P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 27
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Oi flores!!!
Tenho uma ótima notícia:
Finalmente, depois de quase dois anos empenhada em escrever sobre Hestia e James, eu consegui achar a música perfeita para eles. o/ o/ o/
Hestia e James tem uma tilha sonora!!!!
E para você que quer escutar, ler e escutar ao mesmo tempo - coisa que eu recomendo, por que agora só escrevo ouvindo essa música - aqui vai... Worlds Apart - The Mostar Diving Club.
Comentem o que acharam dessa música *-*
E muitas emoções nós aguardam nesses capítulos que vem ai!
Aproveitem!!!



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Capítulo 27 – Surpresa

–Graças a Merlin você chegou! – disse Lily assim que me viu na porta. Eu arqueei uma sobrancelha vendo Helena aos berros se contorcendo nos braços da tia. – Ela não para de chorar. – Lily me entregou Helena e foi em direção à porta – Tenho que sair, Hugo esta me esperando.

Dizendo isso ela saiu antes que eu pudesse abrir a boca e eu fiquei sozinha com a criança que chorava como se sua vida dependesse disso.

–Hei, o que foi pequena? – perguntei a ela, mesmo sabendo que não obteria resposta. – Você não precisa ser trocada. – disse depois de olhar – Você está com fome? – perguntei, mais uma vez sem resposta, contudo descartei essa opção ao ver a mamadeira vazia em cima da cômoda.

Engraçado que eu sempre achei ridículo as pessoas que falavam com bebês com aquela voz ridícula e aqui estava eu perguntando a uma bebê de cinco meses o que ela tinha.

–Isso é manha Helena? – perguntei a ela e ao som do próprio nome ela começou a prestar atenção em mim. – Ah é sim Hestia, por que eu sou uma menina muito manhosa. – ela parou de chorar olhando atentamente para mim. – Sabe... eu não posso adivinhar o que você quer – eu disse indo me sentar com ela – e como você ainda não fala nós temos que dar um jeito nisso. – eu sorri, pelo menos eu não estava com aquela voz ridícula. Ainda. – Sua mãe Olívia era muito persistente – contei a ela – bastante inconveniente, mas definitivamente persistente.

Helena não chorava mais, continuava me olhando.

–Você não se parece com ela. – fiz cocegas nos pezinhos dela e ela sorriu – mas pensando bem você não se parece nem mesmo com o James. Acho que você se parece com o vovô Harry, com esses cabelos negros. Mas e esses olhos pretos? Seu papai tem olhos castanhos esverdeados e sua mamãe tinha olhos castanhos, mas esses olhos negros e misteriosos são apenas seus. – eu sorri ainda mais e ela colocou a mão gorducha em uma mecha do meu cabelo. – Esta na hora de cortar, você não acha?

Ela continuou brincando com meu cabelo. Ela era uma bebê esperta.

–Trouxe para você. – disse a Srª Potter me surpreendendo. Ela tinha nas mãos uma bandeja com sanduiches e uma bebida que supus ser suco de abobora. – Achei que você poderia estar com fome. – a velha bruxa sorriu.

–Não precisava, mas obrigada. – disse envergonhada.

–Você jantou algum dia essa semana? – ela perguntou.

–Não. – admiti enquanto Helena segurava meu indicador com força.

–Imaginei que não. – ela disse seria.

–Como... por que a senhora imaginou? – perguntei pigarreando.

–Você tem emagrecido gradativamente desde que começou a visitar minha casa Hestia. – ela sorriu triste.

–E que eu não... – a preocupação dela me deixou sem jeito, há muito tempo que alguém não se preocupava se eu me alimentava ou não. A última pessoa foi Amy e eu a mandei fazer companhia aos dementadores na ocasião; há muito tempo minha própria mãe deixou de palpitar na minha vida e então Ginny Potter se preocupa por que estou emagrecendo.

–Você tem estado tão ocupada com Helena que não se lembra de você mesma. – ela completou por mim.

–Basicamente – respondi – mas estou bem, não se preocupe senhora Potter.

– Você não deve negligenciar – ela colocou a bandeja na cômoda ao lado – não se esqueça de que você é responsável por outra vida agora, não só a sua. – ela saiu me deixando pasmada.

Eu sabia que era responsável por Helena, mas não imaginava que a família de James fosse aceitar isso. Me levantei e fui ate a cômoda tomando o suco e comendo enquanto apoiava Helena com a outra.

– Você não acha que esta na hora de dormir mocinha? – perguntei quando já tinha terminado de comer. Já era quase nove horas e James geralmente chegava por volta das dez. Eu não queria correr o risco dele me encontrar.

Helena pareceu me escutar, pois seus olhos começaram a pesar e em poucos minutos ela ressonava em meus braços. Coloquei ela no berço, dando-lhe um beijo e colocando ao lado dela um ursinho que ela sempre dormia, desliguei a luz, deixando apenas o teto enfeitiçado com pequenas estrelas, presente da tia avó Hermione e sai com a bandeja vazia. Encontrei os Potter na sala.

–Hum, eu já estou indo senhor e senhora Potter. – disse.

–Já vai? – perguntou a senhora Potter olhando o relógio de pulso.

–Helena já dormiu, acho que agora só acorda para mamar.

–Ah claro, não quer se sentar um pouco? – perguntou o Srº Potter.

–Ah é... eu tenho que ir, ainda tenho algumas coisas para fazer. – respondi surpresa com o convite. – Vamos deixar para outro dia.

–Sim, vamos sim. – ele sorriu.

Eles me acompanharam até a porta e eu segui sozinha ate o ponto de aparataçao. Cheguei em casa e encontrei um buque de rosas vermelhas na porta, eu a sabia de quem era antes mesmo de ler cartão. É claro que aquelas flores tinham vindo do meu namorado, Clay Jensen. Por que, não sei se por despeito ou qualquer outra coisa, eu tinha aceitado o pedido de namoro dele no dia seguinte a minha conversa com Amy.

... ... ... ... ...

–Isso é um sim? – Clay me olhava ansioso e eu ainda estava em duvida. Uma parte de mim gostaria de colocar a mão em rosto dele e afaga-lo, ele estava tão bonitinho, como uma criança na manhã de natal. Mas outra parte tinha tanto asco, somente de pensar em encostar nele, como se ele tivesse sarampitose.

Comecei a sentir raiva de mim mesma ao pensar no que Amy tinha me dito, não daria certo, ela estava coberta de razão: isso não podia dar certo.

–É. – me vi respondendo para em seguida ter os braços dele na minha cintura e costas e seus lábios nos meus. Correspondi ao beijo, mesmo continuando inerte...

–Vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. – ele disse ainda me beijando. Eu duvidava disso, mas me permiti tentar acreditar.

... ... ... ...

Suspirei pegando o buquê. Eu não estava arrependida por estar namorando ele há quatro meses, ele sempre foi um bom parceiro e não podia deixar de negar que me satisfazia na cama, ou pelo menos eu gosto de pensar que sim. O grande problema é claro, como Amy bem tinha citado na nossa conversa, é eu estar vendo a filha do Potter escondida dele e namorando outro. Clay sabia dessas visitas, mas parecia não se importar, ou pelo menos fingia não se importar. Uma vez ou outra tinha me importunado com perguntas a respeito do meu interesse por Helena, mas depois de minha reação, ele rapidamente tinha concordado que ele não tinha nada haver com Helena.

E eu fazia questão de deixar bem claro para ele que Helena era assunto meu e exclusivamente meu. Isso por causa da vez em que insistiu em ver Helena. Achei aquilo tão absurdo que comecei a rir na cara dele, não tinha sido minha intenção ser rude com ele, mas por Merlin, ele queria realmente ver minha Helena?

Entrei em casa e fui ao meu quarto tomar um banho e trocar de roupa. Depois liguei o radio e tentei relaxar, eu me recusava a ter uma coisa tão trouxa em casa como uma televisão, então tinha que me contentar com o radio mesmo. Depois de um tempo, talvez uma hora ou mais, me levantei da minha cama e abri o baú onde mantinha o meu diário. O olhei por alguns segundos e em seguida abri. Todas as páginas estavam escritas, quer dizer, quase todas, por que as ultimas permaneciam em branco. Em um momento de loucura peguei uma pena e um tinteiro, molhei a ponta da pena e coloquei na página. Os minutos passaram enquanto eu não sabia o que colocar nas folhas, o que eu devia escrever?

Suspirei e fechei novamente o diário, isso era tão estupido!

Todavia, eu queria voltar a escrever, voltar a ser apenas uma menina estupida, era tão mais simples naquela época, mesmo que eu não achasse. Um problema, uma solução. Se eu soubesse que minha vida estaria essa confusão toda teria aproveitado mais, contudo é sempre assim, nós nunca aproveitamos o quanto podemos ai depois ficamos reclamando da sorte. Reabri o diário e mesmo achando uma idiotice comecei a escrever:

03/10/2031 22h14min

O que eu estou fazendo? Não sei mais como lidar com nada na minha vida. Matei, fui presa e quase condenada por uma pessoa que há meses que não vejo, que há anos que não faz parte da minha vida e por quê? Por nada.

Bom, posso dizer que não me arrependo de nada. Quando pego Helena nos braços me sinto feliz, apesar de toda a confusão que isso me mete. Helena é a sua filha James e, eu ainda me pergunto se não é por isso que eu me apeguei tanto a ela, duvido que seja. Helena é única e não vejo minha vida sem ela, mesmo que consiga me ver sem você. É estranho não é?

Será que isso quer dizer que eu a amo mais do que a você?

Não acho que seja possível, até por que é completamente diferente o que eu sinto por ela do que eu sinto por você; mas nossa relação é tão improvável que já nem importa mais. Eu não entendo nada, não me entendo.

Não entendo, mas sei, tenho certeza de uma coisa: o que eu sinto por Helena estava ligado ao que eu sentia por você, mas agora é uma coisa forte e independente. Tão forte quanto o que eu sinto por você.

E a minha relação com Clay, oh Merlin, eu não sei se estou fazendo certo ao permitir que ele crie esperanças que isso vá continuar, por que não vai. Às vezes eu acho que deve ser errado estar com ele, por que eu não gosto dele como ele merece. Mas ele sempre fala que gosta o suficiente por nós dois, mas isso não é certo. O grande problema é que é tão bom ter alguém que me fale que eu sou especial e alguém que me paparique e me encha de mimos. Amy diz que eu estou com ele só para me sentir bem comigo mesma e quer saber? Concordo plenamente com ela.

Nunca mais eu me senti como eu me sentia com você James, como eu ainda me sinto na sua presença. E eu acho... acho que isso não vai acabar jamais.

P.S.: Adivinhe?

Fechei o diário bruscamente, jogando o no canto e me sentindo a pessoa mais idiota da face da terra. Me virei na cama e tentei dormir para esquecer os últimos minutos. Uma das qualidades que sempre gostei em mim é que independente do que eu esteja sentindo, nada me afeta exteriormente. Então no dia seguinte, apesar de querer colocar fogo no maldito diário, me comportei como a pessoa mais confiante do mundo ao chegar à porta da casa dos Potter na hora da minha visita.

–Boa noite Hestia. – cumprimentou a Srª Potter quando me viu na porta.

–Boa noite. – disse entrando na casa dela.

Helena estava no colo do avô brincando e assim que me viu estendeu os bracinhos. O Srº. Potter não fez objeções a me entregar ela que estava toda sapeca; cumprimentei o Srº Potter e aninhei Helena nos meus braços, apesar dela não ficar quieta por nenhum segundo.

–Hei pequena, da onde veio essa energia toda? – perguntei sorrindo para ela. Ela emitiu uns Da-da-da-da, que eu achei a coisa mais fofa do mundo, eu estava ficando boba ao conviver diariamente com ela.

–Fica para jantar conosco Hestia? – perguntou a Srª Potter.

–Ah obrigada, mas não. – respondi, não me sentia a vontade para ficar para jantar como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. – Eu marquei com um amigo.

Não era mentira, apesar de não ser inteiramente verdade. Eu tinha recebido um auto convite de Ian aquela tarde, onde ele se auto convidava para jantar na minha casa. Por isso tinha chegado mais cedo a casa dos Potter.

–Mas pelo menos um chá você aceita? – insistiu a mãe de James.

Aceitei. Primeiro por que queria ficar mais um tempo com Helena, depois por que fiquei sem graça de recusar, eu sempre recusava os convites dela. Beberiquei o chá, ainda segurando Helena, quando o irmão mais novo de James entrou na sala. Albus Potter era uma copia fiel do pai e muito parecido com James e Lily, ele tinha incríveis olhos verdes, mas eu, particularmente preferia os olhos castanhos de James. Bem, na realidade eu não tinha que preferir nada, por que James não era nada meu.

–Ah olá Hestia. – ele cumprimentou como se fosse normal eu estar na sala de visitas da casa dos pais dele. – Como vai? – ele perguntou fazendo gracinhas para Helena.

–Bem, obrigada – respondi – e você?

–Ah muito cansado, algumas coisas fora de ordem na sessão de aurores, mas tudo bem. – ele sorriu – E você parou de jogar Imperio nas pessoas?

Eu, por incrível que pareça, corei descaradamente. Nesse instante eu soube como Olívia devia se sentir, meu rosto pareceu que estava em chamas e eu não soube como responder, uma vez que eu não tinha essa intimidade toda que ele parecia estar tendo comigo.

–Albus. – ralhou a Srª Potter, mas sem esconder o riso.

Malditos grifinórios que estavam rindo do constrangimento alheio.

–Ah Imperio faz muito tempo que eu não uso, mas ás vezes é impossível não usar um Cruciatus em alguém Albus. – consegui responder e foi a vez de Albus corar.

–Bem feito. – disse o pai dele rindo.

Com os avós e o tio rindo, Helena pareceu entrar no clima e começou a gargalhar, eu não resisti ao vê-la tão linda e feliz e sorri olhando para ela. Eu poderia passar o resto da vida assim, vendo-a escondida, acompanhando o crescimento dela de longe. Mas eu sabia que isso não era possível, sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que parar de vê-la, eu só não queria ter que pensar nisso no momento. Estava tão bom ver Helena sorrindo e feliz.

Quando a crise de risadas tinha acabado, me levantei para ir embora, eu já estava meio que atrasada para encontrar Ian. Ainda com Helena nos braços me despedi dos Potter, a senhora Potter sorriu amável – achei aquilo estranho – o senhor Potter me deu um rápido abraço – achei mais estranho ainda – e Albus me deu um soco no ombro, acho que ele esqueceu que estava cumprimentando uma mulher por que quase me desequilibrei e deixei Helena cair, foi por pouco.

–Acho que essa é uma das situações que é impossível não usar um Cruciatus em alguém, não é Hestia? – brincou o Srº Potter, não consegui me controlar e acabei rindo.

–Desculpe. – pediu Albus também sorrindo.

Helena estava toda feliz, rindo a toda hora e eu não estava prestando atenção em nada além de vê-la sorrindo, tanto que quando alguém surgiu da lareira todos levaram um susto. Bem, ninguém esperava que alguém chegasse usando Pó de Flu aquela hora. Eu, definitivamente não esperava, ainda mais por que quem tinha acabado de chegar pela Rede de Flu era ninguém menos que o amor da minha vida: James Sirius Potter.


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Notas finais do capítulo

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