Ocean Wide escrita por Pih Chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - Borrachas também são ótimos travesseiros. Eu não tenho medo de sentir dor.


Notas iniciais do capítulo

Uuuh, consegui, finalmente cumpri um prazo! (eu estava prometendo para mim mesma que conseguiria postar um capítulo por final de semana agora, esse é o primeiro e eu consegui õ/ Espero conseguir manter assim XD)
Na verdade, eu terminei na quarta, mas parecia incompleto, reli algumas vezes e mudei algumas coisas, ontem estava pronto para postar, mas eu queria postar hoje, por quê? Porque hoje é meu aniversário õ/
Droga de titulo de capítulos, mas ok, foi o melhor que consegui pensar XD ~~Falta de criatividade nível extremo.
Foi até legal eu ter esperado, afinal, esse dias, depois de terminar o capitulo, por pura coincidência achei a fanart que coloquei para ilustrar o final do capitulo, oh, ela é antes do Time Skip e tem uma diferença nas roupas, mas é exatamente o que estava acontecendo na minha cabeça õ/
Bom, de qualquer forma, espero que gostem õ/
Ps: Obrigada pelos comentários, vocês não sabem como fico feliz de recebê-los e saber que alguém está lendo minha fic, adoro saber a opinião de vocês. Sintam-se livres para sempre estarem comentando, mesmo que seja para dizer que não gostou ou que eu poderia melhorar alguma coisa ^^



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POV Narrador

Monkey D. Luffy certamente não era o melhor exemplo de capitão pirata tradicional, não era cruel ou frio, não estuprava mulheres ou matava inocentes por diversão e sua tripulação definitivamente não lhe via como uma figura de autoridade que deve ser temida, era apenas um garoto com um sonho maior do que ele que está constantemente à procura de aventura e liberdade.

Roronoa Zoro também não é a primeira pessoa que se pensa quando ouve-se a palavra “imediato” (*), passava a maior parte de seus dias dormindo e treinando ao invés de planejar como começar um motim contra o capitão para assumir o controle do navio e era bastante óbvio que nem cogitava a ideia exercer a tarefa de dividir os suprimentos e o saque entre os tripulantes.

E é por esse motivo que Nami estava ali, além de navegadora, a ruiva cuidava de tudo já que os idiotas não eram capazes de fazê-lo, mantinha os tripulantes sob controle apartando as brigas e punindo-os com socos quando necessário, muitas vezes considerada assustadora pelo trio infantil composto pelo narigudo pessimista, a rena falante e o próprio capitão.

Também cuidava do dinheiro e, às vezes, até da comida, apesar de não ter tido de se preocupar muito com isso uma vez que Sanji ingressou na tripulação.

Pode-se dizer que era a responsável por tudo dentro do Thousand Sunny, salvo por poucas exceções quando o capitão infantil e o imediato preguiçoso decidiam agir.

Esse era um dos momentos em que ela normalmente estaria os organizando para que fizessem turnos, mas estava cansada demais para pensar nisso e talvez ter sido “rejeitada” pelo capitão a tivesse deixado sem paciência e apenas com vontade de dormir de uma vez para esquecer tudo, apesar de fingir o contrário.

Não era necessário aceitar qualquer sentimento pelo garoto para ter seu orgulho ferido, oh, ela era a gata ladra, a garota que poderia seduzir qualquer homem, sentia-se ofendida por isso não ter sido possível, tinha uma reputação a zelar, sabe? Apesar desse definitivamente não ser o único motivo para seu desgosto.

E por isso, não passou muito tempo e todos já estavam dormindo, sem nenhuma precaução, poderiam simplesmente ser atacados ali mesmo.

Zoro estava em sono profundo, qualquer um poderia facilmente confundi-lo com um cadáver se não fossem por seus roncos e a respiração ritmada típica de uma pessoa adormecida. O esverdeado se mantinha num tanto afastado dos outros e com as espadas bem próximas de si.

Sanji estava deitado de bruços usando os braços como travesseiro; Luffy e Nami estavam exatamente nos mesmos lugares de quando acordados.

Oh, aquilo não daria certo...

(...)

—Mellorine... Sim, Tibany-chwan (*), eu amo cozinhar. — Murmurava o cozinheiro loiro em seu sono. — Posso fazer um bolo para você, minha deusa. — Ele moveu a cabeça até o chão onde depositou um beijo. — Oh, você tem gosto de terra, mas eu posso me acostumar.

Sanji não era o único membro masculino do bando do chapéu de palha que tinha o problema de falar e se mexer durante a noite, na verdade, a maior parte deles simplesmente não conseguiam se manter quietos mesmo adormecidos, as noites nos aposentos masculinos eram bastante agitadas por esse motivo.

Talvez Zoro fosse o único que fizesse silêncio uma vez que parecesse morto enquanto dorme.

No entanto, os sussurros constantes do cozinheiro e os roncos dos outros dois não pareciam afetar Nami, seu maior problema na verdade era o frio que sentia, mesmo com a camisa do capitão.

Depois de muito virar de um lado para o outro - em um estado em que se encontrava acordada, porém ao mesmo tempo com a mente parcialmente adormecida de modo que simplesmente não conseguia raciocinar (*) - finalmente sentiu algo quente do qual, por puro instinto, se aproximou.

Aconchegou-se perto de sua nova fonte de calor abraçando-a, provavelmente pensando ser seu travesseiro uma vez que não estava acostumada a dormir sem o mesmo.

(...)

Esse seria o momento que acordaria com algum ruído, por mínimo que fosse, causado pela arqueóloga que estaria guardando mais um livro que acabara de se tornar parte de sua grande coleção de “Já li” e então indo para sua cama para finalmente ter seu descanso merecido depois de mais uma noite de leitura.

Nico Robin não era do tipo barulhenta, na verdade, era exatamente ao contrário, normalmente não dizia muitas palavras, estava sempre sentada lendo um novo livro.

E de vez em quando desviando seu olhar para a estranha tripulação a qual por algum motivo resolveu juntar-se, ao praticar essa ação, leves risos tímidos abafados por sua mão sobre seus lábios podiam ser ouvidos por quem estivesse bastante próximo.

Era uma pessoa agradável e madura em comparação ao resto daqueles idiotas. Mesmo não parecendo, estava sempre observando todos a sua volta e mantendo notas mentais sobre eles enquanto esboçava em seu rosto um olhar enigmático digno daquela mulher misteriosa.

Mas por esse acontecimento diário, Nami habituou-se a acordar sempre na mesma hora. Para ela era bom, poucos minutos de completo silêncio que usava para realizar tarefas variadas desde pensar até confeccionar seus mapas na sala de cartografia.

Nami remexeu-se apertando ainda mais seu travesseiro contra ela, era suspeito como ele parecia mais confortável que o normal, seu cheiro, de fato, também parecia demasiado agradável.

Sua mente ainda adormecida finalmente compreendeu que algo aparentava não estar certo, chegando mais perto tentou sentir novamente o aroma emitido pelo travesseiro.

Parecia familiar, era um perfume adocicado que lhe lembrava do mar mesclado com o cheiro do tempero que Sanji colocava sobre a carne.

Abriu os olhos lentamente tentando convencer seu cérebro que estava na hora de despertar, porém sua tentativa de entender o que estava havendo apenas resultou em um grande rubor espalhando-se por suas bochechas ao contemplar a imagem do capitão dormindo calmamente embaixo dela.

Um grito estridente preparava-se para fugir pelos lábios da ruiva sendo segurado unicamente pelo pensamento do que aconteceria se os outros acordassem e a visse naquela situação. Seu olhar direcionou-se para o rosto adormecido de Luffy.

Era estranho vê-lo tão pacifico, mas estaria mentindo se dissesse que não havia gostado, o fitou por um momento acompanhando sua respiração ritmada enquanto prestava atenção nos traços do rosto do garoto.

A cicatriz embaixo de seu olho esquerdo lhe chamava a atenção, claro que já a havia notado antes, mas nunca teve tempo de perguntar-se o que poderia tê-lo levado a consegui-la.

Sem perceber, Nami deixou sua mão deslizar até a face do companheiro acariciando sua cicatriz misteriosa com o dedão. A pele do garoto, de fato, era macia como borracha. (*)

Um sorriso doce surgiu em seus lábios, não durou muito, porém.

Luffy sentia algo tocando seu rosto, mais especificamente sua bochecha esquerda, depois de alguns segundos tentando ignorar a sensação, abriu lentamente os olhos deparando se com a imagem da navegadora.

Nami segurou sua respiração e manteve-se imóvel. “Afinal de contas, no que eu estava pensando?” questionava-se em relação seu impulso incomum.

Deveria ser sua impressão, mas pensou ter visto as bochechas do garoto de borracha adquirirem a quase imperceptível coloração de rosa claro.

—O que você está fazendo, Nami? — Seus olhos estavam semicerrados e sua voz sonolenta, porém tão pura e inocente que chegava a ser fofa ao ponto de vista da ruiva.

—Eu estava... Hm... — “Talvez a verdade seja minha melhor opção nesse momento” — apenas me perguntando como você conseguiu essa cicatriz. — “Tudo bem, talvez não toda a verdade”.

Um sorriso doce esboçou-se nos lábios do capitão em resposta quando Nami sentiu a mão dele sobre a dela. Estava apenas tentando colocá-la sobre a cicatriz.

—Eu fiz. (*)

—Eh?

—Eu queria provar para o Shanks que eu não me importava de sentir dor.

Nami sorriu também.

—E você o convenceu?

—Não.

—Eh? — Agora a ruiva estava num tanto confusa.

—Ele me ofereceu suco de laranja e depois começou a rir dizendo que ainda era uma criança. Shanks adorava se divertir as minhas custas. — Respondeu Luffy enquanto depositava seu chapéu em Nami oferecendo-lhe outro sorriso. — Você iria gostar dele... Algum dia irei te apresentar a ele... Quando nos encontrarmos novamente.


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Notas finais do capítulo

*Imediato é a segunda pessoa no comando, logo depois do capitão. Eu tentei pesquisar, mas não encontrei muita coisa, parece que imediatos assumiam o comando do navio na ausência do capitão (por isso aconteciam muitos motins, caso o capitão morresse, o imediato tomava o lugar dele), mas ele também cuidava das punições, dividia os suprimentos e o saque. ~~Não me batam, eu realmente considero o Zoro o imediato porque se o Luffy morresse, não há dúvidas que ele assumiria (caso eles fossem continuar a ser piratas, claro), sem falar que em One Piece, o termo “imediato” parece estar mais para “O braço direito do capitão”.
*Tibany é o okama da ilha Momoiro (A ilha dos okamas onde o Sanji treinou) que o Sanji confundiu com uma menina, no anime ela foi chamada de Elizabeth. (Para quem não lembra: http://onepiece.wikia.com/wiki/Tibany)
*Oh, eu não sabia como descrever essa, hm... Sabe quando você está dormindo, mas se encontra desconfortável e começa a se mexer na cama tentando achar uma posição melhor, se alguém falasse com você o acordaria, mas como está tudo silêncio, assim que você se ajeita acaba dormindo de novo e no dia seguinte nem mesmo lembra disso? É tipo isso.
*Recordo-me de uma das amazonas ter mencionado que as bochechas do Luffy eram “macias como borracha” lá em Amazon Lily. (Pelo menos, no anime)
*Volume 1, capitulo 1 de One Piece, sim, foi o Luffy que fez sua cicatriz, porém não aparece no anime.

Então? O que acharam? Bom? Ruim? Uma droga? Me contem o que acharam, como eu disse, amo saber o que vocês pensam õ/ O que eu poderia melhorar? O que vocês mais gostaram? O que estão achando da fic no geral? Qual é o capitulo favorito de vocês?
Oh, hoje é meu aniversário, achei reviews de presente, tá? *Piscada sugestiva*