P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 28
Machucados


Notas iniciais do capítulo

Oi crianças...
Fiquei muito, muito, muito feliz com os comentários do capítulo anterior, então obrigada a todos que tiraram um tempinho para comentar. E obrigada também àqueles que leem, mas não tem tempo de comentar!
Então é isso, divirtam-se com esse capítulo!!!



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Capitulo 28 - Machucados

James ficou sem ação por exatos cinco segundos – sim, eu contei – tempo suficiente para eu saber que tinha dado merda. Helena pareceu pesar cinquenta quilos nos meus braços e eu quis sumir com ela para um lugar onde estaria a salva da fúria de James, por que a expressão dele foi de enjoo pelo Pó de Flu a felicidade e em seguida confusão, entendimento e fúria nos cinco segundos que se seguiram.

–Que porra é essa? – ele gritou olhando de mim que estava com a filha dele nos braços, para os pais e o irmão. – Que... O que você está fazendo com a minha filha? O que você está fazendo aqui Hestia? – ele perguntou com a voz distorcida de raiva, como quando ele falou comigo logo depois da morte de Olívia. – Tire as mãos da minha filha, sua... – acho que ele não encontrou um adjetivo pejorativo o bastante para usar. – Como que você tem coragem de aparecer aqui depois do que você fez? – ele gritou para mim e Helena se assustou com a voz do pai – E vocês? – ele se virou para os pais e o irmão. – Por que vocês não fazem nada? Por que deixaram que ela se aproximasse de Helena?

–James, calma filho! – disse o pai dele se aproximando.

–Calma o... – ele respirou pesadamente – Por que vocês deixaram que ela se aproximasse da minha filha? – ele meio que gritou com o pai.

–Hei James, calma ai cara. – interferiu o irmão dele, em vão. Albus se aproximou colocando a mão no ombro de James que desviou do toque dele.

–Seu filho da mãe, você sabia disso o tempo todo e não me falou nada! – não era uma pergunta.

Todo o tempo eu permaneci imóvel, paralisada e sem ação. Queria me fundir com a parede e de quebra levar Helena comigo, eu sabia, por experiência própria que quando James estava desse jeito ninguém conseguia acalma-lo. Então, como se só naquela hora lembrasse que eu ainda estava com Helena nos braços ele se virou para mim.

–Me dê a minha filha. – ele disse completamente fora de si vindo em minha direção com tudo e a única coisa que eu conseguia pensar é que no estado em que ele estava se ele pegasse Helena iria machuca-la.

Dei um passo para trás segurando a com mais força e encarando James, aterrorizada. Albus deve ter pensado a mesma coisa que eu, pois se colocou entre o irmão e o lugar que eu estava com Helena. Tudo aconteceu muito rápido e num segundo eu olhava para James, aterrorizada e fascinada ao mesmo tempo, prestando atenção aos movimentos dele e Albus entre nós dizendo a ele que primeiro esfriasse a cabeça para conversarmos com o mínimo de civilidade e no segundo seguinte o punho de James acertou com tudo o rosto de Albus.

Helena começou a chorar assustada com o barulho, eu ainda permanecia estarrecida, o Srº Potter tentava separar os filhos que se atracavam numa luta trouxa e selvagem e Srª Potter após um breve ofegar permanecia tão calada quando eu. Somente quando o senhor Potter os separou com um feitiço de proteção que a briga acabou e James se voltou para mim. Em duas ou três passadas ele estava na minha frente querendo tirar Helena dos meus braços.

–Você não vai encostar nela desse jeito. – eu finalmente encontrei minhas cordas vocais – Não ouse se aproximar dela assim.

Eu sabia que não devia estar dizendo nada e sim entregando a criança chorando para o pai dela, contudo James não estava em condições de segurar um bebê. Eu dei mais um passo para trás, James segurou meu braço me impedido de me afastar dele e me sacudiu junto com Helena.

–Você não é ninguém para falar quando eu devo ou não pegar minha filha. – ele rosnou e Helena chorou mais alto, assustada, eu quase queria fazer como ela e chorar.

–Não, eu não sou ninguém, mas você não está em condições, James... – falei mantendo a calma e ao mesmo tempo balançando Helena para acalma-la, bem, esse trabalho James já estava fazendo sacudindo nós duas.

–Condições? – ele tremeu mais ainda. – Você matou a mãe dela, você a deixou órfã, você é que não está em condições de se aproximar dela. Sua assassina...

–James Sirius agora chega! – a voz da matriarca da família Potter foi alta e definitiva, sem deixas para protestos. James na mesma hora pareceu voltar a si e me soltou.

Ginny Potter se aproximou de mim e tirou uma Helena aos berros dos meus braços, James não mexeu um centímetro, continuou me encarando e eu, tolamente, controlando as lágrimas. Eu não iria chorar ali, não iria.

–Some daqui. – ele disse baixinho, acho que só eu conseguia ouvi-lo. – Nunca mais se aproxime da minha família. – ele falava com calma – Eu odeio você Hestia Sammer, então suma.

Eu sabia que se ficasse ali mais dez segundos que fosse começaria a chorar como Helena, então sem olhar para ninguém, mesmo que o que eu mais queria era olhar uma última vez para minha pequena, eu sai da casa dos Potter e fui praticamente correndo até o ponto de aparataçao. Não pensei em nada, só queria sair dali. Era uma dor tão profunda, que eu pensei que me rasgaria inteira.

Quando abri os olhos estava em frente meu prédio, a dor tinha se alastrado por meu corpo, pelos poros, cada lugar doía como se eu tivesse sob o efeito de uma Imperdoável, minha visão estava embasada e eu já não sabia se era efeito do que eu tinha escutado ou da dor, contudo a dor estava levando a melhor. Maldição! Era uma dor física, como se estivessem arrancado um pedaço de mim.

–Hestia... – a voz alarmada do Ian me tirou do transe e eu o vi vindo em minha direção. – Você está toda ensanguentada. – ele disse me deixando perdida. – Você estrunchou. – ele esclareceu e então eu vi minha perna direita completamente coberta de sangue, minha coxa estava faltando um pedaço, literalmente, eu conseguia ver o ferimento, por que um pedaço do jeans tinha ficado para trás com um pedaço da minha perna.

Maldição, eu tinha mesmo estrunchado!

–Inferno... – minha voz saiu esganiçada e a dor veio com a força de dragão.

Ian me apoiou e me levou para dentro de casa, eu já não estava dando conta de ficar em pé sozinha. Ele me colocou no sofá e ficou me olhando como se esperando que eu começasse a me curar sozinha.

–Droga Ian, procure Ditamo. – consegui dizer me contorcendo de dor, como aquilo doía!

–Onde? – ele me olhava assustado.

–Na cozinha, no meu quarto, eu não sei. – eu praticamente gritei com ele.

–Eu não encontro. – ele gritou de algum cômodo da minha casa após alguns minutos.

–Ian... que inferno rápido. – senti que chorava e não consegui refrear as lágrimas.

Ian finalmente voltou e simplesmente despejou todo o conteúdo do frasco na minha perna. A dor triplicou e eu quis socar Ian por despejar um frasco de Ditamo na droga do ferimento. Coloquei a mão na boca para conter um grito. Depois de um tempo eu consegui me situar em tempo e lugar, a dor já estava administrável e eu finalmente olhei para Ian de verdade.

– O que você fez? – ele perguntou quando percebeu que eu estava melhor.

–Me desconcentrei. – expliquei.

–Você nunca tinha estrunchado na vida Hestia. – ele respondeu.

–Bem, tudo tem sua primeira vez. – desconversei.

Ian sacudiu a cabeça não acreditando em nada que eu estava falando, mas não estava em condição de falar nada. A dor, apesar de ter diminuído, ainda estava presente e incomodava muito.

–E então, o que você quer comigo? – perguntei me ajeitando no sofá.

–É a Amy. – Ian de repente estava serio e senti que não ia gostar nada, nada do que ele ia falar.

–O que tem a Amy? – perguntei a contragosto.

–Ela deve ter conversado com você. – ele se esquivou.

–Você a pediu em namoro há meses, ela aceitou, vocês formam o casal mais esnobe que eu já tive o prazer de conhecer. – eu ri, na verdade acho que não saiu direito e ficou parecendo uma careta.

–Mais ou menos isso.

–E qual o problema?

–A Amy! – Ian disse.

–Ian... – gemi, eu não estava com cabeça para adivinhações.

–Ela não larga do meu pé, está me deixando louco. – ele falou.

–E aonde eu entro nessa história? – perguntei.

–Bem, vocês são amigas, da um toque pra ela, ou eu vou acabar matando ela. – ele resmungou.

–Por que você não fala com ela?

–Por que é da Amy que estamos falando, ela não vai me escutar.

–E por que você acha que ela vai me escutar? – eu bufei, sabia que ia sobrar para eu resolver os pepinos desses dois – Ian, eu não posso fazer nada, alias eu tenho meus próprios problemas para cuidar.

–Ah bela amiga você é – Ian se sentou no sofá, me fazendo quase chorar de dor – desculpa. Mas enfim, faça. Alguma. Coisa!

–Faça. Você. Alguma. Coisa. – mudei de posição para acalmar a dor na perna.

–O que eu posso fazer? – ele perguntou meio em pânico.

–Sei lá. – eu revirei os olhos – A namorada é sua, o problema também é seu.

–Hestia...

–Tenta conversar com ela, fala que quer dá um tempo. – dei de ombros.

–Você é uma péssima conselheira. – ele bufou.

–Já me falaram isso. – resmunguei – Sua namorada por sinal. – ele me olhou meio que implorando por ajuda e eu sabia que não ia conseguir dizer não – Olha, você gosta dela?

–Sim, eu acho. – ele coçou a cabeça e eu tive vontade de dar um chute nele, mas a minha perna ainda estava doendo.

–Ah Ian, por Merlin, a resposta é simples: sim ou não?

–Você gosta do seu namoradinho? – ele atacou e eu amaldiçoei a Amy por ter contado para ele sobre eu e o Clay.

–Golpe baixo. – ele riu – Então por que você está com ela?

–Por que o sexo é bom. – ele respondeu sem pudor algum.

–Ah poupe-me dos detalhes.

–Alguma ideia?

–Primeiro me ajuda a ir para o meu quarto, esse sofá não é confortável. – falei me colocando de pé e me apoiando em Ian – Depois, vocês não são diferentes, se você está se sentindo assim, Amy também deve estar, mas não quer ser a primeira a pular fora.

–E o que eu devo fazer? – ele perguntou chegando no meu quarto e tentando me colocar na cama sem que eu gemesse de dor.

–Dizer a verdade. – respondi fazendo uma careta.

Ian resolveu ser útil e me pegando no colo me colocou deitada na cama, mas se desequilibrou e caiu por cima de mim me fazendo gritar de dor, tentei me mover para tirar o peso dele de cima da minha perna, mas só o que consegui foi que ele demorasse mais ainda para sair de cima de mim.

–Droga Ian, sai. – eu meio que gritei.

Quando Ian se levantou eu consegui me arrumar em uma posição onde minha perna não incomodasse tanto assim, olhei para Ian para xinga-lo, mas vi uma Amy muito surpresa nos olhando da porta do meu quarto. Ah era só o que me faltava, a Amy pensar que eu e Ian tínhamos um caso!


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Notas finais do capítulo

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