Kuroko's Murderer escrita por ohhoney


Capítulo 2
Piadas à parte


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Tudo bom com vocês? Fiquei feliz em ver que a fic foi bem recebida pelos leitores e muitos estão empolgados em começar a deduzir quem matou o Kuroko. Bom, primeiramente eu venho pedir desculpas; eu tinha prometido postar ontem, só que houve um pequeno acidente. Eu acidentalmente substituí o arquivo com o capítulo pronto por um que tinha umas três linhas do primeiro capítulo, ou seja, eu acabei perdendo tudo. Fiquei com muita raiva e quis me jogar da janela, mas no final tudo deu certo e eu reescrevi, ficou bonitinho.

Vamos ao placar! Como eu disse, eu estou anotando quem vocês suspeitam que seja o assassino. Por enquanto, está assim:
1° lugar: Akashi (4 votos)
2° lugar: Kise, Midorima, Aomine (1 voto)
(parece que todo mundo desconfia do Akashi hehe)
Só votaram em uma arma:
1° e único lugar: Tesoura de Jardinagem.

Vou parar de enrolar e deixar vocês lerem o primeiro capítulo. Aproveitem!



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-Espera, espera – várias gotas de suor escorriam pela face de Midorima – Você disse tesoura? Tesoura de jardinagem?!

  -T-Tesoura? – Kise gaguejou e até chegou a engasgar.

  -AKASHI!! – Kagami apoiou as mãos na mesa e se ergueu furiosamente. O investigador apoiou uma mão no ombro dele e o empurrou de volta para a cadeira.

-Acalme-se, sim?

-Só porque eu tenho mania de tesouras não quer dizer que eu cortaria Tetsuya até a morte, francamente – Akashi suspirou – Eu tenho uma mulher e dois filhos pequenos em casa, até parece que eu tenho tempo para tal coisa.

  -Bom, vamos dar uma olhada na sua ficha – o investigador vasculhou a pilha de papéis e pegou o que correspondia ao ruivo. Deu uma olhada. Não havia nada aparentemente anormal. Passou os olhos pelas fotos em cima da mesa - Pelas fotos, parece que o senhor foi o último a chegar, estou enganado?

-Não.

-Posso perguntar o por quê?

-Motivos pessoais – o tom de Akashi era de fim de conversa. Ou, pelo menos, de assunto.

  O investigador franziu as sobrancelhas. Fechou os olhos por alguns segundos, coçou a nuca e então disse:

-Prove-se inocente.

-Perdão?

-Diga por que não mataria Kuroko Tetsuya.

Akashi ergueu as sobrancelhas, surpreso. Encostou as costas na cadeira e entrelaçou as mãos em cima da mesa. Pegou fôlego e começou a falar.

“Tetsuya não era um homem que se destacava muito, apesar de ser um homem de destaque. Fui eu quem descobriu sua habilidade, o Misdirection, mas apesar disso nunca dei algum tipo de tratamento especial a ele ou a nenhum dos outros. Nós da Geração dos Milagres acabamos nos afastando durante os anos de colegial, mas casualmente nos encontrávamos nos fins-de-semana ou durante os torneios de basquete. Sempre considerei Tetsuya um ótimo colega e um excelente rival. É claro que a escolha de seu parceiro poderia ter sido melhor, mas isso não vem ao caso agora. Nunca quis machucá-lo nem tive raiva dele...

A não ser durante aquele jogo”.

Todos ficaram em um silêncio sepulcral. Akashi emitia uma aura sombria e densa, era difícil de respirar perto dele. Aquele momento foi um choque para todos, principalmente para o ruivo, e todos sabiam que ele ficava assim quando falava daquele jogo. Kagami estremeceu dos pés à cabeça, lembrando daquele dia.

“Mesmo assim, faz muito tempo e é passado. Não há motivos para eu ter matado Tetsuya ou querer vê-lo morto. Ele foi um grande colega, nossos tempos em Teiko foram agradáveis. Isso é tudo”.

O ar ao redor de Akashi estava pesado. Os homens sabiam que aquele não era um dos assuntos preferidos dele. O ruivo parecia perigoso calmo do jeito que estava.

-Ótimo. – o investigador coçou a bochecha e remexeu algumas fotos – Sr. Kagami.

  -Sim?

  -O senhor tem alguma tesoura de jardinagem em casa?

  Kagami franziu a testa. Que tipo de pergunta era essa? Uma gota de suor escorreu pelas suas costas, fazendo-o estremecer.

            -Não.

            -Então como diabos uma tesoura...

            -Tetsuya pediu para que eu o emprestasse – Akashi sobrepôs-se, falando serenamente – Parece que ele iria cortar os arbustos do jardim do prédio.

            -Parece que acabou cortando outra coisa – Murasakibara quase riu. Todos os olhares caíram sobre ele – Calma gente, foi só uma piada...

            -Certo... – o investigador piscou algumas vezes e afrouxou a gravata – E o que o senhor quis dizer com “a escolha de seu parceiro poderia ter sido melhor”?

            -Só acho que Kagami não é o parceiro certo para Tetsuya – havia uma sombra de sorriso no rosto do ruivo – Sem ofensas, é claro.

            -Akashi estava com ciúmes...? – Midorima arregalou os olhos.

            -Tetsu morreu por causa de ciúmes?! – Aomine fechou a cara.

            -O que? – Akashi parecia surpreso – Não digam besteiras, Shintarou, Daiki.

-AH! Então é isso?! – Kagami disparou furiosamente – Kuroko não poderia estar com mais ninguém ou morreria?!

-Eu nunca disse isso. – Akashi estava se enfurecendo, mandou um olhar que reprimiu Kagami na mesma hora.

-Ok, ok. Porque não nos conta o que exatamente aconteceu naquele jogo que você mencionou? Estou curioso.

“Final da Wintercup, Seirin contra Rakuzan. Tetsuya e Kagami eram oponentes admiráveis, mas estavam perdendo. Eles jogavam bem, conseguiram fazer mais pontos do que qualquer adversário que enfrentei. No terceiro quarto Tetsuya veio com alguma ideia e eles até chegaram a passar na frente, mas logo depois retomei o controle. No quarto quarto, estávamos empatados, faltavam somente alguns segundos, consegui marcar, eu iria ganhar. Mas Tetsuya conseguiu passar pelo meu Emperor’s Eye e marcou no último segundo.

Iríamos à prorrogação.

Estava muito disputado, nossos times jogavam bem e marcavam muitas cestas. Eu liderava o fluxo da partida, a vitória parecia certa. Então, nos últimos minutos, alguma coisa estranha aconteceu no time de Seirin e eles conseguiram furar a defesa e marcar muitos pontos. Empatamos em 122 a 122. Faltando dois minutos, consegui me distanciar um pouco. Porém, no último minuto, uma nova jogada de Tetsuya conseguiu nos fazer empatar de novo. Faltavam somente dez segundos e um jogador do meu time fez uma falta em Izuki. Ele marcou os pontos. Cinco segundos faltando, empatei. Mas então, Kagami e Kuroko fizeram uma jogada e conseguiram marcar.

Foi a primeira e única vez que perdi”.

Podia-se sentir a raiva emanando de Akashi, que mesmo assim mantinha uma cara séria. Aquele dia foi um pesadelo para o resto dos membros da GdM, que nunca esperariam ver Akashi perder nem em um milhão de anos. Nunca lhes ocorreu pensar como se comportar ao ver o ex-capitão perdendo. O ruivo suspirou e rapidamente voltou a falar.

“Aquele dia fiquei com uma raiva incontrolável. Mas mesmo assim, controlei-me pelo bem do time e fui para casa. Nunca, em nenhum momento daquele dia tive vontade de machucar Tetsuya ou qualquer um dos seus companheiros de time. Somente guardei minha raiva para mim e tratei de esquecer o assunto. Não há motivos para suspeitar que eu tenha matado Tetsuya”.

-Há motivos de sobra, sr. Akashi – o investigador quase riu enquanto anotava todos os detalhes mentalmente. Resolveu então provocar um pouco – A que horas mesmo você disse que chegou à residência?

-7:30 aproximadamente.

-Você disse que se atrasou. Para que horas estava marcado o encontro?

-6:30 da noite – Akashi perdia a paciência.

-Claro, claro. E você se atrasou por motivos pessoais. Hm, porque você não conta como foi sua noite na casa do sr. Kuroko e do sr. Kagami? – sorriu.

Akashi cerrou os olhos, desconfiado.

-Você está testando minha paciência, sr. Investigador? – o tom dele era acusatório, quase irônico.

-Não, não, claro que não. Só estou curioso. – ele respondeu calmamente, apoiando o queixo nas mãos, esperando para ouvir.

Seijuro respirou algumas vezes olhando fixamente para o investigador. Em seguida, encarou Kagami. E continuou a olhar nos olhos dele enquanto narrava a noite.

“Como falei, cheguei na casa deles perto das 7:30. Todos já estavam comendo. Atsushi tinha preparado o jantar, e Kagami e Daiki discutiam um pouco, nada fora do normal. Kise contava piadas e Kuroko brincava com o cachorro. Depois do jantar resolvemos jogar baralho. Enquanto Kagami e Atsushi lavavam a louça, Tetsuya levava o cachorro para passear e Kise ia ao banheiro, eu e Shintarou jogamos algumas partidas rápidas. Ganhei, é claro. Depois disso, jogamos normalmente. Foi uma noite muito agradável. Porém, tive que ir embora cedo por motivos pessoais”.

-Que horas eram quando você saiu?

-9:30.

-Esses seus motivos pessoais estão me dando nos nervos – Kise resmungou, fazendo bico.

Três batidas na porta ressoaram pelas paredes, e um homem baixinho colocou a cabeça para dentro.

-Com licença, sr., Parece que chegaram novas informações.

O investigador suspirou, apoiando as mãos na mesa. Ergueu-se, murmurando um pedido de licença e deixou a salinha cinzenta. Alguns minutos de silêncio perduraram até Murasakibara começar a cantarolar:

-Aka-chin matou Kuro-chin. Aka-chin matou Kuro-chin. Aka-chin matou…

-VOCÊ QUER PARAR COM ISSO?! – Kagami gritou, e depois tapou as orelhas com as mãos. O peito dele doía.

-Não é certo acusar sem provas, Murasakibara – Midorima ajeitava os óculos.

-Então foi você, Mido-chin!

-O QUÊ?!

-Vamos, parem com isso. – Akashi disse.

-Mido-chin matou o Kuro-chin!

-Eu não tenho motivos para querer machucar o Kuroko. E não é certo brincar com essas coisas, não é como se Kuroko fosse voltar, sabia?

Murasakibara piscou algumas vezes, então bocejou.

-Eu ainda acho que Aka-chin matou o Kuro-chin. – ele disse numa voz entediada.

-É muito fácil incriminar os outros, não é, Murasakibara? Estou começando a achar que foi você – Midorima perdia a calma.

Atsushi tentou pensar em alguma coisa para se defender, mas estava com tanta preguiça que não conseguiu. Em vez disso, tombou a cabeça no ombro e sorriu, olhando para Akashi.

-Aka-chin matou Kuro-chin com a tesoura, disso eu tenho certeza.

-Quer parar com isso, Atsushi?

-Lembra, Kise-chin, que o Aka-chin escreveu o endereço da casa do Kuro-chin num pedaço de papel? Isso é muito suspeito!

-Não me mete no meio dessa conversa – Kise cruzou os braços e desviou o olhar rapidamente.

-Hmmmm, ok, já sabemos que Aka-chin matou Kuro-chin com a tesoura, falta descobrir onde.

-Você não quer calar a maldita boca? – Aomine resmungava, olhando ameaçadoramente para o homem mais alto.

-Pare com isso, Atsushi. – Akashi estava sério.

-Ah, mas Aka-chin tinha inveja de Kuro-chin, lembra Kise-chin? – Murasakibara estava se empolgando – E levando em conta que o Aka-chin e o Mido-chin passaram mais tempo na sala de estar...

-CALE-SE, ATSUSHI – Akashi gritou em alto e bom tom, furioso. Murasakibara calou-se num segundo, encostando as costas na cadeira. Abaixou o olhar. Era raro Akashi perder a paciência, e Murasakibara tinha conseguido tirá-lo do sério.

E, sorrindo do outro lado da porta, estava o investigador, escutando a tudo atentamente. Concluindo o que tinha que concluir daquela breve discussão, bateu na porta e entrou, dando fim à briga.

-E então? – Kagami estava ansioso; batia ritmicamente o pé no chão, esperando alguma resposta que finalmente pudesse apontar o culpado.

-Foram achadas digitais na arma do crime.

Houve um turbilhão de mudanças na atmosfera do local. Primeiramente, todo mundo pareceu aliviado; mas logo em seguida o ar ficou pesado, estranho, agitado, inquieto. A aura ao redor dos cinco homens era uma mistura de sentimentos. Aomine batucava os dedos na mesa nervosamente, Kise afastava o cabelo dos olhos encarando a mesa, Midorima ajeitava os óculos, Murasakibara coçava a nuca mecanicamente e Akashi continuava sério, Kagami tinha vontade de levantar e dar um soco em alguém. Ninguém olhava o investigador nos olhos.

-Na verdade, foram achadas digitais em todas as armas. Parece que cada arma tinha a digital de um de vocês, e isso, senhores, é muito intrigante. Honestamente, eu não sei muito bem o que fazer sobre isso. Basicamente voltamos à estaca zero.


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Notas finais do capítulo

Uma leitora que veio me seguir no twitter até chegou a pensar que o Kuroko teria se cortado e se amarrado! Gente, estou adorando essas teorias.

A leitora querida frederica uchiha me veio com algumas perguntas, e eu vou deixar aqui as respostas, caso vocês também venham a ter: 1- Kagami e Kuroko moram em um apartamento; 2- O prédio não tem porteiro, e o apartamento deles tem só a porta da frente; 3- por enquanto não se sabe se Kuroko morreu de hemorragia ou por terem acertado um ponto vital; 4- Caso não tenha ficado claro, o Kagami não viu as trilhas de sangue porque elas foram limpas, só que o aparelho Ultravioleta da polícia conseguiu registrar os restos de sangue. Só posso comentar isso por agora, quem tiver outra dúvida POR FAVOR NÃO SE SINTA MAL EM PERGUNTAR, SEI QUE VOCÊS DEVEM TER MUITAS hahaa

Lembrando: comentem falando quem vocês acham que é o assassino, a arma que usou e o lugar onde ocorreu o crime. Como eu falei, estou anotando tudo! E no final, quem acertar quem matou o Kuroko em que lugar e com qual arma GANHA O JOGO! Vai ganhar um presentinho especial hihihi

Bom, desculpe pelos comentários finais grandes, eu precisava esclarecer uma coisinhas. Espero que tenham gostado desse capítulo! Quero muito saber as opiniões e teorias de cada um de vocês, me contem :B Beijinhos, até a próxima! ♥