Uma Música De Treva E Sangue escrita por Rivotril


Capítulo 2
Vampiros mexicanos, machetes e pentagramas


Notas iniciais do capítulo

- Ponto de vista: Deli; 1ª pessoa.
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A noite apresenta-se em uma luia-cheia chamativa e luminosa, dando um aspecto crepuscular às vielas repletas de gatos esguios e pedintes mal cheirosos. O lugar de escolha é o Vampyr Bukowski, uma espécie de restaurante de quinta para os draculinos suburbanos. Fidelis, Ramón e Glaudino (os irmãos Ventura) e eu somos os ingredientes dessa peregrinação social atuada... e o bastardo Norman. Um vampiro ignorante, fraco e barulhento, mas especialmente desprezado por alguém que não está divagando sobre estupros crucificados e alucinações pós-coito conosco à mesa, cujo qual comprou sua morte. Suas dívidas de sangue romperam e fertilizaram o solo do próprio túmulo - o encontro foi planejado para matá-lo. Estamos todos sentados numa mesa claramente não polida desde sua distante concepção pelo lenhador, próxima a um aquário de águas púrpuras e peculiares peixes híbridos com rostos humanos. Muito acomodados ao tédio e à falta de assunto, compensamos a letargia com copos sempre cheios, assim, nos odiamos um pouco menos. Após o terceiro coquetel lunar, posso jurar que sou o único a recordar o porquê de estarmos ali – e a perceber o incômodo ranger das cadeiras. Norman já está na lua, bem como esperávamos ao exigirmos do atendente marcado por chagas um pequeno serviço adicional envolvendo frascos com caveiras cruzadas. Receou como uma virgem católica no início, mas ao lhe ser oferecido um embrulho não tão facilmente encontrado por essas bandas, as pernas foram devidamente abertas. Incrível como pode-se comprar ouro com latão nos lugares certos.

– Amiguinhos, que tal um brinde? – proponho que sou só sorrisos. Sinto que se não tomar uma iniciativa, cada um pegará uma vadia barata das mesas de pano-de-prato e deixará Norman para os lobos.

– A quê? – todos perguntam com uma única voz monótona, ou é o que tento me convencer, pois apenas Ramón o faz.

– Cada um com sua ode de preferência, nada mais justo. Que acham?

– Esplêndido, se levarmos em conta o padrão dessa noite – resmunga Fidelis, cuspindo as palavras por cima dos ombros. Seus olhos negros desprezam a figura patética de Norman, vez ou outra o fazendo com os mexicanos. Por sua vez, meu desprezo o tem como alvo.

Levantamos nossos copos levantando ondas, e o cristal de tolo ressoa um tilintar anêmico. Norman é o primeiro a se pronunciar, corado como um leitão:

– Um brindi... um brindi às promíscuas... à ereçãum... de sangui frescu e... e às noivas... no... às ninfumaníacas! – estardalha aos respingos, derramando bebida pela toalha e suas roupas desgastadas. Sua voz irritante soa desagradavelmente alta.

– Norman-Norman, você brinda a três regalias da vida, ou não-vida, duas delas sendo indiretamente a mesma coisa. Espera que aceitemos isso com caras e bocas de mocinhas, hm? – relanço um olhar insinuante para cada um dos presentes, obscuro por cima das olheiras, relembrando-os do real objetivo de estarmos aqui, tolerando o ar de nossa graça num buraco chulo, digno de ratos e eunucos.

Fidelis, sendo o mais astuto, capta o recado e prossegue com os dentes afiados da armadilha:

– Norm, seu grandíssimo bastardo... e se, por infortuno acaso, um de nós brindar a dois temas, ou apenas um tema? Veja só, que desconcertante, parecerá menos inspirado se comparado a seu trio de... paixões líricas? E não faria justiça acrescentarmos elementos ao brinde unicamente com o intuito de mantermos as aparências. Não seria genuíno, tampouco nobre, de nossa parte – fez uma breve pausa dramática, deixando uma expressão reflexiva no rosto encovado. Então, empoleirado em sua atuação, retoma – Creio... tratar-se de um tópico do qual todos concordamos, não? Não?

– Certamente – anui Ramón, brandindo os bigodes. - Uma fanfarrice, esé.

– D’acordo – uma rangida intrincada de maxilar pesa o consentimento de Glaudino, que penteia as costeletas espessas com o canto dos dedos numa expressão babuína.

– All right – dita esse que vos fala, ora.

– ... mas... a nãum-vida seria muitu insôôôssa... sem... tais coisiiitas... qui culpa tenhu eu qui os senhores... sãum... uns... sãum uns... merdinhas sem inspiraçãum??

Todos fingimos espanto e indignação – apesar de não ter certeza quanto aos mexicanos, sua troca de olhares e bocarras abertas revelam-se bastante genuínas. Adianto-me, portanto, com o mate da sentença:

– Lamento, Norman. Há de entender, agora você foi longe demais. Palavras desmedidas provocam contragolpes desmedidos – empalamento, na maioria das vezes. Deveria pensar antes de expelir baboseiras sem respeito para bons cavalheiros como os de nossa estirpe.

– ah é... e o que voceis... voceis... 4? Pretendeeem... espeeerem, o qui é... ei, o que tãum fazeno?

Fidelis e eu seguramos Norman com firmeza pelos braços para imobilizá-lo, e os mexicanos ficam com as pernas, triturando os ossos com pegadas de urso. Atracamo-o por cima da mesa como um porco prestes ao abate, derrubando garrafas e copos encardidos no processo, e o soalho de madeira mancha-se de vinho antes que os gritos e protestos do paspalho encham o restaurante-taverna. Como de costume, olhares receosos são atraídos e cochichos alimentados, porém tão logo abortados, devorados pela horrível faceta de Fidelis, transfigurada em um demônio bordô com chifres e presas às dezenas. Um lugar fraco de fácil reprimenda, de olhos bem fechados por natureza.

– Ramón, Glaudino, procurem tirar algo de valioso dessa lição, levem e propaguem isso para o México. Vocês estão concentrados demais em tacos e guacamoles, deveriam se envergonhar – escarneia Fidelis, prepotente como um primogênito mimado. O desagrado dos Ventura transborda pelos olhos miúdos e pesados.

– Não acho uma boa ideia nos provocar, sibilador – o bigode grudado à costeleta de Ramón vibra sob seus dentes graúdos, suas rugas se acentuam. - Meu irmão e eu nos frustramos facilmente com demonstrações de desrespeito e, por consequência, nossas machetes poderiam errar o alvo...

–... arrancando-lhe a cabeça, por que não? Cada uma delas - Glaudino pressiona a virilha de Fidelis com sua machete, solidificando, assim, a ameaça. - Acontece. Já vi acontecer antes, muitas vezes.

– Meus senhores, meus senhores! Não vamos perder a concentração! Há em nossa mesa um assunto de pessoal importância para tratarmos no momento – finco um garfo vagabundo no olho de Norman, e a haste entorta com a força do golpe. Os gritos do traste parecem trazer-lhes de volta mais eficientemente do que minha advertência – os mexicanos; Fidelis permanece catatônico com sua careta crispada, encarando de Ramón e Glaudino com aquela sua cara odiosa de maníaco.


– Paarem! PAREEEM! O qui foi qui fis a voceis??! – Norman chora de ecoar através do cubículo, mas apenas pelo olho poupado. O engarfado escorre vermelho apenas.


– Ser um parvo, esse foi seu erro! – os mexicanos rasgam a carne do bastardo como grão-açougueiros, uma cena linda de horrenda. Dou socos e chutes devastadores em sua cabeça num ato piedoso, visando diminuir a capacidade do cérebro de identificar dores. Os gritos são reduzidos a gemidos fracos e chorosos.

– Já deitei com prostitutas mais caras do que a morte desse aí, esé - Ramón compartilha um excesso de informação desnecessário. Imaginá-lo fornicar com putas de luxo amarga os confins negros de minhas entranhas.

– Não vou tolerar ameaças desses chupa-cabras selvagens! – manifesta-se Fidelis, até pouco uma estátua. Traiçoeiro, ele liberta o braço bom de Norman, e, na intensidade bestial do instinto cru, a garra exposta desse arranca brutalmente a orelha esquerda de Glaudino. Furioso pela deslealdade, Ramón desfere uma das machetadas com particular barbárie. A madeira do altar de execução improvisado é atravessada, prendendo-se do outro lado. Com um puxão mal calculado, o Ventura arranca 1/3 da mesa junto à ponta da lâmina, desabando o que sobrou dela junto do corpo esquartejado e em maltrapilhos.

– Lá fora! Eu e você, hijo de puta! – Ramón empurra Fidelis com força, espumando como um javali expulso da toca. Ele lhe retribui um sorriso enviesado em desafio, dando um passo negligente para trás. Glaudino urra uma dezena de palavrões na língua latina carregada, procurando a orelha pelo chão manchado de sangue e coquetel de segunda. Os três estão no frenesi: as presas-caninas expostas, os olhos funestos desprovidos de íris – contas pálidas e sem vida - e os tendões enrijecidos para estraçalhar e matar. Assisto a tudo com a face enterrada entre as mãos, deixando maldições inaudíveis escaparem entre os dedos. Minha têmpora dilata, e sinto o sangue ingerido mais cedo ferver.

– Fidelis... você é... inacreditavelmente... um merda... - confesso, enjoado; um turbilhão assassino implora por sair de dentro de mim.

– O quê? Esses comedores de churros ameaçam me capar, e eu sou o merda por defender meus culhões? Foda-se bem nas tripas, necromante!

– Ah, eu achei! Eu achei! – comemora Glaudino, encontrado finalmente sua orelha decepada.

– O quê? Meu pé de ferro, chupa-pau?

Fidelis esmaga a mão de Glaudino com um pisão violento. A pressão exercida afunda a perna e o braço do outro no antigo chão de madeira do Vampyr Bukowski.

– CABROOOOON!!!!! – o mexicano tenta amputar a perna do odiado vampiro com uma machetada feroz, mas, para sua frustração abissal, ele se esquiva com maestria ao saltar como um gato no preciso momento ofensivo. Com isso, também, evita a lâmina de Ramón, que corta miseravelmente uma miragem de seu pescoço longo e fino; duas machetadas numa pululada só.

– Norman-Norman, que cena vergonhosa está perdendo. É familiar para com a vergonha, não? Acredito sinceramente que apreciaria essa.

Ajoelho sob a jugular de Norman, saboreando os últimos sopros de sofrimento refletidos naqueles olhos esbugalhados. Cantarolo qualquer trova indigna, certo dele levá-la para o túmulo. Seus caninos pendem miseravelmente na poça vermelha e disforme que se tornou a boca, e a maioria dos membros prende-se por finos filetes de carne. Reteso o fio de minhas garras, e atravesso-o. O coração vibra ao ser perfurado como se estivesse vivo, mas logo se rende, ruindo na fria ingratidão da morte.

– Lá fora, você disse? – Fidelis pousa exatamente atrás de Ramón, cochichando ao pé de seu ouvido gorduroso. - Lá fora é onde matarei você e seu irmão de merda e farei-os se chuparem. - Com uma escarrada de desprezo, ele desfere um poderoso chute no traseiro mexicano do vampiro. O corpo desse é arremessado a bons longos metros, chocando-se contra a porta-balcão de entrada, encontrando a saída do Vampyr Bukowski e o mundo dos homens.

– Fidelis, como anda a loucura? - alinho-me, reforçando o nó da gravata e aprumando o colarinho do terno. - Um duelo de vampiros já chama muita atenção em circunstâncias normais. Mas se engalfinhe com nossos hermanos de aliança no silêncio da madrugada, por que não? Acordarão os humanos, espantarão os mendigos e farão as crianças se mijarem e cagarem. Chamarão a atenção para vocês, como não poderia ser diferente, e, por consequência, o Conselho irá se envolver. Lembra-se o quanto detestam apagar memórias? É claro que se lembra. Suas cicatrizes não o deixam esquecer.

Fidelis pondera alguns segundos. Se há algo que não tolera, é ser assombrado pelas torturas medievais que despedaçaram-no no último inverno. O Conselho sangrou-o publicamente. A lança viva de brasa tornou-se viva de sangue ao empalá-lo, e os poucos centímetros de aço e fogo que vacilaram seu coração determinaram que viveria. Mas um príncipe de orgulho ferido não deve ser subestimado, e acredito que sua loucura ainda presenteará o diabo com muitas cabeças embebidas em morte. Até se cruzar com a minha. Ele afia as presas num bote contra o próprio pulso, se autoflagelando. Seus lábios tingem-se com o corte, me apresentando um sorriso ferido.

– Preocupa-se muito, necromante. Um duelo de vampiros sob a lua é chamativo, sim. Mas e quanto a uma execução, rápida e surdina? Não pense que é o único a acumular segredos ao longo dos séculos empoeirados... – Fidelis puxa Glaudino pelo seboso rabo de cavalo, enterrando sua cara cavalar contra o soalho de madeira. Toma a machete do irmão Ventura, deixando uma trilha sangrenta de pedaços de pele marrom conforme cede centímetro por centímetro do caminho até a porta de saída, esfolando o rosto do adversário até o osso. As farpas se enterram fundo nos olhos e na carne viva.

– Executar? Fidelis, querido. Perdeu a porra do juízo restante no último coito? O pai deles tem um cartel bélico e destrutivo e, veja que ironia, a morte de Norman nos foi acertada por um de seus braços direitos. Não vai achar tão engraçado zombar de nachos e burritos quando machetes banhadas em feitiços desconhecidos do continente negro atravessarem-lhe o rabo. Está trocando pedófilos por padres – a ideia de Fidelis ser destruído pelas mãos de uma linhagem bárbara e inferior de vampiros me causa asco. Sua ruína tem de vir pelas minhas mãos, no momento certo, sob as circunstâncias que me convirem.

– Que venham todas as lâminas dos infernos. Farei uma donzela de ferro com elas, e vestirei seus gumes com a pele esfolada de cada um de meus inimigos - ele canta o refrão de uma música de treva e sangue.

– Senhorita, doce senhorita – chamo uma garçonete gótica e borrada a minha frente, no que recolhe pratos partidos com palitos espetados em sobras. Belisca o pedaço de alguma coisa, provavelmente um morcego. Indico para as partes moídas de Norman com uma garra de sangue.

– Meu senhor? - o velho entra-e-sai passa-me pela cabeça, com estátuas de ídolos masoquistas montados sobre ela em um bacanal multiracial. Mas sou obrigado a conter minha faceta íncubo e os comichões inferiores, e me recorre que não estamos no Feelings of Midnight. Exploro as mesas com olhos de demônio, solvo seus sussurros, e então acho uma carta em minha mão que posso usar.

– Aquele ancião, o piromante – indico um velhote encapuzado e de barba rala por fazer num dos cantos da taverna, bebericando um composto negro que lhe pustula a pele. - Sei que vocês não têm estrutura o bastante para cuidar disso, docinho, um fato lamentável. Mas não importa, a seleção natural de Darwin agirá a seu tempo. Nada que o piromante não possa resolver agora. Ele me deve favores, simples. Apresente-lhe esse cartão. E aqui há um para você, caso queira provar o mel de Afrodite com seus lábios de baixo. Au revoir, chérie.

Parto para a entrada-saída, seguindo o rastro grotesco deixado por Fidelis. O ar frio da zero hora tenta fustigar minha pele morta, e a poluição invade meus pulmões escuros. Fidelis empunha as machetes mexicanas de frente ao salão em ruínas que serve de fachada para o portal anexo do Vampyr Bukowski. Banhadas e vivas, cada gota de sangue evoca o timbre de uma dança de insanidade, mergulhando-o em êxtase.

– Fidelis... onde estão... os Ventura?

Sob os vulgares muros de tijolo e concreto, dois mortiços pentagramas invertidos bebem da pérola do luar. Ligados como siameses, seu vermelho-fresco chora com lágrimas de inscrições antigas e símbolos pagãos. Questiono-o, mas sei a resposta.

– Como diria Carlota Joaquina de Bourbon... estão no quinto dos infernos.

Fidelis zomba sob um fumegante chá de druida em porcelana lituana, estimulado por um redemoinho de prazeres. O ego do maldito infla, interpretando o suicídio como a ascensão de um conquistador, ou, simplesmente, o passatempo de um louco. Suspiro. Limito-me a sentar na ferrugem do banco de praça clássico, às sombras, e acendo um cigarro do bom maço irlandês, perdido entre tantos bolsos. Baforo a fumaça escarlate, e a silhueta de uma caveira neblinada se desenha sob o céu sem estrelas.

– Carlota Joaquina... sempre me intrigou esse seu fetiche. A selvageria de uma mulher feia à cama é prazerosa, mas não chega a ser viciante justamente por termos de olhá-la vez ou outra. Tinha de sua própria realeza, logo, uma consumação assim perde o propósito.

– É o tipo de amor de que não se nutre orgulho... caso seja um retardado que se importa com o julgamento alheio. Parte da minha diversão com Carlota era matar os boateiros os novos e antigos amantes. Desde os entusiastas aos que eram obrigados a ferver os lençóis da Rainha sob ameaça. No fim, perdiam a cabeça da mesma maneira - ele segreda, admirando sua pintura ritualística com um orgulho emocionado.

Trago meu escapismo químico e mágico até o filtro, onde, para os cigarros vampíricos, os trompetes realmente começam a tocar.

– Haverá vendetta. Terminamos com três mortes, e não me refiro aos Ventura quando acrescento esses números à conta. Os mexicanos são bons fornecedores e rendem contatos que seria tolice não manter selados. Arruinaria os negócios se eu não tomasse suas dores. Poderia matá-lo agora, oferecendo-o com a morte de Norman como um presente.

Fidelis gargalha para o alto, como se tivesse se recordado de algo muito negro. Ele coça a testa, e o dedo ensanguentado macula sua lividez, como uma serpente visceral sob a fumaça druida.

– Não, necromante... isso é o que diz para se convencer de que tem sob controle as rédeas do destino. Um refúgio além de suas trevas senis. A imortalidade é um prato frio, onde vinganças tornam-se labaredas. E eu controlarei essas chamas.

O filtro está em seu âmago, e fogos de artifício pipocam na forma de amantes há muito mortos.

– Evocar a Lei da Casualidade é essencial para não sucumbirmos à banalização do ser ou não ser, tão banal por natureza. Mas aconselharia-o em centrar seus últimos proveitos em orgias e sodomias. Atirou numa escuridão muito espessa, Fidelis. Talvez não tenha tanta munição para iluminá-la e tornar-se o piromante que almeja.


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