Revenge II escrita por Shiroyuki, teffy-chan


Capítulo 16
Capítulo XVI




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Depois da "partida oficial" de Nadeshiko, e que Stéffanie enfim conseguiu engolir aquela história sobre a chantagem explícita de Nagi, ela voltou a gritar e brigar com ele gradualmente, e no dia seguinte, Setsuna enfim saiu do ovo, parecendo completamente bem, e até reclamando que já não aguentava mais esperar que a dona resolvesse logo o conflito em seu coração. No entanto, a Rainha estrangeira parecia tão feliz em rever sua Chara que não ligou para as reclamações dela, e acabou se esquecendo da raiva que ainda sentia de Nagihiko por ter mentido e por chantageá-la descaradamente.

Após o retorno de Setsuna, os Guardiões enfim tiveram alguns merecidos dias de tranquilidade. Que, obviamente, não duraram muito, e chegaram ao fim quando uma carta chegou à residência Mashiro.


– Ei, Anna... tem uma carta pra você - Rima chamou com cara de sono, pois ainda era de manhã cedo, segurando uma xícara de chá em uma das mãos enquanto lhe estendia a carta com a outra
For me?! Who?? (Pra mim? De quem?) - Anna gritou em resposta, vindo correndo da cozinha depois de quase derrubar um pote de biscoitos com o susto
– Eu sei lá, está tudo em inglês, e é de um cara com nome de um Rei antigo da Inglaterra, só pode ser pra você - a loira deu de ombros, entregando a carta para a mais nova e remexendo no resto da correspondência
– É de my family (minha família)... - Anna murmurou, abrindo o envelope com cuidado, como se estivesse com medo de que ele fosse explodir
– Bem, era de se esperar que eles dessem alguma notícia, você está aqui há meses afinal... - Rima murmurou, largando o resto da correspondência em cima da mesa e reprimindo um bocejo enquanto tomava mais chá
– Eu me comunico com my family por phone and the internet often (por telefone e pela internet geralmente)... - Anna comentou, enquanto Rima enfim se rendia ao sono e deixava escapar um enorme bocejo - Você acordaria mais rápido se tomasse coffee (café) ao invés de tea (chá), Miss Mashiro - ela acrescentou enquanto lia a carta
– Não. Chá é melhor - Rima respondeu como se aquela fosse uma verdade absoluta
Ohh no! This is bad, very bad (Ah, não! isso é mau, muito mau)... - a inglesa exclamou, afastando a carta de si, como se ela fosse explodir seu rosto ou coisa parecida
– O que foi?
My cousin (Meu primo) está vindo me ver... - Anna murmurou como se aquilo fosse o fim do mundo
– Isso é realmente ruim... - Rima concordou depois de alguns segundos em silêncio - Ele também não vai querer morar aqui, vai?
I don't know (Eu não sei)... - a inglesa murmurou sem dar importância ao assunto, recuperando-se lentamente do e voltando para o quarto
– Aonde vai? - Rima indagou depois que seu chá finalmente terminou
– Pro quarto... we have class today, is not it? I'll change my clothes (nós temos aula hoje, não é? Vou trocar de roupa... - a mais nova murmurou num tom tão deprimido que parecia mais que a carta dizia que algum parente seu tinha morrido, e não que alguém estava vindo visitá-la. Como ela largou a carta em cima da mesa, Rima deu uma espiada e, pelo que conseguiu entender, falava mesmo sobre a visita de um parente. Olhou o envelope de novo, e notou que ele tinha um símbolo vermelho e imponente que lembraria algum tipo de "Selo Imperial" se estivessem vivendo alguns séculos no passado, e resolveu perguntar sobre isso para Anna depois, já que agora ela estava com uma cara de enterro tão terrível que parecia que ia começar a chorar se mencionassem algo sobre o assunto, e Rima definitivamente não estava com vontade de lidar com o choro dela.


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As aulas passaram incrivelmente rápido e, como geralmente acontecia, Anna não prestou atenção em nenhuma delas, não porque não entendia nem metade do que os professores explicavam em japonês, ou porque passava o tempo todo admirando Tadase, ou ainda porque acabava fantasiando alguma situação romântica e yaoi com os personagens de seus animes favoritos, ou ainda porque ficava desenhando coisas aleatórias na última folha do caderno (que já estava mais cheio de desenhos do que de matéria copiada, aliás), e sim porque estava preocupada demais pensando em quando seu visitante chegaria.


E durante a costumeira reunião no Royal Garden daquela tarde, enquanto Tadase discursava alguma coisa sobre terem que descobrir mais dados sobre a misteriosa companheira de Matthew, Anna remexia-se desconfortável em sua cadeira, pensando que deveria contar aos demais sobre seu visitante que estava vindo lhe ver antes que a pessoa aparecesse por lá quando ela menos esperasse, quando Rima se cansou daquela inquietação toda dela e perguntou:


– Qual o problema, Anna? Está com pulga na cadeira ou o que, hein?
What (O que)?! - ela exclamou, alto demais, surpresa em ouvir alguém chamando seu nome - I-I'm don't... I'm sorry, what is a pulga"? (Eu não sei... desculpe, o que é uma "pulga"?)
– Não precisa falar desse jeito com ela, Mashiro-san - Tadase repreendeu - Mas, você parece mesmo incomodada com alguma coisa desde hoje cedo, Lewis-san... aconteceu alguma coisa?
Well... actually (Bom, na verdade)... - a Às estrangeira murmurou, mudando de posição na cadeira, muito embora não importasse o modo como ela se sentasse, continuava desconfortável de qualquer forma - I received a letter this morning, and (eu recebi uma carta hoje, e)... u-um parente meu está vindo me visitar. E-Eu não sei bem quando ele vai chegar, but (mas)... e-ele pode aparecer aqui há qualquer momento, p-por isso, achei melhor avisar vocês...
– O que, é só isso? - Kukai comentou, dando de ombros - Achei que era alguma coisa mais séria e emocionante... mas isso é completamente normal, não?
– Também acho. Vocês estão aqui há tanto tempo afinal, acho que é natural que seus parentes estejam com saudades e queiram te visitar - Kairi concordou
– Yeah, but (Sim, mas)... q-quem está vindo é my cousin, so (meu primo, então)... - Anna murmurou, sem conseguir terminar a frase, parecendo completamente apavorada com alguma coisa
Qual è il problema (Qual o problema)? Por acaso vocês não se dão bem? - Giovanni perguntou timidamente
– N-Não, não é bem isso, but... well... my cousin is a little... well... rigid and demanding ... and he gets annoyed (mas... bem, meu primo é um pouco... rígido e exigente, e fica irritado) com qualquer coisa que eu faça ou fale de errado, so... he is a little scary (então... ele é um pouco assustador)...
– Humm... então ele se irrita facilmente com qualquer coisa, é...? Que engraçado, isso me lembra alguém... - Nagihiko comentou, olhando de esguelha para Stéffanie
– Ei, por que está mirando a mí (olhando pra mim)?! - ela exclamou ao perceber a observação dele
– Por nada... só coincidência - ele respondeu rapidamente, tomando um gole de chá pra disfarçar
I think I have a picture of it here (Eu acho que tenho uma foto dele aqui)... - Anna murmurou, remexendo em seu celular, sem entender do que eles falavam - Ah, encontrei! Aqui está - ela mostrou a foto para os demais
El no se ve tan mal como usted hablou (Ele não parece ser tão ruim quando você disse)... parece ser apenas una persona (uma pessoa) séria - Stéffanie comentou, observando a foto - E ele me lembra alguém... e se parece a un niño (com aquele menino) daquele anime, Kuroshitsuji ... Ciel "alguma coisa"...
– Quer dizer o Ciel Phantomhive? - Anna indagou, e a espanhola balançou a cabeça, confirmando - Agora que você disse, acho que se parece um pouco... I think que you guys (eu acho que vocês dois) se dariam bem... - Anna murmurou, e Nagihiko se remexeu incomodado em sua cadeira
– Não se preocupe. Pelo jeito que a Lewis-san falou, acho que ela quis dizer que o primo dela tem o mesmo... ahn... temperamento difícil que a Blanca-san - Tadase falou para o amigo, rindo sem graça
– Sim, talvez... - Stéffanie murmurou para a inglesa, sem dar importância, e voltando a atenção para sua xícara de chá
What's the problem (Qual o problema)? - Anna idnagou
Yo no sé... pero (Eu não sei, mas), por algum motivo, estoy (estou) zangada com usted (você) - Stéffanie respondeu, encarando-a de mau-humor, e a inglesa se encolheu, desviando os olhos dela
– Não se preocupe, Lewis-san... ela só se irritou porque é meio ruim com palavras em inglês... eu acho - Amu murmurou para ela, embora não parecesse muito convicta disso
– Bem, de qualquer forma, acho que é natural que seus parentes venham visítá-los, já que estão fora dos seus países há tanto tempo - Nagi comentou, tentando mudar de assunto - Será que os familiares dos outros virão também?
Yo no sei... talvez - Stéffanie murmurou, fingindo não dar importância ao assunto, embora estivesse pensando sobre isso
– Talvez os da Stéffanie ou do Giovanni venham, mas... não acho que meus pais vão vir... - Miguel pronunciou-se, num tom meio abatido
– Hã? E perché non viriam (E por que não viriam)? - Giovanni indagou, encarando-o - Quero dizer.... penso che il più antural è che la mia famiglia non sarà, da quando sono qui meno tempo di quanto si, ma (acho que é normal que minha família não venha, já que estou aqui há menos tempo, mas)... você veio na mesma época que le ragazze, non è vero? (as garotas, não é?)
– Bem, sim, mas... comigo é diferente... - Miguel encolheu-se ainda mais em sua cadeira, sem conseguir encarar ninguém - Eles não se importaram muito quando eu precisei sair de Portugal na verdade... e, além do mais, não acho que eles sintam falta de um filho... "defeituoso" como eu...
– "Defeituoso"? - Kukai repetiu sem entender
– Sim... por eu ser... s-sabem, como eu sou... - ele torceu as mãos nervosamente, se encolhendo cada vez mais - Por eu ter esses... sabem... gostos estranhos... e preferências que ninguém entende e aceita...
– Micchan, don't say that (não diga isso)!! - Anna exclamou, levantando-se subitamente, e se esquecendo pela primeira vez de seu visitante que estava por vir - We like you (Nós gostamos de você) do jeito que você é, não importa o tipo de coisas que você gosta ou deixa de gostar!!
– Isso mesmo, você não devia falar assim de si mesmo! - Amu acrescentou - Além do mais, mesmo que seus pais não venham, outros parentes seus podem aparecer, não é?
– Acho que não. Eu não tenho irmãos ou irmãs, meus avós já faleceram, e eu não tenho muitos primos... - o português contou tristemente - De qualquer forma, ninguém da minha família nunca me aceitou como eu sou... meus pais me ligaram poucas vezes desde que vim pra cá, e quase nunca respondem meus e-mails, então duvido que se dêem ao trabalho de gastar dinheiro vindo pra outro país apenas para me visitarem. Mas acho que é melhor assim mesmo... prefiro que eles não apareçam do que eles virem até aqui só pra reclamar do filho "anormal" que tiveram - ele concluiu, sem conseguir encarar ninguém, com a franja escondendo o olhos
– Micchan, not speak these things (não fale essas cosias)! - Anna gritou, com os olhos marejados - Isso é tão... sad and (triste e) cruel... you don't abnormal, we love Micchan the way he is (você não é anormal, nós gostamos do Micchan do jeito que ele é)!
– Sim, sim, Anna-tan tem razão!! - Yaya exclamou, levantando-se também. Ela andou até onde o português estava e continuou seu discurso, segurando as mãos dele entre as suas - Nós te adoramos do jeito que você é, Micchan não precisa mudar em nada!! Você é especial por ser exatamente do jeito que você é, e não tem que mudar em nada só pra agradar aos outros!!
– Odeio admitir esto, pero Yaya tiene razón (isso, mas a Yaya tem razão) - Stéffanie falou, fazendo uma careta tão estranha que parecia realmente odiar ter que admitir que Yaya estava certa - Usted no tine que agradar tus padres, ellos (Você não tem que agradar seus pais, eles) devem te aceitar e te amar do jeito que usted es. La vida es sua afinal, y no de ellos, entonces eres usted (e não deles, então é você) quem deve decidir como vai vivê-la, ellos no pueden (eles não podem) interferir em suas escolhas
– Meninas... eu fico muito feliz que vocês pensem assim, mas... infelizmente, acho que meus pais não concordariam com vocês... - Miguel respondeu simplesmente, forçando um sorriso triste.

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Depois daquilo, eles evidentemente não conseguiram dar continuidade à conversa sobre os Batsu Tamas gigantes e a nova companheira de Matthew, então decidiram apenas juntar suas coisas e irem pra casa. Enquanto todos ainda caminhavam pelo mesmo caminho, e Yaya tentava convencê-los a parar em alguma sorveteria ou lanchonete para conversarem mais (ou melhor, para continuar o interrogatório sobre o visitante da inglesa e sobre a família de Miguel) e, de quebra, comerem alguma coisa, eles encontraram uma mulher mais à frente falando muito rápido em outro idioma com algumas estudantes de outra escola. A garota parecia ter mais ou menos a mesma idade de Utau ou Ikuto, usava roupas que pareciam ser religiosas e usava um crucifixo pendurado ao pescoço. As estudantes com quem ela falava pareciam não entender uma única palavra do que ela dizia, pois a mulher falava muito rápido em uma língua diferente, e não parecia conhecer uma única palavra em japonês. Depois de alguns segundos observando, os Guardiões enfim conseguiram identificar o idioma em que ela falava.


– Nee... aquela moça... ela está falando em espanhol, não está? - Tadase indagou, ainda meio duvidoso
– Acho que sim, mas... ela fala rápido demais pra se entender do que ela está falando - Kukai respondeu, quase desistindo de tentar entender o que a mulher falava
– Acho que ela está perdida... ou talvez procurando alguém - Kairi comentou, ainda tentando entender o que ela dizia - Mas, as roupas que ela está usando... parece um hábito de freira, não é?
– Bem, parecem mesmo roupas religiosas, mas eu não sei dizer... - Amu respondeu, também quase desistindo de entender o que ela falava
– Nee, Blanca-san, você entende o que ela está dizendo, não é? - Nagihiko indagou, virando-se para a Rainha estrangeira - Não acha melhor ajudá-la? - ele perguntou, só então notando que a garota estava com os olhos arregalados, pregados na garota mais velha, como se não acreditasse no que estava vendo - Ei, Blanca-san, você está bem? O que houve??
Esa chica ... por qué está aqui (Essa garota... por que está aqui)?! - Stéffanie murmurou para ninguém em especial, recuando um passo, com os olhos ainda pregados na mulher
– Nani, nani? O que foi, Onee-chan? Por acaso você conhece ela?? - Yaya indagou curiosa
Aquella eres... mí hermana (Aquela é minha irmã) mais velha - Stéffanie respondeu e, quase que imediatamente, as estudantes com quem a mulher falava desistiram de tentar entendê-la, fizeram uma breve reverência e foram embora, meio assustadas e, ao se virar para trás, a garota mais velha exclamou
Stéffanie! Gracias a Dios, por fin has encontrado! Este lugar es enorme, y nadie entiende lo que digo, no pensé que encontraría nunca! Cielos, usted no te ha enviado noticia, nuestros padres estaban preocupados por ti, sabes (Graças a Deus te encontrei, até que enfim te encontrei! Esse lugar é enorme, e ninguém entende o que eu falo, pensei que não te encontraria nunca! Céus, você não tem enviado notícias, nossos pais estavam preocupados com você, sabia)?! - a mulher com roupas religiosas exclamou, falando muito rápido, porém sorrindo aliviada, e caminhou depressa até a garota, abraçando-a subitamente. Ela tinha olhos azuis e cabelos longos, com o os da irmã caçula, e usava um penteado parecido, exceto que o cabelo dela era loiro-escuro, quase castanho, ao contrário dos de Stéffanie

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És bueno te ver también, Rosário... pero, que haces aqui (É bom te ver também, Rosario... mas, o que faz aqui) tão de repente? - Stéffanie falou, retribuindo o abraço após alguns segundos, no entanto parecendo estar mais incomodada e preocupada com a visita repentina da irmã do com saudades dela
No es obvio? También estaba com saudades de mi hermana pequeña, por supuesto (Não é óbvio? Estava com saudades da minha irmãzinha, é claro)! - a mais velha exclamou, enfim soltando-a. Notou então que a garota não estava sozinha, finalmente percebendo que os demais Guardiões a encaravam, alguns curiosos, outros tentando entender o que ela dizia - Ora... entonces estas son las personas que usted veio ayudar (Ora, então essas são as pessoas que você veio ajudar)?
Ah, sí... aunque algunos de ellos son extranjeros, sólo en otros países (Ah, sim... embora alguns deles também sejam estrangeiros, só que de outros países) - Stéffanie respondeu, ainda um tanto desconfortável. Virou-se então para os amigos, e continuou - Esta és mí hermana (Essa é minha irmã), Rosário de la Blanca. Como puedem ver, ella es una freira (Como podem ver, ela é uma freira). Rosário, estos son... bién, son muchas personas afinal... quizás deberíamos aceptar la idea (esses são... bem, são muitas pessoas afinal... talvez devêssemos aceitar a ideia) da Yaya e ir a alguma lanchonete para hablar de todos modos (conversar afinal). Acho que es mejor (é melhor) que ficar conversando aqui no meio da rua... no puedo crer (não posso acreditar) que concordei com Yaya duas veze no mesmo dia, debo estar loca... o quizás enferma (devo estar maluca... ou talvez doente)... - ela concluiu ao notar que algumas pessoas os observavam, curiosas, ainda irritada com a ideia de ter que concordar com Yaya
– Kyaaa~ sabia que você ia acabar concordando comigo, Onee-chan! - Yaya comemorou aos pulos - Yaya conhece uma lanchonete ótima pertinho, podemos ir pra lá!
Sí, sí, que seja... se es perto, está bueño así (Sim, sim, que seja... se é perto então está bom) - Stéffanie concordou milagrosamente fácil com ela dessa vez, concluindo que talvez estivesse doente mesmo, e o grupo seguiu a saltitante Yaya até a lanchonete. Alguns minutos depois, após arranjar uma mesa com lugares suficientes para o enorme grupo, uma garçonete trouxe os diferentes tipos de comida que cada um pediu, e se afastou para ir atender outra mesa. Stéffanie apresentou cada um dos presentes para sua irmã, e quando enfim terminou, a mais velha enfim pronunciou-se
Humm... estoy surpresa, usted hace feito mismo muchos amigos, Stéffanie... considerando que era casi siempre solo en España (Estou surpresa, você fez mesmo muitos amigos, considerando que estava quase sempre sozinha na Espanha) - ela comentou, observando cada um com atenção - Usted eres... Yaya, no és (Você é Yaya, certo)? - ela perguntou, olhando na direção da ruiva, e a mais nova assentiu, balançando a cabeça com entusiasmo - Gracias por cuidar de mí hermana por todo este tiempo. Debe ter sido difícil, ella tiene un temperamento tán problemático (Obrigada por cuidar da minha irmã por todo esse tempo, deve ter sido difícil, ela tem um temperamento tão problemático)...
– Rosário, por favor, no comece...! - Stéffanie a interrompeu, parecendo estar tentando se segurar para conter um ataque de raiva, o que era difícil de se ver
– Não, não, imagina! Morar com a Onee-chan é divertido, Yaya se diverte todos os dias! - a ruiva exclamou, rindo ainda mais
– Ahn... "Onee-chan"...? - Rosário repetiu
Ella me llama así, já que estoy morando en la casa de ella (Ela me chama assim porque estou morando na casa dela)... és como se habla "hermana mayor" (É como se diz "irmã mais velha") aqui no Japão - Stéffanie explicou, e Rosário balançou a cabeça em sinal de compreensão
– Nee, nee... se você é a irmã mais velha da Onee-chan, então é a a Onee-chan da Yaya também! - a Às continuou tagarelando, aparentemente muito mais empolgada com a visitante do que a própria Stéffanie - Ah, mas espere... você é mais velha que a Onee-chan, e é da igreja, então... então, a Yaya vai te chamar de Onee-sama!
Yaya, no invente apelidos para mí hermana (não invente apelidos pra minha irmã)! - Stéffanie berrou para ela, mas Rosário apenas riu
Está bien, no me importa (Está bem, não me incomodo) - a mais velha respondeu, ainda sorrindo, enquanto Yaya comemorava. Na verdade a mulher não parecia nem ter entendido direito o significado de "Onee-chan" ou "Onee-sama", e provavelmente por isso não se importou
– Na verdade, acho que é uma honra... já que nunca vimos a Yaya-chan usar o "sama" pra ninguém afinal - Nagihiko comentou
Como puede ser una (Como pode ser uma) honra ser apelidado por alguém sem noção quanto a Yaya?! - Stéffanie replicou
– Bem, é que... ela usou o "sama" afinal. Isso é mesmo algo raro de se ver - Nagi respondeu como se aquilo encerrasse a questão, e Stéffanie o fuzilou com os olhos, mas ele não pareceu se importar, já acostumado com aquilo. Na verdade, estava mais ocupado pensando em como deveria se portar diante da inesperada presença da irmã de Stéffanie... aquela era a primeira pessoa que ele conhecia da família da garota, e não queria repetir o erro que acontecera durante a estadia de "Nadeshiko", então precisava ter muito cuidado em como agir. Embora Rosário parecesse ser mais amigável e gentil, bem diferente da irmã, a Rainha espanhola poderia se irritar facilmente com qualquer coisa que ele falasse afinal. Estava tão preocupado com o que Stéffanie poderia pensar sobre o que quer que ele falasse para sua irmã que não notou que a espanhola mais velha o observava com atenção em silêncio.


No entanto, depois das apresentações e de conversar um pouco, Rosário disse que queria primeiro conversar com a irmã e lhe contar como estava a família delas na Espanha, então as duas acabaram deixando o grupo primeiro, seguindo sozinhas pra outro lugar. Depois disso, os demais decidiram que de nada adiantava continuar ali, e resolveram que era melhor voltarem logo para suas casas, não importando o quanto Yaya insistisse que queria comer mais sorvete, ou o quanto Anna estivesse alheia à tudo e todos ao seu redor, apertando freneticamente os botões de seu telefone, provavelmente desistindo de tentar entender a conversa rápida em espanhol e indo admirar imagens de algum anime yaoi em seu celular.


Enquanto Tadase e Kairi tentavam convencer a todos de que era melhor irem logo, as duas espanholas conversavam enquanto caminhavam na rua, a mais velha parecendo ter ficado repentinamente mais séria também.


Usted ha hecho muchos amigos aquí, Steffanie ... esto es realmente una sorpresa, ya que casi no tenía amigos en España (Você fez muitos amigos aqui, Stéffanie... isso é realmente uma surpresa, já que quase não tinha amigos na Espanha) - Rosário comentava como quem não quer nada - Espero que no termine afeiçoando desamsiado á ellos (demais à eles)
Ellos ja eram un grupo grande cuando cheguei, no pude hacer nada (Eles já eram um grupo grande quando cheguei, não pude fazer nada) - a mais nova respondeu
Compreendo... pero me preocupa que usted acabe se apegando demasiado a estos niños (Entendo.. mas fico preocupada que você acabe se apegando demais à essas crianças)...
Qué quieres decir con esto (O que quer dizer com isso), Rosário?
Estoy diciendo que es mejor no olvidar que sólo vino aquí para ayudar a estos niños, y que, después de haber terminado, vuelve a casa. Para su verdadera casa en España (Estou dizendo que é melhor não se esquecer de que veio aqui pra ajudar essas crianças, e que, depois que terminar, terá que voltar pra casa. Para sua verdadeira casa, na Espanha) - a mais velha respondeu, mais séria - Especialmente ese chico, el cabello largo... por otra parte, incluso si esa persona era un niño, certo (principalmente aquele garoto de cabelo comprido... aliás, aquela pessoa era mesmo um garoto, não é) ? Parecía tan feminino (Parecia tão feminino)...
Se está hablando de Nagihiko, sí, es un chico (Se está falando do Nagihiko, sim, ele é um garoto) , embora não pareça mismo– Stéffanie foi obrigada a concordar - Pero qué quieres decir con "especialmente él" (Mas, o que quer dizer com "principalmente ele")?
– Nada... simplemente me pareció que te has convertido en amiga de él que los demás niños. Tal vez más que solamente "amiga" (só que me pareceu que você se tornou mais amiga dele do que das outras crianças. Talvez mais do que "amiga")...
Qué tonterías estás insinuando, hermana?! Usted és una freira, como puede insinuar tais cosas (Mas que besteiras você está insinuando, irmã? Você é uma freira, como pode insinuar essas coisas)?? - Stéffanie parou de caminhar de repente, atraindo a atenção de uma ou duas pessoas na rua com seu grito. Rosário parou de andar também, e viu que a mais nova ainda a observava, com o rosto vermelho de raiva e vergonha misturadas
Pero yo no nasci una freira, nasci una chica normal, como tú, ser freira fue mi decisión. Además, coñoço la hermana que tengo. Sei muy bién que, cuando usted se irrita e nega alguna cosa, es porque provavelmente otra persona hizo una insinuación de verdad, y que se avergüenzan de admitirlo, así que no mires tan enojada (Mas eu não nasci uma freira, nasci uma garota normal, como você, ser freira foi uma escolha minha. Além do mais, eu conheço a irmã que tenho. Sei muito bem que, quando você se irrita e nega alguma coisa, é porque provavelmente outra pessoa fez alguma insinuação que é verdade, e que, se tem vergonha de admitir, você se finge de irritada) - Rosário respondeu simplesmente, e a mais nova engoliu em seco, recusando-se a admitir que ela tinha razão
Cual és él (Qual é o) verdadeiro motivo de usted vir até aqui tán repentinamente (tão de repente), Rosário? - Stéffanie indagou, estreitando os olhos, decidindo que era melhor mudar de assunto antes que ficasse sem argumentos para negar as acusações da irmã - Usted no debe ter se dado a el trabajo de deixar él convento y viajar até otro país sem avisar solamente (Você não deve ter se dado ao trabalho de deixar o convento e viajar até outro país sem ame avisar) para me visitar... cual la verdadeira razón para usted venir (Qual o verdadeiro motivo de você vir) até aqui?
Usted sabrá pronto, mi hermanita ... yo no soy la única pariente de uno de los Guardianes extranjeros están viniendo aquí de todos modos, cierto (Você saberá logo, minha irmãzinha... eu não sou a única parente de um dos Guardiões estrangeiros que estão vindo até aqui de qualquer forma, não é)? - a mais velha respondeu simplesmente, voltando a exibir seu sorriso doce e gentil de antes. Afagou os cabelos da irmã e voltou a caminhar, sendo seguida pela mais nova alguns segundos depois.


Enquanto isso, na lanchonete, os demais Guardiões, que no momento estavam completamente alheios à preocupante conversa das duas espanholas, terminavam de pagar a conta, e Anna, que ainda estava preocupada demais com o fato de que seu primo também viria visitá-la, cochichou para Nagihiko enquanto ninguém estava olhando:


– Err... N-Nagi? You remember (Você lembra) daquelas aulas de etiqueta que prometeu me dar? - ela indagou baixinho, e quando o garoto assentiu, meio atordoado por ter tido seus pensamentos sobre a nova visitante interrompidos, ela continuou - Well, my cousin (Bem, meu primo) virá em breve too, so (também, então)... p-pela data da letter (carta) que ele me mandou, I thought he (eu acho que ele) que deveria chegar em two or three days (dois ou três dias) no máximo, but... e-ele me mandou uma mensagem pelo celular agora há pouco, dizendo que chegará amanhã, então... s-se você não estiver muito ocupado, well...
– Está bem, está bem, já entendi. Você quer aprender isso por causa do seu primo também, não é? - ele indagou, ainda que não entendesse por que Anna estaria preocupada com isso, mas como ela confirmou, ele continuou - Então, você pode chegar mais cedo na escola amanhã? Daí podemos começar antes das aulas. Não é nada fácil aprender a ser uma "Yamato Nadeshiko" em apenas um dia, mas... farei o possível - ele respondeu, e a garota assentiu, agradecida - E... você quer manter isso em segredo do Hotori-kun, não é?
– Y-Yes... I-I don't (Sim, eu não) sei bem porque, but... d-don't want (mas eu não quero) que ele saiba disso...
– Tudo bem. Também não acho uma boa idéia os outros ficarem sabendo sobre isso, então é melhor não comentar com mais ninguém, certo? - ele acrescentou e, assim que Anna concordou, ouviram a voz de Tadase chamando
– Lewis-san? Vamos indo? - o loiro chamou, olhando confuso e meio desconfiado para os dois
– Ah... y-yeah, of course, Prince Charming (sim, é claro, Príncipe)! - ela exclamou, sorrindo exageradamente, no que pretendia ser uma maneira de disfarçar sua conversa com Nagi, e quase tropeçou nos próprios pés ao se virar para o Rei. Quando viram o grupo deixando a lanchonete, com Nagihiko indo com eles e agora conversando alguma coisa com Amu e Kukai, os dois saíram também, seguindo os amigos
– Ano nee, Lewis-san... sobre o que você estava conversando com o Fujisaki-kun? - Tadase indagou alguns segundos depois, sem conseguir deixar de sentir incomodado com aquilo
What?!– ela exclamou, surpresa que Tadase tivesse notado - Ahn... n-nada, ele apenas... he was commenting on the Stéffanie's sister (ele estava comentando sobre a irmã da Stéffanie) - ela respondeu a primeira coisa que lhe veio à cabeça
– Ah, sim... ele deve estar nervoso por causa disso mesmo - o Rei comentou, pensando que era natural o amigo ficar preocupado e desconfortável em conhecer alguém da família da espanhola mesmo, porém sem conseguir deixar de se sentir incomodado com isso.


Tadase sabia que aquilo não fazia sentido. Sabia perfeitamente que não era de Anna que Nagihiko gostava, qualquer um podia notar isso na verdade, e que Nagi devia realmente estar nervoso por ter conhecido Rosário tão de repente, e talvez precisando conversar com alguém sobre isso. E embora tudo isso fizesse sentido em sua cabeça, seu coração não parecia concordar. Primeiro, aquela conversa dos dois à sós ao pé da escadaria da escola, e agora isso... sem falar do dia em que ela ficou toda animada e entusiasmada quando descobriu que Nagihiko e Nadeshiko eram a mesma pessoa, parecendo absolutamente encantada por ter conhecido um travesti em pessoa. Sabia que Anna gostava dessas coisas, isso nunca lhe incomodou de fato, mas ainda assim, essa aproximação repentina dos dois o deixava no mínimo aborrecido. Por que não conseguia deixar de se sentir incomodado com uma simples conversa entre os dois? Eles eram amigos afinal, e Anna era perfeitamente livre para conversar com outros garotos ou com quem ela quisesse, e Tadase sabia disso, mas esse fato só parecia irritá-lo ainda mais. Até que uma vozinha incômoda sussurrou dentro de sua cabeça. Então era essa... a sensação de se sentir com ciúmes?


Prince Charming...?– ele ouviu a voz de Anna chamando, hesitante, e quando se virou para ela, viu que a inglesa o encarava já há algum tempo - Are you okay (Você está bem)?
– Ah, sim... só estou cansado - ele respondeu, forçando um sorriso, e tentando afugentar esses sentimentos ruins. No que ele estava pensando afinal? Aquilo era completamente ridículo, e Tadase sabia disso. Ele devia estar concentrando seus pensamentos em coisas mais importantes, como arranjar um jeito de derrotar Matthew e sua nova companheira, por exemplo. Ou talvez, mais importante... com o fato de que um parente de Anna também estava para chegar ao Japão e, pela expressão da inglesa ao falar dele, não parecia ser uma pessoa nada fácil de lidar.


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Notas finais do capítulo

Yoo~minna-san! Teffy-chan~desu! o/
Pois é, mal acaba uma novidade e já começa outra... e então, surpresos com essas visitas inesperadas de nossos queridos intercambistas? Aposto que sim! Uma visitante já chegou, e ainda vem mais por aí... o que acharam da Rosario? Gostaram dela? Detestaram? Ela não apareceu o suficiente pra expressar algum opinião? Deixem seus comentários e sugestões nos reviews, onegai!!!
O próximo é com a Shiroyuki-chan~
Kissus^^



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