Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 19
Capítulo XIX




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O q-que você está a fazer aqui? – as palavras escaparam em um português apressado e nervoso dos lábios de Miguel, e de repente, ele sentiu que tremia. Todas as pessoas ali o fitavam com curiosidade, e o garoto a sua frente, sorria sem graça, parecendo desconfortável de repente, a despeito da sua estrondosa entrada.

Eu vim… para vê-lo… - ele respondeu, erguendo aqueles incríveis olhos azuis para Miguel, e fazendo-o perder o chão. Seus cabelos loiros continuavam tão brilhantes como sempre foram, e ele ainda parecia ter crescido alguns centímetros. Aquele sorriso bobo e fácil também continuava lá. O coração de Miguel saltou dentro do peito, quando ele ouviu novamente aquela voz, e ele se amaldiçoou por isso.

— Hey… esse não é o namorado português do Micchan? – Yaya sussurrou para quem estivesse mais perto, que no caso era Stéffanie, curiosa.

— Quieta, Yaya-chan, não diga isso alto! – Nagihiko a repreendeu rapidamente. Ninguém precisava de mais confusões por ali, e o clima já estava suficientemente tenso sem os comentários impensados da ás.

But ... what about Shun? (Mas… e como fica o Shun?) – Anna indagou para as garotas, em voz baixa, e os olhos fixos nos dois garotos, que apenas se encaravam em silêncio. Elas apenas deram de ombros, sem saber o que pensar de tudo isso.

Recebemos uma carta na escola, sobre você, convidando seus amigos e familiares para visitá-lo durante essa semana, então, eu pedi para o diretor para vir… - Guilherme explicou, e Miguel ainda parecia atônito demais para responder qualquer coisa.

— Pode deixar que eu explico a partir de agora – Tsukasa sorriu, e todos olharam para ele – Fui eu quem organizou todas essas visitas, como vocês já devem saber. Eu contatei a Rosario-san, irmã da nossa Rainha Stéffanie – ele indicou a freira, que sorriu docemente – por que tinha assuntos a tratar com ela, acerca de alguns problemas que enfrentamos. Dessa forma, achei que seria justo que todos recebessem visitas também, então mandei convites livres para todas as escolas de vocês. Inclusive a sua, Agostinni-san – ele olhou para o italiano, que pareceu surpreso por ter sido incluído na conversa – porém seus pais me informaram que não poderiam comparecer devido à época do ano, eles estão trabalhando muito. Disseram que virão em uma próxima oportunidade, e enviaram por meio desta, uma carta para você, explicando tudo – ele entregou um envelope branco para o garoto, que correu para recebê-lo.

Os olhos lilases dele se encheram de lágrimas, quando abriu a carta e começou a ler ali mesmo. Yaya subiu as escadas que levavam até as mesas, para poder espiar por cima do ombro do garoto, descobrir se a carta era da máfia.

Esa falta de educación, Yaya, no lo hagas! (Que falta de educação, Yaya, não faça isso!) – Stéffanie ralhou com a garota, embora também desse as suas espiadas discretas, para ver se conseguia alguma boa história de dramas familiares. Anna e Amu não se aguentaram, e também desceram os degraus, tentando ver qualquer coisa rapidamente, e Giovanni se encolheu, amedrontado com toda aquela atenção repentina.

— Não se preocupe. – Lá da sua cadeira, de onde não havia saído mesmo com toda aquela comoção, Rima exclamou – Elas não entendem uma única palavra do que está escrito aí. Afinal, está em italiano, certo?

Bene ... sì ... lo leggerò ...(Bem… sim… eu vou ler…) - Giovanni não parecia saber o que responder àquilo, e optou por ficar em silêncio. As outras garotas, incluindo Yaya, resolveram parar de ser curiosas, e se afastaram, mesmo que estivessem morrendo de vontade de saber como era a família de Giovanni, afinal, ele era tão fechado e discreto e nunca contava nada. Ele voltou a ler sua carta em silêncio, embora ainda deixasse escapar afáveis olhares para a loira ao longe.

— Hm… Miguel… - Guilherme chamou discretamente, enquanto todos voltavam lentamente aos seus lugares para fazer o que quer que precisasse ser feito. Grace, que estava sentada no ombro do dono, fez cara feia. Não gostava nada daquela visita repentina, e tinha medo pelo seu dono. É claro que desconfiava de toda e qualquer atitude de Guilherme, ele era o grande causador da agonia de Miguel, o único que o rejeitou em primeiro lugar, e ainda espalhou sobre isso por toda a escola, fazendo Miguel ser praticamente escorraçado todos os dias por causa disso. Ele não tinha nenhum direito de estar ali, e muito menos de parecer interessado, de qualquer forma, em Miguel e no que ele fazia. – Será que podemos conversar… longe daqui? Sozinhos…

— Ah… e-eu… acho que sim… - Miguel respondeu, olhando para os lados para ver se ninguém iria impedi-lo.

— Não! Não vai, Miguel! – Grace tentou segurá-lo, mesmo que nada que ela fizesse pudesse impedi-lo de qualquer maneira. Miguel apenas fez um sinal com a mão, para que ela se acalmasse, tentando dizer que tudo ficaria bem. Guilherme, embora já tivesse tido um Shugo chara e por isso era valete na antiga escola dos dois, já havia se juntado ao seu ovo, e esquecera tudo sobre ele. Por consequência, também não podia mais vê-los ou ouvi-los, o que era uma sorte, considerando os nomes horríveis pelos quais Grace o chamava nesse instante.

Ignorando os protestos da pequena de cabelos ruivos, Miguel se aprumou, e então andou para fora do Royal Garden, com o garoto o seguindo. Grace mordeu os lábios, aflita. Tinha que fazer algo, e logo… antes que tudo acabasse da mesma maneira que começou: com Miguel sofrendo.

Enquanto os dois portugueses se afastavam, com Grace ainda esbravejando por ter sido ignorada e deixada para trás, Arthur aproveitava para também escapar.

— Wait… (Espere...) – Anna o chamou, correndo desajeitadamente na sua direção – I wanted to ask one thing before you go ... (Eu queria perguntar uma coisa antes de você ir...) – ela pediu, baixando o tom de voz, tentando de alguma forma chegar à maneira como Nagihiko ensinou.

— What do you want? (O que você quer?) – Arthur replicou, impaciente.

— When you go away from Japan? (Quando você vai ir embora do Japão?) – ela indagou timidamente, juntando as mãos e baixando o rosto. Nagihiko ensinou que ela sempre deveria olhar as pessoas nos olhos, pois esse era o costume ocidental, e a faria parecer mais confiante. Mas ela simplesmente não conseguia sustentar o olhar desafiador do primo, ainda mais quando parecia que ela estava era ansiosa para vê-lo pelas costas.

— You want me to go soon, is it? (Você quer que eu vá logo, é isso?) – ele arqueou uma sobrancelha, e Anna engasgou.

— No, this is not, absolutely not! (Não, não é isso, absolutamente não!) – ela se apressou em corrigir, balançando as mãos nervosamente e mandando para os ares todo o ensinamento de Nagihiko assim que perdeu o controle.

— Do not beg this way is deplorable. (Não implore dessa maneira, é deplorável.) – ele recuou um passo, e Anna se conteve, segurando as mãos atrás das costas. Ele ergueu o nariz, e então, começou a responder. - Well, I wanted to take you out on the same day if possible, but as it seems you will stay, and after many arguments in favor of this outcome, I just have to agree with most, even though I come from a nation Democrats, and is partisan of the Parliamentary Monarchy. (Pois bem, eu pretendia levar você daqui no mesmo dia, se possível, mas como parece que você vai permanecer, e depois de tantos argumentos a favor desse desfecho, eu tenho apenas que concordar com a maioria, mesmo que eu não venha de uma nação de democratas, e seja partidário da Monarquia Parlamentar.) – Ele falou, não parecendo muito contente com aquela resolução, e ainda falando rápido e difícil apenas para confundir ainda mais a prima, de propósito.

— So, will you let me stay? (Então, você vai me deixar ficar?) – ela repetiu, simplesmente, apenas para confirmar.

— Yes, idiot, I'll allow. (Sim, sua idiota, eu vou permitir). – ele revirou os olhos, e Anna sorriu abertamente, por ter conseguido, com a ajuda dos outros, convencer aquele cabeça-dura do seu primo. Ele apenas parecia pensar que era estupidez da parte dela ficar tão feliz por algo como aquilo. - However, I will need to report to my Lord Uncle Aubrey, about your decision to stay here. And besides, he asked me to take care of you, as if I did not already have enough duties just for me, I decided to stay a few more days and watch the progress of their "etiquette lessons" with Mr. Fujioka. (Porém, eu precisarei reportar ao senhor meu Tio Aubrey, sobre sua decisão em permanecer aqui. E, além disso, ele pediu para que eu cuidasse de você, como se eu já não tivesse deveres o suficiente apenas para mim, decidi ficar mais alguns dias e observar o andamento das suas "aulas de etiqueta" com o senhor Fujioka). – ele olhou expressivamente para Nagihiko, que como os outros, ouvia a conversa entre os ingleses por alto, e sobressaltou ao ser inserido no assunto.

— É Fujisaki… - ele corrigiu, apenas.

— Whatever (Que seja). – Arthur pouco se importou, e virou-se para dar as costas e ir embora – I'm going to my hotel, if you have something to deal with me ... ah, you have nothing to deal with me, is not it? Anyway, do not call me. I'll come back tomorrow, then. I say goodbye. (Estou indo para o meu hotel, se tiver alguma coisa a tratar comigo... ah, você não tem nada para tratar comigo, não é? De qualquer forma, não me chame. Eu virei novamente amanhã, então. Me despeço.) – e dizendo isso, ele se foi.

Assim que ele sumiu, e Anna retornou à mesa, envergonhada demais para dizer qualquer coisa, Tsukasa voltou a falar.

— Bem, agora que Arthur-kun e Guilherme-kun se retiraram, acho que estou livre para dizer a verdadeira razão pela qual Rosário-san está aqui. Você gostaria de explicar, Rainha Stéffanie de la Blanca? – Tsukasa sugeriu, e a espanhola parecia surpresa por ser chamada a falar tão de repente, mas logo se recompôs, e se ergueu de pé ao lado da irmã.

— Creo que ya he mencionado antes, pero mi hermana, Rosario, fue que purificava los huevos negros hay en Madrid. (Eu acho que já devo ter mencionado antes, mas a minha irmã, Rosário, era que purificava o Ovos Negros lá em Madri.) – ela indicou rapidamente Rosário, e olhou ao redor, sem saber direito o que Tsukasa queria que ela falasse. - Creo que fue por esta razón que el Señor Tsukasa llamó a mi hermana, ¿no es así? (Creio que foi por esse motivo que o Senhor Tsukasa chamou minha irmã, não é?).

— Sim, sim, exatamente, Blanca-san.

— Mas como ela pode enxergar Shugo Charas se já é uma adulta e não possui mais um? – Nagihiko indagou, interessado.

— Ah, eu estava intrigado com isso também – Kairi confessou, ajeitando os óculos – Como é possível?

— Yo no tengo un Chara más, pero todavía poseo ... esto… (Eu não possuo um Chara mais, mas eu ainda possuo isso...) – ela ergueu o crucifixo que tinha ao redor do pescoço, por cima do hábito. Ele era todo cravejado de pedras brilhantes, e a aurea que emitia era a mesma que a do Humpty Lock, ou a Dumpty Key. Logo, todos perceberam que não era apenas um crucifixo comum de freira. - Con este objeto que pueda purificar los huevos contaminados, y todavía me permite hablar con ellos y ve aún más no teniendo mi Shugo Chara. (Com esse objeto eu posso purificar os ovos maculados, e ele ainda permite que eu os enxergue e fale com eles, mesmo não possuindo mais o meu Shugo Chara.) – ela pareceu apenas feliz em elucidar a questão, e Stéffanie assentiu, imaginando quando é que poderia voltar a sentar.

— Rosário-san veio para me auxiliar com certos assuntos, e ainda como reforço ao que diz respeito à purificação dos ovos, já que não tivemos tanto progresso assim. Eu tenho certeza de que ela será de grande ajuda de agora em diante, então vamos ser otimistas quanto ao futuro, correto?

— Sim, Tsukasa-san. Eu tenho certeza de que dará certo – Tadase motivou-se novamente. Já não aguentava mais se sentir impotente diante dos ataques de Matthew, vendo tantos kokoro no tamago sendo levados e não podendo fazer nada para ajudar. Agora, tinha um bom pressentimento sobre o futuro.

— Sendo assim, eu e a Rosário-san vamos nos retirar, e deixar que vocês tenham a sua reunião de forma normal, certo? Gostaria de um pouco de chá, Rosário-san?

— Por supuesto. (É claro.) – sorrindo abertamente, muito ao contrário da irmã que tinha, Rosário saiu com Tsukasa pela passagem secreta lateral, e logo, os guardiões se viram novamente sozinhos no Royal Garden.

— Pois é… Lewis… aquele seu primo… - Kukai fez pela metade o comentário que todos ali estavam querendo fazer.

Anna se encolheu, parecendo apenas acanhada por tudo aquilo, e esperou que alguém dissesse alguma coisa.

— Yaya não gostou dele! – Yaya foi a primeira a se pronunciar, é claro, mostrando a língua.

— Você não gosta de ninguém que seja um pouquinho mal-humorado, Yaya! – Kukai argumentou.

— Não mesmo! A Yaya gosta da Onee-chan, não é, Onee-chan? – ela virou-se para Stéffanie.

— Estás llamando a mi malhumorada? – Stéffanie sibilou, e Yaya riu sem graça, se afastando um pouquinho.

— Talvez… ah, não importa, a Yaya não gostou daquele menino e pronto! Como é que você aguenta ele, Anna-tan? – ela exasperou-se, pensando consigo mesma que não aguentaria ficar nem uma semana no mesmo teto que alguém tão chato e reclamão.

— Acho que a pergunta mais importante aqui não é essa… - Rima interrompeu, quase perfurando Anna com um olhar de profunda análise, que a fez estremecer – Mas, por que não nos contou sobre sua família antes, Lady Lewis…? – ela entoou sarcasticamente, o que só deixava tudo pior.

— I feel so much... (Eu sinto tanto por isso…) – a garota se encolheu, aflita – Forgive me, please, it was not my intention to mislead anyone... (Me perdoem, por favor, não foi minha intenção enganar ninguém...). Não é tão complicado quanto parece, trust me! Eu sou apenas de linhagem real, mas não há possibilidade de que eu me torne… Queen, or something, like that. Eu ainda tenho que assumir o lugar do meu pai como Duke, e cuidar das terras que estão sob jurisdição dele, but… but… i don’t queria mesmo mentir para vocês! I’m so sorry!

Así que usted no confía en nosotros, ¿verdad? (Então você não confia na gente, é isso?) – Stéffanie inquiriu, séria.

— Was not it! I trust all of you! I just ... I do not trust myself ... (Não foi isso! Eu confio em todos vocês! Eu só... não confio em mim mesma...) – Ela baixou o olhar, e se encolheu no seu lugar - I often thought about telling the truth to everyone, but ... I just could not. At first, I was not sure if you accept me that way, and then ... well, time passed, and I have not found the right time to say ... (Eu pensei muitas vezes em contar a verdade para todos, mas... simplesmente não consegui. No início, eu não sabia bem se vocês me aceitariam dessa forma, e depois... bem, o tempo passou, e eu não encontrei o momento certo para dizer...).

— Acalmem-se, todos vocês… - Tadase resolveu intervir, e se ergueu de pé – Não é como se a Lewis-san pudesse chegar de repente em um dia qualquer e dizer “Bom dia, vocês dormiram bem? A propósito, eu sou uma praticamente uma princesa na Inglaterra. Pode me passar o chá?” certo?

— Eu ouvi bem, mas isso foi Hotori Tadase usando sarcasmo, é isso mesmo? – Nagihiko franziu os olhos, e Tadase apenas o fitou com cara de “eu não sei do que está falando” – Bem, não importa. Hotori-kun está certo. Não é nada f´ácil esconder algo dos amigos, isso é muito pior para a pessoa que guarda o segredo sozinha do que para aqueles que não sabem de nada. Todos nós deveríamos nos colocar no lugar da Lewis-san e perceber que a situação dela não é nem um pouco simples.

— De esconder identidades secretas você entende, não é Nagi? – Rima alfinetou, sem conseguir deixar passar aquela chance.

— Se mi permette di parlare per un momento ... (Se vocês me permitem falar por um momento...) – Giovanni pediu licença, e se preparou para falar, estando ciente de que todos olhavam para ele agora. – Io credo che qui nessuno sa esattamente cosa deve essere giudicata dalla posizione della sua famiglia e non per quello che sei. Scommetto che ci deve essere stato diverse persone che si sono avvicinati signorina Anna con cattive intenzioni, di approfittare della sua famiglia, senza curarsi di meno dei loro sentimenti. (Acredito que ninguém aqui sabe exatamente o que é ser julgada pela posição da sua família e não pelo que você é. Eu aposto como devem ter havido várias pessoas que se aproximaram da Senhorita Anna com intenções ruins, para tirar proveito da família dela, sem se importar nem um pouco com os seus sentimentos.)

­— Pensando por esse lado… - Amu tentou ajudar - É claro que ela se sentiria receosa de revelar a verdade para todos nós, sem saber ao certo o que poderia acontecer. Não é? Assim como você, Rima, não queria contar para nós sobre os problemas dos seus pais por que não queria que sentissem pena de você. – ela lembrou, e Rima foi obrigada a concordar – Como Nagihiko, que não sabia como contar sobre a Nadeshiko para todos. Ou como eu, que não tinha coragem de revelar a minha personalidade por que não sabia se seria aceita… - ela admitiu, e então virou-se para Anna – Todos nós aqui também temos coisas que escondemos dos outros, por medo do que pensarão de nós. É por causa disso que nossos charas nascem, não é? Dos nossos desejos de sermos mais honestos com nós mesmos…

— Amu … t-thanks… - Anna murmurou, tentando sorrir, ainda que sem jeito. – all of you ... you forgive me? (Todos vocês… vocês me perdoam?) – ela olhou ao redor.

Todos se entreolharam, e então viraram-se novamente para ela, sorrindo.

— É claro que perdoamos você, Lewis-san… - Tadase falou por todos, afagando de leve o cabelo da garota – Ainda é difícil de mensurar o que isso tudo quer dizer, bem… é difícil de acreditar que algo assim possa realmente acontecer, mas…

— Eu sabia! – Kiseki, que estava com os outros Shugo charas na casinha deles, finalmente resolveu se pronunciar – Tadase, mesmo quando você parece não saber o que está fazendo, você faz uma boa escolha! Como esperado do futuro Rei do Universo, um passo mais perto de concretizar seu sonho…!

— Kiseki, do que você está falando…?

— Da sua ótima, perfeita, escolha! Um membro da realeza, Tadase, de verdade! Eu estou tão feliz por você que poderia chorar! Mas não chorarei, por que verdadeiros reis mantêm a compostura mesmo em momentos de realização!

— P-pare de falar besteiras, onegai, Kiseki… - Tadase sussurrou, olhando nervosamente para Anna, que parecia nada entender. Tudo o que ele não queria agora era que ela pensasse que ele estava querendo se aproximar dela apenas pelo seu título ou qualquer coisa assim, e então ele prendeu o seu chara na mão, impedindo-o de continuar a discursar.

— Certo, esse assunto foi resolvido então – Rima se pronunciou – Nós entendemos o seu motivo, e perdoamos você por ter escondido de nós sobre sua condição… não é?

Todos concordaram, sorrindo, e Anna sorriu também, feliz por isso. era a primeira vez que se sentia assim, rodeada de tantas pessoas que se importavam com ela, e que a aceitavam independentemente de qualquer coisa. Ali, ela não era Anna Lewis, de St. Albans. Era apenas Anna Lewis, ocupante do trono de Ace. Nada mais do que isso.

— Creo que si alguien más quiere revelar un oscuro pasado, y una identidad secreta, este es el momento! (Acho que se mais alguém deseja revelar um passado obscuro, ou uma identidade secreta, essa é a hora!) – Stéffanie bradou, segundos depois. Yaya lançou um profundo e significativo olhar para Giovanni, que engasgou.

— Per l'ultima volta, io non sono mafioso, bambina! (Pela última vez, eu não sou da máfia, menina!) – Giovanni exasperou-se, e todos riram da expressão preocupada que ele fazia.

— Hey, hey! – Yaya chamou a atenção de todos, logo depois – Mais importante do que isso… onde será que o Miguel e aquele amigo dele foram, hein? A Yaya quer saber!!



~

Enquanto Anna ainda explicava sua situação para os colegas, longe dali, Miguel e Guilherme caminhavam pela estrada de tijolos que levava até o prédio principal da divisão ginasial. Ele disse que mostraria sua sala de aula para o garoto, mas na verdade, escolheu aquele caminho por que era mais afastado, e àquela hora, estaria completamente vazio, já que ninguém mais sairia por ali.

Eles caminharam em silêncio pela maior parte do tempo. Depois das conversas normais de “como você tem andado” e “como vão as coisas por lá?”, o assunto acabou morrendo rapidamente. Ele contou como os colegas iam, e disse que todos sentiam muita falta de Miguel, o que era obviamente uma mentira. Miguel sabia que eles falavam mal dele pelas costas, e lembrava que só falavam com ele quando era estritamente necessário, então sabia que deveriam estar muito satisfeitos por ele estar longe o bastante para não incomodar mais.

— … e então, ninguém sabia fazer aqueles orçamentos, por que era você quem os fazia… - Guilherme falava sem parar, parecendo muito animado. Exatamente da mesma forma como ele o tratava quando eram amigos, antes… daquilo acontecer. E Miguel não entendia por que.

— Guilherme. – ele chamou de repente, interrompendo o que o outro dizia. Parou de andar, e ele fez o mesmo, fitando-o com interesse. Miguel engoliu em seco – O que você veio fazer aqui?

— Não é óbvio? Eu já disse, eu vim ver você. – ele respondeu simplesmente, dando de ombros.

— Mas… - ele se sentiu aflito, e começou a gaguejar – D-depois do que eu fiz, eu pensei que…

— Shhh, não pensa mais nisso, está bem? – Guilherme se aproximou, fazendo Miguel recuar na mesma velocidade. Segurou a mão dele, impedindo-o de afastar-se ainda mais, e Miguel sentiu seu coração acelerar imediatamente, completamente indefeso diante daquele avanço. – Eu tenho que pedir que me perdoe, por ter sido tão impulsivo… Eu bati em você… - ele passou os dedos no mesmo local onde havia desferido o soco, quando Miguel o beijou, motivado pelo chara change, há tanto tempo atrás. O garoto estremeceu diante daquele toque tão suave – Eu estava confuso, agi sem pensar, machuquei você… não mereço seu perdão… mas… eu precisava dizer, o quanto eu lamento o que eu fiz…

— Guilherme, o que…

— Miguel… eu pensei em você todos os dias, desde que você foi embora. Não havia um dia em que eu não lamentasse ter perdido você. – ele ergueu os olhos azuis para Miguel, e ele não conseguiu reagir. –Você sempre foi meu melhor amigo, e eu gostava de passar o tempo com você. Eu estava assustado, quando você me beijou, mas depois que eu pensei nisso direito… não foi ruim.

— O q-que? – Miguel quase teve um ataque do coração, e teria saído correndo, de nervosismo, se Guilherme não tivesse prensado-o contra uma árvore próxima.

— Por favor, Miguel, deixe-me me redimir pelo meu erro… - ele sussurrou, enlaçando o menor pela cintura, inclinando-se para baixo. O cabelo dele, que era meio longo, roçou no rosto de Miguel, e ele corou ainda mais furiosamente. – Vamos começar de novo… eu estou disposto… a qualquer coisa…

— Guilherme, você… não devia… - Miguel tentava empurrá-lo, mas Guilherme era um atleta, muito mais forte do que ele, era como tentar empurrar uma parede.

— Miguel… - ele segurou o rosto de Miguel, forçando-o na sua direção. Seus lábios tocaram-se superficialmente, e o loiro estava pronto para aprofundar o contato, embora Miguel ainda relutasse, e tentasse afastá-lo.

— Ei, o que você está fazendo com ele? – um grito, e Miguel viu Guilherme sendo puxado para longe. Seu coração acelerou novamente, ao ver Shunsuke, segurando o português pelo braço para mante-lo longe dele.

— S-shunsuke… eu…

— Venha, Miguel – Shunsuke não deixou o português se explicar, e já foi puxando-o pela mão, sem nem dirigir o olhar ao outro, que ficou para trás, confuso e nem um pouco feliz com aquela interrupção. – Quem é ele?

Miguel ficou imediatamente nervoso, e não sabia o que responder. Shunsuke parecia furioso, e isso o deixava amedrontado. Ele o puxava com força pela mão, e caminhava tão rapidamente que em pouco tempo eles já haviam atravessado o bosque e estava novamente na divisão ginasial.

— Espera, Shunsuke…

— Você vai me contar quem é aquele garoto? – Shunsuke indagou, evidentemente perturbado, finalmente soltando a mão de Miguel. Ele ofegou, apreensivo, e então assentiu, encolhendo-se e esfregando uma mão na outra, inseguro.

— Eu vou contar tudo a você…


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Notas finais do capítulo

Yoo, minna-san~ shiroyuki desu yoo~ o/
Waaa~ tantas emoções~ Espero que a situação da Anna tenha ficado bem clara, quando à posição dela... ela é da linhagem real e poderia até mesmo ser Rainha se outras 64 pessoas morrerem antes dela...... mas, ela também é filha de um duque, e vai herdar as terras dele de uma maneira ou de outra, querendo ou não. Ou seja... bem, isso mesmo '-'
Mas, mais chocante do que isso, é a aparição inesperada de Guilherme!! E aí, o que acharam dele?? Sério, to doida pra saber XD

Bem, não deixem de dividir suas opiniões conosco, nós sempre ficamos suuuuper ansiosas para saber o que vocês acharam dos capítulos, e isso não acontece mais tanto quanto antes... se houver alguma coisa que vocês acham que possa melhorar, estamos aqui para ouvir!! Não se acanhem~ digam o que acharam nos reviews, é mesmo muito importante~

Muito obrigada, e até a próxima!! o/



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