Sasuke Pov's:

A conversa não se estendeu e fora substituída por um silêncio cômodo. Sakura continuava fascinada com as pessoas do lado de fora do carro e eu continuava fascinado nela.

Como um imbecil, admito.

Quando paramos num estacionamento que não era muito longe do parque, tive a oportunidade de abrir a porta do carro para Sakura que enlaçou seu braço no meu, enquanto mantinha o olhar nas luzes coloridas da roda gigante.

– É tão... Linda. - murmurou num tom sonhador.

– Já viu a London Eye? - perguntei dando um sorriso de canto enquanto seguíamos para a entrada do parque.

– Não tive a oportunidade ainda, mas deve ser tão linda quanto essa. - Sakura me respondeu lançando-me um sorriso. - Então, o que vamos fazer primeiro? - perguntou subitamente animada, soltando meu braço e parando em minha frente. - VAMOS NO CARRINHO BATE-BATE! - ela disse ao passar os olhos no brinquedo. - Ou podemos ir em algo mais adulto. - se recompôs ao ver que eu estava rindo de sua agitação. - Pare de rir, Uchiha! - resmungou cruzando os braços. - Eu gosto de parques assim! - acrescentou ao ver que eu continuava rindo.

– Não chore, pois eu vou fazer você comer poeira. - Falei desafiador e ela arqueou as sobrancelhas.

– Em um carrinho bate-bate?

– Pra você ver como eu sou um bom motorista. - Gabei-me e ela segurou em minha mão começando a me arrastar em direção ao brinquedo. - Sakura, nós não estamos meio velhos? - Ri ao ver alguns adolescentes e crianças na fila.

– Querido, talvez você deva pensar nisso quando formos no carrossel. - Sakura me lançou um sorriso maroto e piscou um dos olhos. - Quero aquele unicórnio azul! - apontou para algo atrás de mim.

– E eu uma câmera fotográfica. - Debochei e ela riu, dando-me um tapa no braço em seguida. - Ouch, ver você num unicórnio deve ser algo memorável.

– Acredite em mim quando digo que você também vai, Sasuke. - Sakura deu ombros e após ter sido autorizada correu até um carrinho laranja e vermelho.

Em minha vez, escolhi um carrinho azul que ficava na direção oposta a dela. Sakura e eu nos encaramos como se estivéssemos prontos para um racha, menos agressivo, porém igualmente intenso. Ela sorriu e tirou alguns fios rosados do rosto, antes que um barulho indicasse que o brinquedo iria começar a funcionar.

Pisei no acelerador e minha intenção era atingir a Haruno, mas fui atingido por um garotinho e ouvi a risada alta de Sakura.

Bate aqui.

Bate ali.

Eu me via perdido em meio a tantas batidas e risadas. Atingi Sakura quando ela estava distraída, tentando sair de um canto. Ela me encarou ofendida, antes de dar a ré no carro e me atingir no mesmo instante que um outro carrinho também o fizera. Meu corpo foi impulsionado pra frente e eu acelerei, batendo contra o carro de Sakura mais uma vez, antes de seguir tentando evitar que uma garota loira me atingisse. A loira, bateu o carro de frente para o meu. Fiquei meio perdido quando ela piscou e deu um sorriso malicioso.

– Hey Uchiha, vai ficar ai? - Sakura perguntou divertida e bateu o carrinho na lateral esquerda do meu.

– Eu estava distraído! - reclamei tentando me esquivar dos ataques que a rosada fazia contra mim. Dei a ré e bati no carro de trás. Sakura tentou fugir, mas a acertei fazendo com que seu carrinho ficasse preso no canto novamente.

– SACANAGEM! - ela gritou, mas eu bati em seu carrinho novamente fazendo com que ela girasse. - Sasuke! - Gargalhou e encostou a testa no volante, antes de acelerar em minha direção.

Things are looking up, looking up, hey

There's magic everywhere you go

Strangers stop to say "hello", "hello", "hello", "hello"

As coisas estão melhorando, melhorando

Tem mágica onde quer que você vá

Estranhos param e dizem "olá", "olá", "olá", "olá"

Admito que eu teria conseguido fugir, se um complô não tivesse tido formado contra mim. Um adolescente de cada lado do meu corpo, uma criança com a mãe em minha frente e Sakura vindo perigosamente com o carrinho por trás. Meu corpo se chocou com o volante e eu dei ré, atingindo a Haruno novamente. Dei risada ao sentir o meu próprio carrinho rodar e bater em uma das grades.

Tentei acelerar novamente, mas o tempo havia acabado. Saí do carrinho e procurei por Sakura com o olhar, ela estava à dois carrinhos de distancia. A trança estava desfeita, as bochechas rosadas e ela parecia estar rindo compulsivamente.

– Ah meu Deus, que divertido! - Disse ela saindo do carro quando eu a alcancei. - Temos que vir aqui de novo. - Os olhos verdes brilharam e eu assenti concordando com sua ideia.

Entrelaçamos nossas mãos novamente e fomos andando pelo parque. As luzes coloridas, a trilha sonora animada que ecoava nos autofalantes, as barracas com bichos de pelúcias gigantescos e aquelas com algodão doce, cachorro quente, maçãs do amor... Pipocas, um clima mágico.

–Vem. - A puxei em direção ao barco viking e Sakura me encarou com os olhos arregalados. - Vai me dizer que tem medo de altura? - Tudo funciona na base do desafio entre nós, eu sei.

– Medo? Eu? - Ela apontou para si mesma e desfez a trança, os cabelos agora estavam ondulados e caiam um tanto bagunçados por suas costas. - Nós podemos ir um de frente para o outro, aposto que você vai gritar feito marica. - Empinou o nariz e eu a abracei por trás, apoiando meu queixo em seu ombro. - Pode ir até longe de mim, Sasuke, eu não me importo. - deu ombros e seguiu até o ultimo banco do brinquedo quando chegou sua vez.

– Eu vou lá. - Apontei para a ponta oposta e Sakura a encarou por alguns instantes assustada. - Não vai ser muito assustador pra você, não é? - Arqueei a sobrancelha e ela recompôs a expressão determinada.

– Ande logo, Sasuke.

Fiquei bem de frente para Sakura. Ambos estavamos compenetrados em manter os nossos olhares fixos. Um frio na barriga quando o brinquedo começou a se movimentar e em seguida gritos, gargalhei ao ver os olhos de Sakura arregalados enquanto ela passou a gritar.

– Não ria de mim, Sasuke! - gritara ela quando eu é quem estava no alto. Ergui uma das mãos e ela me lançou uma careta repreendedora. - AI MINHA PAÇOCA! - gritou segurando-se firmemente na trava. O cabelo estava batendo contra sua cara e suas bochechas estavam coradas.

– SEM AS MÃOS, SAKURA! - Gargalhei e uma garota ao meu lado enlaçou seu braço ao meu enquanto gritava ensurdecedoramente.

O desespero de Sakura virou uma careta de indignação que ela manteve até que o brinquedo parou. A menina do meu lado finalmente desgrudou do meu braço e eu saí do barco viking sentindo minhas pernas bambas pela agitação.

Sakura estava da mesma forma, porém, ela não me esperou. Saiu do brinquedo e a passos rápidos sentou-se em um dos bancos de madeira ao lado de uma lata de lixo que possuía o rosto de um palhaço.

So turn it up, turn it up, hey

As loud as you can make it go

Cause love is on the radio

Então aumente, aumente, ei

O mais alto que você puder

Porque o amor está no rádio

– Você tá bem? - perguntei me abaixando em sua frente. - Sakura? - chamei, mas ela ficou em silencio, mantendo os olhos fechados.

– Estou ótima. - respondeu-me um tanto mal humorada. - Quê?

– Tem certeza de que está bem? - Preocupado, toquei em sua mão e ela apenas limitou-se a desviar o olhar. - Se você...

– Sua amiga deve estar se sentindo mal, Sasuke. - Sakura disse ainda fitando algo além de mim. - Ela está sorrindo e vindo pra cá. - resmungou contragosto e fitou o chão no mesmo instante em que duas garotas pararam ao meu lado.

Franzi o cenho e olhei para as garotas que estavam sorrindo, embora parecessem estar desconfortáveis. Uma delas, era a loira do carrinho bate-bate e a outra a que havia agarrado meu braço no barco viking. Levantei-me e ouvi Sakura bufar nervosamente, começando a bater o pé no chão de forma impaciente.

– Posso ajudar?

– Ah, oi. - Uma delas abriu um sorriso imenso. - Meu nome é Shion, eu... É, queria saber se você não está interessado em andar com a gente por aqui. - A loira disse aproximando-se de mim.

– Olá, meu nome é Sasuke. - Estendi a mão para ela, mas a garota ignorou minha mão estendida e me deu um beijo no rosto. - Prazer em conhece-la.

– Prazer em conhecê-la. - Sakura resmungou com a voz anasalada. - Eu sou a Sakura, olá Shion.- Levantou-se e se colocou entre mim e a garota. - E você? Tem nome? - estreitou os olhos ameaçadoramente para a amiga de Shion que estava quieta até o momento.

– Yuri. - A menina respondeu assustada e eu controlei o riso. - Eu, er...

– Será que eu posso falar com vocês um pouquinho? - Sakura pediu e eu a encarei inquisitivo. - E você - Virou-se para mim e cutucou meu peito. - Fique sentadinho aqui. - Se voltou para as garotas novamente e enlaçou o braço das duas, as puxando para um canto mais afastado.

Como a Haruno estava de costas para mim, desisti de tentar entender alguma coisa e me sentei no banco em que ela estava há instantes. Aquilo havia sido uma crise - desnecessária - mas de ciúmes.

Sorri comigo mesmo e olhei para o céu apreciando-o por alguns instantes. Além da lua e das estrelas, haviam alguns pontinhos coloridos, que depois descobri serem uma espécie de brinquedo fluorescente que estavam vendendo no parque.

– Isso. Não. Foi. Uma. Crise. De. Ciúmes. - Sakura falou e eu desviei o olhar para ela. - Só tive que comentar algumas coisas que poderiam deixa-las constrangidas se fossem ditas na sua frente. - Deu ombros e eu sorri de canto. - Tire esse sorriso do rosto. - Ela resmungou, mas sentou-se em meu colo soltando um enorme suspiro em seguida. - Cansou? -perguntou fitando-me curiosa.

– Estou esperando você me dizer qual o próximo brinquedo, minha lady. - Sakura sorriu e me deu um selinho, levantando-se em um pulo. - E eu vou fingir que aquilo não foi uma crise de ciúmes. - acrescentei descontraidamente.

– Eu não teria uma crise de ciúmes. - Sakura discordou revirando os olhos. - Muito menos uma tão indelicada assim, por favor. - enlaçou seu braço ao meu e nós recomeçamos a andar no parque.

X-X-X

– Sasuke, eu não quero entrar aí.

Essa maldita frase antecedeu a minha surdez temporária.

Eu havia convencido Sakura de irmos ao castelo dos horrores. Apesar dela ter concordado, com diversão, eu pude notar o pavor em seus olhos a cada vez que nossa vez se aproximava na fila. Os dedos apertavam o meu braço sem dó e a respiração dela já estava entrecortada quando nos sentamos no carrinho.

– Sasuke, se eu tiver pesadelos a culpa vai ser sua. - Disse ela enquanto eu passava meu braço por sua cintura tentando reconfortá-la. - Sasuke, eu não quero entrar aí. - choramingou.

– Não precisa ter medo, o super Sasuke está aqui. - Falei convencido sentindo tranco que o carrinho dera. - Nós não... PUTA QUE...! - gritei ao ver o Freddie aproximando-se de nós.

– SOCORRO! EU TO ACORDADA, EU TO ACORDADA! - Sakura gritava desesperada quando ele chegou perto. - Eu juro que to acordada, não me mate! Pegue o Sasuke! - encolheu-se e eu prendi a respiração.

Admito, que ir para o castelo dos horrores não foi uma boa ideia. Não quando tudo ficou escuro e Sakura decidiu tentar iluminar com o celular, antes de notar que estávamos em uma sala que simulava um açougueiro humano e que um cadáver estava bem próximo de sua cabeça.

As outras pessoas gritaram.

Sakura gritou.

E eu gritei feito marica.

– Nunca mais na minha vida, na minha existência, eu volto naquilo! - Ela apoiava-se em mim enquanto saíamos do brinquedo. - Eu... O que vai fazer? - perguntou quando eu a puxei em direção à uma barraca de prêmios.

– Uma coisa clichê. - Falei sorrindo para ela, que me encarou sem entender. - Escolha um. - Indiquei os ursos e os olhos esmeraldinos se iluminaram.

– Você vai conseguir um desses? Pra mim?

– Talvez pra Lily. - Brinquei e ela me deu um tapa no braço. - Escolha e vai ser seu. - pisquei e ela inclinou o corpo sobre o balcão. - Qual? - Sakura me encarou séria e por fim apontou para um urso de pelúcia branco que segurava um coração vermelho. - Vai ser seu. - acrescentei confiante, enquanto uma das moças me entregava uma das armas.

Sakura Pov's:

Ignorei a pose convencida de Sasuke e encarei o urso que eu havia escolhido. Seriam precisos 50 pontos e ele teria muita sorte se conseguisse faze-los apenas tendo cinco tiros.

– Não seja descrente, Sakura. – Sasuke repreendeu-me apoiando-se no balcão para mirar. – Só preciso acertar as caixinhas com maior pontuação.

– E como vai saber quais são as com maior pontuação? – Perguntei me apoiando ao lado dele e encarando as caixinhas que ficavam em prateleiras. Haviam caixinhas de variados tamanhos e algumas eram transparentes, dentro das mesmas estavam bonecas de porcelanas. – Sasu- Reprimi o grito ao ouvir o barulho do primeiro tiro. – Foi a menor! – bati no balcão e ele me encarou pelo canto dos olhos, crispando os lábios em seguida.

– Mais quatro tiros. – A moça disse ao pegar a caixinha e nos mostrou o que havia escrito no fundo. Logo, ela depositou mais quatro tiros no balcão e Sasuke me lançou um olhar como se dissesse “O que você estava dizendo mesmo?”.

– Isso não tira o fato de que você pode não conseguir. – Provoquei e ele atirou novamente. – Mais uma caixa pequena. – Debochei e Sasuke atirou novamente.

– Dez pontos.

– E quantos pontos faltam pra cinquenta, hein Sakura? – Sasuke perguntou com um ar superior. – Não escutei, pode repetir?

– Eu não disse nada. – Resmunguei revirando os olhos. – Faltam quarenta, Sasuke. – Ele sorriu e assentiu voltando a mirar. – Posso tentar uma vez? – Perguntei e vi que ele havia errado o tiro. – HÁ! Quem é o bonzão mesmo? – Caçoei e o Uchiha fez uma careta reprovadora, preparando-se para atirar novamente. – Sasuke, eu quero tentar!

– Se eu errar, você vai. – Sasuke disse inclinando o corpo e mirando novamente.

Ele fez uma expressão séria e analisou qual das caixinhas iria acertar. Quando tentei opinar, mandou-me calar a boca e disse que se eu o atrapalhasse não iria contar como se o próximo tiro fosse meu.

Injusto, eu sei.

Mas como mulher destemidas, jamais serão vencidas (?), Apoiei-me no balcão e fiz a minha maior expressão de Mona Lisa. Sasuke me encarou desconfiado, arqueando uma das sobrancelhas inquisidoramente e eu apenas ergui os ombros em um gesto de descaso.

– Até quieta, você me desconcentra. –Sasuke disse lançando-me um olhar rápido, antes de atirar. Derrubou uma caixinha com 5 pontos, mas mesmo assim me estendeu a arma de bom grado. – Devo admitir que te ver com uma arma e curvada desse jeito é algo tentador, Sakura.

– Não sabia que tinha tara por policiais, Sasuke. – Fechei um dos olhos mirando na maior caixinha que estava ao meu alcance.

– E não tenho.

Atirei e me decepcionei. Estava crente que havia acertado a caixinha, mas em vez disso acertei a caixa transparente e azul que continha a boneca de porcelana. Fiz uma careta e deixei a arma em cima do balcão, dando espaço para que Sasuke a pegasse novamente. Ele, por sua vez, puxou-me pela cintura e juntou seu corpo ao meu fazendo com que eu segurasse a arma, embora ele quem estivesse a apoiando.

– Se eu achava que ver você atirando era tentador. – Murmurou com os lábios próximos ao meu ouvido. – Devo dizer que estava errado. – Beijou a base do meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse. – Qual quer acertar?

– A pequena, ali. – Indiquei com uma das mãos a caixa de fósforo. – Talvez tenha uma pontuação alta. – Acrescentei ao ver que ele estava pensativo.

– Temos tiros o suficiente. – Sasuke concordou dando risada. Miramos e atiramos, derrubando duas caixinhas ao mesmo tempo. – Bate aqui, porque nós somos fodas. – Ergueu a mão e eu bati dando risada.

A moça nos observou por um tempo, dando um sorriso e em seguida pegou as caixinhas.

– Quinze pontos. – Ela mostrou a caixinha de cinco e a de dez pontos. – Podem escolher um premio daquela prateleira. – Apontou para a prateleira que possuía ursos medianos. – Ou continuar tentando, até os cinquenta. – Indicou a prateleira com ursos maiores. – Mas se quiserem, podem tentar concorrer a aquela cesta de café da manhã. – Mas vocês só possuem dois tiros. – Sasuke mordeu o lábio inferior pensativo.

– Vou tentar o urso. – Disse por fim, pegando a arma novamente. – Preciso de quantos pontos? – Perguntou sem me encarar.

– Precisa de vinte. – Respondi apreensiva. – Sasuke, se não ganharmos não vamos gastar mais dinheiro nisso aqui. – Avisei e ele me ignorou. – Sasuke?

– Eu te prometi o urso.

Eu iria protestar, mas algo no olhar que ele me lançou fez com que eu me calasse. Tinha um brilho confiante e por mais que eu não visse como ele iria ganhar o urso, eu sabia que ele conseguiria. O sorriso de Sasuke demonstrou que ele conseguiria.

Ele se apoiou novamente e derrubou uma caixinha.

Dois tiros extras.

O moreno não me encarou, estava concentrado demais em sua meta. Por um instante, me senti em um daqueles filmes de comédia romântica em que o mocinho consegue um urso de pelúcia em uma noite quando eles vão juntos à um parque de diversões.

Now that I've found you
My heart's beating faster
We could be happy
Forever and after

Agora que encontrei você
Meu coração está batendo mais rápido
Poderíamos ser felizes
Para sempre

Sasuke errou um tiro e uma pequena ruga se formou entre suas sobrancelhas. Haviam sobrado somente mais dois. Atirou e ao conseguir 10 pontos sorriu rapidamente, antes de voltar a sua árdua tarefa. O tiro seguinte, lhe arrecadou mais um tiro... O seu ultimo tiro.

Respirou fundo, mirou e atirou em cheio numa caixa de pasta de dente.

Quando a moça disse que ele conseguira completar os cinquenta pontos, como dois idiotas nós nos abraçamos e giramos em frente ao balcão, gargalhando alto, como se tivéssemos conquistado o maior prêmio do mundo. Beijei Sasuke rapidamente e ele, ainda mantendo o braço em minha cintura, indicou o urso que eu havia escolhido.

– Eu disse que conseguiria. – Sasuke me disse de forma convencida. Havíamos voltado a andar pelo parque, em um dos meus braços estava o urso e na mão livre de Sasuke um algodão doce rosa. – Isso parece o seu cabelo. – comentou comendo um pedaço do algodão, para em seguida me dar um selinho demorado. – Hey, isso é meu! – protestou risonho quando eu peguei um pedaço para mim.

– Tudo nosso. – Mordisquei seu lábio inferior e Sasuke me beijou prontamente, fazendo com que eu quase derrubasse o meu urso no chão. - Essa noite tá sendo melhor do que o esperado, Senhor Uchiha. – brinquei encostando minha testa na dele.

– Eu sabia que você iria gostar, Senhorita Haruno. – Sasuke deu um sorriso de canto. – Eu te amo cada vez mais, sabia? – Pendeu a cabeça levemente para a esquerda e eu sorri. – E eu ainda vou ouvir essas palavras saírem da sua boca. – Acrescentou determinado.