Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 22
Capítulo XXII




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No dia seguinte, no Royal Garden, todos os Guardiões estavam reunidos novamente, sentados ao redor das várias mesas que agora haviam no lugar para acomodar à todos, a maioria ainda empolgados e felizes demais com a vitória do dia anterior, outros mais concentrados nos deveres de Guardiões, e outros ainda ocupando-se apenas de comer biscoitos e tomar chá. E, milagrosamente, este último caso não se aplicava apenas à Rima, como já era de costume, mas também ao primo de Anna, Arthur, que tinha vindo visitá-los sem avisar novamente. O inglês estava sentado de frente para a garota de óculos, e a observava atenta e minuciosamente, como se estivesse esperando que ela cometesse algum dos erros bobos com os quais ele já estava acostumado para criticá-la, enquanto suas mãos e sua boca se distraíam em devorar os biscoitos e o chá que Nagihiko havia feito.


Anna estava completamente apavorada, é claro. Sem o Chara Change de Stéffanie para guiar seus movimentos, ela era completamente... bem, era apenas ela mesma. Tentava por tudo no mundo não cometer nenhum erro tolo, como gaguejar, tropeçar (ainda que estivesse sentada agora) ou esbarrar em alguma coisa e derrubá-la, e agora fingia estar lendo e revisando algum documento, embora não tivesse nem se dado conta de que o papel em suas mãos estava escrito todo em japonês e ela estivesse muito longe de conseguir entender algum daqueles kanjis complicados.


Ehi, Tadase ... che cosa devo fare con questi documenti? Riesco a malapena a capire ciò che è scritto su di loro, in realtà ... (Ei, Tadase... o que devo fazer com esses documentos? Mal consigo entender o que está escrito neles, na verdade...) - Giovanni indagou, alheio às preocupações da Às estrangeira
– Ah... esses são... - Tadase parou pra olhar os papéis que o italiano lhe mostrava, pois estava tão preocupado com a inglesa que nem sequer tinha prestado atenção no que o garoto estava fazendo - São os documentos sobre a divisão da quadra para os times esportivos. Pode colocar todos os documentos que têm o símbolo no alto da folha iguais à esses naquela pilha à direita - ele apontou, e o Valete italiano assentiu, obedecendo
Hey, Anna... what you doing? (Ei, Anna... o que está fazendo?) - Arthur perguntou subitamente, sobressaltando a prima, e também as pessoas mais próximas que estavam preocupadas com ela - You're standing there for a long time looking for this role ... what is it anyway? Do not tell me it's some love letter or something stupid like that?! (Você está aí parada há um tempão olhando para esse papel... o que é isso afinal? Não vai me dizer que é alguma carta de amor ou algo estúpido assim?!)
What?! O-Of course not!! (O que? É claro que não!) - Anna exclamou, sobressaltando-se não apenas por ter ouvido seu nome sendo chamado de repente, mas também por ele ter perguntado algo assim perto de Tadase, que mal conseguiu disfarçar uma careta ao ouvir aquilo, soltando o papel em suas mãos, e quase derrubou a xícara de chá ao seu lado, que, por sorte, Rima havia tirado de perto dela, pois era sua xícara afinal, e não queria que Anna derrubasse seu chá - This is one of the documents of the Guardians, see? (Isso é um dos documentos dos Guardiões, está vendo?) - ela virou a folha para que Arthur pudesse ver que realmente se tratava de um documento, embora ela não fizesse a menor ideia do que estava escrito ali
Oh really? And what is written in it? (Ah, é mesmo? E o que está escrito nele?) - seu primo indagou, erguendo uma sobrancelha - And do not try to fool me, you know very well that I can not read Japanese (E não tente me enganar, você sabe muito bem que eu consigo ler japonês)
This.... t-t-this is... (Isso... i-isso é...) Anna começou a gaguejar incoerente, sem ter a menor ideia do que estava escrito no papel em suas mãos, e temendo que Arthur o arrancasse das mãos dela. No entanto, surpreendeu-se quando seus lábios terminaram a frase antes que sua mente tivesse pensado em uma resposta satisfatória - This is confidential information. Sorry, but I can not give you access to this information, since you are not one of the Guardians after (Isso é informação confidencial. Desculpe, mas não posso te dar acesso à essas informações, já que você não é um dos Guardiões afinal)
I see ... well, this is true even (Sei... bom, isso é verdade mesmo) - o inglês simplesmente concordou, parecendo se conformar, e voltou a bebericar seu chá. A maioria dos Guardiões olharam confusos para Anna, surpresos por ela ter conseguido se safar dessa sozinha, e depois olharam ao redor, e percebido que Stéffanie havia entrado novamente no Chara Change e escrito em seu Book Handler as palavras que Anna deveria usar para concluir a frase. Como a espanhola estava sentada em outra mesa, e atrás de Arthur, não havia como ele reparar nesse detalhe. Os que notaram esse fato suspiraram aliviados, felizes em não precisar se intrometer e inventar algum motivo para o garoto deixar a prima em paz, e retornaram aos seus afazeres
– Que legal da sua parte ajudar ela sem a Lewis-san te pedir nada hoje - Nagihiko comentou baixinho com Stéffanie, embora soubesse que, para ela, aquilo pareceria algum tipo de provocação
Por supuesto! Si no lo hiciera, todo ese esfuerzo fue en vano, después de que ayer! (Mas é claro! Se eu não fizesse isso, todo aquele esforço de ontem seria em vão afinal!) - ela sibilou de volta no tom irritado de sempre, controlando-se com dificuldade para manter o tom de voz baixo e não ser notada por Arthur - Ahora cállate, o te me haces perder la concentración! (Agora cale a boca, senão vai me fazer perder a concentração!)
But what are you doing here, Arthur? Appearing in the Royal Garden or have been invited ... Nor should it be considered impolite on your part? (Mas, o que você está fazendo aqui, Arthur? Aparecendo no Royal Garden sem nem ter sido convidado... isso também não deveria ser considerado falta de educação de sua parte?) - os lábios de Anna indagaram sem a permissão de sua dona novamente, e ela enfim entendeu que Stéffanie devia estar controlando seus movimentos outra vez, muito embora não tivesse conseguido olhar para a espanhola para confirmar se era mesmo isso. Mas aquela característica facilmente irritável de língua afiada era mesmo a cara da Rainha estrangeira, e ela acabou deixando isso transparecer nas falas da amiga, então não havia como negar afinal. Anna temia que o temperamento da amiga transparecesse ainda mais em suas falas, no entanto, fez uma nota mental de que precisaria agradecer à ela mais tarde, já que não conseguiria se sair muito melhor do que aquilo sem ajuda afinal
As well, "lack of education on my part"? I am the son of a nobleman, not need to ask permission to enter simple commoners wherever! (Como assim, "falta de educação da minha parte"? Eu sou filho de um nobre, não preciso pedir a permissão de simples plebeus para entrar onde quer que seja!) - o inglês exclamou, parecendo terrivelmente com Kiseki - Besides, it was you who left me planted in the street yesterday's anything to come help his litthe friends Guardians with whatever it was, so I came to end the visit (Além do mais, foi você quem me deixou plantado na rua ontem do nada para vir ajudar seus amiguinhos Guardiões com o que quer que fosse, então eu vim terminar a visita) - ele acrescentou, como se falasse o óbvio - Also wanted to make sure that you actually learned something useful, or if it was just yesterday some kind of scam ... for example, you said you learned about other languages?? with these commoners foreigners who came to Japan also show me if you really learned something, say something in another language (Também queria me certificar de que você realmente aprendeu alguma coisa de útil, ou se aquilo de ontem foi só algum tipo de farsa... por exemplo, você disse que aprendeu sobre os outros idiomas com esses plebeus estrangeiros que também vieram ao Japão. Me mostre se realmente aprendeu alguma coisa, diga algo em outro idioma) - ele acrescentou, como se a estivesse desafiando
Of course I learned! (É claro que aprendi!) - Anna exclamou, mantendo o olhar firme do primo, muito embora não se sentisse nada confiante por dentro - Learned by example... p-por ejemplo, yo he aprendido muchas palabras nuevas con Steffanie, que vino de España! Ya ves lo bien que puedo hablar en otro idioma? (Por exemplo, aprendi muitas palavras novas com a Stéffanie, que veio da Espanha! Está vendo como consigo falar bem em outro idioma?) - ela completou, e os demais Guardiões rapidamente perceberam que ela ainda falava com a ajuda do Chara Change de Stéffanie, que a havia feito falar em espanhol, o que era obviamente mais fácil para ela - Também consigo falar... m-muy bién em português, que aprendi com o Micchan... q-quero dizer, com o Miguel, que veio de Portugal... e hanno anche imparato alcune nuove parole con Pic ... Voglio dire, Giovanni, que... q-que vino de Italia, aunque se è arrivato dopo gli altri... (e também já aprendi algumas palavras novas com o Pic... quero dizer, Giovanni, que veio da Itália, embora ele tenha chegado depois dos outros...) - ela completou, um pouco mais incoerente e insegura, começando a misturar os idiomas. É claro, se Anna estava sendo controlada pela espanhola, que não tinha aprendido tantas coisas assim em português, muito menos italiano, não havia como ela falar tudo aquilo tão corretamente assim
I think you just mix a bunch of different languages... but it seems that at least some Spanish you really learned to speak properly (Acho que você acabou de misturar um monte de idiomas diferentes... mas, parece que, pelo menos espanhol você realmente aprendeu a falar direito) - Arthur comentou com uma gota na cabeça, e virou-se para trás para encarar Stéffanie, erguendo uma sobrancelha com um olhar desconfiado, mas ela ainda conseguiu forçar um sorriso para ele como quem diz "não tem de quê", apesar de estar completamente nervosa com a bagunça que havia feito Anna falar. O garoto suspirou, tentando se conformar com o fato de que ao menos uma língua diferente Anna realmente parecia ter aprendido a falar, e continuou - Well, you can't expect someone like my cousin clumsy learn so many things at once, I guess, but it seems it was worth the visit anyway... besides, as much as I hate to admit it, this tea is really delicious, I needed to take one more time... (Bem, não se pode esperar que alguém como a minha prima desajeitada aprenda tantas coisas de uma só vez, eu acho, mas parece que valeu à pena essa visita afinal... além do mais, por mais que eu deteste admitir, esse chá é realmente delicioso, eu precisava tomar mais uma vez...) - o garoto acrescentou mais baixo, encarando a xícara em suas mãos como se ela contesse um néctar dos deuses ao invés de simples chá em seu interior
– Ah... obrigado, fico feliz que tenha gostado - Nagihiko sorriu educadamente, percebendo o elogio só alguns segundos depois, já que sua mente ainda estava ocupada pensando no que Rosário lhe dissera no dia anterior.


Nagi olhou de esguelha para a espanhola, que agora estava com a caneta apoiada no queixo, enquanto encarava o Book Handler apoiado na outra mão, aparentemente pensando em qual deveria ser a próxima fala de Anna, parecendo ter gostado daquela tarefa. Como ele poderia simplesmente se conformar e deixar que ela voltasse para a Espanha sem fazer nada quando tudo aquilo acabasse afinal? Ela era facilmente irritável, e terrivelmente teimosa, era verdade, não havia como negar isso. E o que Rosário lhe disse também era verdade, e fazia sentido em sua cabeça, mas... ainda assim, ele não queria simplesmente se conformar com isso. Ele precisava dar um jeito de resolver essa situação antes que o problema com os Batsu Tamas terminasse e o momento da despedida chegasse, mas... não tinha a menor idéia de como fazer isso.


– Bem, nisso eu devo concordar com você - Rima conversava com Arthur, enquanto Nagihiko continuava perdido demais em seus pensamentos para ouví-la - O chá que o Nagihiko faz é o melhor que já provei até hoje, talvez supere até os que minhas empregadas fazem
Really... almost makes me want to take him to work in the kitchen of my mansion in England... (Realmente... quase me dá vontade de levá-lo para trabalhar na cozinha da minha mansão na Inglaterra...) - Arthur concordou sem nem mesmo se dar conta disso
– Ahn... f-fico lisonjeado, mas, duvido muito que meus pais permitiram algo assim... - Nagi respondeu, finalmente despertando de suas preocupações, imaginando a cara que sua mãe faria se ouvisse aquilo - O negócio da minha família tem a ver principalmente com a dança tradicional japonesa, sabe... só aprendi a cozinhar porque... ahn... b-bem, porque minha irmã é uma excelente cozinheira, e acabei aprendendo algumas coisas com ela
Where is your sister now? If you learn to cook with it, so I suppose it must be a better cook than you (Onde está sua irmã agora? Se você aprendeu a cozinhar com ela, então suponho que ela deve ser uma cozinheira melhor do que você) - Arthur indagou
– Ah... ela... não está aqui... e-ela está estudando dança na Inglaterra agora
Really? How convenient, I send erhaps t look for it when you come home (Mesmo? Que conveniente, talvez eu mande procurá-la quando voltar pra casa) - o inglês comentou, parecendo empolgado com a ideia
– Sim, claro, procure mesmo... embora eu duvide muito que vá encontrá-la... - Rima murmurou baixinho para si mesma, dando uma risadinha
– Why are you laughing? (Do que está rindo?) - Arthur indagou sem entender - You're the one who seems to have a refined taste enough to appreciate a good tea, girl, then you should know that I'm right. Or chance never tasted tea from his sister? (Você é a única que parece ter um paladar refinado o suficiente para apreciar um bom chá, garota, então deve saber que tenho razão. Ou por acaso nunca provou o chá da irmã dele?)
– Ah, não é isso, já provei sim. E ela realmente cozinha muito melhor do que o Nagihiko... você devia mesmo procurá-la - Rima respondeu tranquilamente e, embora só estivesse tentando provocar o Valete com esses comentários, havia dado início ao que prometia ser uma longa discussão sobre chá.


Enquanto isso, Giovanni parara de organizar os papéis diante dele para observar a conversa dos dois. Ele ainda não entendia muito bem japonês, muito menos inglês, mas não estava gostando nada do pouco que conseguia entender. Por que Rima estava ficando tão próxima daquele garoto que eles haviam conhecido não tinha nem uma semana, enquanto que ele, que já estava lá há muito mais tempo (não tanto quanto Miguel, Anna e Stéffanie, era verdade, mas ainda assim, há mais tempo do que Arthur), não conseguia se aproximar dela o suficiente nem mesmo para simplesmente conversar desse jeito descontraído?! Talvez seu desconforto por estar perto de garotas em geral, fora o fato de ele não conseguir pronunciar muito bem certas coisas em japonês interferissem nisso, é claro, mas... não era justo que aquele garoto que mal tinha chegado de outro país conseguisse conversar tão facilmente com Rima e ele não!


Mas, espere... por que Giovanni estava tão preocupado com isso afinal? Não era da conta dele com quem Rima conversava ou deixava de conversar afinal, ele devia era ficar feliz por aquela garota tão calada estar fazendo novas amizades. Sim, aquilo fazia sentido em sua cabeça, porém... ainda assim não conseguia deixar de sentir um peso desconfortável no peito, e um gosto terrivelmente amargo na garganta, apesar do chá adocicado que estava bebendo. Em algum lugar de sua mente, uma voz astuta que lembrava terrivelmente Libertá, cochichou que, talvez, no fundo ele temesse que aquilo não parasse somente em amizade. Mas, se não era só "amizade"... então, o que era? Bem, ele conhecia pelo menos a teoria, é claro, sobre casos em que o sentimento de "amizade" evoluía gradualmente para algo mais profundo e intenso, e se tornava "amor", isso parecia ser o que havia acontecido entre Anna e Tadase, e talvez entre Stéffanie e Nagihiko também, afinal. Mas, espere... se fosse isso mesmo, então... será que isso significava que ele gostava de Rima?! Mas não podia ser isso, ele nem sequer estava no Japão há tanto tempo assim, e mal conseguia conversar com ela!! Apesar de não conseguir negar a grande vontade que sentia de se aproximar cada vez mais daquela garota, e a dor insistente em seu peito ao vê-la conversando tão descontraída com Arthur... e era bem verdade que ele quase a beijou uma vez, mas isso foi porque ambos tinham entrado no Chara Change. Sem perceber, o rosto dele corou furiosamente com a simples lembrança daquele fato. Porém, ainda assim, aquilo parecia inconcebível demais para ser verdade... não, não podia ser isso, tinha que ser outra coisa!!!


– Ei, Giovanni... você está bem? - a voz baixa e calma de Rima indagou, despertando abrupdamente o italiano de seus devaneios - Seu rosto está muito vermelho... está com febre? - sem pedir permissão, ela encostou uma das pequenas mãozinhas na testa dele, por baixo da franja, enquanto encostava a outra na própria testa para medir a temperatura do garoto
O-Oh no, sto b-bene ... s-s-sto bene, d-davvero, n-non devono p-preoccuparsi, signorina Mashiro... (Ah, não eu estou bem... estou ótimo, de verdade, não precisa se preocupar senhorita Mashiro) - o Valete estrangeiro balbuciou com dificuldade, paralisado, e dividido entre afastar-se rapidamente do leve toque da mão dela ou continuar ali parado, apreciando a sensação daquela mão cálida e macia que o tocava
Mismo? Pero usted estás más roja que un tomate (Mesmo? Mas você está mais vermelho do que um tomate) - Stéffanie comentou, parando para observá-lo também
– Talvez ele ainda esteja cansado demais depois de ontem, e precise descansar... - Miguel arriscou, referindo-se à luta contra Kaori
– Cansado de que? Ele nem fez nada! - Yaya exclamou - Só chegou depois, quando tudo já tinha terminado....
Pero usted por el contrario, que deberia estar agotada, parece llena de energía como siempre... como usted consegue, chica?! (Mas você, por outro lado, que deveria estar exausta, parece estar cheia de energia como sempre... como você consegue, hein garota?!) - a Rainha estrangeira resmungou
– Tem certeza de que está mesmo bem? - Rima indagou, ignorando a discussão que as duas começavam, com a mão ainda tocando a testa do garoto - Seu rosto ainda está muito vermelho, mas não parece estar com febre...
S-S-Sono veramente bravo, non ti preoccupare .... g-grazie, signorina Mashiro– Giovanni gaguejou, sorrindo fracamente para tranquilizá-la, e também por ter ficado repentinamente feliz com a preocupação da loira, apesar do nervosismo que ainda sentia, e Rima sorriu minimamente de volta para ele e se afastou, voltando a se sentar em seu lugar, pensando que ele tinha um sorriso muito bonito, e que era uma pena ele mostrá-lo tão poucas vezes. Ela não sabia, mas aquele simples e pequeno sorriso dela havia acabado completamente com o peso desconfortável que preenchia o peito de Giovanni.


O resto da tarde passou rapidamente e, quando eles viram, já era hora de ir pra casa. Os mais sérios e responsáveis ocupavam-se de guardar os documentos usados na reunião de hoje em seu devido lugar, enquanto que os menos despreocupados chamavam por eles, gritando para se apressarem e irem logo. Entre toda essa bagunça, ninguém notou o outro visitante que havia adentrado o Royal Garden, exceto pela pessoa que o visitante viera procurar.


– Miguel? Já está de saída? - a voz grave de Guilherme sussurrou no ouvido do Rei português, e ele teria gritado com o susto, se o maior não tivesse tampado a boca dele com uma das mãos - Pssiiu... não grite, ou os outros vão ouvir. Será que... podemos conversar um pouco agora que seus deveres de hoje já terminaram? - ele acrescentou, e Miguel concordou com um aceno de cabeça, e seguiu o outro português até a saída do Royal Garden sem dizer nada para não chamar a atenção dos demais
– O que estar a acontecer, Guilherme? - ele enfim indagou quando os dois pararam perto da porta de saída do Royal Garden - Por que estar a me chamar tão de repente?
– Bem, eu me dei ao trabalho de vir até o Japão pra te ver, então é claro que estava a querer conversar contigo - o maior respondeu - Eu estava a querer saber... se você pensou no que eu te disse no outro dia. Estou um tanto ansioso para ter a minha resposta, sabe?
– Ahh... s-sobre aquilo... b-bem... - Miguel gaguejou, desviando os olhos para baixo.


Aconteceram tantas cosias depois daquela conversa que ele mal tivera tempo de pensar no assunto na verdade. Sabia muito bem que tinha se interessado por Shunsuke desde que viera ao Japão e o conheceu, e que o fato de ter conseguido finalmente revelar para o garoto o que ele realmente era, e sobre seus reais interesses, fora o fato do amigo ter aceitado isso tão naturalmente bem, como se não fosse nada demais, parecia ter feito esse sentimento crescer mais ainda. Por outro lado, a repentina presença de Guilherme, e o fato de ele estar tão mudado e disposto a dar uma chance para Miguel, parecia ter feito seus antigos sentimentos pelo amigo português voltarem a aflorar sem sua permissão. Shunsuke havia aceitado o que ele era, mas continuava sendo apenas seu amigo... por outro lado, Guilherme estava disposto a ao menos tentar ter um relacionamento mais sério com ele, que ia além de amizade. Será que ele deveria reviver esse primeiro amor nostálgico e escolher Guilherme? Ou deveria lutar por seus novos sentimentos por Shunsuke? Miguel realmente não tinha a menor idéia do que fazer.


– Bem, eu... a-aconteceram muitas coisas depois do que conversamos, e eu realmente não tive muito tempo de pensar sobre isso... minhas tarefas como Guardião e tudo o mais, sabe... - Miguel respondeu de modo vago, ainda sem conseguir encarar o maior nos olhos - A-Além do mais, também aconteceu muita coisa desde que vim para o Japão... um dos motivos de eu ter aceitado vir para cá era na verdade... e-esquecer meus sentimentos por você, e recomeçar...
– Está querendo me dizer que você já se esqueceu do que sentia por mim e já está interessado em outra pessoa? - Guilherme interrompeu o gaguejar do menor - Por acaso seria... por aquele rapaz que nos interrompeu da outra vez?
– O que?! N-Não, não mesmo!! - Miguel negou prontamente, finalmente encarando o amigo português nos olhos - Eu e o Shunsuke somos só... amigos... e nada mais do que isso. E-Ele só ficou confuso naquele dia, porque pensou que você estava me atacando ou coisa do tipo... mas já expliquei a situação para ele, e o Shunsuke não fará isso de novo
– Ótimo, é bom saber disso - Guilherme sorriu satisfeito, fazendo o Rei estrangeiro corar involuntariamente com aquele sorriso arrebatador ele que possuía. Ele ergueu uma das mãos e começou a enroscar os dedos longos pelos cabelos de Miguel sem pedir permissão, deslizando-a para baixo e acariciando deliberadamente o rosto corado do menor - Então, Miguel... se aquele rapaz é só um amigo, e você não se interessou por mais ninguém... será que eu poderei ter a minha resposta agora? - ele acrescentou com a voz mais suave e provocante, aproximando lentamente seu rosto do de Miguel, enquanto este havia ficado completamente sem reação que não fosse a do seu do coração, que pulsava tão rápido que parecia que ia saltar pela boca, e sua face, que insistia em avermelhar-se cada vez mais
– Eeeeei!! O que você está fazendo aí, Miguel?! - uma voz escandalosa gritou perto dali, e Guilherme afastou-se do outro português rapidamente, xingando baixinho por ter sido interrompido. Era Kukai, que vinha avançando na direção deles, seguido pelos outros, e aparentemente não tinha percebido o tipo de situação que havia interrompido, como já era de costume - Ah, esse não é o seu amigo de Portugal que veio te visitar, Miguel? Veio ver ele também? Nós já estamos de saída, mas se quiser vir com a gente...
– Não precisa, obrigado, eu só vim cumprimentar o Miguel mesmo. Fica para outro dia - Guilherme respondeu, sorrindo o mais educadamente que pôde, ainda que por dentro estivesse amaldiçoando aquele garoto idiota por ter interrompido eles e nem sequer ter se dado conta disso, e acrescentou baixinho para que apenas Miguel ouvisse - Eu volto com mais calma outro dia, Miguel... estou ansioso para saber sua resposta.


Guilherme afastou-se, sumindo tão rápido quanto tinha aparecido, e os Guardiões também deixaram o Royal Garden, caminhando e conversando sem pressa, enquanto Miguel os seguia mais lenta e nervosamente, seu coração ainda pulsando depressa.


– Nee, nee... agora é o Micchan que está todo vermelho! - Yaya reparou, encarando o português há sabe-se lá quanto tempo
– O que? Primeiro o Giovanni, e agora o Miguel?! - Amu acrescentou, parando para observá-lo também - O que é isso, alguma epidemia de gripe?
– De jeito nenhum, eu duvido muito que isso tenha alguma coisa a ver com gripe - Grace respondeu pelo dono, flutuando ao lado dele. Ainda não gostava daquela aproximação repentina de Guilherme, mas sabia muito bem que fora isso que deixara seu dono assim tão abalado
Probabilmente ha ragione ... non è un problema della influenza, non ti preoccupare (Ela provavelmente tem razão... não é nenhum problema de gripe, não se preocupem) - Libertá acrescentou, exibindo um largo sorriso.


Como os dois Charas haviam afirmado isso com tanta convicção, os demais deixaram isso de lado e continuaram caminhando em direção á saída. E enquanto Anna se perguntava se seu primo iria querer sair com ela de novo, e se precisaria pedir novamente a ajuda de Stéffanie sem que ele notasse, Arthur fez o primeiro movimento, porém falando curiosamente com Tadase, e não com ela:


Hey, King of the Guardians ... can I talk to you a minute? Now, if possible (Ei, Rei dos Guardiões... será que posso conversar com você um instante? Agora, se for possível) - ele indagou, parando de caminhar e encarando o loiro, aparentemente sem nem se lembrar do nome dele
– Ahn... h-hai, tudo bem, eu acho - Tadase respondeu, sem conseguir esconder sua surpresa com aquilo - Então, vamos voltar ao Royal Garden que é melhor, eu acho...
Okay, whatever (Certo, tanto faz) - o inglês concordou - Sorry Anna, but you will have to go without me today, you can go ahead with your little friends. Talk tomorrow (Lamento, Anna, mas você vai ter que voltar sem mim hoje, pode ir com seus amiguinhos na frente. Nos falamos amanhã)
Ah... yeah, all right. Until tomorrow, Artie (Ah... sim, tudo bem. Até amanhã, Artie) - ela despediu-se, tão confusa com aquilo quanto Tadase

I've told you several times, was not it? My name is Arthur, not this ridiculous nickname you invented (Eu já lhe disse várias vezes, não foi? Meu nome é Arthur, e não esse apelido ridículo que você inventou) - ele resmungou, sem nem mesmo parar para encará-la, apenas seguindo Tadase de volta para o interior do Royal Garden - But, whatever, until tomorrow (Mas, que seja, até amanhã).

Os dois garotos voltaram a se sentar, Tadase perguntando-se o que raios o garoto queria conversar com ele que não podia ter dito enquanto passaram a tarde inteira juntos, enquanto o inglês o encarava seriamente. Lhe ofereceu um pouco de chá, mas Arthur milagrosamente recusou, dizendo que, se tomasse mais alguma coisa, perderia o apetite para o jantar, e eles apenas continuaram sentados em um incômodo silêncio, até que o inglês enfim pronunciou-se:


So ... Tadako, right? (Então... Tadako, certo?)
– É Tadase - o loiro corrigiu
Whatever. First, tell me, what kind of trick is using Anna to appear so refined? It's still hard to believe she is behaving like a lady, and she just called me by that stupid nickname again (Tanto faz. Primeiro, me diga, que tipo de truque a Anna está usando para parecer tão refinada? Ainda é difícil acreditar que ela esteja se portando como uma dama, e ela acabou de me chamar por aquele apelido estúpido de novo)
– Ah... L-Lewis-san não está usando truque nenhum, de verdade! - ele apressou-se a dizer, o mais convincente que conseguia, muito embora ele soubesse de que aquilo não era verdade e que ele não era muito bom em contar mentiras - Ela só... está aprendendo a ser mais refinada aos poucos, sabe, ainda tem muita coisa que precisa aperfeiçoar, e... d-de vez em quando tem essas "recaídas", digamos assim...
I see ... well, actually it is impossible for someone like her get completely graceful and refined in so little time (Entendo... bem, realmente é impossível para alguém como ela ficar completamente graciosa e refinada em tão pouco tempo) - Arthur comentou, parecendo em dúvida se aceitava aquela explicação ou não - Anyway, that's not why I called you here. Even though in Japan there is so little time, and not being an expert in matters as mundane as loving relationships, I could not help but notice the type of interest that you demonstrate by my cousin. And not that I care too much about who that clumsy Anna engages or fails to envovler, the more it is still one of the heirs of an important title of nobility, you understand me? Not to mention that she does not live in Japan forever, sooner or later it will come back for home, in Europe and even if you speak you are willing to leave their country to go live with it or something, it would still be unacceptable. As a relative of hers, and one of the heirs to the throne, can not allow a lowly commoner like you have this kind of relationship as compromising with one of the major heirs of the throne! In short ... forget my cousin, for your own good, and away it (De qualquer forma, não foi por isso que o chamei até aqui. Mesmo estando no Japão há tão pouco tempo, e não seja nenhum expecialista em relacionamentos amorosos, eu não pude deixar de notar o tipo de interesse que você demonstra pela minha prima. E, não que eu me importe muito com quem aquela desajeitada da Anna se envolve ou deixa de se envolver, mais ela ainda é uma das herdeiras de um importante título de nobreza, está me entendendo? Isso sem falar que ela não viverá eternamente no Japão, cedo ou tarde ela voltará para casa, na Europa, e, mesmo se você falasse que está disposto a deixar seu país para ir viver com ela ou coisa parecida, isso ainda seria inaceitável. Como parente dela, e também um dos herdeiros ao trono, não posso permitir que um reles plebeu como você tenha esse tipo de relacionamento tão comprometedor com uma das importantes herdeiras do trono! Resumindo... esqueça a minha prima, para o seu próprio bem, e afaste-se dela).


Arthur falou tanta coisa em inglês que Tadase levou alguns segundos para entender do que raios ele estava falando e, quando finalmente compreendeu o que o garoto queria dizer com aquilo, corou furiosamente, sentindo seu coração acelerar perigosamente. Mas o que raios aquele garoto estava querendo dizer com isso afinal?! Ele nem havia se dado conta do que sentia por Anna há tanto tempo assim, que dirá conseguir dizer para a garota como ele se sentia à respeito dela, e Arthur já estava falando sobre ele deixar sua família e seu país para ir viver com ela?! Mas isso era praticamente como se ele estivesse falando sobre algo sério e comprometedor como um casamento!! Do que raios aquele inglês maluco estava falando afinal, eles nem sequer tinham terminado o ginásio ainda!!! E, mesmo estando há tão poucos dias no Japão, Arthur percebeu facilmente o que ele sentia por Anna... Tadase realmente precisava aprender a disfarçar melhor seus sentimentos, e depressa, antes que a própria Anna percebesse por conta própria, muito embora isso parecesse improvável de acontecer.


Mas então sua mente pensou no que o inglês havia dito depois de todas aquelas insinuações vergonhosas. Claro que sabia disso, mas o que o outro dizia fazia sentido, um dia certamente Anna teria que voltar para seu país de origem, e iria embora do Japão... e eles provavelmente nunca mais se veriam de novo. Isso sem contar o fato de que Arthur tinha uma certa razão, por mais surpreendente que fosse, Anna era membro de uma família importante e nobre, ela era herdeira de um Duque de verdade afinal! Por mais que ele tivesse um "título de nobreza" de Rei, aquilo era apenas um cargo temporário, que ele só ocuparia enquanto estivesse naquela escola afinal... depois que fosse embora de Seiyo e concluísse seus estudos, não haveria mais motivo para as pessoas chamá-lo de "Rei", aquilo era mais como uma posição em um Conselho Escolar, ele era uma pessoa comum fora dali. Por outro lado, Anna sim, era uma verdadeira integrante da realeza e, não importa aonde fosse ou que idade tivesse, ela sempre seria. Como alguém como Tadase se atreveria a desejar ficar com alguém tão importante como ela afinal?! Por mais que isso fizesse sentido em sua cabeça, ele não queria concordar com isso, o que só fazia a pulsação rápida de seu coração, antes provocada pelo constrangimento, transformar-se em uma dor forte e pungente, como se agora houvesse uma bigorna em seu peito.

No entanto, antes que Tadase conseguisse pensar em algo bom o suficiente para responder, Kiseki surpreendentemente pronunciou-se antes do dono, parecendo estar absolutamente furioso:


– Ora, como se atreve a ofender o futuro Rei desse mundo e ainda compará-lo com um reles plebeu, seu moleque de língua afiada?! Você nem consegue me ver, não fique todo convencido só porque é um dos herdeiros ao trono de um único país, pois o Tadase em breve governará o mundo inteiro, e o seu título de possível herdeiro de um reles Duque não será nada comparado à posição de Rei do planeta!! - ele berrava com o pequeno rosto vermelho de raiva para Arthur, que obviamente não conseguia ouví-lo - Não fique aí parado, mostre à ele como é que se faz, Tadase!! - Kiseki gritou para o garoto, e ativou o Chara Change sem a permissão do dono. Tadase colocou-se de pé subitamente, com a coroa dourada materializando-se no topo da cabeça, e assumindo uma expressão tão séria e indignada quanto à de seu Chara
– Com quem pensa que está falando? Sei muito bem que, tanto você, quanto sua prima, possuem um título de nobreza sim, e que são possíveis herdeiros do trono, mas isso não significa que pode me dizer de quem eu posso ou não me aproximar. Primeiro, porque ela é apenas a 65ª herdeira na linha sucessória ao trono, existem 64 pessoas na frente dela. É uma fila muito grande para que ela possa assumir o título do atual Duque de St Albans um dia, não acha? Isso sem falar que, se me lembro bem, você é o 66º herdeiro na linha sucessória ao trono, está uma posição atrás dela por mais sofisticado que seja, o que não lhe dá o direito de dizer às pessoas com quem devem ou nãos e relacionar. Ela ainda está uma posição na sua frente, e mais próxima de herdar o título de nobreza do atual Duque do que você. Sem falar que ela é livre para decidir por si mesma com quem deve ou não se relacionar, e eu também sou
You plebeian darn sharp tongue ... who do you think you're talk...?! (Seu plebeu maldito de língua afiada... com quem acha que está falan...?!) - Arthur começou a dizer, com o rosto avermelhando-se de raiva diante daquele atrevimento, mas foi interrompido
– Eu ainda não terminei de falar!! Ouvi calado todo o discurso hipócrita que você fez, e agora é a minha vez de falar! Se você é um nobre com tão boas maneiras como diz ser, então fique calado e escute o que as pessoas têm à dizer!! - Tadase exclamou, e o outro se calou à contragosto - Eu entendi perfeitamente sua preocupação, porém, infelizmente, você só está preocupado com a posição de nobreza da sua prima, e não com ela, como pessoa. Ela é uma possível candidata ao trono sim, mas também é uma garota, e uma pessoa, como outra qualquer, que possui sentimentos, e tem todo o direito de se relacionar com quem quiser. E eu não sou tão descuidado e irresponsável à ponto de apenas brincar com as emoções de uma garota. Por enquanto, ela é apenas uma amiga, no entanto, se um dia viermos a nos tornar mais do que amigos, eu não serei tão irresponsável à ponto de mantê-la aqui no Japão apenas para que fique ao meu lado e impedí-la de seguir seu caminho como herdeira de um Duque, se ela não desejar isso. Ela tem seus deveres e responsabilidades, é claro, e eu não a impedirei de partir e voltar para a Inglaterra, se esse for o desejo dela. No entanto, também não vou desistir dos meus objetivos, que envolvem ela sim. Se for necessário, estudarei bastante para me tornar uma pessoa digna de ficar ao lado dela, e farei o que for preciso para ficar ao lado dela. Eu sei perfeitamente que você é um nobre, Arthur, e sei muito bem com quem estou falando: Com um rapaz inteligente com um título importante e que cresceu se preocupando apenas com isso, sem se relacionar com outras pessoas, e sem desenvolver sentimentos e relacionamentos com ninguém. Você é quem não sabe com quem está lidando.


Os dois se encararam pelo que pareceu uma eternidade, ambos absolutamente furiosos um com o outro. Até que Arthur deixou escapar uma risadinha, e disse num tom meio debochado:


Who would ... it seems, that your way was just fearful appearance anyway, so this is the real me character (Quem diria... pelo que parece, aquele seu jeito medroso era só aparência afinal, então esse é o seu verdadeiro caráter) - ele comentou com ar de superioridade - Despite this his sharp tongue and a lack of respect, you seem to be more stubborn than he looked, and even that has a good education ... but lacks a title of nobility, might not do much harm one of my clumsy press have someone like you as an example close to it anyway. Will I notice a bit more before making a final decision ... since it seems that this is getting very interesting (Apesar dessa sua língua afiada e da falta de respeito, você parece ser mais obstinado do que aparentava, e até que tem uma boa educação... embora não possua um título de nobreza, talvez não faça tanto mal aquela desajeitada da minha prima ter alguém como você como exemplo perto dela afinal. Observarei mais um pouco antes de tomar uma decisão final... já que parece que isso está ficando muito interessante).


Arthur deu as costas para Tadase e retirou-se do Royal Garden sem se despedir, e quando o inglês havia enfim sumido de vista, o Chara Change de Tadase se desfez. Ele ficou um tanto atordoado com tudo o que tinha feito e dito durante a transformação, no entanto, enquanto repassava bem tudo o que tinha falado para Arthur em sua cabeça, e percebia que isso era de fato o que ele queria dizer ao garoto, mas não conseguiria falar sem gaguejar ou sem demonstrar a verdadeira convicção que sentia sobre o assunto, ele sorriu timidamente e, pela primeira vez na vida, falou:


– Obrigado por ativar o Chara Change... Kiseki.


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Notas finais do capítulo

Yoo~ minna-san! Teffy-chan~ desu! õ/
Pois é, fortes emoções e muita tensão rolando pelo capítulo todo! Ai, ai, haja fôlego pra aguentar tudo isso... mas, por favor, deixem suas opiniões, sugestões e comentários nos reviews! É muito importante para nós saber o que os leitores estão achando da história!
O próximo é com a Shiroyuki-chan, não deixem de ler, pois estará cheio de emoções também! /o/
Ja nee~



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