeu, ainda olhando para Tadase, entre preocupado e curioso - E ora, cosa faccio, Libertá? Ho "spezzò"?! (E agora, o que eu faço, Libertá? Será que eu "quebrei" ele?!)
Io non mi preoccuperei tanto... sembra proprio come quando si esce dalla Chara Change (Eu não me preocuparia tanto... ele parece estar do mesmo jeito que você fica quando sai do Chara Change) - seu Chara respondeu, dando de ombros
– Eu sinto muito, Agostinni-kun... acabei me transformando e obriguei você a fazer todas aquelas coisas egoístas.. eu lamento muito mesmo, não tenho nem palavras pra me desculpar... - Tadase murmurou, ainda encolhido em um canto escuro do quarto, finalmente recuperando-se o suficiente para falar, embora não conseguisse encarar ninguém naquele momento
– Ahh... e-está tudo bem, não precisa se preocupar... você estava transformado afinal, então não teve culpa - Giovanni respondeu, uma parte dele entendendo como o loiro se sentia, visto que ele próprio também possuía um Chara Change bem problemático, enquanto outra parte estivesse muito feliz e aliviada por finalmente ver-se livre daquelas tarefas absurdas - Sem falar que eu meio que já estou acostumado a fazer essas coisas, já que tinha que fazer o mesmo na minha escola na Itália, então...
– Não, isso não é desculpa! - Tadase exclamou em tom choroso - Isso não justifica o que eu te obriguei a fazer... ah, e eu disse coisas tão horríveis e egoístas... e você nem sequer é como os os outros, é um intercambista que veio fazer o favor de deixar seu país para nos ajudar com o caso dos Batsu Tamas modificados! Eu realmente sinto muito, se tiver alguma coisa que eu possa fazer para compensar, qualquer coisa, por favor me diga, eu gostaria muito de tentar reparar esse erro...
– N-Não, não precisa...
Io so una cosa! (Eu sei de uma coisa!) - Libertá intrometeu-se, interrompendo o dono - Come avrete notato, o no, Giovanni ha ancora qualche difficoltà nel trattare con le ragazze, ma vogliono essere in grado di agire in modo più naturale con loro, soprattutto con una ragazza in particolare ... la Regina di voi, Mashiro Rima. Quindi, se siete a conoscenza di un modo per portarlo a Giovanni, credo che questo potrebbe rendere le cose che lo ha costretto a fare, eh? (Como você já deve ter notado, ou não, o Giovanni ainda tem certa dificuldade em lidar com garotas, mas deseja poder agir mais naturalmente com elas, principalmente com uma garota em especial... a Rainha de vocês, Mashiro Rima. Então, se você souber de alguma forma de aproximar o Giovanni dela, acho que isso poderia compensar as coisas que você o obrigou a fazer, que tal?) - o Chara sugeriu, muito embora nem sequer soubesse o que raios Tadase teria obrigado seu dono a fazer enquanto ele esteve fora
– Ei, Libertá, pare de dizer essas coisas embaraços...
– Mas essa é uma ótima ideia! - Tadase o interrompeu, finalmente colocando-se de pé e encarando o italiano - Se eu puder compensar com isso, ficaria muito feliz em te ajudar a se aproximar da Mashiro-san! Tudo bem assim, Agostinni-kun?
– Ahn... n-n-não, não precisa fazer isso, de verdade... - Giovanni murmurou, envergonhando-se rapidamente com aquela simples sugestão
– Mas eu realmente quero muito poder fazer alguma coisa para compensar! - Tadase exclamou - Ah, já sei! Posso fazer para você as mesmas coisas que te obriguei a fazer para mim, assim ficaríamos quites, que tal?
– Mas não mesmo! Não ouse se rebaixar à esse nível, Tadase! - Kiseki protestou imediatamente, indignando-se com aquela simples sugestão
– R-Realmente, dentre as duas opções, acho que a primeira seria mais viável... - Giovanni concordou, sem nem mesmo conseguir imaginar uma situação daquelas
– Está certo então! Vou te ajudar a se aproximar da Mashiro-san, pode deixar! - Tadase exclamou decidido, parecendo um pouquinho mais animado, enquanto Giovanni não sabia dizer se ficava apreensivo, envergonhado ou feliz com aquela ideia, parecendo sentir tudo isso ao mesmo tempo. Sem conseguir definir exatamente como ele se sentia diante daquela ideia, resolveu apenas fazer uma nota mental para nunca mais pronunciar a palavra "Príncipe" na frente de Tadase outra vez.


–----------


Poucos dias depois, o recesso de inverno havia finalmente terminado, para a infelicidade da maioria dos estudantes da Academiya Seiyo, e certamente para os de outras escolas também. Depois do que parecia uma verdadeira eternidade sem ver aquele lugar, os Guardiões atuais, antigos e estrangeiros voltavam lenta e preguiçosamente até a escola, desacostumados com aquele ritmo matinal de acordar de manhã cedo e sair de casa para estudar. Como de costume, Rima vinha andando sem pressa junto com Anna, que tropeçava a cada cinco passos em qualquer irregularidade que houvesse na calçada. As duas encontraram-se com Tadase e Giovanni no meio do caminho, e o loiro logo começou a pensar em alguma forma de colocar seu plano de aproximar o italiano de Rima, não importanto o quanto Giovanni insistisse que ele não precisava fazer isso, o que realmente não importava muito, já que no momento Tadase não conseguia pensar em nada para fazê-lo, por mais que pensasse no assunto.


Não muito longe dali, Stéffanie também se dirigia para a escola, mal-humorada como de costume, tanto por ter que acordar cedo quanto por ter que ficar ouvindo a ladainha interminável de Yaya sobre como era injusto fazer um bebê como ela acordar de manhã cedo para algo tão trivial quanto ir para a escola. A espanhola estava começando a ficar tentada a tar um murro naquela cabeça ruiva que aquela menina irritante tinha, ou talvez tampar sua boca com esparadrapo, se tivesse algum, quando felizmente viu-se livre da mais nova quando a Às avistou Kukai e Miguel, que vinham caminhando poucos passos atrás delas, e saiu correndo para cumprimentar os amigos. Sendo assim, a Rainha estrangeira seguiu sozinha na frente, adentrando os portões da escola, quando deparou-se com uma cena que não esperava ver. Há poucos metros da entrada do colégio, pelo menos meia dúzia de alunas rodeavam Nagihiko, todas rindo e gritando histericamente, exclamando com as vozes agudas sobre o quanto sentiram falta dele durante as férias em que não puderam vê-lo. Uma delas ainda foi mais ousada e tentou convidá-lo para saírem em um encontro depois da escola, e antes mesmo que ele pudesse responder, outra das garotas tentou revidar e agarrou-se ao braço do garoto, dizendo que não era justo a amiga ficar com Nagihiko só pra ela. Logo as alunas estavam prestes a começar uma baita discussão entre si para disputar Nagihiko entre elas como se o garoto não tivesse direito a escolha, e começaram a tomar iniciativas mais audaciosas, uma praticamente se convidando para ir visitar o Royal Garden à sós com ele, enquanto a outra o puxava pela mão, tentando arrastá-lo consigo. Nagihiko, que no início apenas sorria educadamente para elas, começou a tentar pensar desesperadamente de se livrar daquelas garotas sem ser grosseiro com elas e continuar seguindo seu caminho antes que acabasse chegando atrasado no primeiro dia de aula, mas, felizmente ou não, outra pessoa fez isso por ele.


Pero, qué diablos está pasando aquí?! Cómo te atreves te quedas ahí mostrar y ser mimado por todas esas chicas estúpidas en el medio del patio de la escuela en el primer día de clase, Fujisaki Nagihiko?! (Mas o que raios está acontecendo aqui afinal?! Como você se atreve a ficar aí se exibindo e sendo paparicado por todas essas garotas cretinas bem no meio do pátio da escola logo no primeiro dia de aula, Fujisaki Nagihiko?!) - por algum motivo, Stéffanie havia ficado zangada com Nagihiko e não com as garotas que o rodeavam. Ela sentia um forte sentimento incômodo e revoltante que não sabia como descrever, já que não se lembrava de jamais ter se sentido assim antes, mas no momento não dava a menor importância para isso - Cómo se atrevía a estar diciendo todas esas cosas sentimental para mí durante las vacaciones enteras, obligándome a salir contigo y me arrastra alrededor en contra de mi voluntad, cuando en realidad no está mostrando y ser mimado por estos ridículo y asqueroso su admiradoras, eh? (Como teve a ousadia de ficar dizendo todas aquelas coisas melosas para mim durante as férias inteiras, me obrigando a sair com você e me arrastando por aí contra minha vontade, quando na verdade fica aí se exibindo e sendo paparicado por essas ridículas e nojentas das suas admiradoras, hein?!) - ela berrava para quem quisesse ouvir, e para quem não quisesse também, enquanto Nagihiko não entendia metade do espanhol apressado e furioso que a garota berrava, as outras alunas entendendo menos ainda, embora de qualquer maneira, não parecesse ser nada bom, tanto que as demais alunas resolveram se afastar dele só por precaução antes que acabasse sobrando para elas. A espanhola caminhou à passos firmes na direção dele, enquanto as outras alunas saíram do caminho apressadas, enquanto Stéffanie o encarava nos olhos absolutamente furiosa, o rosto vermelho de raiva e as narinas bufando. Nagihiko teve a certeza de que ela estava se preparando para soltar mais uma longa lista de xingamentos indecifráveis contra ele, quando a espanhola virou-se abruptamente e gritou para as alunas que ainda a observavam temerosas - Y qué demonios sigues haciendo paradas en torno a un montón de estatuas ridículas?! Vamos, acaba de dar un vistazo, perras ofrecieron sus repugnantes, hijas de una yegua! (E o que raios vocês ainda estão fazendo aí paradas feito um bando de estátuas ridículas?! Vamos, dêem logo o fora, suas cadelas oferecidas nojentas, filhas de uma égua!!) - ela berrou, acertando um soco na garota que tinha convidado Nagihiko para um encontro, que saiu correndo choramingando, sendo seguida pelas demais, enquanto Stéffanie ainda acertava um chute na aluna que pediu para ele lhe mostrar o Royal Garden. Todas saíram correndo o mais depressa que podiam para longe, gritando e choramingando algo sobre a Rainha-demônio ter dominado a escola. Assim que as alunas sumiram de vista, Stéffanie virou-se para voltar à encarar Nagihiko, absolutamente furiosa. Ele não se lembrava de jamais tê-la visto tão zangada assim e, embora uma parte dele não pudesse deixar de se sentir feliz com isso, Nagi tinha plena consciência de que estava em sérios apuros - Tú ... tú bastardo, estúpido, que se muestra, depravado, vanidoso, afeminado, traidor, hijo asqueroso de vaca! (Você... seu cretino, estúpido, exibido, depravado, convencido, afeminado, traidor, nojento filho de uma vaca!) - ela desferiu o que parecia ser uma interminável lista de xingamentos em espanhol, cutucando Nagihiko com força a cada ofensa que pronunciava - Cómo te atreves me dices todas esas cosas sensiblero y comprometer y pronto después de ser pavoneándose y ser mimado por un grupo de pirañas cretinos sin cerebro detrás de mi espalda, eh?! (Como se atreve a ficar me dizendo todas aquelas coisas melosas e comprometedoras e logo depois ficar se exibindo por aí e sendo paparicado por um bando de piranhas cretinas sem cérebro pelas minhas costas, hein?) - ela acertou um forte soco no braço esquerdo do garoto
– Itaaaai! Nossa, você pode ser uma garota, mas bate como um homem, hein Blanca-san... - Nagihiko resmungou, esfregando o braço onde havia levado o golpe
Es bueno saber porque voy a darte una paliza tanto que cuando termino oa su madre te reconocerá, pervertido de mierda rata de alcantarilla! (Bom saber disso, porque eu vou te espancar tanto que quando eu acabar nem a sua mãe vai te reconhecer, seu maldito rato de esgoto depravado!!) - a espanhola se preparou para acertar outro soco nele, porém pouco antes Nagihiko falou
– Nossa, e pensar que você ficou tão zangada só por me ver conversando com outras garotas... não sabia que você era tão ciumenta, Blanca-san
C-C-Ce... celosaq, yo?! No digas estupideces, maldito perro, obviamente, no estoy celosa! Simplemente me molesta que te alardear media docena ridúculas y niñas ditzy por ahí poco después de que me diga todos aquellos vergonzosa y sensiblera cosas! Si dices que me a-a-amas... si eso es cierto, entonces no debería estar actuando como un maldito mujeriego cuando yo no estoy, eso es todo! (C-C-Ci-Ciumenta, eu?! Não diga asneiras, seu cachorro maldito, é óbvio que não estou com ciúmes! Apenas me incomoda o fato de você ficar se gabando com meia dúzia de garotas ridúculas e desmioladas por aí logo depois de me dizer todas aquelas coisas embaraçosas e melosas! Se você diz que g-g-gosta de mim... se é que isso é verdade, então não devia ficar agindo como um maldito mulherengo quando eu não estou por perto, é só isso!)
– Essa é a definição exata em japonês para uma pessoa que está com ciúmes, sabe... - Nagihiko comentou como quem fala do tempo, e quando ela já ia rebater, o garoto acrescentou - E, por mais que eu fique feliz com o fato de você se sentir assim, mesmo sabendo que você vai negar isso até a morte... eu acho que você deveria se preocupar com outra coisa agora - ele apontou para o portão de entrada da escola, onde não apenas o resto dos Guardiões quanto também alguns outros alunos, observavam aquela cena completamente boquiabertaos há sabe-se lá quanto tempo. O rosto da Rainha estrangeira, antes vermelho de raiva, enrubesceu ainda mais, dessa vez de vergonha, enquanto seus olhos azuis se arregalavam lentamente ao compreender a situação em que havia se metido. É... com certeza seria impossível, até mesmo para ela, negar tudo aquilo que eles acabaram de presenciar desa vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ohayou minna! Teffy-chan desu~! o/
Como puderam ver, esse foi um capítulo só de barracos e confusões... como eu adoro isso XD
Eu simplesmente a-do-rei escrever a cena do Giovanni cumprindo as tarefas do Valete! Afinal, mesmo sendo estrangeiro, ele ainda é um Valete, tem que cumprir com as obrigações para com seu Rei, oras u_u Mas eu acho que foi o Tadase que se deu bem nessa história, viu, agora tem 4 valetes pra servir ele... só acho u_u
Agora, esse final... que barraco, hein XD Será que a Stéffanie vai conseguir negar que está namorando o Nagi e continuar escondendo a verdade dos outros? Isso vocês só saberão no próximo capítulo, com a Shiroyuki~ o/
Deixem reviews por favor! A cada review que você não deixa, um autor morre. Ajude a salvar os autores de fanfics comentando nas histórias! Não deixe os autores morrerem!!
Kissus^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Revenge II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.