Shadow Of The Colossus escrita por Kevin Souza


Capítulo 14
Alta velocidade


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Cá estou eu para postar mais um capítulo de SOTC.

Esse capítulo eu considero como muito especial. "por que Kevin?" Porque é Avion gente. Para mim, o melhor colosso de todos os dezesseis. Eu revisei o texto várias vezes, procurando deixá-lo o melhor possível para vocês lerem.

Aproveitem a leitura e tentem procurar mais um errinho de português que talvez eu tenha.

Abraços



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Cachoeira. Um fenômeno incrível da natureza onde a água passa por cima duma pedra em erosão fazendo uma queda da vertical. Algumas águas chegam a cair muitos metros de cima a rocha, formando o chamado ‘véu de noiva’. É uma imagem maravilhosa para se apreciar por qualquer visão humana, e mais maravilhoso ainda poder inspirar o ar da natureza que é produzido com tamanha magnitude e majestade.

Nesse momento, um ser humano contemplava toda aquela obra e ficava admirado com tamanha beleza. Essa pessoa era Wander. Após ouvir as palavras de Dormin (“o próximo inimigo fica dentro de uma cidade submersa. Ele voa. Tu terás de ir além de sua força”), o rapaz sai do templo de adoração rumo à parte oeste da terra proibida e logo para diante da maravilhosa cachoeira de mais de quarenta metros de altura. O final da cachoeira revelava um lindo lago que parecia ter a temperatura ideal para poder relaxar com a água que parecia ser cristalina. Wander chegou a pensar em descer as rochas até chegar ao lago, porque ele estava com alguns cortes que precisavam ser cicatrizados, além do fato de que não tomava banho há algumas horas e precisava cuidar de sua higiene. Mas o bravo guerreiro cortou seu pensamento de um lindo banho ao pensar em sua amada e o tempo que estava se esgotando rapidamente.

Wander dá as costas para a bela paisagem, monta em agro e segue seu caminho para mais uma arena de batalha na qual ele não tinha certeza de que pudesse sair vivo. O rapaz passa por um pequeno templo de adoração e continua cavalgando por uma parte escura da terra proibida. Misteriosamente, fazia muito frio naquela parte, diferentemente de onde Wander observava a cachoeira, sendo que esses lugares se distanciavam nem um quilometro!

O jovem guerreiro chega diante de um lago que pairavam névoas e onde a luminosidade batia muito pouco, além de o céu se encontrar nublado. Ele aperta a vista e, por entre as névoas, consegue avistar com que ambiente estava lidando. Wander se encontrava diante de uma cidade na qual estava totalmente inundada e não podia-se ver nem as suas gigantes muralhas.

Ora, era uma cidade não muito gigantesca em largura, mas sim altura. Os edifícios era muito altos, sendo possível ver metade dos mesmos, apesar da água que havia inundado tudo. Wander logo se dá conta de que aquela cidade fora construída num lugar cercado por rochas e que poderia ser facilmente alagada, bastando ter uma forte chuva e um clima muito frio para evitar que as águas evaporassem. A cidade tinha um aspecto muito obscuro que parecia existir antes mesmo de todas as águas cobrirem a forma de vida e as algas entrarem em todos as habitações daquele lado Oeste da terra proibida.

A única forma de entrar na cidade era pela água, onde se podia acessar os maiores edifícios, que ficavam pouco acima da superfície. Wander mergulha no lago gélido que cobria aquele lugar. O rapaz em menos de um minuto fica batendo queixo e sente a temperatura de seu corpo baixar e começa a dar indícios de uma possível hipotermia. Ele rapidamente nada, movimentando seu corpo, tentando manter-se o máximo de tempo aquecido, conseguindo passar pelo que parecia ser as portas da enorme cidade.

Wander passa pelas portas e se depara diante de uma escada que formava sobre a parte lateral do que parecia ser uma ponte onde o líder daquela cidade falava com a sua civilização, visto que a ponte terminava com cercas e era possível ter uma visão de todo reino, até a parte mais remota.

O guerreiro sobe as escadas e corre a ponte até a outra ponta. Quando ele chega na outra ponta, é ouvido um pio quase ensurdecedor. Era o colosso Avion! Ele possuía asas, semelhante ao que Dormin havia dito e sobrevoava a cidade submersa de lago gélido, mostrando-se poderoso e imponente. Após mostrar todo sua majestade, o colosso pousa sobre um toco do que parecia ser um edifício gigantesco, que, apesar de submerso, grande parte dele ainda era visível. Depois de pousar, o gigante voador solta outro pio poderoso.

– Maravilha! Um colosso voador - diz Wander para si próprio.

O guerreiro observa um buraco bem na ponta daquela ponte que levava até o lago e resolve pular, caindo na água. Ele procura alguma parte alta para que possa chamar a atenção da criatura voadora, a fim de poder montar na mesma. Felizmente, Wander consegue avistar espécies de três pedestais pertencente as partes altas de um muro que cercavam um templo. O rapaz começa então a nadar rumo aquelas grandes plataformas.

Enquanto nadava, Wander se recordava dos momentos em que passara com sua amada num riacho próximo a aldeia Karizoa.

Wander inspirava com força em suas narinas, sentindo o ar da natureza ao mesmo tempo que observava o sol, tão radiante e tão esplêndido. Esse astro que tocava o solo com seus raios solares e deixava as florestas japonesas mais belas naquela época do ano.

O jovem rapaz inspirava novamente, estufando o pulmão de tamanha satisfação que sentia de estar ali. Quando vai sentir o cheiro da natureza novamente, Wander sente um cheiro a mais. Um cheiro maravilhoso que o deixava hipnotizado e desnorteado, olhando para os lados. Um aroma de sakura que tranquilizava o espírito do rapaz. Um cheiro feminino que ele conhecia e o deixa mais feliz do que já era. De repente, mãos macias e brancas como a seda cobrem os olhos daquele rapaz.

– Tente advinhar quem é - dizia a pessoa que cobria os olhos de Wander. A voz daquela pessoa ecoa dentro do ouvido dele, o fazendo sorrir de satisfação.

– Mono - dizia Wander sorridente.

O jovem de cabelos cor de sangue sentia-se mais feliz por estar com a sua amada. Nada poderia ser melhor. Mono estava com um lindo vestido verde esmeralda. Sua pele estava branca como a neve e seu cabelo tinha uma pequena flor sakura presa, servindo de adorno para ela. Sua expressão era muito serena e apaixonada. Ela olhava profundamente nos olhos de Wander.

– Senti saudades de você - diz Wander, retribuindo o olhar.

– Também senti saudades, meu anjo - responde ela - Por isso fui até Korota com o intuito de lhe convidar para passarmos um dia nesse riacho maravilhoso.

– Essa foi a melhor ideia que você teve, meu amor.

– Eu sei - diz ela, sentando ao lado de Wander e pegando uma pedrinha na margem do riacho.

– Amor, me ensina a nadar? pergunta Mono sorrindo para Wander.

– Você não sabe nadar? pergunta ele, zombando dela.

– Não. Eu nunca tive oportunidade de nadar - diz Mono cabisbaixa

– Está bem. Vamos lá. Eu lhe ensino. Você vai aprender com o melhor nadador de toda a Korota.

– Também. É o único - brinca ela, jogando a pedrinha em Wander.

Os dois retiram suas roupas normais e ficam apenas com suas roupas íntimas. Sendo assim, entram no rio, que se encontrava suave e bem tranquilo para se nadar e mergulhar.

Wander começa a explicar a Mono como devia nadar, até que a donzela não leva a sério e joga água em seu namorado, provocando-o, ao mesmo tempo em que o dois riem.

Wander para num pedestal que ficava próximo as partes altas da muralha. Lagrimas escorriam do rosto do rapaz após os flashbacks passarem na mente dele. Certamente, não era fácil viver sem a pessoa que ele mais amou.

Mesmo sofrendo, o rapaz toma coragem e salta novamente na água nadando rumo a parte alta da muralha da cidade. Chegando, ele se coloca de pé e consegue avistar o colosso. Era imponente e dava medo por ser uma criatura voadora. Provavelmente aquele ser atingia a velocidade de um jato e poderia ser fatal se Wander caísse de uma grande altura e numa velocidade muito alta.

O jovem guerreiro percebe que tinha de chamar atenção da gigante criatura voadora de alguma forma. Obviamente, ele retira uma flecha de sua sacola, mira bem na asa direita do colosso, e, com facilidade acerta, chamando atenção do mesmo.

Avion sai de onde estava parado e dá um rasante fortíssimo. Enquanto o colosso se aproximava, Wander observada que o mesmo possuía pêlos na parte superior de suas asas e pula se agarrando na asa esquerda. A criatura bate as asas na tentativa de lançar o rapaz longe, mas ele conseguia se agarrar e vai devagar até a ponta da asa.

A velocidade na qual Avion atingia era equivalente à um jato e o vento batia fortíssimo, podendo lançar qualquer ser humano há quilômetros de distância daquela arena. Mas o coração de Wander era muito determinado, e ele consegue chegar a ponta da asa esquerda do colosso voador. Antes de chegar a ponta, o jovem guerreiro teve de correr de forma muito rápida por uma parte da asa que não possuía pêlos e que se a criatura voadora batesse tais asas, jogaria Wander no mar. Felizmente isso não acontece e ele consegue cravar a espada no sinal vital do ser, fazendo sair muito sangue. O colosso vira sua asa de cabeça para baixo na tentativa de derrubar o rapaz, mas não acontece.

Wander sai da asa esquerda do colosso, rumo a asa direita a fim de cravar sua espada na outra ponta do gigante voador. Ele aproveitava que o colosso usurfruií das correntes de vento para se aproximar da asa direita e consegue chegar na parte sem pelo da asa. Mas, Avion bate as asas no exato momento em que o guerreiro estava na parte sem pelos, lançando-o para trás há uma velocidade de mais de 200km/h. Felizmente, na fração de segundo em que o corpo de Wander era lançado, sua mão fica agarrada bem na extremidade da cauda do monstro.

Após quase morrer, o rapaz percebe que acabou tendo a sorte ao seu lado. Isto é, porque o principal sinal vital de Avion localizava-se na cauda dele. Sem hesitar, o jovem guerreiro crava sua espada, fazendo sair quase o triplo de sangue que saiu da ponta da esquerda. Ele crava de novo a espada e o colosso começa a diminuir a altitude para com o chão, parando de bater as asas. Se aproveitando disso, Wander corre até a asa direita o mais rápido possível, tentando resistir a força do vento e consegue chegar onde queria.

Sem pensar, Wander crava sua espada no colosso, fazendo o mesmo soltar seu ultimo pio. Avion diminui mais ainda a altitude, e, como estava quase morrendo, bate numa ponte caindo sobre a água, morto. O jovem guerreiro é projetado alguns metros devido ao impacto do colosso com a ponte e desmaia, começando a afundar. Apesar de aquela luta ser o fim da criatura voadora do lago gélido, seria também o fim de Wander.

Wander estava afundado rapidamente, até que o poder de Avion sai de seu corpo, entrando no rapaz, o fazendo ficar mais inconsciente.

Mesmo inconsciente, o rapaz conseguia ver novamente a áurea com um luz no fim e a voz de sua amada Mono

– Wander...p..fa..D..m..não ........ todos morrer.

Wander acorda no templo de adoração. Agora cinco homens sombras estavam ao lado dele, enquanto cinco pombas brancas rodeavam Mono. Ele acorda e as sombras desaparecem, como de costume. Logo em seguida, a estátua representando Avion se auto destrói num show de luzes.

O bravo guerreiro que luta por amor se aproxima do grande motivo de sua jornada: Mono. Seu cabelo estava menos desbotado e sua pele estava menos cadavérica, além de seus ferimentos feitos por espada estarem quase fechadas, faltando apenas cicatrização. Já Wander tinha ferimentos a mais e foi preciso que ele enfaixasse seu ante braço direito pois doía muito, além de sua coxa direita estar com um corte semi profundo feito após ralar na cauda de Avion.

Apesar de Wander estar muito mal, ele estava feliz de avançar mais um passo rumo ao fim de sua jornada. De fato, ele voou. Literalmente.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal. Esse foi mais um capítulo de SOTC. Espero que vocês tenham gostado porque me esforcei muito nele para poder ficar uma luta legal. Desculpe a luta muitas vezes não ser muito parecida com a do jogo, mas é que aqui o Wander não tem barra de sangue que dá para saber quantas pancadas o personagem pode levar. Então estou tentando usar um lado de batalha mais realista.

Até o próximo capítulo galera.

Abraços



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