Uma Música De Treva E Sangue escrita por Rivotril


Capítulo 1
Nosferatus Noctis


Notas iniciais do capítulo

- Ponto de vista: Deli; 1ª pessoa.
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– Os gritos. Eles me perturbam. Por que é tão difícil manterem-se quietos enquanto seguimos o fluxo da natureza?

– Comigo é o contrário. Os gritos me excitam. São como... uma válvula de escape para minhas ações seguintes.

– Isso é doentio, Fidelis - censura alguém de olhos puxados, talvez Minao.

– Questão de princípios fundamentados, meu moderadamente estimado Tsubasa. Os gritos que tanto incomodam Félix são oriundos das profundezas mais abissais das emoções humanas. Servem tanto de alimento quanto o sangue, basta uma competente compreensão e aceitação dos fatos como são, nada mais...

O Feelings of Midnight está cheio, noite de lua crescente, e essa deve ser, no mínimo, a nona discussão inútil desde que repousamos nossos traseiros seculares nos assentos almofadados das cadeiras de marfim neolítico de muito bom gosto, se querem saber. Menos Félix, seu traseiro deve ter uns 60 anos - um rebento -, assim como todo o resto de seu corpo inútil e dispensável. E o oriental, não sei dizer ao certo... nunca sei.

– ... a moeda da alma seria incompleta, falha, se desprovida de emoções. Ou algum de vocês, insignificantes criaturas ante a imensidão do cosmo, já ouviu falar de algum animal abençoado com alma? Uma lesma, talvez?

Todos damos de ombros, bebericando o conteúdo vermelho de nossas taças góticas, Mary alguma coisa, ou Jane. Marcus fita Fidelis com uma repulsa quase habilmente contida, porém as grossas sobrancelhas, falhando em ocultar seu par de segredos desgostosos, entregam-no.

Uma ruiva de beleza rara passa por nossa mesa; quadril, seios, bunda, coxas, tudo em simetria voluptuosa com alaranjadas madeixas flamejantes, um fruto proibido salpicado de sardas. Todos olhamos.

– Mas - acrescenta Marcus, antes que o assunto morresse com a palavra de Fidelis e a passagem do anjo ruivo - se permite com que gritem, assumindo isso como algo que o desagrada, é um caso de completa incompetência sua, Félix. Haja na surdina, uno com as sombras, íntimo da noite, e, na hora da ação, agilidade ímpar! Tampe os lábios e imobilize a vítima, crave as presas em sua veia carótida e voilá! Uma presa hostil e rebelde contorcendo-se contra seu abraço da morte nos primeiros instantes, mas nada com que não esteja acostumado... parte da diversão está aí, não?

Uma breve pausa da falação se estende muito menos do que eu gostaria e, quando retomam a monotonia, ilustro mentalmente as lésbicas a noroeste do salão em abóboda como minhas desafortunadas prisioneiras, sendo obrigadas a fazer coisas que constrangeriam suas mães se as vissem.

– Meu conselho é que adapte-se. Contentam-se com pouco, todos vocês - eu rio, por dentro; minha fantasia segue-se, um violento tratamento de choque em vampiras lésbicas. Fidelis pensa ter o jogo sob seu domínio, julga estar com as melhores cartas em mãos, sempre. Ele não conhece meu perfil. Deixo-o pensar o contrário, e isso me põe uma dúzia de passos a sua frente, pelo menos. Quando chegar a hora, alimentarei-me de algo muito além do sangue e alma de Fidelis. - Não são criativos, agem como os rústicos que deram origem à nossa espécie. Espanta-me que consigam sentir o sabor de algo além do sangue, sendo essa uma característica de nossa gênese. Aliás, esse é um dos primeiros passos; paladar é para imperfeições da criação, estamos sob uma condição além, apesar de partilharmos do mesmo pedaço de terra esquecido há estações que sequer existem mais.

As lésbicas se mordem, arrancando pedaços umas das outras. Não porque querem, mas porque as obrigo sob ameaça de torturas piores. Não podem se regenerar, pois fiz com que se esquecessem do básico do básico.

– Semana passada uma garota me mordeu... - comenta Félix, infantil e pateticamente amargurado. Realmente acredito que tenha se esquecido do debate iniciado por seu problema com gritos. Parece estar um tanto alto, talvez sob efeito de uma nova droga do nosso meio - ... às vezes tenho saudades, sabem... sinto falta das comodidades humanas. Quero dizer... os humanos não precisam caçar sua comida. Comprar tudo embalado e já morto, em fatias, é tão mais prático. Não costumo comentar isso com ninguém... mas, algumas noites, tenho a impressão de que estamos mais próximos da condição de animais do que eles...

– Bobagem - manifesto-me, esforçando para manter minha indiferença. Difícil se conter depois de uma dessas. - E abrir mão da imortalidade? Gostaria de envelhecer? Murchar como uma uva-passa, ter os ossos transformados em giz-de-cera e os órgãos em pasta de carne moída? Humanos são fracos, alimentar-se de sua essência é tão simples para nós quanto o processo de comprar e preparar a comida é para eles; se enxerga isso como uma condição árdua e ingrata é porque ainda não abdicou-se por completo de sua humanidade, Felixito.

– Mas... e quando eles gritam? É tão... horrível...

O decurso de minha fantasia está quase em seu término; estão nuas até os músculos, e lutam pela vida numa possa pegajosa formada pelo próprio sangue e intestinos. No fim, eram apenas garotinhas incompreendidas e confusas.

– De novo esse tópico? Ah, senhorita; por favor, mais uma garrafa de Mary Suicide, safra distopy rain, por favor - uma garçonete dominatrix toda em couro e rendas anota o pedido de Marcus; não para organizar-se e recordar, mas para sangrar e gozar. Ela não é humana, tampouco vampira, embora eu ache que tenha sido criada por um dos dois. Algo como Complexo de Moderno Prometheus passa pela minha cabeça, mas os gemidos da vadia artificial, junto de seu traseiro adoravelmente imenso e semi-nu, ofuscam qualquer tentativa de compreender sua natureza bizarra e atraente. Provavelmente pelo mesmo motivo Marcus disse "por favor" duas vezes sem dar-se conta.

– Chego a me assustar tanto quanto eles... os que eu ataco...

– Félix, qual o nome dessa nova droga que está usando? Tenho profundo interesse, não em adquiri-la, mas em manter-me o mais longe possível dessa merda. Está acompanhando nosso raciocínio com a eficiência de um tumor desenvolvido - zomba Fidelis, quase sibilando com um gesto enérgico. Sou obrigado a concordar, por mais que isso me frustre em meu íntimo.

– Mas vocês... não me compreendem... digo, essa noite... vocês são sempre demais, os melhores... mas essa noite...

– Felixito, Felixito. Meu nobre Felixito. Você está distante. Se busca um escapismo para aliviar-se das dores cujas a sobriedade não é capaz de curar, mostrar-lhe-emos a estrada apropriada; guiaremos-lhe pelos caminhos e atalhos floridos que deve seguir, apontaremos de pronto para aqueles que deve evitar e, quando a singular atmosfera do Valhalla nos envolver com suas benevolentes peripécias e caras sensações, regojizaremos e zombaremos dos boçais, juntos. Não revire as latas de lixo dos supérfluos, não negocie com trolls e goblins preguiçosos. Isso nos ofende muito, acredite.

Félix treme, concordando com aquela cabeça triangular desagradável e absorvendo cada palavra tecida por mim; ele capta a ameaça mesmo estando longe de dialogar como um decente cavalheiro.

– Preciso de uma distração. Vocês sabem, daquelas - manifesta-se Tsubasa, ou Itadakimasu, procurando camuflar o desabafo com displicência. Quase me esqueço dele, como sempre.

– Seu último harém de lolitas já pereceu, Akira? - por algum motivo - provavelmente a intimidade considerável - acredito que Marcus tenha acertado o nome do oriental. Anoto-o como nota mental - elas têm durado cada vez menos, como andei notando...

– É... digamos que a estrutura física delas é deveras frágil. Sabem como é... um homem tem de fazer o que um homem tem de fazer, mesmo depois de não ser mais exatamente um homem - no sentido humano da coisa, claro. Quando me excedo, elas cedem... literalmente. São como bonecas de porcelana; uma visão de partir o coração.

Os dizeres lolitas e bonecas me estremecem. Neuroses de guerra.

– Parece que nossa definição de doentio é um pouco divergente, Tetsuo - zomba Fidelis, ao mesmo que corteja uma vampira loura, muito sexy e curvilínea a algumas mesas atrás da nossa, de fronte a uma retratação infernal de algum dos Nove Círculos do Inferno, Luxúria talvez, muito realista em aquarela e sangue de meretriz. Ela está acompanhada de um sujeito antiquado, muito grande e quadrado, deselegantemente desproporcional, como um ginasial entupido de hormônios recentemente transformado, provavelmente ainda apegado à sua bola de futebol-americano. A mulher dá confiança, descendo dois dedos do zíper de seu provocante decote; seu acompanhante percebe a trama. Como poderia não perceber? Com piscadelas descaradas e gestos obscenos, principalmente com a língua asquerosa, Fidelis é explícito como os pornôs do terceiro mundo, e nos fica evidente - até para o drogado Félix - que ele está mais interessado em um conflito breve e violento do que aventurar-se sexualmente. Prevendo a represália agressiva, lamento por nossa segunda rodada - ou seria terceira? - de Suicide Mary, ou Jane, não ter chegado ainda.

– Seu filho da puta!! Com quem acha que está se metendo, calhorda desgraçado? - como um touro marcado a ferro em brasa, o brutamontes avança cego de ódio contra nossa mesa, berrando do outro lado do salão, cuspindo ameaças e injúrias, empurrando e pondo a baixo todas as outras mesas que estão em seu caminho; os braços largos e musculosos esticados, as veias pulando em forma de letras e fazendo caretas, os olhos fulminantes saltando em seu amarelo infernal, as presas arqueadas para fora como um ídolo profano e supersticioso - um verdadeiro Davi contra Golias, mas, aqui, Davi é um demônio triturador de gigantes. Fidelis apenas aguarda ser agarrado e sacolejado pelo colarinho, como de costume com esses tipos, e quando a saliva do adversário salpica em seu rosto, o sadismo o domina com um espírito de outro mundo.

– Com um desmorto morto, de certo. Você é quem deveria saber com que está se engalfinhado, seu monte de merda.

Abro meu guarda-chuva no momento do ataque, e ele vem muito bem a calhar. Sangue - sangue em excesso. O ouro-branco do cabo adornado por grifos reluz o semblante ensanguentado de meus companheiros de mesa, e deixo escapar um escárnio ou outro para irritar-lhes, vangloriando-me de minha prevenção astuta.

Fidelis, mal a terminar o insulto, atravessa a caixa torácica do esquentado sujeito, seu longo braço explodindo o dorso do outro lado, abrindo caminho entre carne e ossos como uma lâmina árabe assassina, a manga branca triunfalmente tingida com vermelho vivo, pingando pulsante, soltando lamentos; com a outra mão, ele crava as garras recém retraídas no crânio inimigo, fundas, puxando feroz, arrancando com incômoda facilidade aquela cabeça atroz das profundezas de seu corpo espasmódico, largando-a com descaso sobre os pés do dono, esses sapateando loucamente de dor - gritos de horror e excitação compõem a trilha sonora, uma orquestra rudimentar improvisada na calada crescente. Com tamanha brutalidade, o coração do ex macho-alfa atinge a mesa de uma vampira loura boazuda mais adiante, que solta um grito alto e agudo, como costumam os animais primitivos quando o instinto emerge. Penso que essa é a mesma loura que Fidelis seduzira há pouco, mas percebo que trata-se de uma outra, muito parecida, e delicio-me com a ironia, pois, pela sua praga contrariada, ele pensou o mesmo. Tudo acontece tão rápido que o pobre derrotado demora a perceber que está morto - dessa vez a morte definitiva; a que se morre quando já está morto - vindo a desabar no chão, junto à cabeça, após uma ou duas olhadas descrentes, lá de baixo, para sua carcaça sem vida e trepidante. Alguém bate palmas, ninguém da nossa mesa, e Félix está com o rosto entre as mãos, provavelmente chorando e cantando alguma coisa baixinho. Marcus e Akira trocam olhares inconformados, protestando contra a imprudência e grosseria do colega.

– Teria sido muito mais bonito se o coração saísse agarrado pela sua mão, Fidelis, rija e vitoriosa com o troféu. Acho que está perdendo a mão, trocadalhos à parte - provoco, penosamente clichê.

– Foda-se, Deli. O troféu está bem adiante; fodam-se vocês também, meninas. Se me dão licença, vou fornicar como um coelho no cio.

A loura vem de encontro aos pulinhos para com o vencedor. Seus mamilos estão eriçados, fazendo volume contra o tecido grosso de couro serpentil. Enroscada no braço ensanguentado de seu atual vampiro, ela deixa conduzir-se por ele até uma cabine particular e agourenta. Fidelis provavelmente a matará quando atingir o número de orgasmos correspondente às suas mortes da noite anterior. Suporto admiravelmente os resmungos sem sentido dos colegas, principalmente de Akira, algo próximo de uma inveja cancerígena pela conquista sexual de Fidelis, mas alguém tem de dizer pra ele que a noite é uma criança - assim como lembrar-lhe de que suas mulheres preferidas também são. Não demora muito, uma figura encapuzada vem limpar a sujeira, lidando com o corpo e seus restos com uma habilidade fúnebre respeitável. A noite prolonga-se menos insuportável sem a presença de Fidelis.

– Senhores - a garçonete remendada retorna com a safra requisitada por Marcus, servindo-nos prestativa, e, para nossa surpresa, traz consigo uma algibeira contendo cinco curiosos embrulhos estufados. - Um para cada um dos senhores; uma regalia do gentil cavalheiro da mesa ao lado, a anteposta à coluna de Vênus. Com licença.

– Quem é? - pergunta Marcus.

– Ah, esse parvo desprezível - aceno cordialmente para o velho macilento de queixo pontudo e grisalho da mesa com ornamentos gregos, o qual me retribui com um sorriso crispado e torto de lábios irritantemente escurecidos. - Deve-me um favor particularmente significativo. Se acha que poderá equivaler a balança com alucinógenos baratos, perfurarei seus olhos e destroçarei aquele coração negro e putrefato com suas próprias costelas.

– Se bem me lembro, é um dos cabeças do Conselho.

– Não diga o que não sabe, Onimusha. Não é por ser velho como a lua que vampiros tornam-se Consigliatus - puxo a prestativa servente pelo braço cor de musgo antes que essa afaste-se demais de nossa mesa. - Amorzinho, por que não se une a esse formidável quarteto? Se bem entende de adição e subtração simples, verá que estamos com um comparsa a menos no momento e com um pacote de bloodus-hassissin a mais. Seria de imensa gratificação se equilibrasse o jogo para nós.

– Eu não deveria... há outros clientes esperando para serem servidos... serei punida

– Ora, não faça essa desfeita para... comigo. Garanto que esse pequeno servicinho lhe garantirá uma punição bem mais prazerosa... daquelas que só encontra no mundo dos sonhos e pesadelos - sussurro na pequena e delicada orelha, provavelmente oriental; conquisto, então, o sorriso daquela boca grossa e pervertida, provavelmente africana. O bom e velho entra-e-sai está a caminho.

(...)

Minutos - ou horas, ou anos - mais tarde, uma cabine privada num dos extremos do Feelings of Midnight sacode e balança selvagem, como se pressionada interiormente por milhares de demônios fugitivos do Inferno, forçando febrilmente sua saída enquanto chibatados por línguas de espinhos e chamas. Estou a traçar deliciosamente a servente dominatrix, dezenas de figuras multicoloridas passando pressurosas por nossas cabeças de bode e equídeo, e de repente acho uma boa ideia começar a enforcar-lhe com minha gravata de linho e seda. Ela relincha, repleta de hematomas e cortes, e suas asas de morcego começam a tentar perfurar-me os olhos e o coração, mas as seguro com firmeza e as parto como dois galhos secos e frágeis. Seu metabolismo acelera de uma maneira que tenho a impressão de que, um a um, seus órgãos internos estão explodindo feito pipoca. Logo seu corpo está sem vida, frio como a aflição da abstinência sanguínea, e me divirto um pouco mais até um líquido negro e suspeito começar a vazar de suas cavidades. Deixo uma gorjeta generosa sob o cadáver - ou pelo menos julgo ser generosa na ocasião -, e, quando saio para ajeitar e recompor-me, seus gemidos de prazer e dor ainda ecoam em meu cérebro; a sequência repassa em minha mente como um pornô proibido, indecente, inapropriado para não-insanos.

– ... Eu deveria ter filhos com ela... ou... talvez não, não. Adotar algumas belas crianças de Nibelungo, seria melhor. Ou construí-las a partir de pedaços diversos. Sim, sim... isso soa bem...

A sensação de horas passadas em minutos - ou o contrário - torna-se mais fraca, e então volto o olhar para a mesa reservada: Marcus e Akira não mais estão, tampouco Fidelis (ouço seus uivos na escuridão gelada do exterior) -, somente o moribundo Félix se encontra, seu rosto branco e vazio caído, os olhos revirados e a boca espumando uma substância rosa e confusa. Está morto, como era de se esperar. A imagem me traz um pouco da lucidez perdida; acendo um cigarro Never Die, edição limitada Reverse Nod, ativo o filtro Red Moon e reflito sobre trivialidades diversas "Nessa vã realidade, podemos nos dar ao luxo de sermos perversos e corruptos, mas não tolos" - o que pode tratar-se de qualquer coisa, pois tudo perde um pouco da graça e do sentido quando vive-se em demasia.

As cortinas além se abrem, e tem início o espetáculo da noite; algo com casualidade e regência no nome. Estou sozinho e amargurado, indisposto a continuar a socializar-me pela noite e milagre algum parece capaz de regenerar minhas máscaras genuínas; apenas a imagem de meu caixão parece trazer-me algum resquício de conforto. Quando estou para retirar-me, porém, o palco traiçoeiramente retém minha atenção: um par ou mais de seios, fartos, auréolas rosadas e carameladas e escuras, numerosas intimidades femininas arcaicamente volumosas nos pentelhos e coisas mais iluminam a platéia com nudez gratuita, erotismo barato e atuação e roteiro de segunda - ou essa é a ideia. Decido ficar, e apreciar a ilusão - todos acreditam tratar-se de bom entretenimento.


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