P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 14
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Oiii meus amores... já estão de ferias?? Eu estou e estou disponível para postar mais e mais para vocês... Espero que gostem do capitulo, fortes emoções nos aguardam, não deixem de comentar e até o próximo.
Bjos



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Capítulo 14

Decisão

O que eu estava pensando?

É claro que ele não iria esperar por mim, ele seguiu a vida dele. Isso era normal.

Então o que merda eu estava pensando para ficar com ciúmes dele?

Depois que sai do quarto de James eu estava mais entorpecida que qualquer outra coisa. Após guardar as poções fui para o ultimo andar. A lanchonete estava praticamente vazia. Pedi um café forte e me sentei em uma mesa afastada. Eu precisava pensar.

Aquela mulher disse que estava grávida. Grávida dele. O sorriso no rosto dela mostrava o quanto ela estava apaixonada. O rosto do James mostrava surpresa acima de tudo. Ele já não tinha nada a ver comigo, mas ainda assim eu insistia em pensar em alguma razão para aquilo não ser verdade.

E se ela fosse uma aproveitadora? James com certeza seria ingênuo o bastante para cair no golpe da barriga. Disso eu sabia, ele não tinha mudado tanto assim, não era possível que ele tivesse mudado tanto em tão pouco tempo.

Eu tinha mudado radicalmente. Mas James era mais estável que eu jamais serei. Sempre foi. E se ela estivesse de olho apenas nos galeões dele?

–Olá – disse uma voz calma e ressoante.

Eu estava tão distraída que não tinha reparado em quem se aproximava. Levantei a cabeça com a mão já na varinha. Encarei a pessoa, avaliando. Era ela! A namorada do James.

–Oi. – respondi secamente. Ela com toda a certeza era a ultima pessoa no mundo que eu queria ver agora.

–Posso me sentar? – perguntou a mulher que mais parecia uma menina, tão insignificante era seu tamanho. Eu não respondi, mas ela se sentou mesmo assim. – Você é a doutora Sammer não é?

–Sim. – respondi tomando um gole do meu café.

–Queria agradecer por ter cuidado do James. – ela falou e eu reparei as bochechas dela ficarem vermelhas. “Que tipo de pessoa fica ruborizada ao agradecer?” me perguntei incrédula.

–Só fiz meu trabalho. – disse.

–Eu sei. – ela emendou. – E só que é tão improvável que ele já esteja bom, dado o estado que chegou, não é mesmo?

–Não, não é improvável. – será que ela não podia simplesmente ir embora? Já não era suficiente eu estar me corroendo de ciúmes?

–Ah é que eu sou trouxa. – com essa eu tive que olhar para ela. Trouxa? Por isso nenhuma revista sabia a identidade dela. Ela era trouxa!

Inconscientemente eu me ajeitei na cadeira. Ela era apenas uma trouxa. De certa forma inferior a mim. Afinal eu sou uma bruxa. E ela... apenas uma trouxa.

Um sorriso de escarnio começou a se formar nos meus lábios, mas eu o interrompi. Olhei em volta para me desviar dessa linha de pensamento. “Mas ela é trouxa” disse uma voz no fundo daminha cabeça.

–Ah. – não consegui achar mais nada para falar. Isso explicava algumas coisas.

–É, pra mim é um pouco improvável. – ela continuou sem notar minha expressão – Então obrigada.

–Só fiz meu trabalho. – repeti.

–Como você sabe – ela sorriu – eu estou grávida.

Eu continuei calada. Por que ela não podia me deixar em paz?

–Eu fiquei bastante preocupada quando James caiu daquela vassoura. – ela continuou – Somente nós três sabemos disso.

–Disso? – perguntei sem entender. Do que essa trouxa estava falando?

–Minha gravidez. – ela disse colocando a mão no ventre – Eu, o James e você. Isso é algo especial.

Será que se eu a matasse agora alguém iria notar? Meu Merlim ela era sem noção? “É algo especial” ela só podia ser louca. Minha expressão já não falava tudo? Eu não estava nem ai para a felicidade dela.

–Quer dizer – ela continuou sem reagir a minha cara de assassina – o James vai contar para a família dele assim que sair do hospital. Você não gostaria de ir?

Ok... ela com certeza tinha algum problema mental.

–Não. – respondi.

–Por que como eu disse nós três sabemos e eu gostaria que você fosse – continuou ela como se eu não estivesse falado. – ainda mais por que você e o James são amigos.

Eu estaquei. Ele tinha falado para essa aproveitadora que nós fomos amigos.

–Não me interessa ir a comemoração da sua gravidez. – disse o mais mal educada que pude.

–Ah eu sei que você deve ser muito ocupada, mas mesmo assim faça um esforço. – ela estava se levantando para ir embora. – Eu realmente gostaria que você fosse.

–Por quê? – perguntei mesmo sem querer.

–Por que eu gostei de você. – ela sorriu e eu por um momento me senti mal por pensar mal dela. Mas apenas por um momento, depois eu lembrei que ela estava gravida do James. Meu James.

–Alias – continuou ela, pegando a bolsa que estava em outra cadeira – Meu nome é Olívia. Olívia Russel.

Ela sorriu novamente e saiu.

Eu continuei sentada, imóvel, pensando.

Essa tal de Olivia é trouxa... Ela esta grávida. Ela esta grávida do James. E que droga!!! Ela parece tão inofensiva, tão ingênua que chega a ser maldade pensar em jogar um crucio nela. O que ela tem para ficar sorrindo a cada dez segundos?

Por que ela não podia se comportar como uma vadia que ela é?

Terminei de tomar meu café, que aquela altura já estava frio. Fiz uma careta por isso. Levantei e comecei a minha ronda. Visitei todos os pacientes do segundo e terceiro andar. Evitei propositalmente o térreo, James estaria lá.

Clay chegou às oito e trinta. Estava atrasado, mas eu não estava com cabeça para reparar nesses detalhes.

–Desculpa. – ele disse assim que me enxergou.

–Sem problemas – respondi.

–Pode ir embora dormir. – ele disse rindo.

–Eu vou ficar hoje. – respondi um pouco mais mal humorada que o normal.

–Mas você acabou de sair do plantão. – lembrou Clay. – Deve estar com sono, cansada.

–Eu tomo uma poção. – disse. – Você pode cuidar dos andares inferiores. – eu comecei a dizer, mas em seguida mudei de ideia, eu só podia ser masoquista. – Melhor... você fica com os andares superiores e eu com os inferiores e Rose fica por sua conta. Pode ser?

–Humm... Ok, mas o que aconteceu? – ele perguntou.

–Cuida do seu serviço. – critiquei e sai em seguida.

Depois de tomar a poção recomecei minha patrulha, evitando o quarto onde eu sabia que encontraria James. Fui em todos os pacientes e quando já era em torno das dez horas, cheguei ao quarto dele.

Ele estava deitado acompanhado pela namorada, ambos estavam rindo e eu me amaldiçoei por não ter deixado Clay cuidar disso.

–Ah olá Hestia. – ela me cumprimentou pelo primeiro nome. Ela usou meu nome. Como se fossemos velhas conhecidas.

–Bom dia. – respondi educadamente. – Como esta se sentido? – perguntei a James.

–Muito bem. – ele me respondeu tão educado quanto eu. Uma cortesia forçada demais.

–Eu contei a James que te convidei para a comemoração – disse a menina sorrindo novamente – e que você disse que vai pensar. – eu quase engasguei com essa.

Eu não tinha dito nada. Ou ela era louca ou eu estava com perda de memoria e eu com certeza não estava com perda de memoria.

–Ah. – foi a única coisa que saiu da minha boca.

James não falou nada enquanto a namorada dele falava sem parar. Os preparativos para o novo herdeiro Potter já estavam a mil por hora.

–Eu vou comer alguma coisa. – disse a aproveitadora – Você quer alguma coisa amor? – ela perguntou para James e eu me perguntei ate onde eu era capaz de manter essa cara de pôquer.

–Não Liv, obrigada. – respondeu James.

Quando ela saiu eu organizei as poções na cabeceira e comecei a dar a ele. Ele tomou sem falar nada por um tempo.

–Então você já conheceu a Olívia? – perguntou James quebrando o silêncio.

–Pois é. – respondi dando a ultima dose de poção.

–Você não precisa ir só por que ela convidou. – ele disse desconfortável com o convite. – A Olívia é um pouco...

–Não se preocupe Potter. – respondi recolhendo as poções. – Não tenho a intenção de ir.

Acenei a varinha para a bandeja com as poções e ia saindo quando virei novamente para ele.

–Mandarei o curandeiro Clay Jensen vir aqui te dar alta no final da tarde. – disse o olhando. –Felicidades com a sua nova família.

Não esperei para ver qual seria a resposta dele. Sai do quarto parando somente no pequeno cubículo que eu chamava de escritório; respirei fundo repetidas vezes para me acalmar. E enquanto me acalmava uma ideia surgiu na minha mente.

Talvez fosse a hora de me mudar de novo.


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Notas finais do capítulo

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