ATE

Han descia a ladeira a passos de tartaruga, tentando achar o equilíbrio do corpo com o centro da gravidade. Ao chegar no fim marcou apenas dez páginas de castigo escrito à noite(?). Tendo plena ciência de que seus pais não voltariam até amanhã, Han chamou sua vizinha que a simpatia não se argumenta. Foi um gesto duro para ele, não estava acostumado a se submeter à essas atitudes, sempre fora um rapaz invariável, um rapaz uniforme sobre si mesmo num desânimo vegetativo. Finn era sua vizinha há dois anos, e nunca recebera sequer uma olhada de Han. E foi mais ou menos assim que ela retribuiu o convite, dai começou a esfriar o entusiasmo da nossa fraternidade(wtf?).

O engraçado para Han, foi que aquele "não" de Finn foi mais satisfatório que humilhante, e ele conseguiu voltar para sua casa mais feliz do que nunca. Porém, ao abrir a porta da frente Alves olhava-me de outro lado da mesa centra e pano verde, e ele nem sabia de fato quem era Alves.

– Quem é você, Alves? - gritou atormentado.

– Sou Alves. - respondeu Alves, calmo.

Então Han entrou e fechou a porta, pegando uma cadeira e se aproximando de Alves. Han notou que sua vestimenta era um pouco fora do comum, porque a companhia do Egbert ultimava a situação e o estudo era uma festa, fosse o que isso quer que seja (o que está acontecendo por aqui?).

MAS desviando o olhar das roupas de Alves, Han conseguiu dar a primeira frase para quebrar o gelo que ficou nos últimos instantes, e começou falando:

– É a mão da Providência!– e sentou-se quieto (sério mesmo, o que está acontecendo? essas falas não são minhas não). Enfim, Alves tentou captar a mensagem estranha de Han e entendeu algo como urgiu ainda a fome, urgiu mais ainda o amor e veio a guerra.

Ô galera! Serião agora. Mas que porra é essa, hein? Eu to tentando narrar essa história, que já ta uma merda, e tem algum filho da puta que fica me interrompendo e colocando palavras no meu texto, que merda é essa? Porra, o narrador já nem aparece na história, ele nem tem de fato uma participação na história, e ficam de palhaçada comigo? Quem é esse merda que ta de zueira ai?

Opa, desculpa ai amigo, não quis te ofender nem nada, só achei que seria divertido.

Porra, cara! Quem é tu pra escrever nos meus textos? E que merda é essa que tu escreveu?

Ah, essas frases eu tirei de um livro meu, achei que se encaixaria com a história. Não achou?

Encaixar? Ta maluco? “Um rapaz uniforme sobre si mesmo num desânimo vegetativo”?Sério mesmo?

Liberte um pouco essa mente, meu amigo. Divirta-se com a vida.

Mas vem cá, cacete. Por que diabos tu ainda está escrevendo aqui? COMO que isso é possível?

Pra te falar a verdade amigo, eu nem sei.

E se eu quiser te apagar?

Não deu.

Nem agora.

Ah sei lá, mas acho que não está funcionando.

Desculpa.

Que merda cara! Porra, deixa eu escrever minha história em paz!

Qual o problema de terminarmos esse trabalho juntos? Você mesmo disse que não está gostando.

Mas é MEU trabalho! MEU!

Como faz isso?

Isso o que?

Esse sublinhado magnífico.

Isso é coisa do capeta, sei lá. Só fiz.

Jesus! Faz de novo.

Não.

Por favor!

Não.

Nossa!

( ° ͜ʖ ͡°)

Sabe fazer outras coisas?

Depende, o que tu quer?

Qualquer coisa.

Eu sei fazer isso: OPPA G

Mais q merda eh essa?

Chefe?

Olá.

Pod me esplicar o q ta acontecendo aki?

Ahn...

Por que ele ta vermelho?

Ele não ta vermelho, é que as palavras estão erradas, por isso que é eu que escrevo as histórias.

Anda pora, expliac!

Eu não sei o que dizer na verdade chefe, esse intrometido ta aqui há horas.

Já pedi desculpas.

Qem eh vç?

Meu nome é Raul Pompéia, senhor.

E eu com iso? O qe fas aqi?

Estou me perguntando o mesCALA A BOCA!

Senhor, eu não sei dizer também. Estou aqui por acaso.

Entaum rapas, vou te da 2 alternativas, ou tu some daki, ou tu fic e acaba essa merda de história que era pra ontem, entedneu?

Perdão?

Ele fica, chefe. Ele vai me ajudar.

Vou?

Vai! Agora cem mais atrazos. Começem essa merda!

Ahn, eu preciso ir amigo.

O QUE? COMO ASSIM? Agora tu vai ficar filho de uma puta!

Não sou eu que decido, eu simplesmente preciso ir.

Mas, mas... porra, tu ... ah!!!!!!!! Vai de uma vez seu merda!!! Não preciso de ti mesmo!!!!

Preciso terminar essa bosta, onde tava mesmo? Ah é, ah é, Alves tentou captar a mensagem blábláblá...

Então os dois se levantaram meticulosos, e andaram ao encontro um do outro, e sem nenhuma reação tomou a palavra num tom solene de revelação e referiu, com toda a grandeza de que era suscetível, a hipótese, reclamando a indignação vingadora do Ateneu.

...

...

Desculpe-me, não me agüentei.

Eu.. eu nem vou dizer nada. Acaba essa merda logo.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

..

.

.

.

.

.

.

.

.

.

otário