Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 32
Capítulo XXXII




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Novembro teve início com um frio rigoroso se instalando. A neve começava a tingir de branco cada local da cidade, e o clima gelado se intensificava a cada semana. Era metade do mês, e o fim do ano se aproximava, mas a impressão era de que já estavam em pleno inverno;

Anna estava se adaptando perfeitamente ao frio do Japão, completamente acostumada com as temperaturas baixas na Inglaterra, e estava se sentindo em casa com a neve. Ela gostava do inverno, e parecia perfeitamente bem com tudo isso. Giovanni também gostava do inverno, e como vinha do norte da Itália, de uma região montanhosa e muito fria, estava bastante acomodado também.

Por outro lado, Miguel e Stéffanie estavam tendo um pouco mais de dificuldades com o frio, visto que nos seus países, o inverno costumava ser mais ameno em comparação com o norte da Europa. Miguel não se incomodava tanto assim, já que estava sempre indo para a casa de Shunsuke para ver filmes com ele debaixo das cobertas, tomando chocolate quente. Em contrapartida, Stéffanie passava o tempo todo reclamando de como o vento frio fazia seu nariz formigar, ou de como seus pés estavam gelados mesmo nas pesadas botas que usava.

Era uma dessas típicas manhãs geladas, em que todos chegavam meio que ao mesmo tempo aos portões da escola, e se cumprimentavam sonolentamente, encolhidos de frio. Miguel já andava mais à frente com Shunsuke, conversando sobre um novo musical que estava estreando na cidade, e que ele queria muito assistir. Amu e Rima conversavam sobre seus novos casacos de inverno, e Giovanni tentava acompanhar Kukai em uma discussão sobre os times de futebol da Itália, embora não entendesse tanto assim do assunto. Kairi discutia assuntos burocráticos com Tadase, mas ele parecia mais preocupado em ajudar Anna, que escorregava na neve acumulada pelo caminho de pedra que levava à entrada, e mal ouvia o que o pobre garoto de óculos dizia.

Chegando um pouco depois dos outros vinha Nagihiko, e ele logo reparou que Yaya, saltitante e escandalosa como sempre, querendo propor uma guerra de neve mais tarde, estava vindo sozinha.

— Onde está a Blanca-san? – ele não se conteve em perguntar, antes mesmo de dar bom-dia à amiga. Ela não pareceu se importar.

— Ah, eu acabei de contar para os outros, a Onee-chan está doente! Incrível, não é? Nunca pensei que ela fosse ficar tão mal por causa de uma gripe, ela parece tãaao invencível! – ela gesticulou amplamente, parecendo impressionada.

— Ela está mal? – Nagihiko não conseguia conceber uma situação como essa, mas sua preocupação era genuína.

— Muito! – talvez ela estivesse exagerando para dar dramaticidade ao tema, mas Nagihiko estava levando Yaya a sério – A Yaya acordou com ela tossindo muito, e mal conseguia respirar! Ela estava com febre, e a okaa-chan da Yaya deu remédio e mandou ela ficar na cama, por que a onee-chan não queria ficar em casa não! Agora ela deve estar dormindo…

— Entendo… - Nagihiko franziu a testa, muito sério – Tem alguém na sua casa agora?

— Não, os pais da Yaya foram trabalhar, e o Tsubasa-chan está no jardim de infância.

— Hm… Mas ela é tão teimosa e cabeça-dura, aposto como vai ficar boa logo… - ele desviou o olhar, seguindo em frente, sob o olhar atento de Yaya, que exibia um enorme sorriso sugestivo. Ele andou mais alguns passos, e então parou. Virou-se para Tadase (que estava ajudando Anna a levantar mais uma vez) – Hotori-kun… eu esqueci uma coisa importante… em casa… acho que vou ter que voltar…

— O quê? Ah, sim… sem problemas… - Tadase não entendeu nada, e segurando Anna pelo pulso para evitar que ela caísse de novo, assentiu com a cabeça – Você voltará mais tarde?

— Não sei. Vou tentar, mas não prometo nada.

— Tudo bem, se não há como evitar. – Tadase sorriu cordialmente.

Take care of her! (Cuide bem dela!)– Anna bradou, logo depois que ele saiu correndo apressadamente, pelo lado completamente oposto ao da sua casa.

— A Yaya espera que eles façam algum avanço! – ela exclamou, parecendo muito animada para alguém que tinha uma pessoa doente em casa.

— Aposto que ela nem está assim tão mal quanto você disse… - Kukai arriscou, já conhecendo a amiga muito bem para detectar algum dos seus planos de longe.

— Ela está doente sim! Mas vai ficar bem logo, não é? Com um enfermeiro particular! – ela insinuou, com o sorriso se tornando cheio de intenções e ninguém ali tinha dúvidas de que Yaya poderia ser bem sucedida em mais uma das suas mirabolantes artimanhas.

Nagihiko correu tanto quando suas pernas aguentavam, até que finalmente enxergou a casa de Yaya ao longe. Avançou até lá sem hesitar, apertando a campainha. Algum tempo depois, ouviu ruídos de alguém se aproximando para abrir a porta, muito lentamente.

Quando Stéffanie apareceu, sua face pálida e marcada por olheiras se espantou ao ver Nagihiko ali. Por um momento, pareceu em dúvida sobre o que estava vendo, e seu rosto já ruborizado por conta da febre, se intensificou.

Qué estás haciendo aquí (O q-que está fazendo aqui?) – ela conseguiu enfim dizer, com a voz rouca e fanha quase irreconhecível. Estava enrolada em um pesado cobertor, e ainda vestia pijamas e pantufas nos pés. O cabelo agora solto estava completamente bagunçado, e o nariz vermelho fungava enquanto ela tentava respirar, sem muito sucesso.

— Eu vim ver como você estava. – ele respondeu, ofegante pela corrida recente – Posso entrar?

Usted no tienes aula? – ela rebateu, semicerrando os olhos desconfiada. Ele sorriu de maneira infalível.

— A escola pegou fogo. As aulas foram canceladas. – ele sabia que não estava sendo convincente, mas a ideia era essa. Stéffanie disfarçou uma meia risada, e tossiu, antes de voltar a olhar para ele.

— Entre logo então. Como si tuviera una elección (Como se eu tivesse escolha) – ela revirou os olhos, cansada demais para discutir, e deu espaço para Nagihiko, que já foi tirando os sapatos e entrando.

— Você deveria ir dormir um pouco, para melhorar… - ele comentou, sem saber ao certo o que dizer.

— (Era exatamente o que eu estava fazendo antes de você chegar) – ela resmungou, a voz falhando na metade da frase. Nagihiko sorriu. Stéffanie estava vulnerável, e não podia gritar. Ele estava com a vantagem.

— Como se sente?

Era exactamente lo que estaba haciendo antes de su llegada (Como se tivesse sido atropelada por um rolo compressor. O que você acha?) – ela tentou colocar o máximo de rispidez na sua voz que saía com dificuldade – Se veio até aqui para fazer perguntas estúpidas, é melhor voltar para a escola agora, yo no necesito esto (eu não preciso disso…)

— Não, eu vim para cuidar de você! Yaya me contou que os pais dela foram trabalhar e você estava sozinha… pensei que precisava de alguma coisa.

Pensaste mal! (Pois pensou errado!) Eu não preciso de você, não preciso de nada! Estoy bien por mi cuenta también, puede ir lejos! (Eu estou muito bem sozinha também, pode ir embora!) – ela bradou furiosamente, e como que para confirmar suas palavras, ia dar as costas para voltar ao quarto, porém, quando girou para o corredor, seu equilíbrio balançou, e ela sentiu-se indo ao chão.

Nagihiko tinha reflexos rápidos, e atravessou o espaço até Stéffanie como um raio, conseguindo segurá-la antes que caísse. Ela queria dizer mais uma vez que não precisava de ajuda, mas sua visão escureceu, e ela não conseguia encontrar a sua voz. A garganta doía pelo esforço de gritar, segundos antes, e sua cabeça girava por causa da febre. Ela não conseguia enxergar o rosto de Nagihiko, mal podia erguer a cabeça, mas sentia o corpo dele movimentando-se lentamente, perto demais do seu, com um calor que chegava a queimar. Ela só percebeu que ele a carregava no colo, gentilmente, ainda que com um pouco de dificuldade, quando ele a colocou de volta na cama do quarto de hóspedes que era dela na casa de Yaya.

Ele a cobriu por inteiro, deixando só o rosto de fora dos cobertores. Ela sentiu aquela estranha mistura de frio e calor resultado da febre, e queria protestar por Nagihiko tê-la pego no colo como se ela fosse uma criança, mas suas pálpebras pesaram, e ela não conseguia se mover. Estava confortável, aquecida, e sentia mais alguma coisa, suave e cálida, que fazia seu coração se inflar. Era quase como quando ela era pequena, e ficava doente, em casa, e podia faltar aula. Rosário cuidava dela, e elas terminavam o dia lendo livros juntas, até que ela caísse no sono. Era a mesma sensação de cuidado, de proteção… mas de uma maneira diferente, fazia Stéffanie sentir-se inquieta. Ela não entendia, ou melhor, não queria entender, e incomodava o fato de que estava se sentindo tão feliz por Nagihiko ter aparecido. Justamente quando estava pensando nisso, sua mente foi se enrolando em cada pensamento, atrapalhando-se e perdendo o foco, e antes que percebesse, ela já dormia.

Não sabia quanto tempo havia passado, quando abriu os olhos novamente. Estava suando, mas sentia algo gelado sobre a testa. Um cheiro bom e familiar se espalhava pelo cômodo, mas ela não conseguia identificar de primeira.

Ela tentou sentar, e a compressa molhada que estava na sua cabeça caiu no colo. Ela resmungou baixinho algo em espanhol, e sua garganta ainda doía. Francamente, aquele garoto tinha mesmo que fazer essas coisas? Isso era injusto…

— Ei, você acordou! É melhor deitar, sua febre não passou ainda…

Nagihiko surgiu pela porta, trazendo uma bandeja cheia de coisas, e com algo fumegante, nas mãos. Sorria calmamente, e isso dava nos nervos em Stéffanie. Se ao menos ele não tivesse aquele sorriso irritante, e não estivesse ali cuidando dela… ah, isso tudo bagunçava seus pensamentos.

O que você ainda está fazendo aqui, garoto? (O que você ainda está fazendo aqui, garoto?) Eu mandei ir embora! – ela bradou, cruzando os braços. Ele se aproximou, deixando o prato de lado na cômoda, e sentou na beirada da cama.

— Se eu não estivesse aqui, quem ia cuidar de você, hein? Aposto que você não ia conseguir nem fazer algo para almoçar sozinha… - ele comentou, virando-se para pegar algo na bandeja – Aqui, um remédio para a sua garganta. Ainda dói, não é?

— Um pouco, nada com que eu não possa lidar. Y el remedio para la fiebre, eu tinha que tomar… – ela murmurou, sem saber direito o que fazer com as mãos, e retirou o pano úmido do colo, jogando para o canto.

— Você já tomou, enquanto dormia. – ele respondeu, e Stéffanie ia protestar quanto a isso, mas não pode, pois a colher com remédio estava bem à frente da sua boca, e se ela abrisse para falar, teria que tomá-lo de uma só vez. – Vamos logo, tome esse também.

— Pero el sabor es tan malo! (Mas o gosto desse é ruim!) – ela bradou, e assim que concluiu a frase, Nagihiko empurrou o medicamento para os lábios dela, obrigando-a a tomar tudo. Ela engasgou, tossindo violentamente por causa do gosto amargo, e então o fitou como se pudesse arrancar o fígado dele fora com aquela mesma colher.

— Certo, agora que você tomou seu remédio, pode tomar a sopa que eu fiz para você… - ele sorriu, trazendo então a bandeja. A tigela com líquido de aparência saborosa e cheiro melhor ainda soltava vapor, enquanto ele a colocava cuidadosamente no colo da espanhola. Ela sentiu o aroma delicado dos temperos, que fazia lembrar a comida de Rosário na Espanha, e tentou segurar um sorriso que quase se espalhou pelo seu rosto. – Eu ia fazer mingau, mas então reparei que era quase hora do almoço, e você provavelmente iria gostar mais de uma sopa… você não gosta de coisas sem gosto como mingau, não é?

Ela não respondeu, o rosto corando ligeiramente, e não por causa da febre. Nagihiko sabia sobre seus gostos e isso a deixava confusa. Queria arranjar algum motivo para brigar com ele, qualquer um, mas simplesmente não conseguia encontrar, nem motivação, nem energia, para isso. Começou a comer, principalmente por que seu estômago protestava por não ingerir nada desde a noite anterior. Nagihiko sorriu mais ainda quando ela se moveu, e isso só aumentava a sua irritação.

Necesita más condimento… (Precisava de mais tempero…) - ela disse, tentando tirar aquele sorriso idiota do rosto dele.

— Isso é porque você não está sentindo gosto de nada, está gripada – ele rebateu, impassivelmente. Ela bufou, voltando a comer. Colocou a franja para o lado com os dedos, enquanto assoprava o conteúdo da colher, e então percebeu que o cabelo não estava mais caindo nos olhos como antes. Passou a mão por ele, e estava preso.

Por qué mi cabelo…

— Ah, ele estava tão bagunçado, eu tomei a liberdade de fazer uma trança…

— O quê? – ela soava indignada, e o vermelho no seu rosto se intensificou ainda mais. Quase derrubou a bandeja de comida, mas por sorte, Nagihiko segurou. – Qué le hiciste a mí mientras yo dormía, muchacho depravado? Mientras yo estaba indefenso ... (O que você fez comigo enquanto eu dormia, garoto depravado? Enquanto eu estava indefesa…)

— Você é tudo menos indefesa, até doente e dormindo… enquanto eu penteava seu cabelo, você me beliscou. Duas vezes – ele mostrou uma marca vermelha perto do pulso. Agradecia por ela não ter reparado que, durante a manhã, ele havia até mesmo organizado o quarto dela, depois de tanto tempo entediado. Isso provavelmente renderia alguma reclamação quando ela percebesse, e quanto mais tarde melhor, mas ele gostava de arrumar coisas, e aquele monte de livros espalhados por todos os lados estava deixando-o maluco. – Bem, tanto faz, você já terminou de comer?

Aún no. (Ainda não.) – ela voltou a comer rapidamente, sem encará-lo. Ele a fitava com uma espécie de afeição que ela nunca havia notado antes, com tanto cuidado e devoção… ela não conseguiria aguentar muito mais disso, e era insuportável a sensação de estar sendo observada por aqueles olhos. Tentou pensar em outra coisa, mas sua mente ainda estava dormente, embaralhada depois das muitas horas de sono, e dos remédios.

Quando finalmente terminou a sopa, Nagihiko recolheu a bandeja. Ela o observou, enquanto ele a colocava na mesa do lado oposto, e virava-se para olhar para ela novamente. Sua mente parecia derreter, e ela sentia-se tão tonta que não aguentava nem ficar sentada mais. Aquele olhar… aquele olhar, não era nada justo com ela.

— Precisa de mais alguma coisa? – ele indagou, prestativo. Stéffanie mordeu os lábios, querendo bater na cabeça dele até tirar aquela sensação incômoda do seu peito.

No ... yo sólo ... tengo sueño ... (Não… eu só… estou com sono…) – ela murmurou, incerta – No es posible, eu dormi tanto…

— É por causa do remédio. Deixe-me ver… - ele se aproximou, ajeitando os travesseiros ao redor dela, e cobrindo-a cuidadosamente com os cobertores. Ela não gostou de se sentir tão frágil, como se realmente precisasse desses cuidados todos. Inesperadamente, Nagihiko ergueu a mão, e acariciou com leveza a testa de Stéffanie, por baixo da franja. Ela arfou de susto pelo ato repentino. A mão dele queimava contra sua pele. – Ainda está com a febre alta… durma mais um pouco, eu vou cuidar disso…

Idiota… – ela balbuciou, de mau-humor. Ele riu. Enquanto ela estivesse desferindo xingamentos e reclamações, então é porque estava tudo bem. Stéffanie fechou os olhos, cansada de lutar contra as pálpebras pesadas de sono. Sentia-se lenta, como se seus braços não a obedecessem. A voz de Nagihiko derretia em seus ouvidos, e ela não conseguia mais entendê-lo, e nem se esforçava para isso. Agora, só queria dormir. Sua cabeça girava e doía, e quando ela se esforçou para abrir os olhos novamente, não sabia nem mesmo dizer onde estava. O remédio mexia com seus sentidos e não a deixava raciocinar direito. – Hermana… Rosario... usted está aquí? (Rosário… Irmã… você está aqui?) – o pedido fraco escapou dos seus lábios. Ela sentiu uma mão carinhosa afagando seu rosto, e ainda de olhos fechados, sorriu fracamente.

Nagihiko sabia que não era certo pensar isso agora, mas ela ficava realmente linda quando sorria. Era evento tão raro, entretanto, que ele se sentia bem em saber que era o único a presenciar isso naquele momento.

— Estou aqui… - ele forçou uma voz feminina, e um sotaque espanhol, tentando imitar o tom que lembrava um pouco o da irmã dela. O sorriso de Stéffanie alargou um pouco, enquanto ela parecia relaxar. – Você precisa de alguma coisa?

No ... yo sólo quiero dormir ahora ... (Não… eu só quero dormir, agora…) – ela murmurou – Ei… Rosário…?

— Sim?

Se puede encontrar una manera de hacer que ese niño de aqui? no quiero que él sea haciendo ... tanto por mí ... (Pode dar um jeito de fazer aquele garoto sair daqui? Eu não quero que ele fique… fazendo tanto por mim…).

— P-por que não? Ele só está cuidando de você… você o odeia tanto assim? – ele indagou, com a voz quase escapando. Stéffanie balançou fracamente a cabeça, em negação.

Non… p-por el contrario... (Não… p-pelo contrário…) – a voz dela quase sumiu, enquanto ela se encolhia de frio – Me gustaría poder odiarte ... realmente… (Eu queria… poder odiá-lo de verdade…).

Nagihiko ofegou, surpreso com aquela revelação. Seu rosto esquentou, e ele não conseguiria dizer nada, fosse na voz da Rosário ou na sua própria… por sorte, Stéffanie parecia estar dormindo já, e não disse mais nada. Ainda tinha dificuldades para entender o que ela dissera – e precisava se convencer de que não era um produto da sua imaginação aquilo que ouvira. Um sorriso fraco e genuíno se espalhou pelo seu rosto, enquanto olhava para ela.

Ele a observou pegar no sono, e inclinou-se, ainda tocando suavemente o rosto da espanhola. Ela estava tão vulnerável e sem resistência agora que ele não abriria mão da chance que tinha.

— Fique bem logo, Blanca-san… - ele sussurrou, e sem pensar muito no que fazia, depositou um singelo beijo no rosto da garota. Não ousaria fazer mais do que isso, é claro, por mais que a proposta fosse tentadora. Sorriu quando a viu franzir a testa mesmo durante o sono, e se preparou para levantar.

Subitamente, o toque leve de uma mão o fez refrear. O aperto era fraco, quase inexistente, mas ela segurava os dedos de sua mão.

A donde vaya? (Aonde você vai, Nagihiko…?) – a voz rouca indagou, embora ela não tivesse aberto os olhos. Nagihiko hesitou por um momento, pensando que ela havia reparado no que ele fez, mas ela parecia ainda estar dormindo, apesar de tudo. E também, não parecia lembrar-se da conversa com “Rosário”, ou pensava que se tratava de um sonho.

— Vou lavar os pratos sujos…

No… (Não…) – ela murmurou, e o aperto de sua mão se tornou um pouco mais forte – Quedarse aquí (Fique… aqui…) – ela não disse mais nada, e seu corpo amoleceu, caindo completamente na inconsciência. Nagihiko ficou em silêncio por alguns instantes, ainda tentando entender o que acabara de acontecer, mas continuou onde estava, observando o rosto adormecido de Stéffanie, respirando com dificuldade, o rosto ainda ruborizado.

Depois de algum tempo, ele acabou também se rendendo ao sono. Estava cansado pelo tempo em que ficou cuidando dela, e pela preocupação. Dormiu com a cabeça pendendo a centímetros de distância do rosto da garota. E, em nenhum momento, sua mão soltou a dela, durante toda a tarde.


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Notas finais do capítulo

Gente.. eu nem tenho mais desculpas por todos os atrasos... Eu sei que é bem ruim, e eu não vou me redimir da culpa, por que ela é toda minha. A Teffy-senpai sempre tem tudo direitinho e em dia, quem se atrasa sou eu mesmo. É sempre tanta coisa, entre trabalho, faculdade, e outros problemas pessoais, não sobra mesmo tempo pra eu me dedicar ao que eu gosto de fazer, por que é um hobbie, e eu preciso ser mais cuidadosa com as minhas coisas.... Então,peço perdão, e espero que entendam.

Cansei dessa coisa de ser adulto, quero voltar pra escola ç-ç quando eu não tinha que me preocupar com contas, compromissos, responsabilidades e essas coisas todas .-.'


Beem, até a próxima, e espero que não estejam com (muita) raiva de mim :9 bye bye~



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