Loki: Segredos Sombrios escrita por Tenebris


Capítulo 34
Perecer


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo, dramas novos, conflitos novos, hehehehe. Espero que gostem! Não vou me prolongar porque já estou fazendo muito isso, e provavelmente farei MUITO de novo quando postar o epílogo :( kkkkkkkkkkk Boa leitura!



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Perfeição. Calmaria. Equilíbrio. Três coisas que nunca poderiam coexistir em harmonia na minha vida. Aliás, nunca aconteceram. Eu deveria estar contente por estar me acertando com Loki, deveria estar feliz por não estar mais afastada dele. Feliz por, de certa forma, pertencer a ele. Mas eu escondida uma verdade do deus. Eu teria que morrer para me ver livre da Energia Sombria e ter somente meus poderes das trevas originais. Loki, em hipótese alguma, me deixaria fazer isso. E esconder isso dele estava me matando...

Especialmente porque hoje era o dia em que eu e Lucca tínhamos combinado para ele realizar nosso plano: Matar-me. Combinamos que seria durante o treinamento da tarde.

Eu acordara e tivera uma manhã impecável. É incrível como a morte, ainda que suposta, nos faz rever prioridades. Acho que tomei o cuidado de desejar um bom dia para todos que encontrei pelo caminho, além de conversar durante um bom tempo com cada Vingador. Steve fora a parte mais difícil. Às vezes, eu tinha a impressão de que ele sabia que havia algo de errado comigo, mas se sentia mal por perguntar. Ele temia ser invasivo demais. Mas Steve, como sempre, me conhecia... E, de alguma forma esquisita, eu não suportava a ideia de vê-lo sofrer, de vê-lo longe de mim... Mas minha mente estava confusa demais para pensamentos assim àquela altura do dia.

Assim, novamente, o treinamento começou. Aos poucos, os Vingadores pareciam esquecer que eu era um perigo em potencial. Odin não deveria estar nada contente com isso tudo. Antes de começarmos a treinar, Lucca me deu a mão e segurou-a firme. Eu o ouvi sussurrar “desculpa”... Segurei o choro e bloqueei minha garganta, tentando me concentrar no fato de que tudo não passava de um grande processo e que logo eu estaria bem e viva. Não seria a mesma Stella de antes, mas estar viva me pareceu suficiente. Eu me contentava com isso.

Depois de um tempo, o treino recomeçou. Fizemos os mesmos grupos de sempre. Durante o treinamento, aproveitei cada segundo das batalhas, usando cada poder que eu possuía com cuidado. Os Vingadores estariam preparados caso eu surtasse, mas isso não aconteceu. Em geral, meus surtos eram menos frequentes e geralmente longe de pessoas. O feitiço de Loki aliviara meu peso, mas não fora o suficiente para retirá-lo das minhas costas.

Foi então que ouvimos um barulho aterrador, que vinha de trás do Palácio, mais para o sul. O treino parara subitamente. Um vento congelante perpassou o campo de batalha, avisando-nos mudamente de um perigo iminente.

– Nem olhe pra mim! – Avisei, dando de ombros.

E então, eu, Lucca e os Vingadores corremos para o sul do Palácio. Problemas surgiam. E nós sabíamos muito bem a origem desses.

•••

Não eram muitos, como normalmente esperaríamos. Entretanto, cinco Jotuns haviam invadido o Palácio. Estavam de um jeito que eu nunca tinha visto. Realmente, cada um devia ter uns cinco metros. Estavam definitivamente enormes. Além disso, a julgar pela forma retumbante com que chegaram, deviam ter usado todo o tipo de feitiço para se aperfeiçoar e para se transportarem até Asgard. Assim, Thor empunhou o martelo rapidamente, pronto para tentar acertar os Gigantes onde fosse necessário. Ele tentava chamar reforços, mas antes de os Legionários Asgardianos chegarem, precisávamos conter os Jotuns para evitar maiores estragos.

Tony lançava lasers sobre os Gigantes, mas estes pareciam apenas se ferir levemente. Steve também tentava distraí-los, e não era esmagado graças a sua habilidade e ao seu escudo. Barton e Natasha tentavam se infiltrar pelos cantos, para desestabilizar os Gigantes. Quem mais parecia dar trabalho para eles era Hulk, que mesmo assim, era apenas um contra cinco Jotuns enfurecidos. Lucca, com seu machado, tentava fazer o que podia, mas eu sabia que ele estava preocupado com outra coisa. A mesma coisa que me preocupava.

Porém, assenti para meu irmão. Deveríamos continuar com o plano. Desse modo, eu continuei a lutar como se fosse a última vez em minha vida. Senti cada golpe nascer de um impulso e ser executado com exatidão... Senti cada corte ou arranhão com prazer... Eu me sentia viva. E assim, aos poucos, alguns Legionários chegavam. A situação não era favorável, mas estava quase sob controle. Os Jotuns haviam destruído apenas os fundos do Palácio, e estavam tendo dificuldades em adentrar o nosso perímetro. Nossa reação rápida os atrasara. Foi então que eu me dirigi até Lucca.

Meu irmão estava no centro do Jardim, ao sul do Palácio. Todos estavam ocupados em manter os Jotuns distraídos, usando suas armas e seus artifícios. Só havia eu e Lucca. A hora derradeira chegava... Eu empurrei minha clássica lança preta em suas mãos e disse, deixando meu instinto me guiar:

Lucca... Faça.

E esses foram os segundos mais lentos de toda minha vida. Uma batalha voraz ocorrendo ao nosso redor, todos ocupados e distantes para ver qualquer coisa... Ainda que tenha sido acidental, não poderia ser o momento mais perfeito. E eu via as mãos de Lucca suarem sobre a minha lança, tremendo ligeiramente... Eu nunca vira meu irmão hesitar assim antes de matar alguém, pois era algo que chegava a ser quase natural para ele.

Mas seus olhos amendoados vacilavam, olhando para mim e em seguida para a lança, escorregadia entre seus dedos. A lança caía ao chão, com um barulho agudo contra a pedra. Lucca não conseguiria.

E então, eu caí para um lado e Lucca para o outro. Um Gigante tentara um golpe contra nós, soltando gelo puro através de suas mãos grotescas. Lucca lamentava, e eu realmente podia ver pelo susto e pela tensão em seus olhos que ele estava sendo sincero.

Mas eu deveria ter apenas segundos para realizar meus planos. Eu não teria outra oportunidade tão perfeita quanto esta. Eu me levantei do chão, pegando minha lança com urgência. Meus olhos cercavam a região, procurando aquele a quem eu sempre recorria. Sim. Loki estava em um canto, mais afastado da batalha. Porém, visivelmente tentava ajudar. Estava murmurando feitiços na direção dos Jotuns. E eu não saberia dizer – e provavelmente nunca saberia – se ele fora o culpado dessa invasão ou não.

Mas corri até ele. Loki parecia surpreso. Ele tinha sua lança posta cuidadosamente ao seu lado, no chão. E a batalha se seguia, com sua movimentação característica, com os Vingadores e os Legionários tentando conter a fúria de cinco Jotuns ensandecidos.

Eu parei desajeitadamente na frente do deus, arfando em minha própria agonia. Loki franziu o cenho e os lábios, numa clara tentativa de me perguntar o que estava acontecendo. Eu respirei fundo, tentando rapidamente organizar as palavras que o deus precisava ouvir.

– Loki... – Eu gaguejei, puxando o rosto do deus para que ele olhasse fixamente em mim. – Não temos mais tempo... Eu preciso de algo que só você pode fazer.

Senti a pele dele estremecer sob meu toque. Loki assentiu, mas um brilho de preocupação se apossou de seus frios olhos verdes.

– Eu estou morrendo. Você sabe disso. Você já me ajudou um pouco... Mas sabíamos que não era o bastante. Há um único jeito de resolver isso. Mate-me. Minha humanidade se irá junto dessa Energia que tomou conta de mim. Eu estarei livre.

Eu dissera aquelas palavras calmamente, o que me surpreendeu. O pânico dera lugar a uma fagulha de esperança.

– Eu... Entendo o que quer dizer. – Loki comentara, sustentando meu olhar com igual intensidade. Obviamente Loki entendera o meu recado. Ele compreendia feitiços melhor do que ninguém. Ele sabia que era necessário me matar, mas que isso não causaria uma “morte verdadeira”. Era como um ritual de passagem. Uma morte temporária até a Energia Sombria esvair-se.

Eu e Loki olhamos diretamente para a minha lança. Loki não dizia muita coisa... Seus olhares expressavam seus sentimentos. Ele só estava fazendo aquilo porque era necessário. Porque minha vida dependia daquilo. E acho que tal escolha o perturbou um pouco... Afinal, ele poderia fazer qualquer coisa comigo. Mas escolhera me ajudar. Os motivos eram imprecisos, eu sabia disso. O deus não deveria sentir algo único por mim. E essa mistura de sentimentos o guiou, quando ele pegou a lança de minhas mãos e cravou-a em meu peito. E eu precisava escolher uma bela paisagem para ver enquanto, ainda que teoricamente, eu morria. Escolhi seu belo par de olhos verdes, que pareciam tranqüilizar-me e fazer da morte algo quase doce.

Não teve dor. Era mais um vazio. Não havia nada específico que eu pudesse sentir ou descrever. Era como se meu corpo rejeitasse qualquer sentimento mais profundo que ameaçasse nascer em mim. Mas eu sentia gratidão. Eu me lembrava de um nome. Talvez isso estivesse predestinado desde o começo... Somente Loki faria isso por mim. Eu só podia contar com ele... O deus da trapaça era a minha última chance. E ele sabia disso. Dava pra ver em seu olhar que ele percebia. Minha vida em suas mãos, tão frágil que ele poderia fazer o que quiser comigo. Podia fazer o que quiser de mim. Mas Loki provava, com aquela atitude, que era muito mais do que um deus de jogos e brincadeiras. Ele mostrava que era mais do que ódio. Era mais do que o julgamento que as pessoas faziam dele. Loki teve a chance de ouro de acabar com a minha vida. Teve a oportunidade de destroçá-la ao sabor de sua vontade. E optara em me salvar de minha própria escuridão.

•••

Acordei de súbito. Não fora como das outras vezes. Das últimas vezes em que eu passara horas ou dias adormecida, minha mente ainda vagava entre momentos e devaneios. Agora havia apenas uma espera. Uma delicada espera. Era realmente como se eu tivesse me sentado e esperado por longos dias até conseguir me levantar. E quando o fiz, vários pares de olhos pousaram sobre mim. Isso era algo que ainda não havia mudado, pelo menos.

Eu estava, não surpreendentemente, no meu quarto, deitada em minha cama. Não havia aparelhos ao meu redor. Eu me sentia normal. A morte fora um rito vazio de passagem, quase deixando uma sensação de abandono e calafrios, mas nada além disso. Eu sentia-me normal, ao ponto de estar quase indiferente. Tony, Thor, Bruce, Natasha, Clint, Fury, Steve e Lucca olhavam pra mim.

– Já não era sem tempo! – Bufou Lucca, correndo até mim e sorrindo aliviado.

– Isso em seus olhos são lágrimas, Lucca? – Brinquei, rindo fraco. Lucca esfregou os olhos repetidamente, fazendo um sinal negativo com a cabeça, ainda rindo.

– Se eu filmar todas as vezes em que você apaga, daria um belo filme de retrospectiva dos Vingadores no final do ano. Não acham? – Brincou Stark, alisando a barba e fitando-me com discreta satisfação.

– Não sabíamos se você sobreviveria... Mas você conseguiu, brava Stella. Até acho que... A Energia realmente se foi. – Comentou Thor, esboçando o primeiro sorriso sincero recente de que eu me lembrava.

– Odin ficará feliz. Acho bom você parar de arrumar briga com todos os seus superiores, Stella. – Respondeu Fury, piscando o olho bom para mim. Sorri e murmurei um agradecimento.

Eu tentei me levantar para poder observar todos ao meu redor, e Clint e Natasha me ampararam. Eles sorriam e eu não pude deixar de sentir uma grande afeição por eles estarem ali.

– Fico feliz que está de volta, Stella. Foi um momento bem... Tenso. – Falou Banner, apertando minha mão.

– Eu fico feliz também... Sinto-me nova. E... De certa forma, livre. Como nunca antes...

Ora, havia uma sensação diferente em mim. Era como se todas as correntes que me prendiam outrora tivessem se partido. Vínculos não eram coisas que pareciam fazer mais parte da minha vida. Regras também não. A sensação que eu tinha era de que eu poderia fazer o que eu quiser, como se nada nem ninguém fosse capaz de me impedir. Eu poderia ser o que eu quisesse. Limites... Que significado isso deveria ter para mim agora? Sentia-me, para definir em uma palavra, irrefreável.

– Estou... Muito contente que você está bem de verdade, Stella. – Uma voz fraca sobrepôs-se na multidão. Steve aproximou-se, sentando-se ao meu lado direito. – Pena que tenha ficado uma cicatriz...

Os olhos azuis de Steve queriam me dizer algo que eu não identificava. Ele olhou para meu colo. Eu sorri fraco, sem entender. Puxei a alça da minha blusa, e observei. Logo abaixo do meu peito havia uma cicatriz enorme e esbranquiçada, em formato de uma estrela de várias pontas. Realmente era algo terrível de se olhar. Nenhuma pessoa comum teria sobrevivido a um ataque como esse. Nem mesmo eu saberia explicar o porquê da cicatriz. Eu pensava que, após “morrer”, eu ficaria fisicamente normal. Mas a Magia e seus mistérios tiveram outras intenções. Presentearam-me com uma lembrança do meu sacrifício... E do sacrifício de Loki.

Foi só então que notei que ninguém o mencionara. E foi só então que percebi outra coisa. O que deveria ter acontecido com ele? Onde estava? O que todos achavam sobre isso? Será que compreendiam?

Pigarreei e me aprumei, sentando. Olhei para o chão, buscando alguma firmeza em minha voz ridiculamente falha:

– Pessoal... Eu realmente estou feliz por estar completamente bem. Mas... Há coisas que preciso contar a vocês.

– Que você precisava morrer para se livrar da Energia e que poderia voltar diferente? Ah, já sabemos disso. Agradeça ao seu pequeno irmãozinho, que nos contou isso e foi mais útil contando isso em um minuto, do que lutando contra aqueles Jotuns imbecis. – Disse Tony, dando um tapa amigável exageradamente forte nas costas de Lucca. Meu irmão fez-lhe uma careta.

– Então... Vocês sabem? – Eu desejei confirmar, ainda intrigada.

– Sabemos. Todos já estão cientes do que aconteceu. – Confirmou Fury, tomando a dianteira entre todos e se pondo ao meu lado. Ele trocou olhares secretos com Steve e minha curiosidade incendiou.

– E os Jotuns? – Eu questionei, procurando fazer perguntas que me levassem a alguma conclusão.

– Foram todos contidos. Odin está em busca de feitiços e artefatos novos para melhorar a segurança. – Explicou Clint, cruzando os braços.

– Logo depois de derrotarmos os Jotuns, Pai de Todos conseguiu captar a magia que os transformara. Era poderosa. Será revertida em feitiços para a segurança de Asgard. – Disse Thor, satisfeito.

– Está quase tudo como era antes... – Disse Natasha, sorrindo misteriosamente.

E então eu resolvi citá-lo. Ele. O homem que fizera todas as escolhas erradas. Mas que soube fazer uma certa, de vez em quando. Loki.

– E Loki? Onde ele está? – Indaguei, olhando para cada rosto presente.

Acho que ninguém esperava que eu fosse ser tão direta. Todos tiveram praticamente a mesma reação. Entreolharam-se, tentando conter o desespero visível em seus olhos. Acho que os Vingadores já tinham se perguntado o que responder quando eu fizesse alguma pergunta sobre Loki. A julgar pela confusão de falas, eu acho que eles não chegaram em nenhum consenso. Todos começaram a falar ao mesmo tempo, mas Thor sobrepôs-se imponentemente aos demais. O deus explicou, olhando fixamente para mim:

– Por mais que ele tenha feito uma boa ação, tendo salvado sua vida e feito justamente o que você lhe pediu... Loki tentou cometer um homicídio. Ele está preso e irá responder por isso.

O sangue em minhas veias pareceu gelar, acelerando minha pulsação e fazendo meu queixo cair.

– Loki... O quê? – Perguntei, incrédula.

– Conte tudo, Thor. Não a poupe de nada. Ela merece saber. – Disse Tony, aproximando-se de mim e olhando-me com certa compaixão.

Meus olhos viraram-se furtivamente na direção de Thor. O que mais eu precisava saber?

– Loki já cometeu outros múltiplos crimes... Ele possui antecedentes criminais. Por isso, ele não só vai responder por seus crimes, como será banido de Asgard, dentro de uma semana. – Disse Thor pausadamente, como se realmente estivesse desapontado com tal acontecimento. Bom, eu acreditava que ele realmente estivesse...

Mas ninguém ali se importava com Loki. Eu podia perceber isso. Talvez apenas Thor se importasse. O resto estava preocupado comigo. Porque sabiam que eu não queria que Loki tivesse esse castigo. Não somente por meus sentimentos, mas porque ele não merecia. Ele me salvara. Não pelos meios corretos e lícitos, mas pelos meios necessários e únicos. Ele não podia ser banido... Não agora que estávamos nos acertando, depois de tantos baques. Uma parte de mim sabia que não era certo Loki ser banido. Ele podia até ser preso, ou algo assim, no máximo. A outra parte era egoísta o bastante para desejá-lo apenas perto de mim. E não em outro reino, proibido de voltar a Asgard.

Eu permaneci sem reação, apenas um pouco mais pálida. Mas não era necessário esconder. Todos ali sabiam como eu deveria estar me sentindo, ainda que minha reação fosse mínima. Eu dei de ombros. Nick comentou, alteando o tom de voz para se fazer ouvir:

– E... Finalmente, tudo está sob controle aqui em Asgard. Acho que está na hora de voltarmos para a Terra.

Eu desviei os olhos dos de Nick. Encarei a parede da frente, vermelha e vazia. Assenti. Eu compreendia onde todos queriam chegar. Eu e Loki não nos veríamos mais. Nunca mais. Cada um tomaria seu rumo. Recusei-me prontamente a aceitar isso. Meu senso de rebeldia falou mais alto. Acho que ninguém esperava que eu perguntasse algo assim, tão direta e expressamente. Mas eu o fiz. E surpreender a todos com minha ousadia dava-me fôlego para continuar a fazer o que eu desejava.

– Mas... Se eu quiser ficar e ir para outro reino, eu posso, não é mesmo? – Questionei, olhando para todos com ar de desafio.

Novamente, os Vingadores se entreolharam, chocados com minha audácia. Eles entenderam que meu plano podia ser ficar em Asgard e, em seguida, ir para aonde Loki fosse.

– Na verdade, não pode, Stella... – Disse Natasha, e havia certo ressentimento em suas palavras.

– A morte tem um custo... Para todos, sem exceção. Por causa do que aconteceu com você, é como se seu corpo só pudesse permanecer em um lugar. O lugar onde faleceu. Lamento, Stella, mas você não vai poder sair de Asgard... Nunca. Eu ficarei aqui, cuidando de você. E os Vingadores podem voltar para te ver... – Thor contou, abaixando o rosto e evitando me olhar.

Ótimo. Depois de centenas de problemas resolvidos com muito custo e sacrifício, esse era o meu mais novo desafio. Sem problemas. Se eu pudera vencer a morte, como não venceria esse novo conflito? Limites não me prenderiam mais.

Eu dei de ombros outra vez. Não sabia o que os Vingadores iriam fazer. Mas sabia o que eu faria. Um passo de cada vez, mas eu não desistiria do meu plano. Ter Loki.

Levantei-me da cama num ímpeto, e andei em direção à porta. Lucca olhou-me preocupado, mas eu o ignorei.

– Ótimo. E onde Loki está? – Perguntei, um tanto apressada.

– Na sua cela, aqui do Palácio. – Fury respondeu, olhando incisivamente para os outros. Era um aviso para que ninguém me impedisse.

Eu sorri, uma mistura de agradecimento e provocação. Falei, doce e ironicamente:

– Bom, se precisarem de mim, sabem onde me encontrar.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Como a Stella e o Loki ficarão?