Kuroko's Murderer escrita por ohhoney


Capítulo 4
Presente de Natal


Notas iniciais do capítulo

Own gente, que saudades ;_; Primeiramente, desculpas pela enrolação, mas a escola tava que tava esse final de ano e, junto com a minha preguiça, foi quase impossível escrever. Mas bem, aqui estamos! Novo capítulo. Vamos ao placar.

1° lugar: Akashi/Midorima - 5 votos
2° lugar: Kise - 4 votos
3° lugar: Murasakibara - 3 votos
4° lugar: Aomine - 2 votos
5° lugar: Himuro/Momoi/Todos - 1 voto

Objetos
1° lugar: Tesoura/Caco de vidro - 4 votos
2° lugar: Machado/Faca - 1 voto

Lugares
1° lugar: Banheiro - 2 votos
2° lugar: Sala - 1 voto

Formularam suas teorias? Parece que esse capítulo veio para estragar tudo mais uma vez! Boa leitura!



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Os olhares imediatamente recaíram sobre Murasakibara.

Ele era o único, além de Kagami, que tinha estado na cozinha a noite inteira. E, pelo o que Midorima afirmou, Murasakibara tinha aprontado alguma com o café. E agora, o mesmo pó foi achado no encanamento.

–Parece que você queria que o café acabasse, não é mesmo? – o investigador sorriu para si mesmo – Queria que o sr. Kagami saísse de casa.

–O que? Eu não...

–Não negue. – Midorima encarava o mais alto por trás dos óculos com o olhar gelado – Eu sei o que você fez.

–E como você sabe disso? – Aomine balançou a cabeça na cadeira ao lado, cerrando os olhos para Shintarou.

Midorima limpou a garganta.

–Meu item da sorte do dia era um par de dados. Eu estava indo da sala de jantar até a sala de estar e deixei um dos dados cair. Ele rolou até a porta da cozinha. Quando me levantei, vi que Murasakibara jogava o pó do café aos montes pelo ralo da pia da cozinha. Achei muito estranho, mas resolvi não questionar. Agora eu vejo que esse truque funcionou para tirar Kagami de casa.

–Isso é idiotice - Murasakibara não parecia muito receptivo.

–Eu discordo plenamente.

–O que está acontecendo aqui? - Kagami passava rapidamente os olhos por todos os cinco homens a sua frente - O que diabos o café...

–Porque o sr. Midorima não nos explica direito tudo o que está contando? - o investigador sorriu.

Midorima fechou os olhos por alguns segundos.

"Como mencionado anteriormente pelo Kise, nossa reunião estava marcada para as 6:30, e eu cheguei exatamente nesse horário. Bom, na verdade não foi uma entrada muito... Amigável.

Kuroko abriu a entrada do prédio pra mim e eu entrei. Peguei o elevador, e logo que cheguei no andar deles, vi um machado encostado na porta. O machado era do equipamento de incêndio, cuja o vidro estava quebrado. Então, eu o peguei e bati na porta da casa deles. Kuroko abriu a porta e se espantou um pouco. Eu expliquei que tinha achado o machado no corredor, e ele o pegou dizendo que iria guardar no quartinho para depois resolver o negócio do equipamento de incêndio. Achei normal, eu também faria isso.

Kise foi o segundo a chegar. E quando Murasakibara chegou, ele e Kagami foram preparar o jantar. Enquanto isso, Aomine chegou também. Tudo estava agradável, nada fora do normal. Durante o jantar, achei que Murasakibara estava meio distraído e não parava de olhar para sua bolsa; isso eu achei estranho. Então, quando ele foi fazer o café, Kuroko e Kise resolviam o negócio do espelho e Kagami e Aomine brigavam, eu... Vasculhei a bolsa dele e, bom, vi uma faca lá dentro".

Kagami engasgou-se na própria saliva e Murasakibara manteve o olhar frio e distante. O investigador sorriu de canto, e remexeu algumas fotos na mesa.

–A faca. É essa? - e esticou a foto das armas do crime.

–Sim.

Era uma clássica faca de cozinheiro, aquela com o cabo preto e a lâmina grande e bem afiada, para fatiar carne. Akashi não parecia surpreso, e Aomine e Kise tinham os olhos arregalados.

–Grande coisa, sou chefe - Murasakibara rebateu os olhares e empinou o nariz - É um hábito andar com utensílios.

–Mas... Mas essa faca é minha! - Kagami exaltou-se e pegou a foto para olhar mais de perto.

–Não, é minha - Atsushi teimou.

–Eu com certeza reconheço minha faca favorita, Murasakibara! - Kagami exalava fúria - Se você esqueceu, eu também gosto de cozinhar!

Murasakibara fez um biquinho infantil. Midorima ajeitou os óculos no nariz.

–Tá, tá, eu peguei, e daí? Gostei dela, corta bem.

–Corta bem até pele, imagino - Midorima ergueu o olhar.

–Deixa de ser bobo, Mido-chin, ou vou te esmagar. - Murasakibara fechou a cara - Eu roubei, gostei dela, queria ela pra mim. Só isso.

–Só isso mesmo? - o investigador cerrou os olhos, batucando os dedos na mesa.

O arroxeado manteve-se em silêncio, olhando para suas mãos.

–Então beleza, a gente já sabe que foi o Murasakibara. Posso ir pra casa agora? - Aomine resmungou, coçando um dos olhos.

–Aominecchi, não seja tão impaciente!

–Que saco, eu quero ir pra casa. Não tem nada pra eu fazer aqui, porra, eu não matei o Tetsu.

–É... - Kagami coçou a bochecha e olhou para o moreno - Eu acho que o menos provável é o Aomine, tendo em vista todo aquele papo sentimental que vocês tiveram na Winter Cup aquele ano e tal...

–Parece que todos esse torneios de basquete que vocês tiveram no ensino médio afetaram bastante as relações de vocês todos - o investigador cruzou as mãos em cima da mesa e foi passando os olhos por cada um dos homens sentados - Não sei o que aconteceu. Sei que vocês eram conhecidos como a Geração dos Milagres, e que tiveram que jogar entre si, e não sei até que ponto isso pode ter deixado tanta raiva a ponto de querer matar seu próprio colega de time.

–O que? - os óculos de Midorima escorregaram pelo nariz - Eu não...

–Aqui diz... - ele revirou algumas folhas de papel - Parece que seu time, sr. Midorima, jogou contra o de Kuroko e Kagami duas vezes, certo?

–Sim.

–Na primeira vez, no Interhigh, vocês perderam. Certo?

Midorima cerrou os dentes.

–Sim.

–E na segunda vez, na Winter Cup, parece que deu empate. Certo?

–Sim. E o que diabos isso tudo tem a ver?

–Conte-nos um pouco mais sobre tudo aquilo, sim?

Midorima, com as mãos trêmulas, ajeitou novamente os óculos. Engolindo em seco, notou que Akashi o encarava com certa curiosidade. Tirando o olhar do ruivo, Shintarou olhou bem nos olhos do investigador.

"Aquele dia estava chovendo, se eu não me engano. Eu estava com meu item da sorte, Takao estava irritante como sempre. Parecia um dia normal, só que iríamos jogar contra Seirin. Não parecia um time muito promissor, pra falar a verdade. Mas bem, eu me provei errado.

Seirin não era um time muito convencional, principalmente por causa do Kuroko e do Kagami, a dupla do primeiro ano. Eles sim nos deram trabalho, Kagami principalmente. Aqueles malditos pulos dele bloquearam meus arremessos e isso complicou bastante nossa vida. Eu admito: eu os tinha subestimado. E por causa disso, nós perdemos aquele dia.

O jogo estava difícil, estávamos na frente, mas o placar invertia toda hora e meu time estava sendo muito pressionado. E por causa da minha ignorância, nós perdemos. Foi a primeira vez que perdi um jogo de basquete e aquilo me afetou de um jeito que eu nunca poderia prever. Primeiro eu fiquei triste; me bateu uma tristeza muito profunda. Depois, veio a raiva. E eu jurei vingança. E a vingança viria mais tarde naquele ano, na Winter Cup.

Naquele jogo, eu não os subestimei, passei a ver Seirin como um verdadeiro oponente. E mais, eles tinham Kiyoshi Teppei, um homem que foi uma grande adição ao time e, devo dizer, nos sufocou. Mas eu tinha ido preparado. Minha fome de vitória era maior do que tudo que eu já experimentei na vida; eu precisava ganhar. Eu precisava reaver meu orgulho perdido por subestimar aquela escola nova em que Kuroko jogava. Eu precisava ganhar, custasse o que custasse. Pela minha escola, pelo meu time, pelos meus senpais, por mim mesmo, pelo meu orgulho. Eu teria que ganhar e nunca estive tão determinado na vida.

Bom, como o senhor mesmo disse, não ganhamos. Mas também não perdemos. Empatamos, e aquilo foi uma vergonha. Por causa daquele empate, tivemos que jogar contra Rakuzan, contra Akashi, e foi onde perdemos, foi onde eu fui plenamente humilhado. Eu nunca senti tanta vergonha de mim mesmo na vida. Tudo por culpa daqueles moleques de Seirin, culpa de Kuroko e Kagami. Eu fui humilhado, eu tive que ver meus senpais chorando, até Takao chorou, eu chorei. Eu simplesmente não conseguia acreditar que tínhamos perdido. Tudo por causa daquela escola nova de Tokyo, tudo por causa do maldito time de basquete do Kuroko.

Eu jurei vingança, é claro. Como não poderia? Eu nunca mais perderia. Eu estava obcecado. Eu precisava ganhar de Seirin, só assim poderia dormir em paz. Nunca treinei tanto. Eu precisava ganhar. Simplesmente precisava. Era mais do que um desejo, era uma necessidade."

Quando Midorima parou de falar, seu olhar pegava fogo. Suas mãos estava suadas e uma ou duas gotas de suor escorriam pela sua testa. O clima na sala estava estranho, até Aomine parecia assustado com o modo de falar de Midorima. Akashi observava tudo com seus imensos olhos coloridos, e Kagami sentia-se imensamente desconfortável.

O silêncio permaneceu na sala por alguns segundos que pareceram horas. Todos se encaravam impacientemente. O investigador estava atento a todos os detalhes. Midorima limpou a garganta e finalmente disse:

–Eu gostaria de um copo d'água, se não for incômodo.

–Claro, sem problemas.

O investigador pediu uma jarra d'água ao seu assistente, e recebeu mais um pedaço de papel.

–Olha que coisa mais linda. Suas digitais foram achadas no machado, junto com as de Kuroko. Parece então que a história que você contou é verdade, sr. Midorima.

–Claro que é. Eu não tenho motivo para mentir. - ele voltou a sua usual cara séria.

–Agora a pergunta que não quer calar. Como a faca que estava nas coisas de Murasakibara foi parar no meio das armas do crime?

–Sim, sim, eu notei que a faca tinha sumido quando cheguei em casa - Murasakibara abriu um chocolate e deu uma mordida - Pensei que tivesse caído no caminho.

–O-O único que sabia quem tinha pego a faca era o Midorimacchi - Kise gaguejou, olhando para o esverdeado.

–E daí? - replicou - O único que sabia do espelho quebrado era você.

–O único que tinha a tesoura era o Aka-chin. - Murasakibara enfiou o resto do chocolate na boca.

–Eu já me provei inocente, não me coloque no meio dessa conversa.

–Ninguém é inocente, sr. Akashi, não até que eu prove o contrário. - o investigador jogou um papel na mesa, de frente para Aomine - Um canivete. Suas digitais foram achadas no canivete. Explique-se.

Aomine apalpou os bolsos freneticamente e ergueu a cabeça.

–É, meu canivete. Eu ganhei de presente, eu sempre ando com ele. Espera, você está dizendo que alguém pegou meu canivete e usou pra matar o Kuroko? - os olhos de Aomine se arregalaram de um jeito anormal.

–É exatamente isso que eu estou dizendo. E, se não for muito íntimo, de quem ganhou o canivete?

–Ganhei de natal. Do Kise.

Todos os olhares caíram sobre o loiro. Ele empalideceu um pouco.

–Kise-chin matou Kuro-chin! - Murasakibara se exaltou um pouco.

–Eu não matei o Kurokocchi! - Kise bateu as mãos na mesa.

–Calma aí, foi só um presente - Aomine rebateu - E como diabos alguém pegou meu canivete do meu bolso?

–Bom, sr. Aomine - o investigador tirou um cigarro do bolso e o acendeu - Acho melhor você começar a se explicar.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que desde agosto eu venho enrolando pra postar, eu já tinha escrito o começo e hoje, vendo o sorteio da Copa, resolvi tomar vergonha na cara e terminar essa bodega.

Ganhadora na categoria Melhor Teoria: Anne Belle (simplesmente genial)

Novos leitores, sejam bem-vindos, espero que estejam formulando suas teorias. Eu gostaria muito de saber. E mais: quem acertar completamente no final, ganha um prêmio! Por isso, vão quebrando a cabeça e depois me digam quem vocês acham que matou o Kuroko, com que arma e em que lugar da casa.

Não sei se os lugares da casa estão muito claros, mas eles são: cozinha, sala de estar, sala de jantar, banheiro e quarto. Espero que ajude.

Quem quiser me seguir no twitter, eu de vez em quando solto uns spoilers e tal haha (isso aí, to me divulgando mesmo). Espero que tenham gostado do novo capítulo, e que esse seja um presente de natal a vocês, queridos leitores! A gente se vê em breve