Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 43
Capítulo XLIII




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Horas antes…

Assim que os garotos partiram para a empreitada de espiar o lado feminino dos banhos, Miguel percebeu que aquele plano furado estava fadado ao fracasso desde o minuto em que fora concebido, e nessas horas, ele agradecia sinceramente por ser como era e não gostar de garotas. Olha só as coisas que elas eram capazes de provocar em simples meninos jovens como eles??

Ele e Shunsuke resolveram sair dali antes que acabasse sobrando para eles, é claro, e se encaminharam de volta para o vestiário, com as toalhas molhadas presas à cintura. Miguel não resistiu em lançar um olhar um pouco mais longo na direção do namorado. Apesar da aparência magra e frágil que os óculos geralmente proporcionavam, Shunsuke tinha o que se podia chamar de um belo corpo, para um rapaz de 15 anos. Músculos bem evidenciados, nas costas, que se moviam de uma forma hipnotizadora enquanto ele caminhava, logo a frente de Miguel. A pele parecia tão macia, e agora, úmida brilhava fracamente à luz artificial do vestiário. Ele era alto, também…

— Algum problema, Miguel-kun? – ele se virou de repente, provavelmente por que Miguel havia parado de andar subitamente, admirando-o. Ele estava com os cabelos loiros, molhados, penteados bem para trás. Os olhos verdes também esquadrinhavam o corpo do namorado, embora mais discretamente, e um sorriso nada inocente se formou – Não me diga que está pensando em besteiras… - quando percebeu que quase deixou escapar um honey, Shunsuke se refreou, mas a frase inacabada foi o bastante para fazer o português corar ainda mais do que quando estava na água quente.

— E-eu n-não estava… eu não…

— Não tem problema admitir… - ele sorriu, chegando mais perto. Miguel recuou, instintivamente. – Eu também gosto de olhar para você assim… - o sorriso dele aumentou, enquanto ele estendia a mão para passar levemente os dedos pelo braço de Miguel, fazendo-o arrepiar-se.

Miguel ouvia os gritos vindos do lado de fora. Os garotos já estavam colocando seu plano em prática, e dando ou não certo, eles não voltariam dali tão cedo. Ele e Shunsuke estavam completamente sozinhos agora… sendo ali, ou escapando para o quarto, ninguém saberia… e, sinceramente, a quem ele queria enganar… depois de tudo o que já havia acontecido com os dois, e tendo um namorado como esse a sua frente, quem poderia recrimina-lo por não resistir??

Com esses pensamentos ecoando no coração, é claro que Grace perceberia, e a pequena chara vermelha não perdeu tempo. Ela estava ocupada tentando ver debaixo da toalha dos meninos que tentavam escalar a divisória dos banhos, mas assim que percebeu o que acontecia com Miguel, ao longe, em um estalo, ela sorriu e entoou com voz suave:

— Chara change…



Lá dentro, Shunsuke percebeu a mudança súbita que ocorreu em Miguel. Antes, ele estava retraído e envergonhado, temendo que alguém pudesse aparecer a qualquer instante, mas sua expressão alterara-se instantaneamente. Um sorriso lascivo se espalhou pelo rosto, ainda corado por baixo da pele morena, e o olhar se tornou mais penetrante, como se pudesse ler os pensamentos de Shunsuke facilmente. Ele atirou os braços ao redor do pescoço do garoto, aumentando gradualmente o sorriso, e Shunsuke soube que isso era o efeito do Chara change de Miguel.

— Hmmm… Será que o meu Shunzinho quer brincar um pouco?

Miguel não deu a Shunsuke tempo de pensar. Empurrou-o no espaço entre dois armários, de onde eles não seriam vistos facilmente nem por quem saia das fontes, nem por quem entrasse pela outra porta. Shunsuke não sabia o que esperar daquela situação inesperada. Sabia que o chara change de Miguel podia ser muito instável, para falar a verdade, estava até mesmo um tanto empolgado com a situação, mas se perdesse o controle, poderia colocar em risco o seu disfarce e a sua missão.

Antes que pudesse figurar qualquer uma dessas coisas, no entanto, Miguel já havia colado seu peito contra o dele, tomando seus lábios em um beijo apressado e necessário. Eles se encaixaram de uma maneira tão perfeita e rápida que não houve mais tempo para conjecturas. Shunsuke deixou de lado toda e qualquer racionalidade que o acompanhava, e segurou a cintura exposta de Miguel, apoiando-o, enquanto ele se colocava na ponta dos pés para alcançá-lo.

Invadiu os lábios do menor com a língua ávida, sem nenhum espaço restando entre eles. Shunsuke abraçava o namorado com força, enquanto sentia as mãos dele puxando-o pelo pescoço. Por um momento, teve que respirar, e então se afastou minimamente e cravou os lábios no pescoço de Miguel, passeando e deixando marcas na pele morena, sem nenhum pudor. Miguel soltou um ruído abafado, mordendo os lábios.

— Ah, Shunsuke…. – ele gemeu, a voz um tanto mais empolgada que o normal pelo estado alterado em que se encontrava – I-isso é bom~

Shunsuke apertou com as mãos a pele de Miguel, subindo e descendo enquanto o pressionava mais contra si, tomando novamente os lábios. Miguel estava completamente solto em seus braços. Soltava arquejos e gemidos mais altos do que o comum, e usava as unhas para arranhar as costas de Shunsuke à vontade. Com todo esse movimento, as toalhas presas nas cinturas de ambos não demorariam a começar a deslizar, e não era preciso acrescentar que nenhum dos dois tinha nada além daquilo para se cobrir.

O barulho alto de ataques, coisas quebrando e gritos descontrolados foi o que trouxe os garotos de volta à realidade. Miguel ofegou, com o seu chara change chegando ao fim, se afastou de Shunsuke. Fez menção de sair correndo dali no mesmo instante, mas Shunsuke o segurou, com um dedo sobre seus lábios, impedindo-o de falar, enquanto os garotos retornavam das fontes, depois de falhar na sua missão, ainda alterados e falando muito alto.

Como havia uma fileira inteira de armários que os ocultava da visão dos amigos, eles esperaram até que eles se acalmassem, trocassem de roupas e saíssem dali. Miguel mal conseguia encarar Shunsuke depois do que aconteceu.

— S-sinto muito… eu p-perdi o controle e acabei… - com o rosto completamente vermelho, ele não conseguia completar a frase de uma maneira coerente, e logo estava falando em um português tão rápido e carregado de sotaque que Shunsuke não entenderia nem se tentasse muito.

— Está tudo bem, Miguel querido… - Shunsuke sorriu, e bagunçou um pouco os cabelos úmidos e castanhos de Miguel, fazendo-o se acalmar – Eu também perco o controle quando olho para você assim… - ele sussurrou no ouvido do português, e então foi na direção dos armários, como se nada tivesse acontecido.

Miguel ainda levou alguns segundos para se recuperar, e seu raciocínio ainda não estava completamente recuperado mesmo depois disso, ainda pensando em Shunsuke e na maneira como ele sempre o fazia perder o foco com tanta facilidade.

Os dois se vestiram, Miguel ainda constrangido demais para falar qualquer coisa, e querendo matar Grace quando a encontrasse, e Shunsuke disfarçadamente checando mais uma vez o corpo do namorado antes que ele terminasse de colocar o yukata do hotel, sem muito jeito para roupas orientais.



O jantar havia sido meio conturbado, devido aos recentes acontecimentos envolvendo o lado feminino e masculino dos banhos. As garotas se reuniram de um lado da sala de refeições, e os meninos tiveram o cuidado de ficar longe da linha de visão delas. Estando completamente alheios àquela confusão, Miguel e Shunsuke acabaram juntos em outra mesa só deles, e quando o maior brincou dizendo que isso fazia parecer que eles estavam naquele hotel em uma lua-de-mel, Miguel quase engasgou.

Como ele ainda estava um tanto inquieto por ter perdido o controle durante o banho, logo após o jantar, Shunsuke levou-o para caminhar do lado de fora, e a lua estava tão bela no céu estrelado que nenhum dos dois foi capaz de pensar em qualquer problema que fosse durante aquele momento.

Enquanto os meninos se reuniam na sala de jogos, e as meninas foram todas pro quarto de uma delas para conversar, o casal de namorados aproveitava a quietude da noite para trocar carícias e juras de amor sem que ninguém soubesse, testemunhados somente pela lua. Miguel esqueceu da vergonha que sentira mais cedo, e só conseguia pensar que tinha muita sorte por ter conhecido alguém como Shunsuke, e em ser amado por ele.

Quanto enfim entraram para ir para o quarto que dividiriam (e ninguém poderia garantir que algo não aconteceria ali, afinal) ouviam os gritos de Stéffanie ecoando pelos corredores, xingando Deus, o mundo e Nagihiko em espanhol, enquanto Yaya tentava acalmá-la, eles tiveram certeza de que tudo estava bem entre eles.



Depois que Stéffanie se acalmou, em parte, e Yaya se recolheu ao seu quarto com Nagihiko, muito satisfeita em ver indícios indisfarçáveis de ciúmes estampados na cara da espanhola, e ela também se recolheu, tão irritada consigo mesma e com seus sentimentos conturbados que certamente descontaria tudo no pobre italiano que teve o infortúnio de acabar logo no mesmo quarto que ela, a atmosfera de tranquilidade retornou à pousada. Só se ouvia o barulho dos insetos noturnos e o farfalhar das árvores do lado de fora.

Kairi sofria, por que Kukai, mesmo dormindo em um futon afastado, dava um jeito de conseguir chutá-lo durante o sono, como se ele fosse uma bola de futebol. Rima e Amu haviam desligado a luz do seu quarto, mas ainda conversavam, aos sussurros, sobre qualquer assunto que pudesse interessar garotas adolescentes àquela hora da noite.

Stéffanie havia mandado Giovanni desligar a luz também, mas embora pudesse ouvir o ressonar tranquilo do italiano, que conseguia dormir realmente rápido, ela estava bem acordada, atenta a qualquer barulho ao redor, rolando de um lado para o outro no futon, sem conseguir relaxar a sua mente, e nem parar de pensar em tudo o que acontecera durante aquele dia, e, principalmente, às conclusões a que chegara. E mesmo estando no escuro e no silêncio, ela ainda se retorcia de vergonha e irritação, apenas cogitando a hipótese.

Já entre Nagihiko e Yaya, ambos dormiam relativamente bem, mas é claro que o garoto só conseguiu garantir uma noite inteira de sono tranquilo depois de ameaçar a ás japonesa com sua naginata, e como ela ainda morria de medo de Nadeshiko, não arriscaria tão cedo arrancar qualquer informação que fosse dele.

O único quarto entre os dos guardiões que ainda mantinha a luz acesa era o de Anna e Tadase. O loiro organizava suas malas de novo e de novo, como se elas já não estivessem perfeitamente colocadas antes, apenas adiando o momento de finalmente ir dormir. Queria que Anna fosse antes, e assim ele poderia apenas desligar a luz e fingir que nada daquilo o perturbava (embora fosse bastante óbvio que ele estava prestes a ter um troço), mas ela estava tão inquieta quanto ele próprio, e sentada do outro lado do quarto, lia um mangá, embora não tivesse conseguido passar da quinta página, com tantas coisas na sua cabeça.

Como é que seria de se supor que os dois ficariam tranquilos com aquela situação, sendo que ambos estavam tão conscientes do que sentiam, embora nenhum deles sequer desconfiasse dos pensamentos do outro naquele instante. Algumas vezes, Anna erguia os olhos por cima do mangá, e surpreendia-se ao notar que Tadase já a olhava. Ambos disfarçavam, e voltavam a atenção para o que estavam fazendo. Outras vezes, Tadase voltava a fita-la, e ela já estava com os olhos na sua direção, e então quase derrubava o mangá das mãos, e ele voltava a olhar para o outro lado.

Depois de longos e intermináveis minutos naquela situação, Tadase resolveu fazer alguma coisa. Levantou-se, ajeitando os dois futons. Por algum motivo, a camareira do hotel havia colocado os dois juntos, como se fosse um futon de casal, e ele teve o cuidado de afastá-los alguns centímetros que fossem, o máximo que o quarto pequeno permitia. Talvez fosse por causa disso que a inglesa parecia tão nervosa, afinal. Ter que dormir com um garoto, nessas condições, não devia ser nada fácil para alguém como ela.

— Lewis-san… - ele chamou, com a voz suave um tanto rouca pela falta de uso. Anna ergueu os olhos imediatamente, levantando-se também. – Eu vou deitar… mas você não precisa desligar a luz, pode continuar lendo, está bem?

No, I’m going to sleep as well… (eu também já vou dormir), já está tarde, afinal… - ela respondeu fracamente, ajeitando o yukata, nem um pouco acostumada a usar esse tipo de vestimenta. – Ah, hm… q-qual dos dois…

— Ah, tanto faz, você pode escolher qualquer um que quiser… - ele recuou um passo, deixando que Anna tomasse a frente. Ela deitou no mais próximo, cobrindo-se e ajeitando-se rapidamente. Tirou os óculos, repousando-os no chão próximo ao travesseiro.

Tadase puxou a cordinha que descia do teto, e desligou a luz, deitando-se no futon ao lado. Ele tinha se enganado, as duas camas ainda ficavam próximas demais uma da outra, mesmo depois que ele as afastara. E ele não podia levantar-se agora, seria rude afastar-se depois de já ter deitado.

— O-oyasumi, Lewis-san… - ele murmurou, deitando de lado, de costas para ela. Seu rosto queimava em brasas, ele nunca havia se sentido tão embaraçado dessa forma. Não conseguiria fechar os olhos naquela noite, com toda a certeza.

G-good night…– ela respondeu em um sussurro, encolhendo-se e abraçando o travesseiro, também de costas para ele. Segundos se passaram, e apenas o ruído das árvores do lado de fora e das suas respirações podia ser ouvido. Tadase virou-se para o lado onde Anna dormia, e observando sua silhueta contra o resto de luz da lua que passava pela janela, ele sentia que estava quase pegando no sono, quando subitamente, um barulho pesado de coisas sendo arrastadas cortou o ar.

Anna sobressaltou, soltando um meio grito abafado pelo cobertor, e virou-se para Tadase, com os olhos arregalados em pânico.

— Calma, Lewis-san! Não foi nada… - Tadase se apressou em dizer, vendo o medo da garota estampado nos olhos verdes, que ele mal podia destacar no escuro.

B-b-but… the sounds (os barulhos…) Yaya e as outras garotas estava falando sobre.. ghosts, and spirits, (fantasmas e espíritos) que viviam em casas antigas e hotéis como esses…

— Não deve ter sido nada demais… apenas alguém caminhando, ou algo assim… - Tadase não sabia o que fazer. Pensou em acariciar os cabelos dela, para acalmá-la, mas devido a situação, o melhor era não fazer nada. Anna se encolheu ainda mais, tremendo, e se aproximando inconscientemente.

Maybe… (Talvez)... um espírito que morreu aqui, quer buscar vingança… - ela sussurrou, amedrontada – Ou o fantasma de alguém que morreu na montanha, and wait for help… (e procura por ajuda…)

— Se o fantasma já morreu não precisa de ajuda, não é…?

Oh, my god, então ele só quer vingança! – ela exclamou, mais alto do que pretendia, escondendo-se sob os cobertores.

— Não, calma, Lewis-san! Está tudo bem…

Antes que Tadase pudesse dizer mais alguma coisa, o barulho voltou a ecoar pelas paredes silenciosas, e Anna soltou um lamento abafado, em inglês ininteligível.

They come to catch me (Eles vieram me pegar…) Yaya disse que eles não gostam de estrangeiros! – ela balbuciou lá de dentro, encolhida como uma bolinha.

— Você não pode ouvir o que a Yaya diz, Lewis-san… pensei que já soubesse disso… - Tadase se aproximou, tentando localizar onde ela estava.

B-but… she said… (Mas... ela disse…)

— Ninguém vai pegar você, fantasma ou não, e sabe por quê? – ele pronunciou lentamente, baixando o tom de voz para tranquiliza-la. Encontrou a ponta do cobertor, e revelou os olhos assustados da inglesa, que o fitava por trás do cabelo todo bagunçado – Por que eu estou aqui com você…

Prince…

— Sim, exatamente. É dever do príncipe sempre proteger a sua princesa. E eu vou proteger você. – ele se aproximou um pouco mais, até que pudesse segurar a mão dela entre a sua. Anna ofegou, surpresa, mas não afastou-o. Ele sorriu – Você permite que eu guarde o seu sono por essa noite, Lewis-san?

I… I’m… glad… prince charming… but, you don’t have to… (Eu fico grata, Príncipe, mas você não precisa..)

Ainda segurando a mão dela, Tadase voltou a deitar.

— Não se preocupe mais, Lewis-san. Eu vou segurar a sua mão, e nada de ruim vai acontecer. Não confia em mim?

E quando ele fitou Anna nos olhos, mesmo que ela não conseguisse enxergar muita coisa sem os óculos e no escuro, ela sentiu algo aquecendo-a por dentro, e cada pequena preocupação, mesmo as que nada tinham a ver com fantasmas no hotel, se dissolveram instantaneamente.

— Eu confio… - ela assentiu, segurando firmemente a mão que Tadase ainda mantinha na sua, entrelaçando os dedos aos dele. Um sorriso fraco se formou – my… prince charming…



De alguma forma, os dois conseguiram dormir rapidamente, ainda com as mãos entrelaçadas uma a outra, e não ouviram quando os barulhos misteriosos dos fantasmas continuaram a ecoar pelo lugar, acompanhado de passos ruidosos na grama do lado de fora, e vozes alteradas e sussurradas.

— Quanto tempo mais você vai ficar rondando esse lugar, Kaori? Já é noite, e você ainda não conseguiu montar a barraca! Nós não vamos ter lugar para dormir desse jeito, e está frio aqui!

— Quieta Jun, eles podem te ouvir!

Com um binóculo em mãos, Kaori rondava a propriedade do hotel, tentando espionar de alguma forma, o que acontecia lá dentro. Já havia tentado os quartos do segundo andar, mas caíra da árvore de forma tão desastrosa que a opção foi vetada, e agora ela tentava conseguir alguma coisa dos quartos do térreo.

— Mas o que você quer dos guardiões, afinal? Já tem todo tipo de informações pertinentes sobre eles, o que mais poderia querer?

— Eu não sei. Qualquer coisa que eu possa usar contra eles… - ela tentava encontrar uma janela aberta, sem muito sucesso. As luzes estavam todas apagadas, exceto por uma ou outra que nem mesmo eram de quartos dos guardiões.

— Mas se for isso, você pode apenas usar o ataque no Chara Nari e arrancar confissões…

— Imagem vale mais do que palavras, Jun-chan! Se eu tiver uma foto de algum dos guardiões fazendo coisas ilícitas, posso conseguir alguma coisa disso! Posso até chantageá-los! Seria bom ter fotos deles nas termas, mas nós chegamos atrasadas aqui de qualquer maneira…

— E você ainda não montou a barraca, eu devo lembra-la disso?

— Não, por favor – Kaori suspirou, cansada – São tantos bastões e tecidos e.. e… uma casa que tem zíper não é o ideal para uma pessoa como eu, sabe?

— Devia ter pensado nisso antes de sair correndo assim que soube que os guardiões iam viajar! – Jun a repreendeu.

— Aquele Matthew maldito, saiu em lua-de-mel com o namoradinho dele, todo saltitante e faceiro, e nem para me ajudar! To com raiva dele! Se eu tiver uma foto bem comprometedora dele com o ”Mi-chan” dele, posso mostrar pro chefe e conseguir alguma coisa com isso…

— Provavelmente, ele vai ser demitido, e todo o trabalho vai ficar por sua conta…

— Ah, verdade! Bom, de todo modo, ter esse tipo de informação pode valer alguma coisa no futuro… vamos, eu acho que o quarto deles fica do outro lado… - ela saiu correndo pelo jardim, encolhida no casaco de frio, com o binóculo e a câmera fotográfica pendurados no pescoço.

— Espera, Kaori! E se pegarem a gente aqui? – ela viu a dona sumir pelo outro lado, e soltou o ar, derrotada – Tanto faz, pelo menos na delegacia tem uma cama… e paredes… Ei, Kaori! Espera por mim!






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Notas finais do capítulo

Yoo, Shiro aqui, passando rapidinho pra postar e já tenho que ir, que to sem pc, praticamente ç-ç tendo que usar computador alheio escondida ainda... por isso, espero que tenham gostado, e até o próximo o/ bye bye~



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