P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 13
Em frente


Notas iniciais do capítulo

Oiii galera... Bem como prometido nem demorei muito... Espero que gostem do capitulo, não deixem de comentar e até o proximo...
Bjos



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Capítulo 13

Em frente

Acordei cedo como era costume. Me vesti e fui tomar café da manha.

–Você viu que James vai jogar aqui quarta? – perguntou minha companheira de apê Rose Weasley. – Ele já esta aqui, na casa dos pais.

–Isso não é da minha conta. – declarei irritada, as vezes eu me arrependia de tê-la aceitado na minha casa.

–Só comentando. – disse ela e eu a olhei com raiva saindo para o St. Mungus com ela falando nos meus ouvidos.

Comecei a trabalhar e despachei Rose para alguma tarefa bem nojenta. Eu não sabia onde estava com a cabeça ao aceitar ela na minha casa. Era idiotice, só podia ser.

O dia passou sem eu saber como, rápido, apesar de ser segunda feira. Quando cheguei em casa e tomei um banho, comecei a mexer na minha caixa da bagunça, por assim dizer, lá tinha tudo desde remédios ate presentes, ou alguma coisa que eu não queria me desfazer, mas que não servia pra nada.

Estava procurando um antigo livro sobre varíola de dragão, mas encontrei um outro livro. O meu antigo diário. Eu tinha parado de escrever nele quando sairá de Hogwarts, e as paginas estavam quase todas escritas. Virei ele nas mãos, mas não abri, não precisava me envolver como passado. Guardei-o novamente.

Dormi mal nas duas noites que se seguiram ao jogo. Parecia que eu sabia que algo aconteceria. Balancei a cabeça para tirar essas ideias da cabeça. Weasley também não ajudava em nada, me convidando para ver o jogo.

Decidi fazer plantão naquela noite para não ter perigo de mudar de ideia e ir assistir. Fiquei quase direto no hospital. Apenas tomei um banho e voltei, mas em casa cometi a idiotice de colocar dentro da bolsa meu antigo diário. A noite foi tranquila, quarta era sempre entediante. Pensei no jogo, mas não me arrisquei a ligar o radio e ouvir alguma coisa. Não queria saber e não me interessava.

Eram umas três horas, quando tudo aconteceu:

Eu estava folheando meu diário, quando escutei um barulho no térreo. Quando ouvi meu nome, já sabia que iria ser chamada eu estava responsável por todo o hospital aquela noite. No começo não reconheci as pessoas, somente quando vi Rose, que prestei atenção em quem estava ali.

O hospital estava cheio de repórteres e então eu acordei de verdade. Cheguei perto da pessoa que estava na cama e ofeguei. Era James.

Ele estava muito arranhado e inconsciente. Respirei fundo seguidas vezes, passei a mão no rosto e então comecei a trabalhar com o coração pulsando. Mandei os seguranças expulsarem os repórteres e mandei que o levassem para o segundo andar. Perguntei a Rose o que tinha acontecido.

–Ele estava jogando, marcou muitos gols, mas um balaço acertou em cheio a cabeça dele e o outro balaço o braço. Quando o balaço voltou o batedor jogou em cima dele de novo, o balaço acertou a vassoura e como ele estava muito alto ninguém viu nada, somente quando ele estava quase no chão e que tio Harry conseguiu suavizar a queda, mas mesmo assim ele bateu com tudo no chão.

Eu o examinei com ajuda de uma das curandeiras. Ele tinha traumatismo craniano, tinha quebrado o braço esquerdo em três lugares e a perna em dois e estava inconsciente ainda, fora isso estava ótimo e iria ficar bem assim que tomasse as poções.

Eu mandei a curandeira buscar uma poção no estoque e estava sozinha com ele.

Era a primeira vez que eu o via pessoalmente desde aquele dia na estação de King Cross. Ele não estava tão diferente. Mudara pouco ao contrario de mim, que mudei radicalmente. Estava mais forte, os traços mais marcantes, mas o cabelo castanho continuava igual.

Fiz curativos nos pequenos cortes do rosto dele e quando a curandeira voltou com a Poção o fiz beber. Fiquei ao lado dele ate me lembrar de que eu tinha que avisar a família dele que estava tudo bem.

Desci para o primeiro andar e encontrei todos nervosos.

–Ele vai ficar bem – disse – ainda esta inconsciente, mas já tomou as poções e ficara em perfeito estado.

Eles suspiraram aliviados e pediram para vê-lo, não vi motivos pra negar e deixei os pais dele entrar. Assim que saíram eu entrei e passei o resto da noite ao lado dele. Me lembrei da nossa amizade e em como tudo tinha acabado tão tolamente.

Na época parecia que eu estava fazendo a coisa certa, mas agora, com o passar dos anos eu tinha percebido que fui tola. Foi desnecessário todo aquele drama, e ainda assim eu mantive a estupida decisão.

Comecei a ler o meu diário, presente do próprio James, ri um pouco em algumas passagem românticas e bobas. Às vezes eu custava acreditar que tinha sido eu que tinha escrito aquelas palavras açucaradas. Depois levantei e passei a mão no rosto dele, estava normal, sem febres. Pousei minha mão ali e fiquei olhando-o. Ainda sentia meu coração batendo forte ao vê-lo, ao senti-lo, ao tê-lo perto de mim.

Olhei para o diário ainda com a mão no rosto dele, suspirei, tantos anos tinham se passado, tanta coisa tinha mudado, mas eu ainda era a mesma idiota romântica e idealista dos tempos de Hogwarts. Apesar de ter mudado por fora, por dentro eu era a mesma menininha querendo si provar.

Era ate um pouco irônico que de todos os curandeiros que tinham aqui, logo eu estava de plantão e justamente para evita-lo. Esse turno era de Clay, eu o convenci a trocar comigo para não cair em tentação de ir ver o jogo e agora James me aparece aqui.

Olhei de volta para ele e levei um susto, James me encarava com um misto de surpresa e incredulidade...

–Como esta se sentindo? – perguntei me afastando dele e colocando o diário na gaveta do criado mudo, para depois pega-lo.

–Hestia? – ele disse meu nome como se estivesse vendo um fantasma, ou melhor, uma assombração.

–Oi. – respondi sem olha-lo – Como esta se sentindo? – perguntei novamente.

–O que você faz aqui? – ele retrucou ignorando minha pergunta.

–Eu trabalho aqui. – respondi examinando o prontuário dele mesmo já sabendo o que tinha escrito. Protelei por meio minuto e então refiz a pergunta.

–Bem. – ele respondeu e tentou se sentar. – Surpreso na verdade. O que eu estou fazendo aqui?

–Você caiu da vassoura e foi atingindo por balaços. – respondi. – Não se levante. – ordenei – Você tem uma concussão na cabeça.

–Ah. – o som foi fora de lugar na sua expressão. - Nossa nem acredito que você esta aqui.

–Quanto tempo não é mesmo? – Ele me encarava ainda.

–Muito. – ele respondeu. – Não sabia que você trabalhava aqui. Como você esta?

–Bem. – respondi sorrindo.

–Você esta bem diferente. – disse James.

–Você também mudou um pouco. – assinalei.

–Não tanto quanto você. – ele sorriu um pouco. – Não te reconheci de primeira.

–É o cabelo. – eu disse me sentando na beirada da cama dele. – Esta sentindo alguma dor?

–Não. Nada na verdade. – ele respondeu.

Nos minutos que se seguiram nós conversamos sobre nossas vidas. Foi mais um resumo do que qualquer outra coisa. Dei as poções para ele e continuamos a conversa relembrando alguns fatos da adolescência.

Parecia improvável, mas estávamos conversando como pessoas normais. Um pouco forçado, mas ainda assim era uma conversa. Eu estava achando estranho, porem não consegui encontrar uma deixa para sair da sala.

Minha deixa chegou junto com uma mulher. Pequena, com cabelos claros e ondulados, quase volumosos. Ela chegou na porta com cautela e ao ver James acordado sorriu entrando no quarto, sorriu para mim também. Eu me levantei da cama e comecei a reorganizar as poções.

–Ah James eu fiquei tão preocupada. – exclamou a mulher com a voz suave. Ela encostou os lábios calmamente nos de James e eu estaquei no lugar em que estava.

Então essa era a ‘namorada’ dele. Por um segundo não consegui recompor minha expressão. Mas isso não era na minha conta. Ele é meu paciente só isso. E o profissionalismo voltou. Eu estava saindo da sala equilibrando a bandeja com as poções.

–Fiquei com medo de que algo acontecesse com você logo agora. – a mulher estava dizendo enquanto eu acenava com a varinha. – Logo agora que vamos ter uma família.

Eu parei de novo. Tive que olhar. Não consegui me controlar e olhei para o casal, ela segurando as mãos dele no ventre dela. Demorou mais que o normal para eu assimilar o que aquilo significava.

Família? O que isso queria dizer?

É claro que eu sabia. Só existia uma explicação para aquela cena e eu congelei.

Por um momento James e a mulher olharam para mim. Ela sorria, mas tinha algo nos olhos dela que não combinavam com a revelação, com aquele momento de ternura. Ele parecia surpreso. Mais surpreso do que quando tinha me visto.

Eu sorri para eles e sai do quarto. Eu não deveria estar ali. Não era algo que eu deveria saber. Não era algo que eu queria saber.

Cambaleante, cheguei ao almoxarifado e coloquei as poções nos devidos lugares. Me segurei na bancada mais próxima buscando apoio. Não sei como me sentia ao certo, mas foi como um ponto final no fim de uma frase. Foi como o fim no final de um livro.

Eu sorri por que inconscientemente eu ainda tinha esperanças.

Mas agora James tinha uma família. E eu?

Eu seguiria em frente, de um jeito ou de outro...


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Notas finais do capítulo

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