Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 31
Capítulo XXXI




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Na manhã seguinte (que talvez nem pudesse mais ser chamada de "manhã", pois já era quase meio-dia) quando os Guardiões e seus amigos finalmente começaram a despertar depois de passarem a madrugada cantando e festejando o Halloween, começaram a se levantar, a maioria sonolenta e preguiçosamente, e alguns poucos ainda tendo reações diferentes: Anna, por exemplo, tinha sido uma das primeiras bagunceiras a cair no sono (logo depois e Amu, Stéffanie e Rima, esta última apenas quando saiu do Chara Change) então, quando acordou e viu que Tadase tinha adormecido ao lado dela, provavelmente para protegê-la de alguma brincadeirinha noturna, pulou pra longe dele soltando um berro de susto e vergonha misturados, que acordou a maioria dos outros que ainda dormiam. A espanhola, que despertou com o grito dela, também gritou logo em seguida ao ver que Nagihiko tinha dormido perto dela sem que a garota percebesse, e começou a desferir uma enxurrada de reclamações e xingamentos em espanhol que ninguém entendia por causa da mistura do estado sonolento e enraivecido dela. O grito de Stéffanie acordou os poucos restantes que tinham resistido ao berro da inglesa e, após passar o estado de atordoamento misturado com raiva por terem sido despertados tão bruscamente, a maioria teve a reação normal que se tem após uma festa, que seria a de suspirarem aliviados ao verem que a tempestade da noite anterior já terminara lá fora e o sol começava a aparecer por trás das nuvens no céu nublado, ir comer alguma coisa que tivesse sobrado da festa, trocar de roupa e finalmente tirar aquelas fantasias de Vocaloid, e começar a arrumar a bagunça que causaram na festa da noite anterior, sendo que alguns poucos tiveram reações completamente diferentes:


Miguel era um deles, é claro. Depois de tudo que tinha aprontado durante a festa, agora se encontrava em um terrível estado de depressão pós-Chara Change, e se encolhera em um canto, sentado no chão abraçando os próprios joelhos em posição fetal; Giovanni era outro que sofria as consequências depois de tudo o que aprontara no Chara Change, e agora tinha se refugiado no degrau de uma escada que dava para o andar superior, com os braços ao redor do corpo de forma protetora, encostado em uma parede, murmurando palavras sem sentido em italiano; Ikuto, por outro lado, estava agindo como um verdadeiro gato preguiçoso, e recusava-se a ajudar na arrumação ou o que quer que fosse, querendo apenas poder dormir o resto do dia; Kukai havia sido vencido pela insistência dos amigos, embora parecesse estar mais inclinado a fazer como Ikuto e agir como um preguiçoso, deitando em um canto qualquer e dormindo o quanto mais ele quisesse; E Yaya também era outra que obviamente não estava com nenhuma vontade de ajudar na arrumação, muito embora ela fosse de longe a maior causadora de toda aquela bagunça.


Todos foram convencidos a pelo menos tomarem café da manhã e comer alguma coisa de alguma forma e, enquanto alguns poucos tentavam convencer os mais preguiçosos e depressivos a ajudarem na arrumação, os outros já tinham trocado as fantasias por suas roupas normais e agora davam início à arrumação do lugar:


– Ei, Miguel, vamos lá, você é um Guardião também afinal... anda, levanta daí, troca essa roupa e venha ajudar a limpar! - Shunsuke chamava pela terceira vez seguida, já com sua roupa normal
– Não quero me trocar... não quero levantar... não quero fazer nada... estou a morrer de vergonha depois de ontem... só quero morrer de vez... - o português murmurava em resposta, com o queixo apoiado nos joelhos dobrados, tentando inutilmente esconder o rosto embaixo da franja
– Bem, você é quem sabe - Shunsuke recuou um passo, fingindo estar derrotado - Mas, sabe, você ainda está fantasiado de Meiko e usando e essa saia... e, sentado nessa posição, todo mundo pode ver sua roupa íntima por debaixo dessa minissaia, sabia? - ele deu meia-volta, fingindo ir embora sem se importar
– É o q-q-quê?! - o português levantou-se em um salto, agarrando-se às costas da camisa do namorado, com o rosto em chamas - I-I-Isso é sério, Shunsuke??
– Ah, é sim... aquela ruiva baixinha, a Yaya-chan, e a sua amiga cantora, já até tiraram foto e filmaram tudo o que podiam e o que não podiam enquanto você estava aí sentado todo depressivo sem prestar atenção no mundo ao seu redor - Shunsuke confirmou, tão calmo como quem fala do tempo - Por isso eu achei que, mesmo que você não queira ajudar na limpeza, seria melhor ao menos trocar de roupa e tirar essa saia, sabe? Se bem que, depois do que todo mundo já viu, acho que não faz mais a menor diferença você continuar de minissaia ou tirar ela logo de uma vez e ficar só com a roupa de baixo mesmo... aquelas duas estrangeiras estavam com cara de quem queriam te filmar também, mas pareciam embaraçadas... no entanto, por outro lado... se você fizesse isso, acho que elas ficariam estranhas e alteradas que nem ontem na festa e aí sim fariam isso de vez... - ele ponderou, referindo-se obviamente ao Chara Change das duas sem citar essa palavra, e fazendo o rosto de Miguel enrubescer ainda mais, enquanto ele entrava em um ataque de pânico
– M-M-Mas o q-que...?! - o português gaguejava incoerente... M-Mas... mas i-isso não... v-você não pode... estar f-falando sério... e p-por que você deixou elas filmarem i-isso?! Q-Que tipo de n-namorado você é afinal, hein??
– Bom... devo admitir que aproveitei pra tirar umas fotos também. Não é todo dia que se tem uma visão privilegiada como essa, sabe? - Shunsuke deixou escapar um sorriso maroto, e Miguel sentiu seu rosto esquentar tanto que podia jurar que poderia fritar uma omelete em sua testa, sentindo em seguida que poderia desmaiar de vergonha à qualquer momento - Vamos, não faça essa cara, não adianta de nada chorar sobre o leite derramado! Ou melhor, nesse caso, acho que seria "sobre o leite fotografado".... bom, enfim, não adianta nem tentar me culpar, foi você quem ficou ali sentado um tempão com sua roupa de baixo à mostra como um exibicionista! E é por isso que estou dizendo que é melhor você ir se trocar logo antes que alguma maluca resolva arrancar suas roupas fora de uma vez sem que você nem perceba por causa desse seu estado depressivo e filme o que tem por debaixo delas pra depois vender por aí, colocar na internet, ou sei lá mais o que!


Completamente tomado por seu ataque de pânico, Miguel nem conseguiu responder mais nada e saiu correndo o mais depressa que suas pernas bambas conseguiam na direção do vestiário masculino improvisado, onde suas roupas normais tinham ficado na noite anterior, enquanto Shunsuke ficava para trás, com um sorriso satisfeito nos lábios. Aquilo era, felizmente para Miguel, uma completa mentira, é claro. Yaya e Utau realmente tentaram filmá-lo, e tanto a inglesa quanto a espanhola também pareciam tentadas a fazerem isso, divididas entre essa vontade estranha e a vergonha, no entanto, Shunsuke interrompera à tempo e não deixou que elas fizessem isso. Entretanto, ele não sabia realmente se alguma delas conseguira fotografar alguma coisa ou não sem que ele notasse. A única verdade ali era que, ele sim havia tirado uma foto ou outra. Mas, desde que aquela história toda servisse para tirar o português de seu estado depressivo, talvez não fosse uma mentira tão ruim assim. Pelo menos não era pior do que a mentira que "Matthew" estava contando para Miguel.


Enquanto isso, outra pessoa ali estava enfrentando o mesmo tipo de problema, porém de se seu próprio jeito.


– Vamos, Giovanni, até o Miguel já foi trocar de roupa, você deveria ir também e começar a ajudar a limpar essa bagunça - Rima dizia para o garoto encolhido no degrau da escada, a cabeça apoiada na parede
Non mi interessa quello che Miguel fa o non fa... ancora non riesco a credere che ho fatto tutto quello che ieri... come potrei ffazer tutto ciò che, quelle cose imbarazzanti ... ahh cielo, che vergogna, mi sento come potrei morire di vergogna lì in qualsiasi momento! (Não quero saber o que o Miguel faz ou deixa de fazer... ainda não acredito que fiz tudo aquilo ontem... como eu pude fazer tudo aquilo, aquelas coisas constrangedoras... ahh céus, que vergonha, sinto que posso morrer de vergonha há qualquer momento!) - o garoto de cabelos prateados murmurava em italiano, tentando esconder o rosto enrubescido entre os os joelhos dobrados
– Ei, não se esqueça de que você também está de vestido, se ficar nessa posição, alguém pode acabar tirando fotos do que não devem também, hein - a loira avisou
Che? Ma ho pensato che fosse un lungo cofano... (O que? Mas eu pensei que isso fosse uma capa longa...) - o italiano encarou-a confuso, erguendo os olhos para Rima pela primeira vez naquele dia
– Ora, a quem pensa que está enganando, é um vestido, todo mundo sabe disso - a menor revirou os olhos, sem saber se ficava irritada ou se ria da ingenuidade dele - A Yaya só mentiu pra você ontem porque queria te fazer vestir essa coisa
S-Si tratta di un abito?! M-Ma poi... così ho... (I-Isso é um vestido?! M-Mas então... então eu...) - ele começou a murmurar, sua face tingindo-se lentamente de vermelho enquanto ele assimilava a informação, porém, antes que completasse seu gaguejar, Rima perdeu a paciência de vez e prosseguiu
– Sim, sim, é um vestido, mas você já está usando, então é tarde demais para reclamar. Agora pare de choramingar e vá logo trocar de roupa pra nos ajudar a limpar essa bagunça, anda - sem pestanejar, ela arrastou o garoto pelo cabo de USB que continuava milagrosamente preso em sua fantasia, e o levou até o vestiário improvisado onde Miguel agora se encontrava, empurrando-o lá pra dentro.


Depois que os dois últimos trocaram suas fantasias por roupas normais e saíram daquele estado depressivo forçadamente, Tadase logo os recrutou para ajudarem na arrumação. Giovanni começou a ajudar a varrer a sala, enquanto Miguel foi ajudar Nagihiko a recolher as bandejas de comida, agora vazias exceto pelo farelo, para então colocar as mesas no lugar. E no entanto, mesmo assim, ainda havia gente que reclamava:


– Por que a Yaya tem que ajudar a limpar também?! Yaya é um bebê, e bebês não deviam arrumar nem limpar nada, as pessoas grandes é quem têm que fazer isso por eles!!
Usted tienes que ayudar porque la estúpida idea de la fiesta fue tua. Así que deja de quejarte y pronto limpiar la habitación antes de que limpie usted, su molesta aburrida! (Você tem que ajudar porque a ideia dessa festa idiota foi sua. Então pare de choramingar e vai logo limpar a sala, antes que eu limpe você, sua escandalosa irritante!) - Stéffanie respondeu prontamente, batendo na cabeça da ruiva com o cabo do espanador que segurava
– Itaaaaiii!! Como você é cruel com a Yaya, Onee-chan! - a Às choramingou, levando as mãos ao local onde apanhara - E você, hein? Aposto como deve estar cansada também, como consegue ficar ajudando a arrumar sem reclamar?!
Porque Rosario siempre me obligaba a ayudar en la limpieza de la casa en España, así que estoy acostumbrada (Porque a Rosário sempre me obrigava a ajudar na limpeza da casa na Espanha, por isso já estou acostumada) - a espanhola respondeu simplesmente
– Ehh... então sua irmã mais velha te obrigava a ajudar na limpeza antes de você vir pra cá, é? - Nagihiko comentou, e Stéffanie confirmou com um aceno de cabeça, encarando-o como quem diz "Aonde quer chegar com isso?" - Ou seja, agora que está livre das ordens da Rosario-san, e virou uma "Onee-chan", está se vingando na Yaya-chan, é isso?
Sí. Y qué tiene eso? (Sim. E daí?) - a Rainha espanhola o encarou com uma cara ainda mais irritada do que antes
– N-Nada... só queria confirmar - Nagi virou-se para o outro lado e continuou com o que estava fazendo antes que acabasse apanhando de espanador também, no entanto sem conseguir deixar de se surpreender por ela ter admitido alguma coisa dessa vez
– Ahh, cuidado, Lewis-san! - Tadase exclamava perto dali, impedindo pela quinta vez que Anna deixasse algum prato, copo, talher, ou o que quer que fosse de cair no chão enquanto ela esbarrava ou tropeçava em alguma coisa. Apoiou a mão em sua cintura para que ela não caísse junto com o prato que estava prestes a derrubar no chão, enquanto impedia o prato de cair e quebrar com a outra - Você está bem?
– Y–Yes, I am... thank you Prince. T-Thanks again... (S-Sim, eu estou... obrigada, Príncipe. Obrigada de novo...) - ela murmurou sem jeito enquanto Tadase apoiava o prato em cima de uma mesa próxima - Looks like I was not even made for such things. I can not even help with a simple cleaning without breaking everything around... I always had servants to tidy the messapra tidy the mess I made and clean it for me, so I'm not even used to it... not to mention that I have always been clumsy by nature... Artie should be right after all, I do not spend a klutz useless, it serves neither be heir to the throne and not a single normal girl. I'm sorry, Prince, it seems you have to be always helping me... (Parece que eu não fui mesmo feita para essas coisas. Não consigo nem ajudar em uma simples limpeza sem quebrar tudo ao redor... eu sempre tive criados para arrumarem a bagunça que eu fazia e limpar tudo para mim, então não estou mesmo acostumada com isso... sem falar que sempre fui desajeitada por natureza... o Artie devia ter razão afinal, eu não passo de uma desastrada inútil, que não serve nem para ser herdeira do trono e nem uma simples garota normal. Eu sinto muito, Príncipe, parece que você tem que estar sempre me ajudando...) - ela murmurou, parecendo cada vez mais desolada a cada palavra que pronunciava, abaixando a cabeça até que a franja lhe cobrisse os olhos
– Lewis-san, não fale assim! Olhe pra mim. Vamos, olhe para mim! - vendo que ela não fazia o que ele pedia, Tadase levantou o queixo dela com uma das mãos, obrigando a inglesa a encará-lo. Como imaginou, seus olhos estavam ficando cada vez mais úmidos - Seu primo não tinha razão em nada do que ele dizia. Arthur-san não passa de um rapaz obcecado com essa história sobre herdar o trono e governar a Inglaterra, que parece ter passado a vida toda estudando leis, regras, boas maneiras, e coisas do tipo. Ele com certeza se tonou uma pessoa de bom porte, é muito refinado, educado e tudo o mais, só que se esqueceu do mais importante: De como a família e os amigos são infinitamente mais preciosos do que um trono idiota! As pessoas com quem crescemos e convivemos, as pessoas de quem... g-gostamos e nos importamos, são infinitamente mais preciosos do que ter boas maneiras, ou ser menos desajeitado. E você dá mais importância à isso, ao que se é mais valioso... então não faça mais essa cara, está bem?
– Yes... okay, Prince... (Sim... está bem, Príncipe...) - ela respondeu, enxugando os olhos por trás das lentes antes que alguma lágrima escorresse por seu rosto, e deixando escapar um pequeno sorriso
– Ehh... quem diria, logo você discursando sobre como família e amigos são mais importantes do que assumir o trono... imagino o que seu Shugo Chara diria se te ouvisse falando algo assim, hein, Reizinho? - Ikuto provocou, sentado perto dali com os braços atrás da cabeça, apoiado em uma parede vazia, observando tudo calado - Aliás, quem diria que logo você seria tão ousado em continuar nessa posição por tanto tempo... aproveita a chance e beija ela logo de uma vez, Tadase!


O loiro já ia se virar para responder, quando enfim percebeu à que Ikuto se referia: A mão que usara para amparar Anna do tombo iminente continuava envolvendo a cintura dela esse tempo todo, enquanto que a outra ainda segurava o queixo da garota entre seus dedos. Ele provavelmente não percebera isso antes por causa da preocupação em não deixá-la cair, e depois, pelo que a garota começara a dizer. E a inglesa, distraída como era, não devia nem ter se dado conta disso, sem falar que o estado depressivo em que ela tinha começado a entrar não ajudava em nada em sua percepção. Quem não estivesse observando a cena desde o começo, ou ouvindo a conversa deles, teria toda a razão em pensar que Tadase estava prestes a beijá-la.


Os dois gritaram em uníssono ao se darem conta da situação em que se encontravam, Anna de vergonha e Tadase de susto, enquanto o loiro pulava pra longe dela e a inglesa se encolhia, parada no mesmo lugar onde estava.


– G-Go-Gomenasai, Lewis-san, eu não percebi... i-isto é, eu n-não queria... etto... b-bem... e-eu sinto muito mesmo!! - ele inclinou a cabeça em uma reverência desajeitada, o rosto colorindo-se rapidamente de vermelho
I-It's okay ... d-don't worry, Prince (E-Está tudo bem... não se preocupe, Príncipe) - ela respondeu, tentando se recompor aos poucos, ainda sentindo seu coração palpitar feito um louco, como se quisesse saltar para fora da boca, tão nervosa e desnorteada que nem se deu conta do quanto sua face tinha enrubescido
– Viu só, eu disse que ele ia perder a coragem e não ia beijar a inglesinha no fim das contas. Eu ganhei de novo, pirralho - Ikuto dizia para Kukai, sentado em uma mesa ao seu lado, aparentemente também fugindo da limpeza
– Ahh droga, como você faz essas coisas, Ikuto?! - o ruivo queixou-se, entregando um de seus doces favoritos de Halloween para o mais velho
– Experiência de vida, meu jovem. Um dia você chega lá - o neko respondeu com um ar de sábio que não combinava com ele, devorando o doce que ganhara na aposta
– Isso não valeu, todo mundo sabe que o Tadase é um pamonha, é claro que ele não faria isso no final! Vamos tentar de novo, eu quero uma revanche! - Kukai exigiu
– De novo? Vai perder todos os doces assim, hein, meu rapaz... - Ikuto avisou - Mas, por mim tudo bem. Quem vai ser agora? Que tal o dançarino travesti e a espanhola?
– Ehh?! tem certeza de que quer apostar com eles?! - Kukai indagou como se Ikuto tivesse sugerido andar sob um campo minado - Acho que o Nagi não ligaria tanto, mas aquela garota é assustadora...
– Ora, não vai me dizer que está com medo de mulher, seu fracote?! - o mais velho provocou
– Ei, vocês dois! - Tadase chamou antes que o ruivo pudesse responder - O que estão fazendo aí conversando?! Vocês participaram da festa também, então precisam ajudar na arrumação! Vamos, levantem daí e comecem a limpar, Souma-kun, Ikuto-niisan!
– Ahh droga, o Reizinho se irritou... viu, por isso que eu disse que não devíamos ter apostado usando ele - Ikuto resmungou como um gato preguiçoso
– Não deviam ter apostado com ninguém. Agora parem de bagunçar e comecem a ajudar, vamos! - o loiro exclamou novamente
– Hai, hai, já vamos, "Majestade"... - Kukai rendeu-se mais facilmente, mais por preguiça de discutir inutilmente com Tadase do que qualquer outra coisa e indo procurar alguma tarefa fácil para fazer - Droga, eu deixei de ser Valete há anos, por que ainda preciso obedecer as ordens dele?!
– Uma vez Valete, sempre Valete, meu caro... - Ikuto cantarolou, dando uma risadinha
– Você também, vá ajudar a limpar, Ikuto-niisan! - Tadase exclamou
– Mas eu sou não passo de um gato preguiçoso, e gatos dormem de dia e fazem bagunça de noite, portanto não posso ajudar~ nya... - ele murmurou se espreguiçando
– Imitar o Yoru não vai ajudar em nada, vai logo! - o menor insistiu
– Ah, é? E quem vai me obrigar, posso saber? - Ikuto o encarou mais sério, como que o desafiando-o
– Pare com isso, ele tem razão, Ikuto... nós festejamos bastante ontem, então precisamos ajudar também... - Utau intrometeu-se antes que Tadase pudesse responder alguma coisa - Demo nee, o Ikuto tem razão em uma coisa... assim como a Anna-chan aqui, eu também não fui feita pra limpar, arrumar, e essas coisas... sou uma cantora, tenho empregados que fazem isso pra mim afinal
– Seus empregados não vão ajudar em nada agora, Utau-chan - Tadase rebateu
– Ora, e quem disse que não? Se eu mandar eles fazerem hora extra e pagar um bônus depois, aposto que eles não se importariam em vir ajudar! - a cantora respondeu
– Acho que, se eu chamasse meus escrav... quero dizer, fãs, eles também viriam ajudar sem questionar. E eu nem precisaria pagar à eles depois - Rima intrometeu-se, muito embora ela mesma já não estivesse ajudando em nada, e sim aproveitando-se de seu tamanho diminuto para se encolher em um canto qualquer e ficar tomando o pouco chá que tinha sobrado da festa. Ao ouvir aquilo, Giovanni remexeu-se incomodado. Desde que chegara ao Japão, percebeu que Rima tinha muitos admiradores, sabia que muitos fãs deviam gostar dela, e não os culpava por isso, Rima era adorável afinal, mas... ainda assim, ele não gostava disso
– Pronto, aí está, mais ajuda é sempre bem vinda! - Utau exclamou, apontando para a menor, sem se dar conta da situação - Mais alguém aí tem algum empregado, servo, escravo ou coisa do gênero pra trabalhar por nós.... quero dizer, ajudar? Anna-chan, talvez? Você deve ter um monte de empregados afinal!
Well, yes, but... they are in England, so... (Bem, sim, mas... eles estão na Inglaterra, então...) - a Às estrangeira murmurou como quem se desculpa
– Ah, é verdade, me esqueci disso - Utau concordou, esquecendo-se totalmente desse detalhe - Bom, mais alguém aí que não seja um estrangeiro e de família rica? Nagi-kun, talvez?
– Bem, eu tenho mesmo empregados em casa, mas... chamá-los até aqui pra arrumar a bagunça que nós fizemos não parece uma boa ideia... - ele discordou
– Ora vamos, aposto que todos nós ainda estamos cansados demais depois da noitada de ontem pra arrumar essa escola toda sozinhos, precisamos de uma ajudinha extra! - Ikuto exclamou - Não concorda... Príncipe? - ele acrescentou, com um sorrisinho maldoso, pronunciando a "palavra proibida". Obviamente o Chara Change de Tadase foi ativado, e ele imediatamente subiu em uma cadeira, como se estivesse sob um pedestal, e começou a apontar para todos, ordenando aos berros
– Mas é mais do que óbvio que um futuro governante do planeta como eu jamais faria algo indigno como arrumar uma simples escolinha de plebeus! Vocês aí! Rima, Utau, Nagihiko! Chamem seus servos imediatamente para limparem essa bagunça! É uma ordem do Rei!! - ele exclamou imperativamente, apontando para cada um enquanto falava e só os chamando pelo primeiro nome por causa do Chara Change. Utau concordou prontamente, já que a ideia foi dela. Rima também não se importou muito, embora tivesse notado a reação estranha de Giovanni ao ouvir sobre aquilo, e Nagihiko acabou obedecendo simplesmente porque não tinha escolha, sabia muito bem que não adiantava discutir com Tadase enquanto ele estava no Chara Change, muito embora ele não aprovasse aquela ideia
Wow, time does not enter the Prince in Chara Change! (Uau, faz tempo que o príncipe não entrava no Chara Change!) - Anna exclamou, observando atentamente Tadase, enquanto ele ria feito um dominador maníaco - But, it must mean that the Shugo Charas should be close, right? (Mas, isso deve significar que os Shugo Charas devem estar por perto, não é?)
Ahora que usted ha dicho es verdad... dónde van a ponerlo de todos modos? (Agora que você falou, é verdade... onde será que eles se meteram afinal?)


Enquanto isso, não muito longe dali, todos os Charas estavam reunidos, ocupados com um outro tipo de tarefa...


– Vamos, plebeus, não podemos permitir que essa invasão aconteça! Não depois que aquele Batsu Tama que tanto custamos a capturar foi surrupiado! - Kiseki ordenava aos demais
– Hai, hai, já sabemos, Kiseki... - Temari respondeu pela terceira vez, cansada de ouvir sempre a mesma coisa
Es mejor te callar ahora, o ella te escuchará y todo esto no va a hacer nada! (É melhor você se calar agora, ou ela vai te ouvir e tudo isso não vai adiantar de nada!) - Setsuna avisou
– Caladas, plebéias! Lá vem ela! - Kiseki exclamou, e todos os Charas se calaram, observando atentamente por uma janela, onde uma garota tentava entrar escondida.


– Francamente, como aquele idiota teve coragem de passar a noite aqui e não fazer nada?! Aposto que ficou fazendo todo o tipo de besteiras e perversões possíveis com aquele estrangeirinho, menos o trabalho dele, aquele inútil! - Kaori resmungava para si mesma, referindo-se obviamente à Matthew - Mas eu não vou deixar essa chance escapar! Não deu pra entrar ontem com todo aquele barulho, mas depois daquela noitada eles devem estar todos exaustos e dormindo.... é hoje que eu invado a sala do Diretor e descubro o que tem naquela bendita gaveta trancada à chave!


Enquanto a garota resmungava seus planos malignos, os Charas acionaram a armadilha que passaram boa parte da manhã preparando: Uma abóbora enorme, e já meio apodrecida, caiu na cabeça da intrusa, sujando por completo seus cabelos loiros e sua roupa, e eles rapidamente entraram debaixo de um lençol branco e voaram apressados até a garota, rodeando-a e fazendo-a gritar ainda mais, dessa vez não de raiva por estar toda suja, e sim de medo:


– Suma daqui, intrusaaa!! Se você tentar abrir aquela gaveta de novo, uma maldição terríveeeel cairá sobre você!! - os Charas gritavam em uníssono com uma voz rouca e fantasmagórica - Você perderá esse rostinho lindo e jovem, ficará enrugada como uma velha... perderá esses lindos cabelos loiros, eles vão cair fio por fio até você ficar careca.... e você nunca, jamais conseguirá realizar o seu sonho!!
– Kyaaaaaahh!!! Eu sabia que não era boa idéia vir aqui no Halloween, esse lugar é assombrado!! Não, por favor, eu não quero ficar carecaaaa!!! - ela escorregou da parede que tentava escalar, ralando os joelhos, e saiu correndo para longe o mais depressa que podia em direção à saída, enquanto os Charas tiravam o lençol e riam, observavam a garota apavorada sumir de vista
– É isso aí, fuja pras colinas!! Feliz Halloween, Kaori!!


Eles comemoraram sua vitória sobre a inimiga por alguns minutos, até que, quando resolveram voltar para junto de seus donos, surpreenderam-se ao entrar na sala e ver um bando de desconhecidos, desde empregados uniformizados, faxineiras trajando kimonos, e até garotos comuns, limpando cada canto daquele lugar com muito mais eficiência do que qualquer Guardião poderia demonstrar.


– Mas o que está acontecendo aqui?! - Musashi exclamou atordoado, olhando em volta
– o Rei entrou no Chara Change e nos obrigou a chamá-los - Kairi respondeu, ainda com pena das pessoas que nada tinham a ver com aquilo
– Sugoooi, está ficando tudo tão limpinho! Vão lá, vão, vão!! - Ran gritava, agitando seus pompons e tentando animá-los, embora nenhuma daquelas pessoas pudessem vê-la ou escutá-la
– Isso é mesmo incrível! Parabéns, Tadase, é assim que um Rei de verdade faz! - Kiseki elogiou orgulhoso, flutuando ao lado do dono
– Mas é claro! Não é a toda que serei o futuro Rei desse mundo afinal, hahahahahaha!! - o loiro exclamou convencido, e Kiseki logo fez coro às risadas dele
– Ahh, eu sabia que isso daria certo... - Ikuto comentou feliz, recostando-se de volta à parede, bebendo o que tinha sobrado do ponche de Halloween enquanto observava a cena feliz
– Tem razão, escapamos da limpeza afinal. Essa deve ter sido uma de suas melhores ideias, Ikuto - Kukai concordou, sentado ao lado dele, também com um copo de ponche na mão, e batendo com o copo no dele fazendo um brinde - Esse com certeza foi o melhor Hallowen de todos!


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Notas finais do capítulo

Yoo~ minna! Teffy-chan falando!
Pois é, a festa terminou mas a bagunça continua à todo vapor! Espero que tenham gostado desse desfecho da festa de Halloween! Eu pessoalmente adorei o final, queria poder chamar alguém pra limpar tudo pra mim depois de fazer bagunça XD E vão se preparando, porque no próximo capítulo uma nova fase da fic se inicia! o/
Agora é com a Shiroyuki, aguardem ansiosos!
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Kissus^^