P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 31
Eu não me importo


Notas iniciais do capítulo

Oi amadinhos!!!
Então, o que estão achando da fic?
Hoje vocês vão saber um pouquinho mais sobre Helena e sobre como está o relacionamento de James e Hestia!
Aproveitem e comentem sempre!!!
Bjos ^^



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Capítulo 31 – Eu não me importo

Ele estava de camisa preta. E sorria com o rosto colado ao de uma mulher tão linda que fazia meu estômago se contorcer, não que eu tivesse alguma coisa com isso. Não, claro que não. Eu tinha meu namorado, gostava muito dele, podia ver minha Helena quando quisesse e até mesmo podia passar os finais de semana com ela. Tinha o emprego que sempre quis. Eu era feliz. A vida de James Sirius Potter não me importava.

Não me importava que a legenda da foto dizia que James estava com uma namorada absurdamente linda chamada Rebecca, não isso realmente não me importava. Mas eu não conseguia desgrudar os olhos da foto, não conseguia me obrigar a parar de olhar para o sorriso dele e o pior de tudo não conseguia parar de me comparar a tal Rebecca, por que nos éramos parecidas, os mesmos cabelos negros, os mesmos olhos claros, mas o sorriso dela era fácil, algo muito diferente do meu.

A foto não mostrava o corpo deles, mas eu bem podia imaginar a mão dele na cintura dela, e a mão dela no cós da calça dele. Eu bem podia imaginar o copo de Whisky de fogo na mão de ambos, e podia imaginar os beijos que eles trocavam, não que isso me importasse. Não importava mesmo. Mas eu podia muito bem imaginar o que ele tinha falado no ouvido dela enquanto segurava seu braço firmemente e provocava arrepios pelo corpo da vadia. Eu podia imaginar...

–Oi meu amor. – a revista de fofoca caiu da minha mão enquanto eu encarava a pessoa que me chamava de amor.

–Como você entrou no meu apartamento? – perguntei com certa grosseria.

–Pela porta. – disse Clay simplesmente e com um sorriso no rosto.

–Bem, então saia por onde entrou. – respondi me levantando e empurrando a revista de fofoca para debaixo do sofá com o pé.

–Hei o que foi? – perguntou meu ‘namorado’ finalmente captando meu humor.

–Ora, você entra no meu apartamento sem bater e ainda pergunta o que foi? Por Merlin Clay, nós não somos casados. – falei indo para a cozinha.

–Isso por que você não quer. – ele sorriu novamente me segurando pela cintura e respirando pesadamente no meu ouvido. Isso me causava ânsias de vômito. Eu sabia que a intenção dele era outra ao começar a beijar meu pescoço, mas as reações que meu namorado causava em mim eram completamente diferentes de desejo.

–Para com isso! – me desvencilhei dele.

–Você não gosta? – ele perguntou.

“Obviamente que não” eu quis responder, mas o bom senso não deixou.

–Eu não estou bem hoje. – respondi pensando no que Amy tinha me falado, e eu tinha que admitir que ela estava coberta de razão , isso nunca daria certo!

–Bem, eu tenho uma proposta para te fazer. – ele ainda estava sorrindo.

Eu suspirei.

–O que é Clay? – perguntei.

Eu não sabia por que não terminava tudo de uma vez com ele, mesmo depois de mais de dois anos de namoro eu não sentia por ele um terço do eu tinha sentido por James em um mês de namoro. Era covardia comparar meu namoro com James com esse namoro com Clay, mas eu fazia isso mais vezes que podia contar.

–Vamos sair hoje – ele falou com aquela cara de pidão dele – vamos a um restaurante, depois ao cinema, então a gente termina a noite lá em casa. – ele sorriu.

–Não dá, vou pegar Helena hoje a noite para passar o final de semana com ela. – respondi.

–Hestia você já notou como sempre coloca a Helena a frente do nosso relacionamento? – eu virei para encara-lo incrédula.

–Como é?

–Você sempre coloca a Helena em primeiro lugar e eu nem ao menos posso me aproximar de você quando ela está aqui. – ele reclamou e eu não conseguia acreditar no que estava escutando – Eu não entendo por que você tem que pegar ela quase todo final de semana.

–O grande problema Clay é que Helena é um milhão de vezes mais importante para mim do que você jamais será. – respondi – Vá embora, saia da minha casa.

–Hestia você não pode simplesmente me mandar embora, eu sou seu namorado. – ele respondeu.

–Ótimo. – respondi – Então estou terminando com você. Saia!

Antes que eu conseguisse falar mais alguma coisa, Clay me beijou, segurando meus braços e me impedido de mexer. Eu cedi. Como sempre acontecia quando eu tentava terminar com ele, Clay me beijava, íamos para a cama e eu cedia. Dessa vez não foi diferente, após vários minutos eu estava me vestindo novamente.

–Desculpa ter falado da Helena, eu sei que esse é um assunto delicado para você. – disse Clay.

–Só não repita mais isso. – respondi – Eu realmente tenho que sair Clay, vou buscar Helena e... não esteja aqui quando eu voltar.

Sai de casa e fui até o ponto de aparatação, no instante seguinte eu estava há alguns metros da casa dos Potter. Toquei a campainha duas vezes antes de Lily abrir a porta. Dentro da casa era quase impossível escutar alguma coisa, parecia o som de um triturador.

–Mamãe está preparando alguns pratos para ceia de natal – Lily disse provavelmente em resposta a minha expressão – Tenho que ir lá ajudar, Helena está no quarto.

Engraçado como eu nunca conseguia ter uma conversa com Lily, aquela menina era muito elétrica, não parava quieta um segundo. Subi as escadas, no segundo andar quase não tinha barulho, provavelmente algum feitiço para não incomodar Helena, me perguntei se ela estaria dormindo, para estar aqui sozinha. Helena não era o tipo de criança que se deva deixar sozinha, a menos que se queira que o cômodo fique inteiro. Não que ela fosse malcriada, nada disso, era uma menina meiga e educada, mas tinha energia demais. Não consegui ficar um só segundo quieta, parecia Lily, só que Lily tinha controle de seus poderes, enquanto Helena era uma pequena bomba relógio.

Aos nove meses Helena mostrou sinal de magia, um dia eu entrei no quarto e lá estava ela, segurando nas grades do berço enquanto todos os ursos que tinha no quarto flutuavam em volta dela. Eu nunca tinha ficado tão boba de orgulho até aquele dia, chamei todos que estavam em casa e ficamos tirando varias fotos e babando por Helena, enquanto a pobre criança não entendia nada de nada.

Sorri com a lembrança, me aproximando do quarto dela, a porta estava entreaberta e eu percebi que Helena tinha companhia, parei no corredor ao reconhecer a voz de James e uma voz desconhecida. Uma voz de mulher. Antes mesmo de olhar eu já sabia que aquela voz pertencia a mulher da foto. Rebecca.

–Ela é muito linda James – disse a tal mulher – Você é muito linda meu bem – ela usou aquela voz ridícula, se esquecendo que Helena era uma criança de dois anos e sete meses – Coisa mais linda da tia.

Eu me aproximei da porta, não me controlei, eu tinha que ver aquela cena. Fiquei parcialmente escondida, observando o desenrolar da cena com um misto de ciúme e vergonha alheia, era óbvio para qualquer pessoa que aquela mulher não tinha a menor ideia de como se comportar com uma criança. Helena estava sentada na cama em volta de alguns brinquedos e papel rasgado, imaginei que tivesse sido a mulher que dera a Helena a fim de conquistá-la. Bem, a ideia não estava dando muito certo. Helena odiava aqueles brinquedos de encaixar e foi exatamente desses que Rebecca tinha trazido. Ela encarava a mulher como se perguntando quem ela era, mas não falava nada. James estava em pé, de costas para a porta vendo como a namorada se saia ao conhecer a filha e a mulher ficava cada vez mais nervosa ao ver que não conseguiria arrancar nem um sorriso da futura enteada. Eu segurei o riso. Muito bem Helena, isso ai, não deixe que qualquer uma se aposse do seu papai.

Eu dei um passo para trás, iria esperar na sala, mas nesse momento Helena me viu, abriu o maior sorriso e simplesmente saiu da cama correndo para mim. Devo confessar que fiquei cheia de orgulho do meu bebê.

–Mamãe. – ela gritou abraçando minhas pernas.

Eu tinha tentado ensiná-la a me chamar de Tia, de Hestia ou qualquer outra coisa, mas depois de ver a expressão magoada em seu rostinho quando disse que não era mãe dela eu simplesmente deixei de falar isso. Falava constantemente sobre Olívia, mas não tive mais coragem de repreendê-la quando ela me chamava de mamãe. Nem mesmo James teve coragem de dizer não.

–Oi – me abaixei e a peguei no colo – Como estamos aqui?

–Vovó não me deixa abrir meus presentes – ela fez um bico – eu sei que são meus, tem o meu H.

Eu tinha dado a ela um colar com um pingente em forma de H no primeiro natal dela e ela sempre o usava, ela sabia que o nome dela começava com aquela letra. Era muito esperta!

–Você não é única que tem H. – disse entrando no quarto já que não tinha saída mesmo.

–Quem mais tem? – ela fez uma cara de surpresa.

–Eu tenho.

–Mas você deixa eu abrir seus presentes não deixa mamãe? – ela sorriu marota e eu não pude deixar de sorrir também.

–Olá James. – cumprimentei.

–Hestia – ele cumprimentou também.

Como os anos faziam bem aquele homem, meu Merlin! James a cada ano ficava mais lindo. Encarei os olhos castanhos dele por alguns segundos e me corroí de ciúmes da mulher ao lado dele.

–Jay quem é essa? – perguntou a mulher ficando em pé e me encarando desconfiada.

–É minha mamãe – respondeu Helena prontamente antes que James sequer abrisse a boca. Eu sorri.

–Essa é Rebecca Hestia, Rebecca essa é Hestia. – James pareceu ficar muito sem jeito.

–A mãe dela? – Rebecca parecia que tinha engolido um sapo, sem conseguir falar direito.

–Isso mesmo. – respondi – A mãe dela.

Eu não pude deixar de me sentir um pouco presunçosa.

–Você não me disse que a mãe da sua filha tinha livre acesso a sua casa. – senti um clima pesado se instalando.

–Bem, foi um prazer conhecer você, mas já estou indo. – sai do quarto com Helena nos braços.

Ela pulou do meu colo assim que chegamos a sala e correu para a arvore pegando um presente quase maior que ela.

–Olha mamãe – ela falou me passando o presente – É meu, não é?

–É seu – respondi e ela abriu um enorme sorriso travesso – mas você não pode abri-lo ate a noite de natal. – adverti e ela fez uma careta adorável.

–Não tem graça. – ela resmungou, cruzando os bracinhos e fazendo um bico enorme.

–Na verdade tem sim, tente adivinhar o que é sem abrir o embrulho. – disse e aos poucos ela foi se animando.

–Hestia! – cumprimentou Ginny saindo da cozinha finalmente.

–Srª Potter – respondi – como vai?

–Muito bem e você?

–Bem obrigada. – respondi – Vim pegar Helena para passar o final de semana em casa.

–Ah claro! – ela sorriu – Vai passar o natal com sua família?

–Na verdade vou passar o natal no hospital. – respondi – Peguei esse plantão.

–Pois não devia, natal é para se passar com a família. – ela falou limpando as mãos no avental.

–Há muitos anos que eu não passo o natal com a minha família. – falei sorrindo um pouco.

–Vai levá-la agora? – a velha bruxa perguntou.

–Se não tiver inconveniente.

–Não, não. – ela respondeu – Pode levá-la agora, tenho que voltar a cozinha para terminar os preparativos para a ceia, se mudar de ideia é bem vinda para comemorar conosco.

–Obrigada Srª Potter. – respondi – Vou subir para pegar a mochila dela.

Enquanto Ginny se despedia da neta eu subi para pegar algumas coisas que Helena não ficava sem, um lençol, um ursinho e um ou dois brinquedos preferidos. Cheguei na porta do quarto dela e mais uma vez naquele dia parei.

–Olha aqui James, eu não quero saber dessa mulher com acesso livre a sua casa, não me importa quem ela é. – a voz da tal Rebecca era bem estridente.

–Rebecca seja razoável.

–Eu não quero, mande a menina para morar com ela.

–Agora chega Rebecca, acho que me precipitei ao te trazer aqui. – a voz de James era fria.

–Não, Jay eu só estou com ciúmes poxa!

–Escuta aqui Rebecca, Helena é minha vida e Hestia faz parte da vida dela. Se você quiser fazer parte da minha vida vai ter que aprender a se controlar e aceitar a Hestia.

–Como aceitar outra mulher na sua vida?

–Hestia faz parte da vida da minha filha!

–James eu não posso, não consigo.

–Becca olha, talvez seja melhor você ir embora e nos conversarmos em outra hora.

Eu não escutei mais nada e em seguida a porta se abriu e a “Becca” saiu com tudo, topando comigo, quase deslocando meu ombro. Entrei no quarto.

–Oi. – falei.

–Oi. – respondeu James.

–Eu não pude deixar de escutar o que vocês falaram – comecei um pouco constrangida – desculpe.

–Tudo bem, não tem problema.

–Talvez eu realmente deva parar de vir aqui. – falei.

–O que? – James me encarou como se eu fosse louca.

–Parar de vir aqui, essa... Rebecca está certa em uma coisa, não é aceitável eu frequentar a sua casa. – respondi – Eu posso pegar Helena em outro local, você pode levá-la a algum lugar de fácil acesso a nós dois e eu pego ela.

–Eu não sei não. – ele resmungou.

–Pensa nisso. – disse pegando uma mochila e colocando as coisas dentro – Eu acho que é o melhor.

Eu já estava saindo quando ele pegou meu braço me obrigando a parar.

–Hestia... Por quê? – ele me encarava e eu fui incapaz de desviar o olhar.

O que eu podia responder? Por que eu ainda te amo? Por que te amo mais do que antes se isso for possível? Porque eu morro de ciúmes se te vejo com outra mulher? Porque a cada segundo perto de você tenho vontade de te beijar e te amar? Eu não podia dar a ele essas respostas.

Coloquei a mão no rosto dele, foi automático, não pude me controlar com ele tão perto de mim. A boca dele se abriu um pouco e eu tive vontade de simplesmente me aproximar e colar nossos lábios.

–É o melhor. – falei.

Praticamente corri escada a baixo, quando cheguei onde Helena estava brincando eu estava ofegante, mas não por causa da corrida.

–Hei colega, vá se despedir do seu pai que nós já vamos. – falei para ela. De jeito nenhum eu iria encarar James hoje de novo.

Helena correu escada a cima e voltou alguns minutos depois no colo do pai, para meu desespero. Oh Merlin por que ele não ficava lá em cima?

–Tchau meu amor. – se despediu James dando um beijo na bochecha rosada de Helena – Hestia...

–Tchau James. – disse antes que ele pudesse falar alguma coisa – Vamos nessa colega?

–Vamos colega. – disse Helena pegando minha mão e praticamente me puxando para a sala. James veio atrás de nós. Droga Potter, fique onde está! Fique. Onde. Está.

James nos seguiu de perto, sempre um passo atrás e quando eu cheguei à sala, entrei na lareira e peguei Helena no colo, a última coisa que eu vi foi James me olhando de uma forma estranha. Depois eu estava no meu apartamento com Helena correndo me puxando para a cozinha.


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Notas finais do capítulo

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