It's Temporary? escrita por Hellie


Capítulo 6
Dependendo de mim, você não vai pt.1


Notas iniciais do capítulo

Bom galere, eu to me esforçando pra adaptar a história ao que era antes, e não sei se vou conseguir isso tão cedo auehuahsue mas eu quero que minhas antigas leitoras me perdoem pela demora repentina, só que agora eu voltei mesmo o// Não recebi nenhum review no cap passado, mas tudo o que eu quero é agradar vocês e um pouco de mim mesma, então ARIGATO para todas que vieram aqui ler essa nota enorme *U* aproveitemmmm :3



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Já faz uma semana que estou nesse mini-inferno, morando com a encarnação do diabo. Com esse tempo que estive aqui, descobri muitas coisas sobre ele e sobre seu colega de quarto, Lysandre.

Coisa número 1: Castiel é um tremendo porco. Deixa cuecas sujas até no ventilador do teto.

Coisa número 2: Ele é muito inteligente, mas mata quase todas as aulas do dia e só reprovou algumas vezes por conta disso.

Coisa número 3: Ele se esquece da minha existência algumas vezes quando está sozinho, e isso se torna mais desagradável ainda. Não tente saber o porquê.

Coisa número 4: Lysandre é muito cuidadoso com suas coisas, e por isso, odeia ir para o lado do quarto de Castiel. Isso mesmo, tem uma divisória de quartos.

Coisa número 5: Todas as noites aparecem garotas diferentes nesse quarto, e todas elas querem o corpo nu de Castiel. Quando rejeitadas, elas atacam ao pobre Lysandre, que não consegue se defender das garras femininas.

E hoje, chegamos numa sexta-feira à noite.

Castiel estava no banho, e eu, escorada na janela, observando as estrelas. Daquele andar, elas até pareciam bem bonitas; e eu nunca sequer tinha parado para observar algo tão diferente vindo da natureza. Era como se... Eu tivesse mesmo nascido outra vez.

– Castiel? – Lysandre adentrou o quarto, chutando várias roupas que bloqueavam seu caminho. – Ahh, o que é isso? – puxou uma calcinha roxa que havia grudado em sua bota, da qual parecia mais fiozinhos de costura amarrados um no outro, de tão fina. – Seu nojento – murmurou, jogando-a para bem longe. Segurei o riso ao vê-lo pisar em mais peças dessas, quase tendo um treco.

– Parece um gay falando desse jeito. Não se esqueça de que essas peças são de garotas que você pegou, e não eu – suas bochechas ruborizaram, e Castiel deu um sorrisinho malicioso. Ele havia acabado de sair do banho, estava apenas com uma mini-toalha cobrindo a parte de baixo, e outra no ombro. Fiquei um tempo apreciando a vista, logo depois voltando a olhar as estrelas.

– Pra que essa outra toalha? – perguntou.

– É pra você. Toma banho, daqui a pouco vamos descer lá pro centro, vai ter uma festa que Rosalya organizou. Vai um grupo enorme de gente daqui da escola, então não perde a chance. – voltei a encará-los, com certa desconfiança. Castiel olhou pra mim, fazendo uma careta e virando-se novamente. Idiota.

– Você vai mesmo querer ir? Debrah já voltou da turnê, ela vai estar lá.

Ele parou de mexer nas roupas, e olhou para Lysandre por cima do ombro.

– Debrah vai?

– Vai. Eu ouvi falarem nessa festa esses dias, Rosa que pediu para te avisar isso, já que você nem deu chance pra que ela continuasse a te contar os detalhes. – Castiel pareceu pensativo por um momento, estalando os dedos da mão e mordendo levemente o lábio inferior.

– Eu vou. – finalizou, enfiando uma camiseta branca um pouco colada no corpo, terminando de revirar a montanha de roupas atrás de uma calça. Senti um arrepio na espinha, e logo depois uma fina voz sussurrar bem no fundo de minha consciência: Não deixe. Isso não pode acontecer.

Estremeci, me levantando rapidamente de onde estava e indo para o lado de Castiel. Lysandre entrou no banheiro, então agora eu já podia conversar com ele; mesmo assim, nem sequer olhou para mim.

– Sinto muito lhe dizer, mas você não vai pra essa festa – olhou de canto para mim, soltando uma risada alta e sarcástica.

– Você não pode me controlar, anã – deu um peteleco em minha testa, puxando misteriosamente uma calça limpa e desamassada do meio daquela pilha horrenda. Suspirei, levando minha mão até a calça e segurando a outra ponta dela. Me olhou.

– Solta isso agora – de repente, senti aquela força esquisita atuar sobre meu corpo outra vez; e, contra a minha vontade, soltei a calça. – Olha, agora resolveu ficar obediente? – começou a vesti-la e ainda sim eu não conseguia me mover.

O que é isso? Por que meu corpo obedece a essas ordens inúteis?!

Tanto quanto você tem certos poderes sobre ele, ele tem certos poderes sobre você; e esse é só um deles.

Arrepiei-me ao ouvir aquela voz de pesadelo outra vez. Era a morte falando comigo.

– Mesmo eu não sabendo do que se trata essa festa ou essas pessoas, você não pode ir. Eu sinto isso – apontei para meu peito, e ele apenas riu da minha cara. Irritação. É isso que estou sentindo nesse exato momento.

– Eu vou aonde eu quiser, e você não pode me impedir disso. – já estava todo arrumado, o seu perfume havia domado o quarto por completo, e Lysandre já estava quase saindo do banheiro. Perdi a paciência.

– Se não for por bem... – ignorou, abaixando para pegar a carteira no chão. – Vai ser por mal – sem hesitar, pulei encima de suas costas, atracando minhas pernas ao redor de sua cintura e os braços prendendo o pescoço.

– Sua idiota! Para logo com isso, me larga – as palavras já não tinham o mesmo efeito de antes, já que nem mesmo eu conseguia me soltar. Ele arrumou a coluna, e ficou em sua postura comum, como se eu nem estivesse ali.

– Não vou sair daqui até que desista – murmurei em seu ouvido, apertando ainda mais as pernas, tirando um gemido seu.

– Tudo bem então. – fiquei aflita quando o vi indo rapidamente em direção à porta de saída. Lysandre saiu pronto do banheiro, com apenas algumas gotas de água pingando das madeixas.

– Vamos? – disse, pegando as chaves do quarto e passando na frente de Castiel. Apertei sua garganta.

Nada que você fizer vai me impedir. É tão leve quanto uma pena, e tão fraca quanto uma criança – sussurrou para que o platinado não ouvisse, e começou a segui-lo pelos corredores.

– Cara, por que está andando assim? Tá com alguma dor nas costas? – eu estava puxando-o para trás, como alguém dando rédeas em um cavalo.

– É só um peso que estou sentindo aqui, nada de mais – sorriu para o amigo, colocando a mão para trás e puxando a ponta do meu cabelo.

– Ai! Seu filha da...

– Opa, desequilibrei – com tudo, ele inclinou as costas para a parede do corredor, batendo-me com força. Gritei, dando mais uma puxada em seu pescoço, fazendo-o tossir violentamente.

– Hmm... Castiel, eu acho que você realmente não está bem. Quer mesmo ir? – Lysandre ria de seu desastre, e eu também, apesar de estar sendo assassinada pelo mesmo.

– Eu to bem, pare de se preocupar e vamos logo.

Na moto...

– Eu ainda não vou sair daqui! – gritei em seu ouvido, pois o vento batia violentamente em nossos ouvidos e dificultava a comunicação.

– Ei, Lysandre – puxou a ponta da jaqueta de Lys, que apenas assentiu esperando uma continuação. – Você não acha que essa moto está mais pesada?

– Não estou sentindo nenhuma diferença! Por quê?! – gritou, desviando rapidamente de alguns carros que nos ultrapassaram.

– Por nada...! – ele se virou para mim, impossibilitado de qualquer movimento brusco.

– Se você tentar me tirar, vai cair junto! – suas veias estavam pulsando de ódio, e eu apenas me divertia com aquilo. Mas... Meus braços e pernas estavam começando a doer, e estava ficando muito cansativo ficar na mesma posição.

Assim que chegamos, Castiel desceu com muita dificuldade, disfarçando o máximo possível. Lysandre apenas ria sem entender absolutamente nada, já entrando na tal boate. O ruivo de farmácia o seguiu, já sendo domado pelo som estridente das músicas modernas da vez.

– Castiel, eu vou atrás da Rosa, você fica por ai – disse o platinado antes de sumir dentre aquele monte de jovens bêbados. De alguma forma, esse ambiente é estranho para mim, apesar de que eu sempre fora um desses “jovens” bêbados.

– Ótimo – respondeu, apenas se entocando em um banquinho do bar e balançando um pouco o corpo - você pode ao menos sair de cima de mim? Eu quero me sentar direito. – revirei os olhos, saindo cautelosamente e me sentando ao seu lado.

– Eu ainda não desisti – murmurei alto o bastante para ele escutar. Soltou um riso sarcástico, olhando para a multidão.

– Nós já estamos aqui. Como você vai me impedir de algo mais? – sua voz já mostrava um pouco mais de calmaria, e aquilo estava me deixando nervosa.

–... Usarei meus poderes. – apesar de não fazer nenhuma ideia de como usá-los.

– Que poderes? – sua atenção foi arrancada de mim bruscamente, por alguma razão. Seus olhos estavam em alguém, mas ainda não havia conseguido identificar. – Debrah? – tudo bem, agora eu conseguia.

– Hm? – uma menina com roupas menores que um cinto se virou, procurando o dono da voz. Eu sinto que... Não posso deixar.

Assim que ela se virou para a direção correta, não pensei duas vezes.

– O... O que você está fazendo?!


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Notas finais do capítulo

são duas partes, então calma o coração spoakeopkea



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