Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 24
Capítulo XXIV




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Alguns dias se passaram desde que Miguel e Shunsuke começaram a namorar. Depois daquela derrota esmagadora, Guilherme tinha partido do Japão antes dos outros estrangeiros, é claro, afinal, se Miguel o recusou, não havia mais nada para o garoto fazer ali. E ele ainda conseguiu ir embora com uma pose superior, como uma criança mimada e convencida que perdeu um brinquedo para alguém mais forte que ele e diz só por birra "também, eu nem queria mesmo!". Mesmo depois de toda aquela conversa estranha com Guilherme, no fim, Miguel ainda achou melhor manter segredo sobre seu namoro dos outros Guardiões por enquanto, pelo menos até os parentes das estrangeiras partirem, afinal, não queria nem pensar no que um herdeiro do trono esnobe e uma freira pensariam dele se soubessem que estava namorado outro garoto, e depois de ressaltar esse ponto, Shunsuke acabou concordando, ainda que não fizesse nenhuma questão de manter segredo sobre isso.


É claro que, por mais que Miguel não soubesse (ou melhor, não se lembrasse), Matthew estava preocupadíssimo com a situação delicada em que tinha se metido. Naquela hora, quando viu que Miguel estava disposto a aceitar um relacionamento sujo e secreto com o primeiro que estivesse disposto a aceitá-lo como ele era, agiu por impulso e acabou falando e fazendo todas aquelas coisas sem pensar nas consequências. Não que ele estivesse arrependido do que fez, pelo contrário, estava muito feliz com a decisão que tinha tomado e com o resultado de suas ações. No entanto... aquilo certamente seria muito ruim para Matthew. O máximo que ele podia pensar em fazer agora era manter segredo à todo custo sobre esse assunto para Kaori e para seu chefe, não queria nem pensar no que aconteceria se eles descobrissem! E, mesmo que Matthew estivesse enrascado até o pescoço por causa dessa história... não podia negar que "Shunsuke" estava mais feliz do que nunca agora.


Era uma manhã de domingo, e Shunsuke tinha chamado Miguel para sair, para poderem ficar juntos fora do ambiente da escola, pelo menos um pouco. Não tinha sido difícil para Miguel conseguir sair escondido, não precisou nem inventar alguma desculpa esfarrapada para explicar sua ausência, já que, tanto Kukai quanto seus irmãos tinham o hábito de acordarem bem mais tarde no fim de semana, então ele só precisou sair sem fazer barulho nenhum. Na verdade, tinha dado mais trabalho escolher as roupas que usaria do que sair escondido, mas, felizmente, tinha conseguido fazer isso com antecedência na noite anterior. Eles combinaram de se encontrar em uma cafeteria próxima, a única que Miguel conhecia no Japão, na verdade. Ele chegou à passos hesitantes, temendo a possibilidade de ter chegado primeiro e ter que esperar lá sozinho por Shunsuke, já que o garoto não tinha cara de quem costumava acordar cedo no fim de semana, porém, para seu alívio, lá estava ele, sentado em uma das mesas mais ao fundo da cafeteria, afastado da janela, de modo que pudessem ter mais privacidade. Shunsuke acenava para ele sorridente e, antes que percebesse, os lábios de Miguel também deixaram escapar um sorriso, e o português foi ao encontro dele, com passos mais confiantes.


– Ohayou, Miguel-kun... você está mais lindo do que nunca hoje, sabia? - Shunsuke comentou despreocupadamente, passando a mão distraidamente pelos cabelos dele assim que o português sentou-se de frente para ele
– B-B-Bom d-dia, Shunsuke... - ele gaguejou em resposta, corando com aquele simples toque, sentindo seu coração disparar apenas em ver aquele sorriso tão lindo diante dele - Err... v-você... e-escolheu mesmo uma boa mesa...
– Ah, sim... achei que um local mais reservado seria melhor para o nosso primeiro encontro, desse jeito ninguém viria nos incomodar - Shunsuke comentou, fazendo o menor ofegar com o comentário. É verdade, aquele seria o primeiro encontro deles como namorados oficialmente... claro que Miguel estava feliz com isso, mas, dar-se conta desse fato só fez o português ficar ainda mais nervoso - Então, o que vai querer pra comer? Imagino que esteja com fome...
– Ah, sim... e-eu saí escondido de casa, enquanto o Kukai estava dormindo, então não tive tempo de tomar o café da manhã direito... - Miguel comentava e, bem nessa hora, uma garçonete se aproximou deles sorridente
– Bom dia, sejam bem-vindos! Já escolheram o que vão pedir? - ela indagou cordialmente
– Ah, sim.... eu quero chá uma torta de maçã - Shunsuke respondeu prontamente, dizendo a primeira coisa que lhe veio à cabeça - E você, Miguel-kun?
– Humm... acho que.... bolo de chocolate, e uma xícara de café, por favor - Miguel respondeu, também sem pensar muito no assunto, enquanto a garçonete anotava os pedidos
– Certo, uma fatia de bolo, torta, café e chá. Eu voltarei num instante - ela sorriu ainda mais e se afastou, levando o bloco de papel onde anotara os pedidos na direção da cozinha
– Ué... você não quis tomar chá dessa vez? - o maior observou
– Não, eu já tomo isso todos os dias no Royal Garden.... achei que seria uma boa ideia beber algo diferente pra variar - Miguel respondeu com um tímido sorriso, encolhendo os ombros
– É, acho que você tem razão - o maior riu - Mas, falando em Royal Garden... está tudo bem mesmo em não contar aos outros Guardiões sobre nós, Miguel-kun? - ele indagou, segurando uma das mãos do português, que estava apoiada na mesa, entre a sua, fazendo o menor ofegar - Eu não me importo nem um pouco que eles fiquem sabendo sobre isso, sabe...
– Ah, eu s-sei disso.. m-mas... - Miguel gaguejou, tentando pronunciar-se o mais coerente possível, mesmo com todos aquelas palavras e gestos impensados de Shunsuke - E-Eu fico muito feliz que você não se importe com isso, e realmente gostaria de poder contar aos meus amigos... m-mas, é só que... v-você sabe, os parentes da Stéffanie e da Anna também vieram ao Japão, então... e-eles não parecem ser o tipo de pessoas que aceitariam algo assim tão facilmente, por isso... e-eu pensei que seria melhor manter segredo, pelo menos até aqueles dois partirem
– Ah, entendo... bem, eu não sei muito sobre aquele rapaz inglês, ele parece ser meio metido e quase não fala com ninguém que não seja a Lewis-chan, além de ter uma cara de quem seria preconceituoso, mas... realmente não faço a menor ideia sobre o que uma freira pensaria sobre isso... é, talvez você esteja mesmo certo no fim das contas - Shunsuke acabou concordando - Mas, pelo menos aquele garoto horrível foi embora antes. Eu não gostei nadinha de saber que seu primeiro amor foi aquele imbecil do Guilherme, viu?!
– B-Bem, ele era o meu melhor amigo em Portugal, então... acho que eu não tinha muitas opções afinal... - Miguel remexeu-se em sua cadeira, constrangido - Mas, não precisa se preocupar com isso, Shunsuke. Ele não gostava de mim de verdade no fim das contas... sem falar que você é... i-infinitamente melhor do que ele... - ele murmurou aquela última parte, corando furiosamente, porém deixando escapar um tímido sorriso
– Fico muito feliz em ouvir isso, Miguel-kun - Shunsuke inclinou-se um pouco mais para a frente, sorrindo, e acariciou de leve o rosto de Miguel com a mão livre, parecendo que estava prestes a beijá-lo.


No entanto, bem nessa hora a garçonete retornou com os pedidos, e Miguel recuou por instinto. Percebeu então que o maior ainda segurava sua mão e tentou puxá-la de volta, no entanto Shunsuke era mais forte e não permitiu que o português o fizesse. A mulher depositou os pedidos deles sore a mesa e, antes de e retirar, acabou deixando-se levar pela curiosidade, e falou:


– Que raridade ver dois rapazes por aqui tão cedo... bem, aqui está o pedido, espero que você e seu amigo gostem da comida - ela falou, sorrindo para Shunsuke
– Não somos amigos - Shunsuke corrigiu antes que Miguel pudesse abrir a boca pra responder - Somos namorados
– Ahh... s-sério?? - a mulher exclamou, arregalando os olhos, sem saber se aquilo era algum tipo de piada ou se ele estava falando a verdade para afugentá-la, já que ela parecia ter gostado de Shunsuke
– Sim, é verdade. Esse é o nosso primeiro encontro, aliás - Shunsuke afirmou, sorrindo, como se fosse a coisa mais natural do mundo admitir isso para uma completa estranha - Por que? Algum problema com isso, moça? - ele arqueou uma sobrancelha
– Ah... i-imagine, claro que não! E-Então, eu... a-acho melhor não ficar aqui atrapalhando vocês em... etto... b-bem, com licença! - ela fez uma reverência desajeitada, sem saber como reagir àquilo, e ao mesmo tempo tentando disfarçar seu ciúme, e se retirou às pressas, sumindo atrás do balcão
– E-Ei, Shunsuke!! - Miguel exclamou num sussurro rouco, mais corado do que a garçonete tinha ficado ao ouvir aquilo - O que pensa que está fazendo?! Não devia ter contado isso pra ela desse jeito!!
– E por que não? Isso não é mesmo a verdade? - Shunsuke virou-se para ele - Ou por acaso vai me dizer que aquela personalidade horrível daquele português loiro burro te contaminou e te fez ficar com vergonha de mim, hein?
– C-Claro que não! - Miguel negou prontamente - Eu... f-fiquei muito feliz em ouvir isso na verdade, mas... é só que... e-esse lugar é...
– Ora, ora, que surpresa te ver por aqui tão cedo, Miguel-kun - ninguém mais ninguém menos do que Amakawa Tsukasa estava parado diante da mesa deles, aproximando-se tão sorrateiramente que nenhum dos dois notaram sua presença até que o homem se pronunciasse. Ele exibia seu sorriso gentil e simpático de sempre, embora dessa vez parecesse que aquele doce sorriso escondia um vasto conhecimento, e Miguel poderia jurar que ele sabia muito bem sobre a nova situação em que ele e Shunsuke se encontravam. embora não soubesse como Tsukasa poderia ter descoberto uma coisa dessas - E você está acompanhado dessa vez... ohayou, Shunsuke-kun
– Ohayou gozaimasu, Diretor - Shunsuke cumprimentou, sorriso educadamente, e dessa vez sim soltando a mão de Miguel assim que notou a presença do homem - Viemos relaxar um pouco e colocar o assunto em dia, e resolvemos parar pra comer alguma coisa... - ele tentou se justificar, muito embora não soubesse muito bem o porquê de estar tentando inventar mentiras para aquele homem, mesmo Tsukasa não tendo lhe perguntado nada
– Entendo... bem, espero que apreciem a comida daqui. Divirtam-se, garotos
– É c-claro.... obrigado, Tsukasa-san - Miguel agradeceu, também nervoso com a presença dele. No entanto, Tsukasa apenas sorriu um pouco mais abertamente, e se afastou, no que os dois respiraram aliviados ao mesmo tempo
– Era por isso que eu disse que não era uma boa ideia admitir isso, pelo menos por aqui... Tsukasa-san é o dono desse lugar, e ele pode ter aquele rosto gentil e sorridente, no entanto é mais esperto do que parece... ele deve ser capaz de perceber essas coisas facilmente, e pode contar para algum dos Guardiões, entende? E se alguém como a Yaya ficar sabendo sobre isso, vai espalhar para a escola inteira, com toda a certeza - Miguel falou depois que o Diretor tinha se afastado o suficiente para não ouví-lo
– É, quem diria, você estava mesmo certo afinal... bom, está bem então. Vamos terminar de comer e arranjar outro lugar para irmos - Shunsuke acabou concordando, mordendo um pedaço de sua torta em seguida

– Então eles realmente chegaram a esse ponto... será uma situação bem interessante de observar, mas... fico imaginando como o Miguel-kun vai reagir quando souber de toda a verdade... ah, pobre garoto, ele se meteu em uma situação tão complicada e nem percebeu... espero que não acabe sofrendo demais - Tsukasa suspirou atrás do balcão, murmurando para si mesmo, embora ninguém pudesse ouví-lo.


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No dia seguinte, No Royal Garden, Miguel tentava disfarçar o melhor que podia a imensa felicidade que sentia desde que Shunsuke aceitara seus sentimentos, embora não fosse o seu forte fingir e contar mentiras. Para isso, ele tentava se concentrar nos documentos que precisava verificar naquela tarde, muito embora estivesse mais fingindo estar concentrado neles do que prestando atenção de verdade. Isso sem falar que a presença de Rosário e Arthur no local naquela tarde não ajudava muito.


Oh, tu pobre amigo portugués debe estar muy triste por su amigo había salido temprano, Steffanie... (Ah, seu pobre amigo português deve estar muito triste pelo amigo dele ter partido antes da hora, Stéffanie...) - Rosario comentava baixinho com a irmã, observando Miguel na outra mesa com o canto dos olhos, o que só fazia o garoto se remexer incomodado, ficando cada vez mais nervoso
Verdad? También pienso que él deberia estar disgustado con esto, pero... (É mesmo? Também acho que ele deveria estar chateado com isso, mas...) Micchan não parece estar tão triste assim - a espanhola mais jovem comentou, olhando distraidamente para Miguel, e tomando um gole de chá em seguida
– Vai ver ele sabe disfarçar bem seus sentimentos afinal... - Nagihiko intrometeu-se, sem olhar para o português, ainda examinando os documentos em suas mãos. Na verdade, em sua humilde opinião, ele pensava que Miguel estava tentando disfarçar era um sentimento muito melhor e mais alegre do que chateação ou tristeza, mas como não tinha certeza de nada, achou melhor não se intrometer em um assunto que não dizia respeito à ele
Sí, sí... parece que tenemos muchos buenos actores por aquí mismo... (Sim, sim... parece que temos muitos bons atores por aqui mesmo) - Stéffanie comentou como quem não quer nada, embora fuzilasse Nagihiko com o olhar. O garoto logo arrependeu-se de ter se intrometido na conversa das duas e resignou-se a nada responder, fingindo estar prestando mais atenção nos documentos diante dele do que na conversa
Ah ... s-se non ti dispiace dirci... c-che ci dirà perché il tuo amico Guilherme lasciato prima degli altri, Miguel? (Ah... s-se não se importa em nos dizer... s-será que poderia nos contar por que seu amigo Guilherme foi embora antes dos outros, Miguel?) - Giovanni perguntou timidamente, fazendo o português se engasgar com o chá que estava a meio caminho de beber, e o italiano logo se arrependeu de fazer aquela pergunta
– Ahh... e-ele... d-disse que não podia demorar muito, e que precisava ajudar os outros Guardiões que ficaram em minha antiga escola em Portugal com algumas tarefas importantes, então... e-ele acabou partindo mais cedo. Nós... n-nos despedimos na semana passada - Miguel gaguejou nervoso após se recompor, tentando falar o mais convincentemente possível
So ... seems that the Micchan's friend not get what you wanted after all ... ah, maybe that counts for some points for Shunsuke! (Então ... parece que o amigo do Micchan não conseguiu o que queria afinal... ah, talvez isso conte alguns pontos para o Shunsuke!) - Anna especulou, esperançosa. Era impressionante como ela conseguia ser tão esperta para esse tipo de coisas, e tão mais devagar para outras
– Sim, sim, com certeza Shun-chan vai ficar animado em saber disso! - Yaya concordou, juntando-se a animação da inglesa
You should stop worrying about such trivial matters and give more attention to what really matters, Anna. That matter even concerns you, forget this nonsense about both commoners and pay more attention to your duties! (Você deveria parar de se preocupar com esses assuntos insignificantes e dar mais atenção ao que realmente importa, Anna. Esse assunto nem sequer diz respeito à você, esqueça essas bobagens sobre esses dois plebeus e preste mais atenção nos seus deveres!) - Arthur a repreendeu, com sua expressão mal-humorada de sempre. Stéffanie pensou mais de uma vez em ajudá-la e escrever suas falas e ações no Book Handler de novo, porém, dessa vez a inglesa tinha lhe pedido para não fazer isso, pois queria tentar lidar com aquilo sozinha dessa vez. Afinal, Stéffanie não poderia guiar suas falas para sempre, ela não estaria lá quando Anna voltasse para a Inglaterra no fim das contas. Isso sem falar que seria bem mais difícil fazer isso com Rosario sentada bem ao seu lado, já que, tecnicamente, elas estariam trapaceando, e isso seria errado afinal
Y-Yes, Artie... (S-Sim, Artie...) - Anna respondeu, um pouco mais cabisbaixa, perdendo rapidamente a empolgação de antes
– Quantas vezes preciso dizer para não me chamar por esse apelido estranho?! My name is Arthur, no Artie! (Meu nome é Arthur, e não Artie!) - o inglês exclamou com irritação, fazendo a prima se encolher ainda mais
– Ano nee, Arthur-san... desculpe por me intrometer, mas acho que você só está deixando a Lewis-san ainda mais nervosa desse jeito - Tadase comentou, encarando o garoto com seriedade - Eu sei que ela tem um título importante, tarefas a cumprir e tudo o mais, só que... você só briga com ela, e vive repreendendo-a, desse jeito ela só vai ficar cada vez mais nervosa e insegura, e nunca vai conseguir adquirir autoconfiança, nem aprender o que deve. Você só está assustando a Lewis-san brigando com ela desse jeito, será que não percebe que o seu modo de agir não está dando resultado? Sem falar que, antes de ela ser a herdeira do trono, ela é uma pessoa... e como todo ser humano, ela possui sentimentos. E, mais importante do que isso, ela sua prima, faz parte da sua família, não é? Mesmo que não seja do seu feitio, talvez você devesse ser um pouco mais gentil, ou pelo menos um pouco mais educado e compreensivo com alguém que faz parte da sua família afinal
You really know how to annoy me, King of the Guardians... (Você sabe mesmo como me irritar, Rei dos Guardiões...) - Arthur respondeu, rangendo os dentes - Mas, talvez alguém como você seja mesmo a pessoa ideal para lidar com this clumsy girl (essa garota desajeitada) - ele acrescentou, embora ainda parecesse meio contrariado com essa conclusão - Well, whatever. It has been more than enough, and I've seen what he wanted to see. I'll leave you in peace, at least for now (Bem, que seja. Isso já foi mais que o suficiente, e eu já vi o que queria ver. Vou deixar vocês em paz, pelo menos por enquanto) - ele concluiu, levantando-se de repente e começando a se retirar
Artie... I-I mean, Arthur, where are you going? (Artie... q-quero dizer, Arthur, aonde você vai?) - Anna indagou, a meio caminho de se levantar também, perguntando-se se deveria ou não acompanhar o primo
I'm going back to the hotel. I finished what I came here today, so there is no reason for me to stay in this place. Until then, Anna (Vou voltar para o hotel. Já terminei o que vim fazer aqui hoje, então não há mais motivo para eu ficar nesse lugar. Até depois, Anna) - ele respondeu sem olhar para trás, e retirou-se do Royal Garden, enquanto Anna voltava lentamente a se sentar, completamente confusa. Tadase, por outro lado, estava perdido em pensamentos. Depois daquela sua conversa à sós com o inglês, tinha se esforçado ao máximo para proteger e cuidar de Anna, muito embora já fizesse isso sempre, mas ficava automaticamente de sobreaviso na presença de Arthur. Será que isso significava... que o inglês havia aprovado seu relacionamento com Anna? Isso parecia ser bom demais para ser verdade, mas, ainda assim, era o que dava a entender... é claro que, tecnicamente, não havia nenhum relacionamento em si para ele aprovar ou não, já que, oficialmente mesmo, eles eram apenas amigos, mas... ainda assim, Tadase não pôde deixar de sentir uma imensa felicidade com isso.


–------------

Enquanto isso, longe dali, uma outra pessoa não estava tão feliz assim com a situação em que se encontrava no momento.


– Seu grande idiota!! Como foi deixar algo assim acontecer?! Mattchan no baka, baka, bakaaa!! - Kaori gritava, completamente enraivecida
– A-Acalme-se, Watanabe-san, eu já disse que não é nada disso!! Quer parar de gritar?! - Matthew exclamava de volta para ela, agora fora dos terrenos da escola, e sem os grossos óculos que costumava usar quando estava disfarçado
– Ah, não? Jura que não é isso? - ela ergueu uma sobrancelha para ele - Pois bem, vamos ver então - ela ativou seu Chara Change sem avisar, apontou seu gravador para ele e perguntou - Diga Mattchan, qual o seu relacionamento atual com o Guardião português?
– M-Miguel é... meu... n-n-namorado... - ele acabou confessando sem que ela fizesse esforço algum. Por mais que tentasse resistir, era impossível não confessar seus segredos mais profundos quando se estava sob o efeito da transformação daquela garota afinal
– Viu só, eu sabia! Seu grande imbecil!! - ela gritou, parecendo que queria bater nele - Como foi se deixar seduzir pelo inimigo?! - ela berrava, com a cara vermelha de raiva - Mas, se bem que, era de se esperar algo assim vindo de alguém como você afinal... é como aquele filme, "Dormindo com o Inimigo" - ela comentou, sua expressão enraivecida mudando lentamente para um sorriso debochado - Ah, não, espere! No filme, ao menos era um casal de verdade... vocês, por outro lado, são dois garotos! Que vergonha, Mattchan, nem isso você sabe fazer direito, hahahahaha!!
– P-Pare de fazer essas comparações sem sentido, you bitch!! – Matthew gritou de volta, sentindo suas orelhas queimarem com a insinuação. Não fazia nem uma semana que eles tinham começado o namoro, como ela já podia estar comparando algo assim com um relacionamento que precisaria de anos para amadurecer para dormirem juntos afinal?! - E não vai me dizer que você tem preconceito com relacionamentos desse tipo, Watanabe-san?! - ele arqueou a sobrancelha para ela, fingindo não se deixar abalar
– Claro que não tenho preconceito. Não ligo a mínima se dois rapazes resolveram sair do armário e namorar. O problema é que você foi se apaixonar logo um rapaz inimigo, seu grande imbecil!! - ela gritou, zangada de novo
– N-Não é verdade! - Matt negou, por mais que seu peito doesse em ter que dizer essas mentiras - Eu só estou fazendo isso porque... ser apenas amigo dele não estava dando certo, então, eu pensei que se.... s-se fôssemos mais do que amigos, ele confiaria em mim com mais facilidade, e seria menos difícil de eu adentrar certos limites da escola e recuperar o meu ovo... e-eu só estou fazendo isso para poder recuperar meu Shugo Tama, que está em posse dos Guardiões e daquele Diretor astuto agora, é só isso!!
– Ah, é mesmo? - Kaori falou descrente, e Matt ofegou, temendo que ela fosse usar seu Chara Change contra dele de novo, porém, por sorte, dessa vez ela não o fez - Está ceto então. Se tudo isso é pra recuperar seu Shugo Tama, então eu vou te ajudar. Já que você resolveu se assumir e sair do armário, vamos fazer o seguinte então: Você "distrai" o seu novo namoradinho, enquanto eu invado a sala daquele Diretor e recupero seu ovo. Assim não haverão mais motivos para você continuar "fingindo" que gosta daquele português, como você diz, não é?
– S-Sim... está certo - ele acabou confirmando, ainda que não tivesse gostado daquela ideia
– Ótimo então. Daremos início ao plano amanhã. Vá se preparando, Mattchan... - ela deu meia-volta e foi embora, ainda dando risada, enquanto Matthew seguia pela direção oposta, caminhando lentamente de volta para a escola, tentando desesperadamente pensar em algum meio de escapar daquela enrascada em que se metera.


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Notas finais do capítulo

Ohayou minna-san! Teffy-chan~desu! o/
Primeiramente, antes que eu me esqueça, aqui uma imagem das roupas que a gente escolheu Pro Miguel e o Shunsuke usarem no primeiro encontro deles:
Roupa do Miguel
http://www.zerochan.net/1524807


Roupa do Shunsuke
http://www.zerochan.net/845752

Espero que tenham gostado dos modelitos! E agora, indo ao que interessa... waaah~ finalmente Miguel e Shunsuke estão aproveitando a paz e felicidade que eles merecem! /o/ Ou talvez nem tanto assim né, com a Kaori sabendo dessa história não vai ser nada bom...
Não percam o próximo capítulo, pois estará super emocionante, com a Shiroyuki-chan! õ/
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Kissus^^



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