How To Love escrita por Priy Taisho


Capítulo 12
Capitulo 11 - Compras


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, antes que as pedras comecem... SASUSAKU É CANNON TIOZÃO, É CANNON! *---* Minha vida pessoal está extremamente corrida e eu já poderia ter postado o capitulo HÁ SEMANAS, se caso eu não quisesse termina-lo justamente da forma como terminei - Não me matem, é tudo altamente programado- u3u. Praticamente, o capitulo foi escrito no meu celular, dentro de onibus/trens, porque eu mal entro no computador durante tooooooooooooda a semana. Meu trabalho tá me consumindo, mas eu goxto USHUAS
Gente, sei que eu demoro, mas faço o meu melhor então... Se tiver alguém ai, por favor, dá um oi pra tia Priy



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(

♥ eu gosto tanto dessa fic, queria atualiza-la com mais frequência, porém... As férias escolares estão chegando, então acho que vou conseguir. *-*

Espero que gostem,

Boa leitura!

PS: Leiam as notas finais)

X-X-X

– Sakura, nós temos que comprar mantimentos.

Virei-me de bruços e cobri a cabeça com o travesseiro, ignorando o que Sasuke estava me dizendo pela décima vez. Ele soltou o ar impacientemente e eu apenas me aconcheguei no monte de cobertores.

– Vai morrer de fome, porque na cozinha só tem teia de aranha. – Sasuke disse levemente irritado.

– Teia de aranha com pão deve ser muito bom. – Provoquei e minha voz soou abafada. Sasuke riu em escárnio e eu me contive para não jogar o travesseiro nele.

– Não tem pão. – Disse ele puxando meu cobertor e se jogando em cima de mim. – Só tem água e sem gelo, porque acabou o gelo – Tirou o travesseiro da minha cabeça e eu me contorci quando seus dedos gelados tocaram minha coluna. – E se quiser água com açúcar pra controlar os nervos – Fez uma pausa, tirando todos os fios do meu rosto quando eu me virei para encara-lo. – Vai ficar só com a água, porque o açúcar acabou.

Tentei puxar o travesseiro novamente e ele me impediu, rindo de forma divertida. Sasuke franziu o cenho e pareceu se lembrar de algo. Levantou-se e foi até uma das gavetas pegando uma conta de água.

– E eu acho que vão cortar a minha agua, então...

Sentei-me bruscamente e soprei o cabelo da minha franja que estava tapando minha visão e taquei o travesseiro em Sasuke.

– Você é um idiota. - Resmunguei e contragosto me levantei. - Como vai deixar a agua ser cortada? - Perguntei catando meu shorts e o vestindo. - E como não tem comida? Pelo menos uma jujuba, homem! - Tirei a blusa dele e peguei a minha regata, a colocando de qualquer jeito. – Como isso é possível?

– A sua blusa tá ao contrário – Sasuke me avisou, enquanto eu marchava em direção ao banheiro. – E você tem certeza de que colocou o sutiã? – Perguntou provocativo. Sasuke se escorou na porta do banheiro, no mesmo instante em que eu havia enfiado a escova na boca.

– Deve ter alguma debaixo do sofá. - Sasuke sorriu de canto e eu só não retruquei, porque estava com a escova na boca. - Anda logo, Sakura. - reclamou e eu o ignorei. - Se o mercado ficar cheio, você vai ficar lá sozinha.

– Você não ousaria! - Apontei a escova para ele. - Não seja louco. - revirei os olhos e enxaguei a boca, para em seguida lavar o rosto. - Obrigada. - Agradeci pegando a toalha que ele estava me estendendo. - E você? Pretende ir assim? - Sasuke olhou para si mesmo e eu o acompanhei. O peito estava desnudo e ele usava apenas uma bermuda preta, junto de chinelos da mesma cor.

– Qual o problema? - Perguntou curioso.
Estreitei os olhos e Sasuke deu um sorriso travesso, esperando uma resposta.

– Se eu puder ir sem blusa, não tem problema nenhum. - Respondi levando as mãos até a barra da minha blusa. - E então? - Eu ja havia levantado metade da regata.

– Você não ousaria.

– Ah, é? - Um desafio, essas horas da madrugada. - Tudo bem. - Tirei a regata e a joguei no rosto de Sasuke quando passei por ele.

Saí do banheiro e fugi do quarto correndo, ouvindo Sasuke me chamar repetidamente.

– A onde pensa que vai? - Ele perguntou se escorando no corrimão da escada. - Haruno...

Sorri desafiadora e dessa vez, ele quem estreitou os olhos num sinal de advertência.

Eu não esperava ter que sair correndo para o meio da rua somente de sutiã. Isso nunca fez parte dos meus planos e eu ao menos pretendia que essa remota atitude se concretizasse.

O plano, era que Sasuke me impedisse antes que eu abrisse a porta e largasse toda a minha dignidade na sala de estar.

– Faça o que quiser. - Ele deu ombros e desceu as escadas de forma lenta. - Eu sei que você não teria coragem, Sakura. - Estendeu-me a regata e e eu empinei o queixo. - Tome, vista.

– Você vai ver quem não tem coragem. - Falei sentindo uma pontada no meu orgulho. - Vai ver. - Abri a porta e saí para o jardim praticamente marchando.
A minha dignidade podia esperar alguns segundos.

– VOCÊ É LOUCA! - Sasuke me puxou pela cintura no mesmo instante que uma senhora saia de sua casa. - Chiyo, não é nada do que você está pensando! - Acrescentou me escondendo em suas costas. - Ela tem um probleminha...

– Sua mãe é quem tem problema, Uchiha! - Retruquei afundando meu rosto em suas costas, desnudas por acaso, enquanto sentia meu rosto queimar. - Culpa sua, culpa sua!

– Que jovens depravados! - Chiyo disse enquanto sacudia veementemente um regador verde. - Vocês não possuem mais respeito por senhoras como eu ou com as famílias descentes! - Pude ver que ela estava vindo em nossa direção e comecei a me desesperar. - E VOCÊ SASUKE - Pude sentir que o Uchiha ficou tenso e eu dei um passo instintivamente para trás. - Acha que essa moça vai querer se casar com alguém tão depravado?!

Ele é quem não deveria querer casar com alguém como eu. - Não que eu fosse admitir isso para Chiyo - Então me mantive em silêncio.

– Chiyo, isso é um mal entendido. -Sasuke colocou as mãos na frente do corpo, como se tentasse acalma-la. -Nós não estávamos fazendo nada, não é? - Me encarou por cima do ombro e eu assenti.

– Nadinha. - Falei ao receber um olhar de "Me ajuda!" de Sasuke. - Eu só estava... Correndo. - Voltei a esconder meu rosto ao vê-la aprontar o regador perigosamente para nós.

– Saia dai! - Ordenou e eu arregalei os olhos. - Eu te conheço de algum lugar, garota. - Sasuke estava como uma espécie de escudo entre mim e Chiyo.

– Não me conhece não. – Discordei encolhendo-me mais ainda. – Deve ser só impressão...

– Você andava com o meu neto Sasori! – Neguei varias vezes com a cabeça, porém Chiyo começou a se aproximar e eu puxei Sasuke para que ele continuasse a barrar qualquer ataque que ela fizesse contra mim.

Aquele regador era extremamente perigoso.

– Sasori, que Sasori? – Minha voz subiu alguns oitavos e os ombros de Sasuke enrijeceram. – Não conheço nenhum...

– Sakura Haruno.

Pronto.

Ela sabe o meu nome, era só o que me faltava.

– Meu neto falava muito sobre você. – Chiyo disse pensativa. – Achei que estavam namorando... A não ser que...

– Eu e Sakura estamos namorando. – Sasuke disse quase que rispidamente. – Sasori foi só um caso. – Acrescentou antes que eu pudesse dizer alguma coisa. – Nós vamos entrar dona Chiyo, com licença. – virou-se e me puxou com ele em direção à porta de sua casa.

– Sasori parecia gostar muito de você, Sakura! - Chiyo disse e eu consegui vê-la por cima do meu ombro. – Só ouvi boas histórias.

X-X-X

Havíamos nos trocado, ou melhor, colocado às roupas que estavam faltando e agora nós encarávamos sentados na sala.

O plano original era que nós fossemos para o mercado, mas depois do encontro com Chiyo, Sasuke estava num mal humor infernal. Ele zapeava os canais da televisão furiosamente e eu já estava irritada com aquilo.

Puxei o controle de suas mãos e desliguei a TV, jogando o controle em cima do outro sofá. Sasuke desviou o olhar lentamente da tela e me fitou impassível.

– Nós não íamos ao mercado?

– Podemos pedir comida. – Sasuke disse seriamente e eu revirei os olhos. – Achei que você não queria sair.

– Sasuke, dá pra parar de ser uma garotinha e voltar a ser o que você era mais cedo? – Cutuquei seu peito e ele arqueou uma sobrancelha. – Chiyo apenas...

– Chiyo é uma velha louca. – Ele disse com uma ponta de humor.

Sasuke estendeu a mão em minha direção e me puxou para perto dele. Beijou as minhas bochechas e a ponta do meu nariz, eu por minha vez, fechei os olhos apreciando seu gesto. Por fim, encostou seus lábios nos meus e me beijou lentamente.

Enlacei seu pescoço e Sasuke me puxou para o seu colo, pressionando seus dedos em minha cintura e em seguida acariciando minhas costas por baixo da minha blusa.

– Eu amo você. – Disse ele encostando sua testa na minha e eu sorri, lhe dando um beijo rápido. – Quando você vai admitir isso?

Não respondi, pois eu mesma não sabia quando iria dizer isso para ele. No fundo, talvez, eu tivesse medo que quando Sasuke alcançasse seus objetivos, ele desistisse de mim. Ele acariciou minha bochecha e voltou

– Vamos. - Sasuke disse determinado, porém, não fez menção de se mover ou de me deixar sair do seu enlace.
– Quando? - Perguntei e em seguida senti meu estômago roncar. - Vamos, Sasuke, meu estômago daqui a pouco vai criar vida própria. - Resmunguei e ele riu.

– Sua língua tem vida própria, porque seu estômago não? -Perguntou divertido.

– Não achei graça, seu palhaço. - Dei um peteleco em sua testa.
– Você acabou de dizer uma antítese. -Sasuke disse de forma cética e eu revirei os olhos.

– Virou professor de português?

– Sempre fui, só você não viu. - Cantarolou ele rindo das minhas expressões.

– Cale a boca, mané. - Resmunguei em um muxoxo.

– Vamos. - Sasuke deu dois tapinhas, um de cada lado das minhas coxas e me ergueu repentinamente. - Será que se Chiyo nos ver assim, vai esquecer de você e do Sasori? - Perguntou curioso.

– Tenho certeza de que ela não vai pensar duas vezes antes de chamar a polícia.

– Já vejo as manchetes. - Ele riu e eu sorri. - Herdeiro do império Uchiha e escritora com cabelo cor de rosa, presos por estarem se agarrando no jardim da casa do milionário.

– Cadê a modéstia? - Ele ergueu uma sobrancelha e eu o imitei.

A resposta seguinte, veio com tamanha naturalidade que eu quase não ousei duvidar de sua verdade.

– Eu comi.

Sasuke e eu nos encaramos por incontáveis- ou contáveis -, minutos e eu suspirei, antes que ele começasse a rir como se tivesse feito a piada do século.
– Você me envergonha. - Alfinetei e ele sacudiu os ombros.

– Essa é a parte em que vem a minha pergunta. – Sasuke disse cético e me deu dois tapinhas nas pernas para que eu levantasse. – Quem te perguntou? – Disse ele dando um sorriso sacana, passando por mim e pegando as chaves da casa no suporte. – E não se esqueça de desligar a tv, por favor. – Acrescentou saindo da casa.

– Folgado! – Falei alto o suficiente para que ele ouvisse e fui até o outro sofá.

Desliguei a TV e a encarei por um tempo. De repente, eu não queria sair.

Ficar na casa de Sasuke, somente com ele me parecia extremamente agradável e eu não me importaria em pedir comida fora... Por todo o dia.

Suspirei e joguei o controle novamente no sofá.

– Hey, algum problema?

Sasuke havia retornado e girava a chave nos dedos.

Olhei para o controle novamente e neguei com um aceno, me dirigindo até ele. O Uchiha abriu espaço para que eu passasse e fechou a porta da casa, estendendo sua mão para que eu a segurasse e eu o fiz prontamente, sentindo um frio estranho na barriga. Olhei de relance para Sasuke, que parecia extremamente satisfeito durante o nosso percurso até o supermercado. Este não ficava muito longe, nem muito perto. Andamos por quase quinze ou vinte minutos, talvez menos, porém, minhas pernas haviam começado a reclamar.

– Sedentária. – Sasuke disse quando eu o obriguei a esperar um pouco.

Respirei fundo e endireitei minha postura, agarrando a mão dele novamente. Sasuke franziu a testa e eu fingi que nada havia acontecido, recomeçando a andar.

Não que eu fosse sedentária. Eu faço caminhadas matinais todas às manhãs com Ino, mas o mercado realmente ficava longe.

Porém, existe todo um preparamento para que eu começasse a caminhar.

E estar com fome, não fazia parte dele.

Não sem pelo menos um pão de queijo.

– Quem faz caminhada todos os dias, hã? - Cutuquei sua costela e voltei a enlaçar meu braço no seu.

– Quando foi a última vez?

Parei e coloquei o indicador no queixo pensativa. Havia sido...

– Segunda-feira - Conclui vitoriosa.

– Contando com hoje, fazem cinco dias.- Sasuke ergueu os dedos e me mostrou a palma da mão. - Que exemplo, Sakura, que exemplo. - resmungou debochado.

– O que você entende disso? - Perguntei enquanto dobrávamos uma esquina. - Nunca te vi fazer esporte algum. - Acusei ofendida.

– Você nunca me viu fazer muita coisa, querida. - Sasuke respondeu-me convencido. -Muita coisa.

– Diz o Doutor Mistério. - Engrossei a voz e ele riu. - Esse mercado não chega nunca? - Perguntei soltando um longo suspiro.

Caminhar com fome...Ninguém merece! Talvez a mocreia da secretaria do Sasuke, a tal da Catherine boing-boing, mas não eu.

– O mercado está bem ali, Sakura.

Engoli todo o discurso que iria dizer e analisei o mercado – enorme, por sinal- bem à nossa frente. Não estávamos nem a dois metros dele.

– Eu só queria ver se você estava esperto. – Falei disfarçando muito bem o meu deslize. Afinal, eu sou Sakura Haruno e Haruno’s não falham.

Só cometem pequenos deslizes.

Entremos no mercado e Sasuke pegou um carrinho, juro que fiquei tentada para pedir que ele me empurrasse, porém me controlei. O mercado estava parcialmente cheio, nada absurdo que nos prenderia por horas no estabelecimento... Somente alguns minutos nas filas.

Esse pensamento, me ajudou a ignorar os olhares acusadores que ele me lançava a cada vez que passávamos pelas filas.

– Você vai buscar os pães, que eu pego o café e o restante das coisas que ficam por lá. – Sasuke disse e eu assenti.

– Nos vemos no caixa? – Perguntei escorando-me no carrinho e me afastei do mesmo assim que ele fez menção de ir para frente. – Não se preocupe, mas eu vou comprar chocolate porque mereço depois de todo esse estresse. – Ergui as mãos e Sasuke riu.

– Estresse que você causou sem motivo. – Sasuke sorriu de canto e encostou seus lábios rapidamente nos meus. – Mas que eu estou concertando, porque eu sou fodão.

– Você é um cretino.

Sasuke ergueu os ombros em um gesto de descaso e começou a empurrar o carrinho, me deixando sozinha no meio de um dos corredores. Não entendi o motivo de estar sorrindo boba, mas fiquei um bom tempo assim.

Peguei os chocolates no corredor ao lado e fui até a parte da padaria. Os pães estavam quentes e eu acabei pegando pães de queijo, porque não sou obrigada a ficar sem.

Eu estava cantarolando uma das canções que estavam tocando nos autofalantes do mercado e tomava cuidado para não derrubar o que estava em minhas mãos. Sasuke e eu não havíamos combinado em que caixa iriamos nos encontrar, então esperei que ele me encontrasse antes que chegasse minha vez.

– Sakura, é você?!

Me virei quase que em câmera lenta, com receio de algo desconhecido e entreabri meus lábios ao vê-las. Shizune, Karui e Kurenai estavam juntas e me encaravam surpresas. Aposto que minha expressão não era diferente... O que diabos elas estavam fazendo aqui?

– Eu disse que era ela, Karui. – Shizune, que era a mais alta, disse de forma repreendedora para a morena que bufou e virou o rosto indignada.

– Faz um bom tempo, huh? – Kurenai disse divertida. Seus lábios estavam pintados de vermelho, o que eu achei um tanto extravagante para ir à um mercado, porém sabia que aquilo fazia parte da sua personalidade.

– Realmente faz um bom tempo, meninas. – Sorri e balancei a cabeça negativamente. Elas eram minhas amigas do colegial. Algumas vezes marcávamos de nos encontrarmos em algum barzinho, somente para jogar conversa fora. – O que fazem por aqui?

– Compras, já que nossos maridos são folgados demais para nos acompanharem. – Karui resmungou indignada e eu ri, fazendo com que ela me encarasse com a sobrancelha arqueada. – E você, hein, Sakura? Não nos vemos há quase um ano e ainda não vejo nenhuma aliança no seu dedo. – Karui sempre foi um tanto... Venenosa. Os anos só fizeram com que seu humor ficasse ainda mais ácido.

– Como sempre, eu fui à única que honrou meus princípios até hoje. – Respondi convencida e elas riram. – Mas cá entre nós meninas, vocês se casaram com os homens das suas vidas. – Ri e elas me encararam feio, antes de me acompanharem.

– Vai me dizer que nenhum homem conquistou seu coração? – Kurenai perguntou e eu me mantive impassível. – Por que querida, foram muitos homens. – ela sorriu maliciosamente.

– E que homens. –Shizune disse da mesma forma que ela.

Rapidamente, meus pensamentos se voltaram para Sasuke. Ele havia mexido comigo, era o mais próximo de um compromisso que eu tinha tido e meu coração batia estupidamente acelerado quando eu estava ao seu lado.

– Nenhum homem é bom o suficiente para conseguir me prender, meninas. – Sorri de canto e elas riram satisfeitas. – Vocês sabem, esse negocio de amor não é minha praia. – Senti algo esbarrar em meu ombro e ao me virar, pude ver Sasuke com uma expressão impassível.

– Me desculpe. – Ele disse quase que automaticamente e passou por mim como se não me conhecesse.

Acompanhei Sasuke se dirigir à uma fila distante, sua expressão impassível não combinava com o olhar amargurado que ele me lançou. Senti algo pesar em meu peito, entreabri os meus lábios desejando chamar seu nome. Franzi o meu cenho e fiz menção de dar um passo em sua direção, eu queria explicar tudo.

– Que pedaço de mal caminho, senhor. – Kurenai falou observando Sasuke descaradamente e aquilo me deixou incomodada. – Com um homem desses eu ao menos sairia de casa para fazer as compras. – Ela riu e voltou sua atenção para mim.

– Você com certeza sairia, Kurenai. – Karui disse antes que eu pudesse comentar algo. –Quer um babador, Sakura?

Desviei meu olhar de Sasuke e as encarei, rindo sem graça. Para a minha sorte, era a minha vez no caixa. Me despedi das garotas e paguei o que havia comprado com o pouco de dinheiro que tinha.

Saí do supermercado, não sem antes lançar um olhar para Sasuke. Um olhar de remorso, que ele ignorou convictamente.

X-X-X

Eu havia chegado rápido na casa de Sasuke. Como a porta estava trancada, me sentei no jardim esperando que o mesmo chegasse logo.

Tinha certeza de que haviam se passado mais de meia hora e também sabia que ele é quem estava enrolando para voltar para casa.

Não o culpei.

Teria feito o mesmo.

Não consegui afastar a sensação de culpa, muito menos o peso que se instalou no meu peito depois que Sasuke presenciou tudo aquilo. Um erro que eu sabia que não devia cometer. Oras, eu gostava dele. Gostava de seus carinhos, dos seus abraços, de seus beijos e principalmente, da sua preocupação constante em relação à mim. Sasuke era determinado, muito mais do que um rostinho bonito... Essa era a diferença.

O que me doí, é saber que eu sempre soube. Sempre soube que todas as qualidades e perseverança, eram os detalhes que me faziam delirar por Sasuke. Eu o queria mais do que tudo, não gostaria que ele presenciasse uma coisa como aquela e que pegasse toda a conversa pela metade, - se bem que se pegasse pelo começo, seria pior – Mas poder me explicar era o meu objetivo.

– Sasuke, eu... – Me levantei e caminhei em sua direção, segurando as sacolas firmemente. – Eu não queria ter dito aquilo. – falei rapidamente e ele apenas me lançou um olhar enviesado, passando por mim em direção à porta.

Sasuke deixou a porta aberta e seguiu sem hesitação para a cozinha. Fechei a porta e fui para o cômodo, o encontrando de costas para a porta enquanto retirava as compras das sacolas. Hesitantemente, deixei as minhas sobre a mesa e coloquei a mão em seu ombro, na intenção de fazer com que ele me encarasse.

Sasuke se esquivou do toque bruscamente e se afastou de mim, mantendo-se de costas.

– Sasu-

– O que quer? – Ele perguntou irritado e eu baixei meu olhar. – Vamos, diga Sakura. – Acrescentou rispidamente e por alguns instantes, fiquei sem saber como reagir.

– Me desculpe. – Ergui o olhar e vi que Sasuke ainda estava de costas para mim, porém, suas mãos estavam fechadas firmemente. – Não foi a minha intenção dizer aquilo.

– Fingir que eu sou um ninguém? – Sasuke perguntou sarcástico. Parecia que tudo havia ficado em câmera lenta conforme ele se virou. Seu maxilar estava trincado, os olhos negros estavam hostis. –O que acha que eu sou? Algum imbecil?! – Praticamente gritou e eu recuei um passo assustada.

– CLARO QUE NÃO! – Gritei numa tentativa falha de me explicar. – Sasuke, eu não queria te ofender! – Dei um passo para frente hesitante. – Falei sem pensar, eu não me acostumei com toda essa situação!

– Sempre a mesma desculpa. – Sasuke retrucou e eu estreitei os olhos. – Eu não me acostumei com isso, Sasuke. – Repetiu o que eu havia dito com deboche. – Não sou nenhum otário, VOCÊ SEMPRE SOUBE DO QUE EU SINTO POR VOCÊ!

– E VOCÊ SEMPRE SOUBE COMO EU ME SENTIA EM RELAÇÃO À ISSO! – Gritei exasperada, sentindo uma onda de irritação me arrebatar. – Inúmeras vezes eu te pedi para não forçar a barra Sasuke, INÚMERAS VEZES!

– Então por que diabos nunca me deixou ir embora? – Passou as mãos furiosamente pelos cabelos e me encarou rancoroso. – Não sei por que insisti tanto em você quando claramente não valia a pena. – Cuspiu as palavras e em passos lentos veio em minha direção, parando à poucos centímetros de mim.

– Sempre deixei claro que você podia ir quando quisesse. – Rebati sentindo algo se estraçalhar em meu peito. Meu orgulho estava ferido e meus olhos estavam ardendo de forma irritante. – Nunca pedi que ficasse comigo, Sasuke.

– Vai morrer sozinha se continuar assim, Haruno. – Sasuke disse-me de forma venenosa. Ele nunca havia sido tão hostil comigo, nunca me tratou mal. – Você não sabe amar e isso vai te afundar. – Aproximou seu rosto do meu intimidador. Eu queria fugir daquele olhar que me acusava de tantas coisas, queria que Sasuke parasse de me fitar daquela forma. – Vá embora da minha casa. – Decretou e eu arregalei os olhos surpresa com a atitude dele. – Suma da minha vida e não volte nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews?
O comentário de vocês é estritamente importante para o desenvolvimento da fic, então, não deixem de dar o seu alô *-* Uma coisa, eu tenho dois finais alternativos pra fic, talvez uma possível segunda temporada, mas tudo depende das respostas de vocês ♥