Ocean Wide escrita por Pih Chan


Capítulo 6
Capitulo 6 - Nami, o que foi isso?


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal, uh, vocês nem mesmo devem se lembrar quem diabos sou eu õ/ Eu sou a autora louca que não sabe cumprir prazos, desapareceu por sei lá quanto meses e agora volta na maior cara de pau com uma desculpa idiota, weeeee.
Bom, e o que aconteceu comigo? Muitas coisas, não vou mentir, preguiça foi uma delas, mas principalmente o fato de eu ser extremamente perfeccionista, eu simplesmente não sabia como descrever uma cena de beijo porque até então nunca tinha tentado e realmente queria fazer meu melhor.
Reescrevi essa cena umas mil vezes e nunca parecia ficar boa, tentei ler fics que tinham essas cenas, até mesmo tutoriais e mesmo assim não parecia certo, então decidi escrever o resto da história até o momento em que o famoso ~~bloqueio criativo~~ resolveu me fazer uma visitinha.
Nisso se foram minhas férias e começaram as aulas nas quais logo nos primeiros dias descobri que já havia provas marcadas (recebi um calendário a programação do ano todo, aliás, eu até mesmo sei que dia saio de férias de novo XD) e tudo isso adicionado ao fator preguiça, o capitulo realmente não saiu e não sairia se a Maitê não me perguntasse se eu não ia continuar minha fic e sei lá o porquê, me deu vontade de continuar.
Reescrevi alguns os capítulos, nada demais, apenas quis deixar a escrita parecida com a minha atual, deem uma olhada se quiserem, o único que achei que deu bastante diferença, foi o 4, eu realmente prefiro assim, gostaria de saber a opinião de vocês, obrigada XD
Bom, capitulo dedicado a todos vocês, espero que gostem.



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Capitulo 6 - Nami, o que foi isso?

POV Narrador

Talvez fossem seus instintos naturais falando, talvez estivesse esperando por um soco da navegadora - mesmo que não houvesse motivo para tal ato, mas essa era Nami e nem sempre a agressão por parte dela fazia total sentido para ele - ou talvez simplesmente tivesse tido um impulso sem motivos, mas Luffy manteve os olhos fechados ao vê-la se aproximar.

Sentiu as mãos da navegadora pousarem delicadamente sobre seu ombro e uma leve pressão em seus lábios, sua mente não já não era suficientemente rápida para assimilar o que estava acontecendo, mas ao abrir os olhos e perceber que Nami era a culpada pela sensação engraçada em sua boca, a teve completamente apagada.

Seus olhos estavam arregalados, seu corpo não queria lhe obedecer quando dizia para se afastar, mas estava chocado demais para responder com qualquer movimento. Por que seu coração parecia bater tão descontroladamente rápido?

Suas pálpebras ficavam cada vez mais pesadas, estava se acostumando com a sensação e parecia melhor a cada segundo quando os braços de Nami se entrelaçaram ao seu pescoço trazendo-o para mais perto, sentia que devia retribuir de alguma forma, mas seu corpo simplesmente não se movia.

Nami tinha uma perspectiva diferente da situação, ela sentia seu coração quebrado ao não ter nem mesmo um movimento em resposta por parte do capitão, talvez a culpa fosse dela por ter se precipitado beijando-o assim, sem aviso nenhum.

As bochechas da navegadora atingiram uma leve coloração rosa quando sentiu falta de ar forçando-a a se separar, por que ela fez isso mesmo?

Ter Luffy a encarando com aqueles olhos curiosos não ajudava em nada, o silêncio apenas tornava tudo mais constrangedor.

—Nami — Ouviu a voz infantil do capitão a chamar. — o que foi isso?

O capitão pensou ter ouvido um leve riso ao fundo, mas seu haki não encontrava nenhuma presença, então pensou simplesmente ser sua imaginação.

—Não, deixa para lá. — Nami estava envergonhada, mesmo que tivesse sido apenas um impulso, no fundo, a navegadora queria que ele tivesse correspondido, agora o clima parecia estranho e tudo que desejava era que esquecessem tudo isso. — Não conte para ninguém, ok? Isso nunca aconteceu.

—Nami, mas... — O garoto queria dizer algo, mas foi novamente interrompido pela ruiva que hoje parecia estar fazendo tudo excerto deixa-lo falar.

—Não diga nada, está bem? — Manteve o dedo indicador sobre os lábios do capitão que apenas acenou em concordância para sua indagação.

Mesmo com aquele sorriso estampado em seu rosto, ele achou ter sentido uma ponta de decepção por parte dela, mas se Nami não queria falar disso o mínimo que ele poderia fazer era ficar quieto.

Talvez antes tivesse sido apenas mera imaginação por sua parte, mas agora sentia duas fortes presenças se aproximando, oh, ele sabia quem eram.

—Sanji! Zoro! — Gritou o chapéu de palha feliz, Luffy sabia que eles poderiam se virar sozinhos, mas era bom vê-los.

—Nami-swaaaaan! — Sanji corria como um louco apaixonado para perto dos dois para então perceber quão próximos estavam, era como uma pontada em seu coração que ama todas as damas ver sua adorada Nami-swan usando a camisa do capitão. — BASTARDO DE BORRACHA! O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA NAMI-SWAN?!

Ela tinha pedido para não contar, certo?

—Nada. — Seus lábios se curvaram em um biquinho adorável e sua testa suava entregando sua mentira.

“Ele é mesmo um péssimo mentiroso” comentou mentalmente Nami com uma gota cômica se formando em sua cabeça pela milésima vez no mesmo dia - o que havia se tornado normal depois que se juntou a aquela tripulação de loucos.

Sanji que estava desconfiado com a resposta, tentava dividir sua atenção entre bater no capitão e cortejar a deusa de cabelos alaranjados ao seu lado. Desde dizer-lhe todos os elogios que pensavam, recitar poemas sobre paixão e até oferecer-lhe seu próprio casaco esquentá-la invés da camisa vermelhada do capitão, afinal, esse era Sanji, o cozinheiro amoroso.

Mas mesmo que esse fosse seu comportamento característico e que sempre fizesse as mesmas coisas, dessa vez parecia aborrecer o garoto risonho do chapéu de palha.

—Nami-swan, o que aconteceu? Está toda molhada, o que aquele borrachudo de merda fez com você? Aqui, pegue meu casaco, quer um lanche quente?

—Eu quero! — Ouviu uma voz infantil ao longe.

—Para você não tem nada, seu maldito! — Retrucou o cozinheiro loiro pegando o bentou (*) - que havia ficado com ele quando se separaram - para sua amada navegadora

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No navio com a figura de um leão na proa, Thousand Sunny, as coisas se desenrolavam lentamente, não havia nenhuma novidade aparente, era um lugar bastante calmo, a noite estava bonita e nenhum navio passaria por ali tão cedo uma vez que a ilha em que haviam atracado se encontrava das rotas possíveis pelo simples fato de não ser indicado pelos log poses.

Nico Robin estava sentada do lado de fora aproveitando-se do clima agradável e da salada de fruta preparada por Sanji antes de partir, o silêncio se alastrava pelo navio sem os gritos do capitão, tornando uma ótima noite para ler.

Aquele livro em particular lhe interessava bastante, havia adquirido com um certo revolucionário com tatuagens vermelhas em forma de “x” em seu rosto como forma de agradecimento por sua ajuda, eram histórias sobre uma ilha misteriosa onde as pessoas tendiam a ter alucinações

Era a vez de Franky ficar vigiando o majestoso navio, mas ela havia lhe dito que isso não era necessário, não estava com sono e pretendia passar sua noite desfrutando da leitura do novo livro, nesse momento era a única acordada.

Pensou ter ouvido passos vindos da ilha então dirigiu-se para a borda da embarcação e poderia jurar ter visto uma mulher de cabelos brancos correndo por entre as árvores, mas quando usou sua habilidade para enxerga-la mais de perto não havia mais nada ali.

Sentou-se novamente na espreguiçadeira, mais alerta porém.

Algo não estava certo naquele lugar...

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—Por favor, Sanjiii. — Pedia Luffy com sua voz manhosa. — Eu estou com fome.

Mas o cozinheiro se recusava como forma de punição ao que ele poderia ou não ter feito para a ruiva.

Quando o chapéu de palha finalmente desistiu, sentou-se de frente para a navegadora que comia calmamente sua mistura de macarrão com frutos do mar variados e a encarava com os lábios curvados um biquinho fofo como se dissesse “Por favor, Namii”.

—Você quer um pedaço? — Ofereceu fingindo má vontade, como se quisesse dizer “Oh, você está me irritando, estou te dando apenas para parar com isso”, mas a verdade era que não conseguia resistir a aquela cara de cachorrinho.

—Quero! — Comemorou recebendo um par de hashis (*) segurados pela ruiva com um belo pedaço de salmão na ponta perto de sua boca.

Sanji e Zoro brigavam ao fundo por, provavelmente, algo completamente inútil e Luffy ria ao assistir, ele era como uma criança risonha e inocente, que estava sempre a surpreendê-la, era o que ela mais gostava nele...


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Notas finais do capítulo

*Bentô é um tipo de marmita japonesa para uma pessoa.
*Hashis são aqueles “palitinhos” que você usa para comer comida japonesa / chinesa.

Oh, eu achei realmente complicado pensar em como o Luffy agiria em uma situação como essa e como eles sairiam, acho que esse é o melhor que consigo fazer por enquanto.
E então? O que acharam? Digam o que pensaram, estava bom? Ou uma merda? O que eu poderia melhorar? Gostaram da nova capa e sinopse ou as antigas estavam melhores? Eu retratei bem todos os personagens? A opinião de vocês é realmente muito importante *u*