P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 32
Perdoando


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas...
Como estão?
Estamos na reta final... será que Hestia e James vão finalmente se acertar?
Aproveitem o capítulo e não deixem de comentar?



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Capítulo 32 – Perdoando

Eu estava terminando de fazer uns sanduiches quando escutei um som suave e já muito comum para mim, o som de alguém aparatando na minha sala. Helena deu um gritinho e eu corri para vê-la, mas ao chegar lá vi Amy e Helena abraçadas aos risos. Era estranho que Amy gostasse de Helena, mas a relação das duas não podia ser melhor.

–Acho que vou ter que colocar alguns feitiços de proteção em casa. – falei chegando perto de Amy.

–Não seja boba. – ela resmungou – Sabe Helie, Hestia é muito tonta, não acha?

Helena tampou a boca com a mão e sorriu. Traíras!

–Ok, já entendi o recado. – abracei Amy brevemente, eu não a via a quase três meses. – Como estava Paris?

–Maravilhosa como sempre. – ela sorriu e eu senti que vinha bomba por ai, conhecia aquele sorriso – Vou me casar.

–Oh Merlin! – sentei no sofá – Com quem?

–Claude François – ela respondeu sonhadora.

–Um francês?

–Não Hestia, eu estava na França e conheci Claude François em Paris, mas ele é coreano. – ela falou. Eu mereci essa – Logico que ele é francês.

–E quando vai ser o casamento? – perguntei mais por educação que por curiosidade, eu duvidava que esse casamento acontecesse.

–Em um mês e Helena será a dama de honra. – ela afirmou.

Helena ficou radiante. Eu fiquei surpresa.

–Vou me vestir de princesa. – Helena cantarolou com sua vozinha infantil – Mamãe você deixa? Eu vou ficar linda!

–Você já é linda, Cherry. – disse Amy enquanto eu ficava boquiaberta.

–Viu mamãe, eu sou linda! – Helena estava toda feliz.

–E eu tenho presentes para você.

Helena estava aos pulos.

–Pare com isso Amy, você vai estragar a menina. – reclamei após o quinto presente que ela tirava da mala.

–Ora é para isso que servem as tias. – ela sorriu e eu fiquei pasmada.

–Quem é você e o que fez com Ammelyne Woop? – perguntei em choque.

–Não seja idiota Hestia. – ok, agora sim era a Amy – Não se pode negar que essa menina é mais sonserina que eu e você juntas.

–Por Merlin Amy!

–É verdade, olha só para ela. – e nos suas encaramos o toquinho de gente que estava radiante com os presentes, as bonecas, as varinhas de brinquedo, a vassoura... – Eu consigo até me enxergar com essa idade.

–Amy para com isso, Helena é uma Potter...

–E vai ser a primeira Potter sonserina na história. – ela riu. Essa viagem tinha feito mal a ela.

Ao anoitecer Amy foi embora me deixando sozinha para controlar o pequeno furação que era Helena Potter.

... ... ... ...

–Helena acorda! – sussurrei domingo por volta das dez da manhã – Dorminhoca levanta.

Ela se enrolou no lençol se aninhando no meu corpo, eu a abracei sacudindo de leve. Acordar Helena era uma verdadeira batalha. Tentei de tudo: comida, brincadeiras, chantagem, mas o máximo que eu conseguia dela era um resmungar mostrando que ela ainda estava na terra dos sonhos.

–Tudo bem. – falei me levantando da cama – Você não quer acordar, eu desisto. Mas não vai ver o presente de natal que eu comprei para você

Foi como passe de mágica. Helena pulou da cama saltitante e completamente acordada. Eu sorri. Lanchamos, almoçamos e às 16 horas eu estava novamente à porta da casa dos Potter.

–Fica mamãe. – Helena pediu pela milésima vez no mínimo.

–Querida eu não posso. – respondi com ela grudada nas minhas pernas – Helena olha para mim – falei me abaixando para ficar da mesma altura dela – Não faz isso, você sabe que eu não posso ficar, eu venho te ver amanhã. – ela começou a chorar – Helena...

Ela abraçou meu pescoço fugando. Ela sempre fazia essas cenas quando eu tinha que deixá-la. Eu a levei até o próprio quarto e me sentei na cadeira de balanço, fiquei a ninando ate ela se acalmar, o que demorou bastante. Helena tinha manha de sobra e sabia fazer cena quando queria.

–Hei parceirinha, eu tenho que ir. – falei suavemente – Você vai conseguir abrir os presentes sem mim?

–Não. – ela resmungou.

–Ah, mas que pena! – eu a coloquei em pé e sorri – Então vou ter que levar tudo embora.

–Não precisa não mamãe, eu vou tentar. – ela falou depressa. Malandrinha!

Deixei ela brincando no quarto cinco minutos mais tarde e comecei a ir embora quando Rose apareceu me arrastando para o quarto de Lily.

–Hestia, Graças a Merlin! – gritou Lily ao me ver.

–O que é isso? – perguntei um pouco em choque.

–Será uma festa surpresa para mim. – Lily riu. Aquela menina era louca!

–Como?

–É uma despedida de solteiro dela – explicou Rose revirando os olhos para a prima – escondido dos meninos, estamos organizando tudo, mas precisamos de uma ajuda sua.

– Que tipo de ajuda? – perguntei desconfiada.

–Coisa simples. – respondeu Lily humilde – Precisamos da sua casa emprestada.

–Como é? – perguntei sem acreditar nisso.

–Não podemos fazer aqui nem na casa de ninguém conhecido ou Hugo ficará sabendo. – ela respondeu – Hestia, por favor, vão ser só algumas amigas, 5 ou 10 pessoas e uns dois gogoboys...

–Gogoboys? – perguntei em choque.

–Não vamos ir para seu quarto nem no quarto da Helena, vamos precisar só da sala. – interferiu Rose – Hestia, por favor, você sabe que se afastar os moveis aquela sala é bem grande.

Olhei para as duas ruivas que me encaravam com o mesmo olhar pidão e bufei de raiva. Eu era uma trouxa!

–Vou pensar no caso de vocês. – respondi saindo do quarto, Rose me acompanhou.

Ao passar pelo quarto de Helena notei que minha menina tinha companhia e ao reconhecer a voz da tal Rebecca eu parei, Rose parou também sem entender minha reação. Mas foi automático, eu simplesmente parei.

–Sabe querida, crianças devem morar com suas mães. – ela falava, eu me aproximei mais – Você não quer que seu pai fique com raiva de você não é mesmo?

–Não – respondeu minha filha com a voz trêmula. O sangue fugiu do meu rosto, eu não estava acreditando!

–Então você deve ir morar com aquela vad... aquela adorável mulher que é sua mamãe; você deve ir ou seu pai não vai gostar mais de você anjinho.

Eu estava cega de ódio. Mas aquela vadia ia me pagar!

Entrei no quarto já com a varinha em punho com Rose ao meu lado tão indignada quanto eu.

–Tire Helena daqui. – falei, Rose não hesitou.

Eu fechei a porta. E me virei para a namorada do James.

Quem aquela mulher pensava que era? Oh Merlin eu iria cometer um assassinato agora e a única coisa que eu conseguia pensar era em Olívia, eu tinha certeza que se Olívia estivesse viva minha Helena não estaria passando por isso, mas aquela mulher ia me pagar, eu ia acertar as contas com ela por mim e por Olívia.

–Ora, ora Becca, então quer dizer que Helena é um estorvo na sua vida? – perguntei sorrindo e me aproximando dela.

–Você entendeu errado Hestia, eu só... – ela pigarreou e eu arranquei a varinha da mão dela – O que você está fazendo?

–Por que não me ameaça ao invés de ficar ameaçando criancinhas? – eu me aproximei mais e ela deu um passo para trás.

–Você está louca, eu não estava ameaçando ninguém. Espere só James chegar aqui em cima, ele vai entender o que aconteceu e vai te expulsar daqui. – eu sorri e fiquei frente a frente com ela.

–Não vai dar tempo. – respondi guardando minha varinha no cós da calça – Sabe por quê? Por que até ele chegar eu já vou ter te matado.

Eu vi o medo nos olhos dela e sorri mais ainda.

–Socor...

–Cala a boca vadia. – eu dei o primeiro tapa.

Ela desequilibrou e eu a segurei pelos cabelos jogando ela no meio do quarto, ela veio para cima de mim, mas ela não era páreo, não com a raiva que eu estava sentindo. O segundo e o terceiro tapa vieram em seguida, depois eu perdi a conta, a forcei para o chão mais uma vez a puxando pelos cabelos. Ela caiu e eu montei em cima dela. Não sei quantos minutos ficamos assim, mas em algum momento James chegou com Rose ao lado.

–Oh Merlin ela vai matá-la. – escutei a voz de James meio alarmada.

–James socorro... – a vadia gemeu antes deu acertá-la com mais um tapa.

–Cala a boca. – sussurrei para ela lhe acertando mais uma vez.

–Hestia para. – escutei James me falar. Eu não iria parar tão cedo.

–Você não vai não James. – dessa vez quem falou foi Rose, provavelmente contendo James.

Eu ainda estava concentrada na vadia em baixo de mim.

–Sabe Becca... – comecei a falar em alto e bom som, ainda que um pouco ofegante – Eu vou matar você.

–Não... – ela gemeu.

–Mas eu não vou matar com um feitiço. Não, isso é muito rápido e eu quero te ver sofrer. Primeiro eu vou pegar uma faca e vou começar cortando seus dedos, um por um – enquanto falava segurei a mão dela e ela começou a chorar, vadia do inferno! – depois eu vou te retalhar inteira, vou acabar com esse rostinho lindo – passei a mão ela bochecha já vermelha dela e lhe dei outro tapa – ah, eu tive outra ideia, que tal eu começar a fazer desenhos na sua pele? Ideia maravilhosa não é? Depois talvez eu possa furar os seus olhos, não, melhor vou arrancar a sua língua para você nunca mais ameaçar a filha dos outros. Será bom também, cortar seu cabelo, quebrar todos os seus dentes e antes de cortar seus dedos, eu acho melhor arrancar as suas unhas tão bem feitas, você não acha?

–James, por favor, me tira daqui...

–Eu mandei calar a boca. – gritei lhe acertando mais uma vez – Você nunca mais vai se aproximar da minha filha entendeu?

–Entendi, me solta.

–Você não vai sequer pensar no nome dela. Você vai esquecer que ela existe e não vai chegar em um raio de cem metros dela, por que se eu ficar sabendo, se eu ao menos sonhar que você se aproximou da Helena eu acabo com você, eu faço exatamente o que eu te disse, eu te mato vadia. E sabe por que eu te mato? Por que eu já matei antes, eu matei uma pessoa já e para matar outra, meu bem eu não penso duas vezes. Da próxima vez eu não vou te falar o que eu vou fazer, eu vou simplesmente matar você. Estamos entendidas?

–Estamos.

–Eu não escutei direito.

–Eu não vou me aproximar dela, sai, por favor. – eu lhe dei mais um tapa e me levantei, ela se encolhei no canto e eu vi que o rosto dela estava manchado de sangue.

Eu cheguei bem perto de James e soquei a mão no peitoral dele com tanta força que ele desequilibrou.

–Dá próxima vez que você trouxer uma vadia qualquer para perto da minha filha eu mato ela e eu arranco isso que te faz homem. – emburrei ele e fui a procura de Helena, esbarrei em Lily que também assistia a tudo e desci as escadas. Encontrei Helena sentada no chão toda suja de bolo e feliz da vida. Me abaixei e ela pulou no meu pescoço, nem me incomodei que ela estava sujando meu rosto ao me beijar.

–Pensei que você tinha ido embora mamãe. – ela grudou em mim novamente.

–Você está bem filha? – perguntei.

–Humhum – ela cantarolou.

–Aquela mulher falou alguma coisa pra você? – perguntei mais uma vez.

–Que era pra eu morar com você.

–Escuta bem Helena, eu te amo mais que tudo e seu pai também te ama mais que tudo. Seus avós, seus tios, toda a sua família te ama muito. A sua mamãe Olívia te amava mais que tudo. Você está entendendo o que eu estou falando?

–Que todo mundo me ama. – ela sorriu e eu quase chorei de alívio ao ver que aquela vaca não tinha afetado meu bebê.

–É meu amor, todo mundo te ama. – eu a soltei e ela voltou para o bolo e eu me virei para Ginny que assistia toda a cena.

–Hestia...

–Eu quase matei aquela mulher por que ela ameaçou Helena, eu sinto muito ter feito isso na sua casa Srª Potter, eu...

–Você fez bem, eu escutei a maior parte da briga. – ela se aproximou de mim – E quer saber, eu teria feito a mesma coisa.

Então Ginny Potter sorriu.

... ... ... ... ... ...

Eu não consegui sair de perto da Helena depois da briga. Ela pediu e eu resolvi ficar até a hora dela dormir e protelei o máximo que consegui. Helena estava dormindo na caminha dela e eu sentada no chão a olhando dormir, ela tinha acabado de pegar no sono, qualquer movimento que eu fizesse ela acordaria e seria uma choradeira, então fiquei ali sentada pensando em Olívia e no que ela teria pensado de hoje. Eu estava no meio de uma crise existencial quando James chegou e se sentou ao meu lado. Eu tinha ignorado ele completamente desde a briga, para mim ele era culpado pelo que aconteceu.

–Hestia...

–Não fala comigo James, não fala comigo. – sussurrei com raiva.

–Eu sei que eu tenho culpa sobre o que aconteceu, eu sei disso e eu sei também que você está com raiva de mim e com razão, mas eu só queria agradecer pelo que você fez, por ter protegido Helena quando eu fui um idiota.

–Já agradeceu. – respondi ríspida.

–E quero me desculpar por ter sido burro demais ao acreditar na... nela. – ele falou e eu ainda estava olhando para uma Helena recém adormecida.

–Já se desculpou.

–Me desculpa Hestia. – ele pediu.

Eu não falei nada, me levantei com cuidado e comecei a sair do quarto, mas Helena pareceu sentir, abriu os olhinhos negros e me encarou já se levantando da cama.

–Não vai não mamãe. – ela pediu e como eu tinha certeza que ela levantaria para vir atrás de mim eu voltei para perto da cama. A cama não me cabia, era pequena demais, então Helena saiu da cama e se deitou entre mim e o pai dela, a cabeça no meu colo e os pés no colo de James. Vendo isso, James puxou a coberta da cama e a embrulhou, chegando mais perto de mim para que Helena não ficasse desconfortável. Eu olhei o rostinho da minha pequena que ainda me encarava com aqueles grandes olhos negros.

–Os olhos dela se parecem com os seus. – James sussurrou, eu bufei – É verdade, os olhos dela são tão misteriosos quanto os seus.

Aos poucos Helena foi fechando os olhos e então adormeceu.

–Eu vou me mudar com Helena. – James falou e meu coração pareceu perder uma batida – Nós vamos para uma casa nossa, aqui em Godric´s Hollow mesmo. Não vai mudar muito pra nós e só que... Helena precisa ter a casa dela, eu preciso ter a minha e não dá para morar com meus pais para sempre. As coisas vão continuar como sempre. Hestia fala comigo...

Eu dei um beijo na bochecha rosada de Helena e com o máximo de cuidado me levantei, passando todo o peso dela para James que também se levantou e a colocou na cama, ela se enrolou no cobertor e continuou dormindo; eu sai do quarto e James me acompanhou, a casa estava deserta, já passava da meia noite. Na sala eu coloquei a capa, as luvas, a touca e o cachecol, mas mesmo assim quando abri a porta senti frio. James ainda me acompanhava.

–Hestia...

–Me deixa em paz, por Merlin me deixa em paz James! – sussurrei enquanto andava até o ponto de aparatação.

–Eu não posso. – ele sussurrou de volta.

Eu o encarei. Droga, eu sabia o que estava acontecendo, por Merlin, como eu sabia! Balancei a cabeça e então cheguei ao ponto de aparatação.

–Diga a Helena que eu lhe desejei um feliz natal. – disse e em seguida aparatei, eu não podia deixar isso acontecer e eu não iria.


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Notas finais do capítulo

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